PSOL de Marechal Rondon tem candidaturas do professor Luciano
Palagano e Ana Maria de Carvalho homologadas em Convenção Estadual
A Convenção Estadual do PSOL/PR oficializou na última
sexta-feira, 27, a candidatura do Professor Luiz Romero Piva ao governo do
Paraná nas eleições 2018. A professora e assistente social Fernanda Camargo
(PSOL) será a candidata a vice. O partido tem apoio do PCB no Estado, mas
compôs sua chapa majoritária somente com nomes da sigla.
Para o Senado, o PSOL do Paraná oficializou as
pré-candidaturas de Rodrigo Tomazini e Jacqueline Parmigiani. Rodrigo é
trabalhador da rede estadual de educação e reside no município de Pinhais, já a
Professora Jacqueline é docente na UNIOESTE, Campus de Toledo.
O partido deverá contar com 30 candidatos para a Câmara dos
Deputados e 20 para a Assembleia Legislativa. O professor Luciano Egidio Palagano é um dos candidatos
a deputado federal pelo partido, e, a jornalista e servidora pública municipal,
lotada na Secretaria Municipal de Assistência Social, Ana Maria de Carvalho, é uma
das candidatas à Assembleia Legislativa do Paraná.
"O Paraná nunca teve um representante do andar de baixo
no Palácio do Iguaçu. O poder é exercido por poucas famílias, historicamente é
um grupo restrito, pequenas oligarquias que comandam. Seria algo inédito chegar
ao cargo", declarou Piva nas entrevistas concedidas à imprensa da capital.
Luiz Romero Piva, de 55 anos, trabalha como professor de
história na rede pública de ensino. No ano 2000, foi eleito vereador em
Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. Já foi candidato a
deputado estadual e à prefeitura de Almirante Tamandaré.
Na campanha de 2014, para senador, Piva polemizou defendendo
o fim do Senado e a implantação de um sistema unicameral no Brasil. Em
entrevista à reportagem, ele manteve o posicionamento. "O Senado foi
criado para acomodar os amigos de dom Pedro II e impedir que os deputados
fizessem algo que ele não gostava. Hoje não é muito diferente. Normalmente, o
Senado revisa para pior, do ponto de vista dos interesses do povo brasileiro."
Como prioridades de gestão o candidato do PSOL elenca o
acesso ao serviço público de qualidade e o respeito ao meio ambiente para
atender os interesses dos trabalhadores, pauta que também será defendida pelos
candidatos à eleição proporcional.
Fonte: Assessoria
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Política
Eleições 2018
O peso do DNA no cenário eleitoral paranaense
por René Ruschel — publicado 12/07/2018 00h30, última modificação 11/07/2018 15h20
No Paraná, poucas famílias se perpetuam no poder. A trajetória de Beto Richa, do PSDB, é exemplo dessa arcaica tradição
No Paraná, o arcabouço social e político preserva contornos que remontam às Capitanias Hereditárias. Poucas famílias se perpetuam no poder, um privilégio reservado aos bem-nascidos. A trajetória de Beto Richa, do PSDB, é o perfeito exemplo dessa arcaica tradição. Seguindo os passos do pai, o também ex-governador José Richa, disputará nas próximas eleições uma vaga no Senado, após dois mandatos no comando do Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense.
Réu na Justiça Federal e envolvido até a medula em denúncias de corrupção, o tucano busca desesperadamente um cargo eletivo para ter direito ao foro privilegiado, além de lançar a candidatura do filho, Marcello Richa, para a Assembleia Legislativa. O plano era mais ousado: queria eleger o irmão, Pepe Richa, ex-secretário de Infraestrutura e Logística durante seu governo, à Câmara dos Deputados.
O projeto naufragou quando Pepe acabou delatado por um de seus homens de confiança, Nelson Leal Junior, ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem. Por impedimentos legais, a ex-primeira-dama e ainda secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, ainda não se aventurou a disputar uma eleição. Não foi por falta de convites. Seu nome é citado com frequência, notadamente em colunas sociais, como possível candidata tucana à prefeitura de Curitiba em 2020. O clã milita unido e o poder político é o maior foco de suas atividades.
A fórmula utilizada para fixar tal oligarquização familiar no aparelho estatal, segundo o cientista político Ricardo Costa de Oliveira, professor da Universidade Federal do Paraná e autor do livro Na Teia do Nepotismo, é ocupar o poder e manter um exército político nas estruturas do Estado.
“Beto Richa nomeou o irmão, a esposa e parentes, mesmo que distantes, para funções estratégicas. O filho Marcello foi nomeado secretário municipal pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca. Requião não foi diferente. Nomeou e elegeu parentes quando foi governador. Com isso, o estado se transforma em comitê a serviço da família de plantão.”
Para Costa de Oliveira, a estratificação social no País é reforçada pela “colonização” do Estado pelas classes dominantes. “No Brasil, a unidade da política é formada pela ação de famílias poderosas. Para elas, o Estado é um grande negócio e sua presença nas instituições é um fato social.” No Paraná, assim como no Brasil, diz Costa de Oliveira, “a classe dominante está enraizada em uma grande estrutura de parentesco que ocupa espaço em todos os poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário”.
No pleito de outubro, os principais candidatos a governador têm um longo histórico político-familiar. A governadora Cida Borghetti, do PP, candidata à reeleição, foi vice de Beto Richa. Sua carreira começou como militante do Partido Democrático Social, herdeiro da Aliança Renovadora Nacional, a Arena, que deu sustentação à ditadura.
Casada com Ricardo Barros, deputado federal e ex-ministro da Saúde do governo Temer, Cida foi deputada estadual e federal. Com apoio de ambos, a filha, Maria Victória Borghetti Barros, foi eleita deputada estadual em 2014, aos 22 anos, com votação de quase 45 mil votos. Em 2016, foi candidata a prefeita de Curitiba. A julgar pela trajetória familiar, tem motivos para confiar em um futuro promissor na política.
O avô, Silvio Magalhães Barros, foi deputado federal e prefeito de Maringá. O pai, Ricardo Barros, conseguiu eleger-se prefeito do município aos 29 anos, em 1988. Desde então, teve uma carreira meteórica. Deputado federal por cinco legislaturas, elegeu e reelegeu o irmão, Silvio Magalhães Barros II, prefeito de Maringá, até ser derrotado em 2016, na terceira tentativa. Calculista e pragmático, Barros foi quem negociou com o PSDB a coligação para indicar sua mulher como candidata à vice de Richa.
No Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, comenta-se que Cida é a governadora “de direito”, enquanto o marido é o mandatário “de fato”. Enquanto isso, em Brasília, dormitam nas gavetas do Supremo Tribunal Federal uma série de pendências jurídicas cometidas contra o Erário e a população de Maringá.
