quinta-feira, 18 de junho de 2009

rock and roll na quarta-feira,17




Três bandas fizeram a festa dos adeptos do rock na quarta -feira, no Dom Diego.


Exposição




A fotógrafa e jornalista Tais Mireli está expondo uma série de fotos no hall do segundo piso do bloco de salas de aula da Unioeste - campus de Marec hal Cândido Rondon. Os registros foram feitos numa aldeia indígena Kayabi, localizada no Estado do Mato Grosso






















Entardecer no parque da cidade

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Bolsistas do projeto Rede Oeste de Sementes Crioulas e Agroecologia participaram do Dia de Campo promovido pelo CAPA e Apromer em Mercedes




Dia de campo sobre milho crioulo evidencia importância das espécies nativas

Agricultores, técnicos e bolsistas, recém-formados e acadêmicos da Unioeste atuam no resgate de sementes crioulas, com o objetivo de multiplicá-las

Partindo da premissa de que as sementes variedades, das mais diversas culturas, são um tesouro que precisa ser salvaguardado, mas que está se perdendo por conta da falta de informação dos pequenos agricultores e de apoio por parte dos governos, empresas e cooperativas, é cada vez maior o engajamento de entidades, técnicos e instituições nas ações de resgate das sementes crioulas, buscando recuperar o que for possível e manter o pouco que resta da biodiversidade vegetal da região Oeste.
“Estamos dando os primeiros passos”, explica o professor Cláudio Tsutsumi, doutor em genética e melhoramento de plantas, um dos orientadores do projeto Rede Oeste de Sementes Crioulas e Agroecologia, desenvolvido por professores, jovens recém-formados nas áreas de Ciências Agrárias, Sociais, Humanas ou Biológicas, assim como acadêmicos da Unioeste, através do programa Universidade Sem Fronteiras.
“Estamos retomando o que os índios fizeram por centenas de anos, ou seja, selecionando as sementes para reproduzi-las nas condições necessárias para atender a finalidade dos agricultores. A natureza permite isso, que se faça a seleção de um material, evidenciando as características que atendam às nossas demandas. O advento da agricultura moderna fez com que perdêssemos e esquecêssemos estas tecnologias, que, por sua vez, são muito mais sustentáveis que as atuais”, diz Cláudio Tsutsumi.
Multiplicadores de sementes
No intuito de localizar os agricultores que cultivem variedades crioulas, os bolsistas do USF, com o auxílio das entidades envolvidas na preservação e recuperação da biodiversidade e agroecologia, parceiras do projeto, têm participado de seminários, encontros e dias de campo. Nestes encontros, onde são apresentados trabalhos e relatadas experiências na área de sementes e agroecologia, eles mantêm contato direto com os produtores e com os experimentos realizados em parceria com entidades como o CAPA – Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, que desenvolveu recentemente, em parceria com a Unioeste e a Associação dos Produtores Orgânicos de Mercedes, um Dia de Campo sobre milho crioulo, na propriedade do agricultor Egídio Ricken, que cedeu uma pequena área para uma experiência com quatro variedades de milho crioulo e uma variedade desenvolvida pelo IAPAR.
O objetivo do CAPA, especificamente neste caso das variedades de milho, é buscar a multiplicação destes materiais crioulos. “O ideal seria que, aos poucos, cada associação, cada núcleo de produtores, contasse com pelo menos um multiplicador de sementes”, diz Vilmar Saar, coordenador do CAPA.
Transgênicos
Tais eventos oportunizam também o repasse de informações importantes para os agricultores interessados em manter suas lavouras livres da contaminação dos transgênicos, uma das grandes preocupações do momento, visto que mais da metade da safra de milho do Brasil já é geneticamente modificada.
Segundo o engenheiro agrônomo Marco Antonio Bilo Vieira, do CAPA, quem depende da agricultura familiar tem o direito de querer produzir o seu milho puro, sem contaminação. “Mas muitos produtores não respeitam as distâncias previstas na legislação para o plantio de transgênicos e acabam contaminando as lavouras convencionais”, explica Bilo.
De acordo com ele, o produtor deve informar às entidades quando encontrar alguma irregularidade, visto que para o milho transgênico não há uma distância prevista na legislação, como no caso da soja. Os ambientalistas e defensores da agricultura orgânica e da biodiversidade, interpretam que a distância a ser adotada nos planos de manejo, deve ser, então, a máxima estabelecida pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente para o plantio de transgênicos, que é de 10 quilômetros.