Se as eleições fossem hoje, as pesquisas indicam que o segundo turno seria disputado entre o deputado estadual Ratinho Junior, PSD, e o ex-senador Osmar Dias, PDT. Ambos tiveram suas carreiras políticas à sombra da família.
Ratinho Junior é filho do apresentador de televisão e empresário de comunicação Carlos Roberto Massa, o Ratinho, com breve passagem pela vida pública. Foi vereador em Curitiba e deputado federal pelo Partido da Reconstrução Nacional, sigla que elegeu Fernando Collor de Mello presidente da República. Afastado da política, Ratinho apresenta um programa popular no SBT, além de ser dono de fazendas e de uma cadeia de rádio e televisão no Paraná.
Junior foi eleito deputado estadual, em 2002, aos 21 anos, com 189 mil votos, sem nunca ter exercido qualquer função pública ou política. Toda sua carreira esteve colada à imagem do pai, apresentador de televisão. Em 2006 e 2010, foi eleito e reeleito para a Câmara dos Deputados. Em 2014, com os olhos voltados para a eleição a governador, disputou uma cadeira na Assembleia Legislativa e foi eleito com 300 mil votos, mais de 5% dos votos válidos do estado. Elegeu, a reboque, uma bancada de 11 deputados, que se tornou a maior força política na Casa.
Ex-senador, Osmar Dias disputa o governo do Paraná pela terceira vez. Nas duas anteriores foi derrotado. Engenheiro agrônomo, começou a trajetória política como secretário da Agricultura no governo de Álvaro Dias, hoje senador e pré-candidato a presidente da República pelo Podemos.
Na avaliação de Costa de Oliveira, da UFPR, a prática só costuma ser menor em partidos de esquerda, nos quais as candidaturas costumam ser forjadas pela atuação em movimentos sociais. “Lula foi um grande líder sindical. Dilma teve uma forte militância política na época da ditadura. Luiza Erundina elegeu-se prefeita de São Paulo com apoio dos movimentos sociais. Agora, surge Boulos, líder dos sem-teto. Isso faz uma enorme diferença.”
Fonte: https://www.cartacapital.com.br/revista/1011/o-peso-do-dna-no-cenario-eleitoral-paranaense
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Nota do PSOL PR em
Solidaridade ao camarada Luciano Palagano
A Executiva
Estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL/PR), vem a público prestar
solidariedade ao militante Luciano Egídio Palagano do PSOL de Marechal Cândido
Rondon. Luciano tem sido vítima de crimes como calúnia, difamação, incitação ao
crime e incitação ao ódio, crimes estes praticados por pessoas conhecidas na
comunidade local, dentre os quais estão um médico, um vereador e alguns
empresários.
Luciano é
colaborador do Jornal Brasil de Fato Paraná e militante na área de Direitos
Humanos, compõe a direção do Centro Regional de Direitos Humanos com sede em
Cascavel e é integrante do Comitê de Lutas Sociais Campo e Cidade. No dia 06 de
Dezembro, enquanto fotografava (para o Brasil De Fato Paraná) uma manifestação
contra a demarcação de terras indígenas ocorrida em Guaíra, um dos
organizadores do ato fez uma fotografia sua e divulgou a mesma em grupos de
whatsapp juntamente com um áudio onde o acusa de ser o organizador de duas
ocupações de terra que os Guarani, supostamente, estariam pensando em realizar
até o final do ano, sendo uma delas em Marechal Cândido Rondon – cidade de
residência de Luciano. Acusação duplamente falsa, uma vez que o militante
Luciano nunca coordenou nenhuma ocupação e os municípios citados no áudio não
estão incluídos no estudo de demarcação.
Este áudio com as
falsas acusações começou a ser compartilhado - em conjunto com a fotografia –
por mensagens de whatsapp, se alastrando na região e acabou chegando em um
grupo de organização da extrema direita local. Neste grupo, a partir do áudio,
diversas ameaças foram feitas contra Luciano, seguem algumas:
"Bem que nosso
vereador Ronaldo poderia propor um projeto para exterminar esse tipo de coisa,
tipo um fumacê da dengue!! kkkk" (Milton Cézar / médico) – esta mesma
pessoa, após compartilhar algumas imagens de armas de fogo no grupo colocou que
Luciano seria o “alvo”.
"As baratas
sobrevivem até a bomba atômica L L L L" (Ronaldo Pohl / vereador)
"Quebra as
pernas e mãos desse filho da puta" (Edson Matias)
"Esses
Palagano do PSOL estão enfiado em tudo que é coisa radical de esquerda só para
prejudicar. Lixo de marechal" (Alberto Kotz)
Ao tomar ciência do
áudio com as falsas acusações e das ameaças que ele originou, o camarada Luciano
registrou o Boletim de Ocorrência e deu publicidade aos fatos em seu perfil nas
redes sociais, sendo que, desde então, em uma ação coordenada de seus
agressores, o seu perfil nas redes sociais vêm sendo denunciado
sistematicamente e o mesmo ocorre com todxs que colaboram na divulgação das
denúncias,
Posições como estas
são de quem não tem preparo para lidar com a coisa pública e de quem não tem o
espírito democrático, demonstram a escalada do ódio em nossa sociedade e como
os boatos divulgados pelas redes sociais são utilizados para fins escusos. Além
do que, essas atitudes não se coadunam com o estado democrático de direitos.
Desta forma a
Executiva Estadual do PSOL vem de público:
1. Reforçar a
necessidade de investigação da autoria do áudio que deu origem aos boatos e,
desta forma, estimulou as ameaças. É imprescindível que uma investigação séria
sobe o fato seja feita, pois não pode ser considerado normal que a divulgação
de boatos e calúnias sejam expediente comum na disputa política, que deveria ser
feita com seriedade, debates e argumentos.
2. Reforçar,
também, a necessidade de uma investigação séria sobre as ameaças ao nosso
militante. É necessário coibir a disseminação do ódio e a proliferação do medo.
Indivíduos que, em lugar de debater ideias, apelam para ameaças físicas ou até
contra a vida de quem deles discorda, mostram total despreparo para conviver em
uma sociedade civilizada.
3. Lamentar que um
parlamentar tenha aderido a tais comportamentos. Repudiamos aqui,
veementemente, a forma como o Vereador citado se comportou e vêm se comportando
neste episódio. Alguém que deveria servir de exemplo para a população,
utiliza-se de sua posição para ajudar a propagar o ódio, o medo e boatos
caluniosos.
4. Salientar a
necessidade de que o Conselho Regional de Medicina tome providências com
relação ao comportamento do médico citado, alguém que solicita a apresentação
de projeto de lei que permita o extermínio de pessoas. Atitude inaceitável,
principalmente vinda de um indivíduo que tem a responsabilidade profissional de
salvar vidas. Reforça a gravidade das publicações do médico o fato de que, o
ameaçado, nosso militante, já consultou com este médico diversas vezes. Ou
seja, temos aqui uma completa falta de ética ao vermos um médico expressar-se
dessa forma sobre alguém que é seu paciente.
5. Solidarizar-se
com o militante do PSOL, do Centro Regional de Direitos Humanos e do Comitê de
Lutas Sociais Campo e Cidade, assim como com sua família. Incentivá-lo no
sentido de continuar denunciando os crimes e mazelas existentes e praticadas
por quem deveria zelar e promover o Bem Comum para a população;
6. Reafirmar a
disposição de continuar lutando pela construção de uma Democracia plena onde o
respeito pela liberdade de expressão possa sulear as atitudes de todos os seres
humanos.
Curitiba, 12 de
dezembro de 2017
Executiva Estadual
do Partido Socialismo e Liberdade - PSOL/PR
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Escola Sem Partido não será
implantado na rede de ensino de Marechal Rondon
Em votação secreta ocorrida na sessão de ontem (11) do Poder
Legislativo de Marechal Cândido Rondon, a maioria dos vereadores votou pela
manutenção do veto do prefeito Marcio Rauber ao projeto de lei 29/2017, de
autoria do vereador Ronaldo Pohl. O veto à matéria, popularmente conhecida como
Escola Sem Partido, recebeu oito fotos a favor e quatro contrários. Um vereador
votou em branco.
Para que o veto do Poder Executivo fosse derrubado na Câmara eram
necessários, no mínimo, sete votos dos 13 vereadores.
A matéria repercutiu e mobilizou segmentos da sociedade local favoráveis
e contrários ao projeto de lei. Conforme o vereador Ronaldo Pohl, a proposta de
lei tinha como objetivo assegurar a formação de alunos sem doutrinação política
ou ideológica na educação infantil das redes pública e privada de ensino no
município.
O texto, inicialmente, foi aprovado pela Câmara de Vereadores no dia 09
de novembro. Contudo, quatro dias depois foi vetado totalmente pelo prefeito
Marcio Rauber.
“Em que pese a nobre motivação que levou os ilustres vereadores a
propor o presente projeto de lei, o texto não reúne condições de ser convertido
em lei”, afirmou o prefeito no veto. No entendimento do Poder Executivo
Municipal, o projeto de lei continha vícios de iniciativa, de competência e de
constitucionalidade.
A justificativa do prefeito teve a concordância da maioria dos
vereadores, que ontem votaram pela manutenção do veto, o que impede a
implantação do projeto Escola Sem Partido na rede de ensino de Marechal Cândido
Rondon.
Apuração da votação em que a maioria dos vereadores decidiu pela permanência do veto |
Vereador Ronaldo Pohl defendeu na tribuna o projeto, antes da votação do veto |
Fotos: Cristiano Viteck
Fonte: (Assessoria de Imprensa –
Cristiano Viteck – 12.12.2017)
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Temer e a mesóclise: o homem pronominal**
O país passou sem escala dos anacolutos de Dilma Rousseff às mesóclises de Michel Temer. De um ponto de vista (digamos) psíquico-gramatical, a mudança faz o desfavor de sugerir que não há meio termo para o ser brasileiro: ou tropeçamos a cada passo na desestruturação lógica e sintática, tentando fazer com que palavras e coisas se encaixem a golpes de marreta, ou caímos na cafonice bacharelesca que azeita as engrenagens do discurso enquanto o afasta da fala popular e o torna marotamente difícil, concebido menos para se comunicar com cidadãos do que para mesmerizar multidões. Em algum lugar profundo de nossa mentalidade, há uma placa de bronze na qual, sob uma efígie de Rui Barbosa e com nota de rodapé informando tratar-se de tradução do latim, está gravada esta mentira: “Falar enrolado é sinal de uma inteligência superior”.
Sim, este artigo trata de uma mera questão de forma. Em primeiro lugar porque por trás desta, se procurarmos bem, sempre há belos nacos de conteúdo. Mas não é só isso. Num momento em que o provocador Sérgio Machado faz o papel daquela mulher canastronamente oferecida do “teste de fidelidade” da TV e convida todos a confessar seus pecados, revestindo as tramoias brasilienses de um ar chanchadeiro, começa a se esboçar para a história do impeachment um enredo em que todos os lados da guerra política se igualam no objetivo de salvar a própria pele da ameaça representada por um intruso togado que não sabe brincar. Perde força até entre dilmistas de carteirinha a tese do “golpe judiciário-midiático”, sobe a da “frente ampla do abafa”. Num contexto político em que distinções clássicas de conteúdo tendem a virar geleia, afogadas no tacho do fisiologismo universal, prestar atenção às diferenças de forma talvez ganhe ainda mais importância.
“Procurarei não errar, mas, se o fizer, consertá-lo-ei”, disse Michel Temer na última terça-feira, ao anunciar suas primeiras medidas econômicas ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Para seu crédito, deu uma risadinha após a tirada de intercalar o pronome oblíquo átono entre o radical e a desinência de “consertarei”. Reconhecia assim o que já virou a principal marca de seu estilo. Desde o “sê-lo-ia” do discurso de posse, dia 12, vinha angariando elogios e críticas. Houve quem se derretesse pelo domínio linguístico demonstrado pelo sucessor de uma presidente incapaz de juntar lé com cré. Houve quem apontasse o descompasso entre aquela ostentação mesoclítica e os pequenos deslizes gramaticais que Temer de fato comete para defender a tese de um retrocesso de comunicação entre o “coloquialismo” de Dilma e a pompa do presidente interino.
A mesóclise é a colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo, interposto a ele, em vez de antes (próclise) ou depois (ênclise). Ocorre apenas com formas verbais do futuro (“consertá-lo-ei”) e do futuro do pretérito (“sê-lo-ia”). No português brasileiro moderno, é basicamente entulho, uma peça do ferro-velho gramatical. Isso não quer dizer que não se deva estudá-la nas escolas: é preciso, sim, conhecer a história da língua e ter instrumentos para ler sem susto textos de épocas diversas, não só o que se publica hoje na internet. Também não significa que a mesóclise seja inteiramente destituída de aplicação contemporânea: para o humor, como sátira do discurso de um personagem antiquado ou metido a besta, é recurso muito eficaz. Além disso, como demonstra Temer, sua utilidade é inegável para quem deseja ser um personagem antiquado ou metido a besta.
Jânio Quadros, o presidente brasileiro que mais abusou da mesóclise, também lançava mão da linguagem formal para compor um estilo, mas parecia pôr mais humor na receita: ser o que chamamos hoje de “figura” estava em seus planos. Tanto que, personagem maior que a vida, entrou para o folclore político como autor de frases que nunca disse: “Fi-lo porque qui-lo”, por exemplo, em que o “porque” (que deveria atrair o pronome) torna a segunda ênclise um erro feio. O risco maior, no caso de Temer, nem é o de soar como um político da República Velha, algo que ele parece até desejar. É ser abatido precocemente pelos sucessivos erros de seu governo e entrar para a história como o homem-mesóclise: aquele que foi intercalado brevemente entre as duas metades do segundo mandato de Dilma.
Mais que gramatical, o problema da mesóclise é de cultura. Faz mais de meio século que os linguistas sabem disso: colocação de pronomes não é camisa de força sintática. Depende da fonética, do uso, da história, do estilo de cada comunidade de falantes. Mesmo assim, os ultraconservadores insistem em impor a colocação lusitana como padrão, traço de subserviência cultural que chega a ser incompreensível, para não dizer imperdoável, quase um século depois da Semana de Arte Moderna. “É urgente afastar a ideia de que a colocação brasileira é inferior à que os portugueses observam”, escreve o autor da Moderna Gramática Portuguesa. Um radical? Longe disso: aos 88 anos, membro da Academia Brasileira de Letras, Evanildo Bechara é o mais respeitado gramático brasileiro vivo.
* Artigo publicado em minha coluna no caderno Aliás do Estadão.
**Fonte: http://www.melhordizendo.com/temer-e-mesoclise-o-homem-pronominal/
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Deputado Elio confirma verba para construção do Contorno Oeste de Mal Rondon
O plenário do Senado deve votar nos próximos dias a autorização para o Paraná contratar uma operação de crédito junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O financiamento de 235 milhões de dólares, passou nessa semana pela Comissão de Assuntos Econômicos da Casa, em votação simbólica, e agora segue para votação no plenário.
De acordo com a justificativa do Palácio Iguaçu, o dinheiro será usado em obras rodoviárias, projetos de infraestrutura e centros logísticos.
Dentre as obras previstas, está o Contorno Oeste de Mal Rondon, conforme o deputado estadual Elio Rusch.
Fonte: http://www.radiodifusora.com.br/ver_noticia.php?uid=29221
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Psol de Marechal Rondon mantém Elisa Koefender na presidência do Diretório Municipal
O Partido Socialismo e Liberdade – Psol, de Marechal Cândido Rondon reuniu filiados, simpatizantes e companheiros de luta em sua Plenária Municipal, no último sábado (30/09), para definir os delegados para o Congresso Estadual e eleger também a direção executiva do diretório municipal para os próximos 3 anos.
A zootecnista Elisa Koefender, manteve-se na presidência do Diretório Municipal, tendo como secretário geral o advogado Maicon Palagano. Compõem ainda a Executiva Adriano Lipsch, como tesoureiro; Luciano Egídio Palagano, como secretário de Formação e Ana Maria de Carvalho, como secretária de Comunicação.
Para representar o diretório no Congresso Estadual do partido foram eleitos Elisa Koefender e Maicon Palagano.
O encontro contou com a presença do professor Gilberto Calil, que abriu a reunião com uma pequena palestra sobre a conjuntura política atual e o papel da esquerda neste momento, em que a sociedade se depara com declarações e pronunciamentos de cunho claramente fascistas e preconceituosas.
Estiveram presentes também a professora Jacqueline Parmigiani, candidata à prefeita pelo Psol na última eleição municipal em Toledo, representando a Frente de Esquerda Socialista do Paraná, além do cacique Nelson Ribeiro, da aldeia guarani Vya Renda, de Santa Helena, acompanhado por Arnaldo Alves e Mariano Jeasaju Palácio.
Para a presidente do Diretório Municipal do Psol, único partido do município a ter uma mulher como presidente em nível municipal, a presença deles na Plenária reafirma o compromisso do partido na defesa da causa indígena, uma das grandes demandas políticas da nossa região.
Ainda de acordo com Elisa Koefender, o Psol de Marechal Rondon vai continuar a participar ativamente na luta pela maior participação das mulheres na política municipal, estadual e nacional, pelos direitos dos trabalhadores, e nas causas e demandas sociais que o município apresenta no momento.
“Questões importantes como o crescimento de ideias e ideais fascistas, homofóbicos e xenofóbicos, que se alastram em nível nacional, se verificam também na nossa região. O Psol é, e sempre foi, um baluarte contra tudo isto, e mostra isso com sua participação nos movimentos sociais, sem deixar de acompanhar o cenário político municipal, onde, reconhecidamente, somos oposição”, destaca a presidente do Diretório Municipal do Psol.
Fonte: Secretaria de Comunicação/Diretório Municipal do PSOL
Marechal Cândido Rondon/PR
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PSOL de Marechal Rondon realiza Plenária neste sábado
O Partido Socialismo e Liberdade –
Psol, de Marechal Cândido Rondon, realiza neste sábado (30/08), sua Plenária Municipal
para eleição de delegados para o 6º Congresso Nacional do PSOL e eleição da
coordenação do diretório municipal do partido.
A plenária terá início às 18 horas e
será realizada na rua Presidente Costa e Silva, 1159, centro de Marechal
Cândido Rondon, próximo ao Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta.
Além de contar com a presença dos
filiados e simpatizantes, a Reunião Plenária é aberta à comunidade e a quem tiver
interesse em participar.
Cada filiado deverá levar um
documento com foto.
Segundo a presidenta do Diretório
Municipal, Elisa Koefender, a presença dos filiados é de extrema importância
para o partido, visto que nela serão eleitos os delegados que representarão
Marechal Rondon nas instâncias estadual e federal do partido.
Fonte: Secretaria de Comunicação do DM do PSOL/MCR/PR
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Unidade Básica de Saúde é inaugurada em
Entre Rios do Oeste
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Os munícipes de Entre Rios do Oeste receberam no início deste mês de julho um reforço para o atendimento na área de saúde, com a inauguração da Unidade Básica de Saúde (UBS). O deputado estadual Elio Rusch acompanhou a cerimônia de entrega à comunidade do espaço com mais de 300 m², construção que recebeu R$ 464.794,58 viabilizados junto ao governo do estado. O prefeito Jones Heiden e vice-prefeito Ari Maldaner receberam secretários, vereadores e comunidade para o ato inaugural da UBS, que fica junto ao Centro de Saúde do município.
O deputado federal Evandro Roman também participou da inauguração, obra para a qual direcionou R$ 300 mil através de emenda parlamentar. Recursos que foram investidos na compra de equipamentos. Também estavam presentes o deputado estadual Schiavinato e a chefe da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Denise Liell.
O prefeito entrerriense destacou que a obra auxiliará na prestação de serviço aos munícipes. “Com um espaço amplo, novos equipamentos e o investimento constante no aperfeiçoamento da equipe de saúde podemos disponibilizar um atendimento mais humanitário”, completou o prefeito.
O deputado Rusch descreveu sobre a felicidade em inaugurar a Unidade Básica de Saúde, um projeto que ele esteve diretamente envolvido e pelo qual manteve tratativas junto ao governo Beto Richa afim da destinação dos recursos. “Parabéns ao grupo de administração, ao prefeito Jones e toda equipe, que insistiu na UBS e agora vemos o resultado”, destacou Rusch.
Em seu pronunciamento, Rusch ressaltou sobre as obras de reformas que estão sendo realizadas nas rodovias estaduais e de outras de estão em fase de projeto, como a terceira pista no trecho de Vila Curvado a sede de Marechal Cândido Rondon. Assim como o Contorno Oeste, para o qual já iniciaram as audiências e em breve serão iniciadas as obras. “A situação econômica do nosso estado é referência nacional, isso porque os deputados da base apoiaram o ajuste fiscal do governo Beto Richa. Agora vemos o reflexo, enquanto muitos estados estão endividados, não tem dinheiro para pagar os servidores e fazer investimentos, em no nosso estado é diferente”, concluiu o deputado Rusch.
Fonte: Assessoria
* Texto editado
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A produção de alimentos e os novos supermercados online
Dilceu Sperafico*
O mercado moderno e a expansão da tecnologia prosseguem surpreendendo fornecedores e consumidores, inclusive de alimentação, o que exige a atenção de agricultores, de agroindústrias e do agronegócio, além do comércio do setor.
Na verdade, a venda com serviço de entrega de produtos no endereço indicado pelo cliente, também conhecido como sistema delivery, não se trata de nenhuma novidade, pois está espalhada por todo o mundo, incluindo as pequenas cidades brasileiras.
O atendimento por telefone ou internet é conhecido em setores como pizzarias e restaurantes, que fornecem refeições e lanches na residência ou local de trabalho dos interessados.
O mesmo ocorre com farmácias e outros estabelecimentos comerciais e, na prática, a atividade virtual também está tomando conta do comércio de eletrodomésticos e outros bens de consumo.
Na relação com o agronegócio, a novidade são supermercados online, que trabalham com preços vantajosos para os clientes e entrega gratuita, inclusive de alimentos perecíveis.
No caso da loja online, o cliente elabora relação mensal de produtos fornecidos por esses estabelecimentos, recebe as encomendas em casa e a aquisição fica bem mais barata, com as vantagens de economizar tempo, combustível e até esforço pessoal.
Está certo que há pessoas que até gostam de ir ao supermercado e ver novidades nas gôndolas e prateleiras, mas quando isso vira obrigação ou sobrecarga, acaba mudando hábitos, até porque, no mundo atual, a maioria dos casais trabalha fora e retorna para casa ao final da tarde.
Também por isso, supermercados que atendem 24 horas, durante sete dias por semana ou estabelecimentos online, com entrega em casa, não são mais novidades nos grandes centros urbanos do mundo inteiro.
O serviço online já está enfrentando forte concorrência, especialmente no fornecimento de alimentos não perecíveis, bebidas e material de higiene pessoal e limpeza, entregando lista atualizada de compras, todo mês ou até toda semana.
Em cidades brasileiras há serviço com assinatura, na qual o cliente cadastrado apresenta e atualiza lista e recebe os produtos em casa, sem cobrança de frete nas compras acima de 250 reais.
Esse valor mínimo de entrega varia, mas o setor garante que o custo da compra pode ficar até 30% menor. Os empresários conseguem oferecer o benefício porque fazem pedidos aos fornecedores de acordo com a demanda do site.
Com isso, as empresas não têm custos com manutenção de estoques e dificilmente perdem produtos. Como a compra é recorrente ou repetida todo mês, com pequenas alterações, comerciantes conseguem negociar vantagens com os fornecedores.
Sem excesso de estoques, não há perda de produtos por vencimento de prazo de validade e custos com armazenamento são pequenos.
Os motoristas que fazem as entregas são contratados diretamente pelos empresários e conhecem bem o roteiro do trabalho. Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, também já há supermercado apostando na expansão da tele-entrega, oferecendo frete grátis para atrair mais clientes.
O serviço de venda pela internet, drive thru e entrega em casa ganhou destaque de inovação mercadológica no Ranking da Associação Gaúcha de Supermercados de 2017.
Os estabelecimentos estão mantendo preços razoáveis até mesmo em frutas e vegetais, que são o que mais os clientes consomem, contando com a economia de tempo na venda e entrega, o que torna a compra pela internet bem atrativa.
*O autor é deputado federal pelo Paraná
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PARLASUL
TOLEDO - A 48ª Sessão Ordinária do Parlamento do Mercado Comum do Sul (Mercosul), Parlasul, foi realizada nos dias 26 e 27 de junho, segunda e terça-feira desta semana, na cidade de Montevidéu, capital do Uruguai, com os objetivos de debater e deliberar sobre extensa Ordem do Dia, incluindo 30 propostas e pareceres de comissões.
Entre os parlamentares brasileiros presentes, esteve o deputado federal Dilceu Sperafico, integrante titular do Parlasul desde a sua criação, o que lhe permitiu participar de todas as decisões coletivas importantes para a organização e países membros.
O Congresso Nacional Brasileiro é representado no bloco por três senadores e 16 deputados federais, de diversas agremiações partidárias e unidades da Federação.
Segundo Sperafico, os trabalhos, realizados no Edifício Mercosul, iniciaram pela manhã de segunda-feira e se estenderam até o dia seguinte, com participação efetiva e democrática de parlamentares de todo o continente.
Entre as atividades desenvolvidas estiveram reuniões de Comissões Permanentes e da Mesa Diretora do Parlasul, com a análise e encaminhamento para votação de diferentes temas da agenda.
Conforme Sperafico, entre os assuntos debatidos nessa última reunião estiveram a crise econômica na Argentina, a proposta de suspensão do bloco da Venezuela, protocolada em dezembro do ano passado, e o ingresso da Bolívia, o que ainda depende de aprovação de cada país-membro.
Na avaliação de Sperafico o encontro foi positivo, pois possibilitou o debate de crises enfrentadas por países integrantes do bloco, incluindo o Brasil e a Venezuela, além de facilitar o diálogo e a troca de experiências e conhecimentos, que contribuem para a maior eficiência e qualidade da atividade legislativa, visando sempre o desenvolvimento e o bem-estar da população.
Sperafico é membro titular da Comissão Permanente de Trabalho, Políticas de Emprego, Seguridade Social e Economia Social, cujos trabalhos, com apresentação, discussão e votação de proposições e manifestações, iniciaram em reunião às nove horas da manhã de segunda-feira.
Segundo ele, as demais Comissões Permanentes são responsáveis por temas como Assuntos Jurídicos e Institucionais; Assuntos Econômicos, Financeiros, Comerciais, Fiscais e Monetários; Assuntos Internacionais, Interregionais e Planejamento Estratégico; Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Esporte; Desenvolvimento Regional Sustentável, Ordenamento Territorial, Habitação, Saúde, Meio Ambiente e Turismo; Cidadania e Direitos Humanos; Assuntos Internos, Segurança e Defesa; Infraestrutura, Transportes, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca; e de Orçamento e Assuntos Internos.
Conforme o deputado Sperafico, a atual Mesa Diretora do Parlasul, tem como presidente o deputado federal Arlindo Chinaglia, do Brasil; e como vice-presidentes os parlamentares Jorge Tiana, da Argentina; Tomás Bittar, do Paraguai; Daniel Caggiani, do Uruguai; e Luís Emílio Rondón Hernandez, da Venezuela.
Fonte: Costa Assessoria
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Elisa Koefender assume
a presidência do PSOL de Marechal Rondon
A zootecnista rondonense Elisa Koefender assumiu a
presidência do Diretório Municipal do PSOL neste final de semana. Seu nome foi
indicado e referendado em reunião plenária do partido, aberta a todos os
filiados, realizada na noite deste domingo.
Como ocupava o cargo de tesoureira na Executiva, foi nele
substituída por Maicon Palagano, candidato à prefeito pelo partido, na última
eleição municipal.
Segundo a presidente do Diretório Municipal do Partido
Socialismo e Liberdade, o partido é sólido no município e demonstrou isso ao
ficar em quarto lugar nas recentes eleições municipais, mesmo tendo disputado o
pleito sem fazer parte de nenhuma coligação.
O PSOL comemora neste ano, uma década de existência em
Marechal Cândido Rondon.
Fonte: Secretaria de Comunicação do DM de MCRondon/Pr
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Arion solicita informações sobre
implantação do Procon em Marechal Rondon
A primeira solicitação refere-se ao andamento dos trâmites
visando a implementação da unidade do Procon/PR em Marechal Cândido Rondon.
O vereador Arion Nasihgil apresentou três requerimentos, na sessão de
ontem (15) da Câmara de Marechal Cândido Rondon. Todos tratam de pedidos de
informações a serem encaminhados ao Poder Executivo Municipal.
Entre outras questões, o edil pede qual o prazo para o início do
funcionamento do serviço; qual será a contrapartida da municipalidade na
implementação da unidade e, uma vez em funcionamento, se haverá custos por
parte da Prefeitura para a manutenção do Procon.
Além disso, Arion solicita que a Câmara envie ofício à 1ª Promotoria de
Justiça da Comarca, solicitando informações sobre o cumprimento ou não do
pactuado pela administração municipal a respeito da vinda do Procon para
Marechal Cândido Rondon.
Outro pedido de informações feito pelo vereador é sobre o
funcionamento, estrutura e procedimentos da Ouvidoria Municipal da Saúde. Além
disso, Arion requer à municipalidade que encaminhe à Câmara cópias integrais de
todos os registros efetuados na Ouvidoria, bem como dos procedimentos abertos a
partir dos mesmos.
O último pedido de informações trata dos Termos de Ajustamento de
Conduta (TAC) firmados pela administração pública direta e indireta com o
Ministério Público do Paraná. Ele requer que seja informado, com cópia
integral, quantos TACs foram firmados pela Prefeitura, pelo Sistema Autônomo de
Água e Esgoto (Saae) e pela Companhia de Desenvolvimento de Marechal Cândido
Rondon (Codecar) de janeiro de 2009 até a presente data. As respostas devem
indicar individualmente se o TAC já foi integralmente atendido ou não, ou encontra-se
em fase de cumprimento.
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Desastres naturais e o agronegócio brasileiro
Dilceu Sperafico*
Os prejuízos causados pelos desastres naturais, entre os quais vendavais, enchentes, tempestades de granizo e secas, são cada vez maiores e mais preocupantes, pois têm como principais vítimas pessoas de baixa renda.
Conforme relatório do Banco Mundial, divulgado no final do ano passado, as tragédias da natureza já causam perdas de 300 bilhões de dólares e colocam 26 milhões de pessoas na miséria, em todo o planeta, a cada ano.
Por isso, como destacamos em diversas oportunidades, insistimos que o agricultor é o principal interessado no equilíbrio ambiental, pois exercendo atividades econômicas a céu aberto, é o primeiro a sofrer perdas com as adversidades climáticas.
Não por acaso, portanto, o produtor rural brasileiro jamais deixou de acatar exigências legais e investir recursos próprios na preservação, ampliação ou reposição de matas ciliares e reservas florestais em suas propriedades.
Conforme o documento, os impactos humanos e econômicos dos fenômenos meteorológicos extremos, agravados pelas mudanças climáticas, estão se tornando cada vez mais devastadores do que se pensava, na medida em que seus danos não mais se resumem às perdas materiais.
Na avaliação de especialistas, os eventos climáticos de maior porte muitas vezes anulam décadas de avanços na luta contra a pobreza. Isso porque as tempestades, inundações e estiagens prolongadas, têm sempre graves conseqüências humanas, além dos prejuízos econômicos.
Na prática, são as pessoas mais pobres que acabam pagando, muitas vezes, o preço mais elevado das tragédias climáticas. Prova disso é que nas áreas urbanas as enchentes alagam e destroem as moradias localizadas nas margens de cursos d’água ou em declives acentuados, sem a localização, proteção e resistência de edificações mais sofisticadas.
Na agropecuária acontece algo semelhante, pois são os pequenos produtores que sempre acabam perdendo mais com as adversidades climáticas, pela pequena dimensão de suas áreas de cultivo e precariedade de instalações destinadas ao abrigo de criações de animais, além de não contarem com a alternativa do seguro.
Diante dessa realidade, os especialistas afirmam que investir na prevenção aos desastres climáticos, através da educação ambiental, reforço de edificações, transferência de moradias de áreas de risco e medidas similares, não só fazem sentido apenas no aspecto econômico, pois se tratam de imperativo moral da atualidade, num planeta que sofre cada vez maiores e graves instabilidades e tragédias climáticas.
O relatório do Banco Mundial igualmente destacou o peso desigual de desastres naturais sobre as pessoas de baixa renda, considerando que as perdas patrimoniais e de bem-estar são diferentes entre as categorias sociais, já que prejuízos estimados em determinado valor monetário não sãos os mesmos para pessoas rica e pobres.
Conforme o documento, para nossa ainda maior preocupação, a América Latina e o Caribe estão entre as regiões do mundo mais prejudicadas pelas inundações e secas severas provocadas pelas mudanças climáticas, com perdas materiais causadas por esses fenômenos de 84 bilhões de dólares por ano.
Para o Brasil e os brasileiros, que dependem do desempenho do agronegócio para o desenvolvimento econômico e estabilidade social, as revelações e alertas do banco Mundial são mais do que oportunas, pois se os produtores rurais já fazem a sua parte, precisamos cobrar atitudes semelhantes de moradores urbanos.
*O autor é deputado federal pelo Paraná
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PROJETO NACIONAL NÃO É FRIBOI – Resposta a Breno Altman
Por Bernardo Corrêa – sociólogo e militante do PSOL/MES-RS
Uma das grandes qualidades dos analistas políticos e pensadores, muitas vezes, não é formular as melhores respostas, mas as melhores perguntas para os problemas mais importantes que se apresentam na realidade.
Mais uma vez como intelectual orgânico da conciliação de classes lulista, Breno Altman se alça a formular perguntas para justificar a estratégia do seu ex-governo, de desenvolvimento “nacional” baseado no conluio público-privado. Desta vez, nosso pensador se lança contra a Operação Carne Fraca da Polícia Federal que desvelou a podridão da indústria de processamento de carne das duas maiores empresas transnacionais brasileiras, com a anuência do PP, do PMDB e do PT ainda no governo, com a grana do BNDES e dos fundos de pensão.
Em uma nota acanhada intitulada “DEVAGAR COM O ANDOR” lança o questionamento que rapidamente tornou-se comum entre os defensores do lulo-petismo:
“Mas não é de deixar com a pulga atrás da orelha que, logo após o tsunami policial responsável por destruir as empreiteiras nacionais, ramo mais internacionalizado e pujante da indústria nacional, agora seja a vez do segundo setor brasileiro com mais protagonismo mundo afora, o de processamento de carnes”?
Certa vez o historiador marxista Edward Thompson escreveu que Althusser era uma fonte inesgotável de erros. A sorte de Altman é que Thompson não deve ter conhecido seus questionamentos, pois ele ganharia o posto imediatamente, já que passa longe do talento do filósofo francês.
Segundo Altman, a operação seria uma forma de enfraquecer a indústria nacional e entregar estes setores ao capital internacional imperialista, nesse caso, a corrupção seria apenas um pretexto de uma grande conspiração contra as empresas que ajudaram o governo petista a desenvolver o país. O que fazer então? Defender as empresas que vendiam carne podre com produtos cancerígenos? Defendê-las representa primar pelo interesse nacional? De quem mesmo? Trata-se de uma mistificação tão grotesca que deveria dar vergonha aos que a levam a sério, tanto quanto a Toni Ramos por fazer propaganda da qualidade “confiável” da carne da Friboi.
O erro mais grave – e que definiu o transformismo político do PT – está em pensar que o fato de ter capital nacional faz com que estes setores da burguesia sejam representantes de algum projeto nacional. De acordo com o trabalho de Virgínia Fontes[1] já em 2007 a JBS-Friboi tinha 81% de suas receitas provenientes de investimentos no exterior e 64,6% do total de empregos gerados pela empresa eram fora do país. Era a campeã em investimentos no exterior, seguida pela Odebrecht que a Operação Lava Jato já tratou de desmascarar seu modus operandi corrupto para se tornar “o ramo mais internacionalizado e pujante da indústria nacional”. Curiosamente ou não, também foram as duas empresas que mais receberam recursos do BNDES. De acordo com o próprio BNDES, o grupo JBS-Friboi pegou emprestados R$ 2,5 bilhões entre 2005 e 2014.
Para contribuir com a nação, desde que os recursos foram liberados em 2005 pelo BNDES a Friboi repassou R$ 463,4 milhões a políticos e partidos nas eleições de 2006, 2008, 2010 e 2014, o que representa cerca de 18,5% do que pegou emprestado. Em 2014, a JBS foi a maior doadora, seguida pela Odebrecht, R$ 111 milhões, e do Bradesco, com doações de R$ 100 milhões. Nesse mesmo ano, a JBS doou R$ 366,8 milhões às campanhas de Dilma, Aécio e Eduardo Campos. Claro que ninguém sabia que estavam lucrando com carne podre. Afinal nos banquetes do poder a carne é fraca e se come caviar francês. Definitivamente não é Friboi.
Se estes grandes cartéis ainda conservam algo de nacional, são as facilidades que o Estado brasileiro lhes concede com o nosso dinheiro para fazerem os melhores negócios no exterior, financiar a casta política e superexplorar a classe trabalhadora dos países vizinhos e mais pobres que o Brasil. De resto os lucros destas empresas são tão mundializados como qualquer outro oligopólio capitalista dos países imperialistas aos quais elas estão associadas.
A outra empresa grampeada pela Operação da PF, a Brasil Foods (BRF) é produto de uma fusão entre a Sadia e a Perdigão anunciada em 2009 e efetivada em 2011. Foi financiada pelo BNDES e pelo fundo de pensão PREVI, destinado originalmente à aposentadoria complementar dos trabalhadores do Banco do Brasil. De acordo com trabalho de Fernanda Melchionna[2] (2012):
Pela citação e participação ativa do BNDES e dos fundos de pensão que têm relação com a política governamental, podemos deduzir que houve empenho do Planalto para que a fusão fosse de fato concretizada(…) Na seção de governança corporativa da BRF, encontramos a Previ como um dos maiores detentores do controle acionário, contendo cerca de 12,76% junto com a Família Furlan, que detém a mesma quantidade de ações.
Luis Fernando Furlan, havia sido ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de Lula, e justamente sai do Ministério e retorna à presidência da Sadia meses antes do anúncio da fusão. Também é sabido que a PREVI foi historicamente dirigida por quadros oriundos do PT e da CUT, como o caso do ex-ministro Palocci que era chefe da casa civil na ocasião. Os fundos passaram a ser utilizados como ativos financeiros na Bolsa de Valores e mecanismo de financiamento de obras do PAC, como a controversa Usina de Belo Monte. Tais fundos ganharam especial impulso após a reforma da previdência em 2003 feita pelo governo Lula. Aquela que nos expulsou do PT e parece que foi aprovada no Congresso por meio do famoso mensalão. Não é de deixar com a pulga atrás da orelha tantas coincidências?
A pesquisa de Fernanda revela ainda que a composição acionária da BRF tem pouco de “nacional”, como supõe o senhor Altman. Há muito capital estrangeiro e, especialmente, especulativo.
Para piorar, após a fusão, as empresas operaram uma reestruturação que intensificou ainda mais a exploração do trabalho. A BRF teve que pagar uma multa de R$ 100 mil ao Ministério Público por terceirização do abate de frangos em sua própria linha de produção e foi condenada a pagar uma indenização de R$ 6 milhões de reais por descumprir o descanso de 20 minutos necessários aos trabalhadores a cada 40 minutos expostos à temperatura baixa das câmaras frias. De acordo com Bianchi e Braga[3] (2011):
A taxa de poupança privada é historicamente baixa [no Brasil] e a solução para o investimento depende fundamentalmente do Estado. Os fundos de pensão atuam nesta linha, buscando equacionar a relativa carência de capital para investimentos. O curioso é que, no período atual, a poupança do trabalhador, administrada por burocratas sindicais oriundos do novo sindicalismo, está sendo usada para financiar o aumento da exploração do trabalho e da degradação ambiental.
A defesa dos interesses nacionais passa muito longe da defesa do conluio público-privado. Há muito sabemos que a burguesia brasileira nunca se preocupou com um projeto de nação. Estas empresas são a expressão de um projeto subimperialista de duplo caráter: predomínio sobre os mais fracos e subalternidade aos mais fortes. Este definitivamente nunca poderá ser o nosso projeto nacional.
[1] Fontes, Virgínia. O BRASIL E O CAPITAL-IMPERIALISMO. Editora UFRJ, Rio de Janeiro: 2010.
[2] Melchionna, Fernanda. FUNDOS DE PENSÃO DIANTE DA MUNDIALIZAÇÃO FINANCEIRA: O CASO DA PREVI ENTRE 2003 A 2010. Monografia apresentada à Faculdade Porto-Alegrense para a obtenção do título de Especialista em História do Brasil Contemporâneo, Porto Alegre, 2012.
[3] Braga, Ruy; Bianchi, Álvaro. A financeirização da burocracia sindical no Brasil. In: www.correiocidadania.com.br/content/view/5816/9/. 30 Maio 2011.
Fonte: http://esquerdasocialista.com.br/projeto-nacional-nao-e-friboi-resposta-breno-altman/ ---------------------------------------------------------------------------------------------
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A devastação de florestas no Brasil e no mundo
Dilceu Sperafico*
A devastação de florestas nativas, com as mais diferentes finalidades, está muito distante de ser ação predatória restrita à população brasileira.
Muito pelo contrário, pois o País preserva nada menos do que 68% de seu território, com dimensões continentais, em matas originais intocadas, parques florestais e reservas indígenas.
Somente 32% são ocupados com atividades produtivas, como pastagens, agricultura ou áreas urbanas.
No restante do planeta, apenas pequenas áreas desabitadas, como ilhas ou regiões montanhosas, tiveram percentual preservado semelhante.
Prova disso é que as florestas intactas no mundo foram reduzidas em 7,2% entre os anos de 2000 e 2013, apesar de toda a pregação preservacionista de organizações ambientalistas, especialmente nos países desenvolvidos.
Os números foram apurados em estudo de especialistas, publicado pela respeitada revista científica “Science Advances”, em edição de janeiro último.
O levantamento foi coordenado pelo professor de geografia da Universidade de Maryland, dos Estados Unidos, Peter Potapov, cuja equipe se baseou em imagens de satélites da empresa Google Earth e dados oficiais de governos, para dimensionar as novas áreas desmatadas no planeta, ao longo dos últimos anos.
Conforme o estudo, no período citado, as novas áreas desmatadas somaram 919 mil quilômetros quadrados, de terrenos formados por ecossistemas florestais nativos.
As regiões tropicais foram responsáveis por 60% do desmate em áreas até então intactas da paisagem florestal, enquanto 21% das perdas de matas ocorreram em terras boreais e 19% foram registrados ao Norte desses territórios, na Europa, Ásia e América do Norte.
Conforme os especialistas, mais da metade da devastação identificada, se concentrou em apenas três países. A liderança ficou com a Rússia, onde o desmate somou 179 mil quilômetros quadrados.
No Brasil, o desmatamento atingiu 157 mil quilômetros quadrados e no Canadá, 142 mil quilômetros quadrados. Tais números mostram claramente a injustiça sofrida pelo agronegócio brasileiro, acusado de devastação de florestas e contribuição para o aquecimento global, com os conhecidos problemas para a humanidade e espécies animais e vegetais.
O Brasil, que vem expandindo sua produção de alimentos e matérias-primas, colaborando para o combate à fome e miséria do mundo inteiro, desmatou menos da metade da área devastadas na Rússia e Canadá, ambos os países com extensas áreas montanhosas e cobertas de neve em boa parte do ano, sem qualquer atividade agropecuária.
O próprio estudou comprovou esse diferencial, destacando que as principais causas do desmatamento foram a extração de madeira, em 37% das áreas atingidas e a propagação dos incêndios florestais, em mais de 21% do total.
Outras causas foram a construção de rotas para a exploração mineral, extração de petróleo, gasodutos e linhas elétricas, além da expansão da rede de estradas.
A expansão agrícola resultou no desmatamento de 27%, compensando eventuais perdas ambientais com a produção de alimentos para o ser humano.
As paisagens florestais preservadas são fundamentais para o bem-estar e até a sobrevivência da espécie humana, na medida em que armazenam o carbono terrestre e garantem habitats naturais para animais silvestres.
Se as áreas florestais nativas continuarem sendo devastadas na proporção do período analisado, pelo menos 19 países perderão toda sua floresta natural ao longo dos próximos 60 anos.
*O autor é deputado federal pelo Paraná
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Portinho apresenta projeto que
amplia poder de fiscalização da população em obras públicas
Todas as obras públicas de Marechal Cândido Rondon deverão ter placas
com informações sobre valor investido e o nome da empresa responsável pela
execução. É isto o que propõe o projeto de lei 03/2017, de autoria do vereador
Valdir Port (Portinho) e que começou a tramitar esta semana no Poder
Legislativo. O objetivo principal da proposta, segundo o autor, é garantir
maior poder de fiscalização à população sobre as obras públicas executadas com recursos
municipais.
Conforme Portinho, obras feitas com dinheiro oriundo do Governo Federal
já cumprem esta obrigação. O mesmo não acontece com todas as obras onde são
aplicados recursos dos governos estadual e municipal. Caso seja aprovado o
projeto de lei, todas as obras contratadas pelo município deverão ter placas
constando os nomes da empreiteira responsável pela construção, do responsável
técnico e do proprietário da empresa, além do valor da obra, o prazo de
execução e qual a destinação da estrutura. A placa, com tamanho mínimo de 2,5
m², deverá ser fixada em local visível a qualquer cidadão.
Além disso, o projeto de lei prevê que, no prazo máximo de 30 dias após
a conclusão da obra e o recebimento da mesma por parte da municipalidade, a
Prefeitura encaminhe à Câmara de Vereadores cópia do termo de recebimento, no
qual deve constar o nome do servidor ou responsável técnico que assinou o
documento.
Uma vez criada a lei, o descumprimento poderá implicará sanções ao
prefeito e também à empresa contratada.
“Nós vemos obras que mal inauguramos e com o passar de poucos meses já
estão comprometidas. Nós temos que preservar os recursos públicos. O grande
objetivo deste projeto de lei é garantir que tenhamos obras com mais qualidade.
Com estas placas, a comunidade poderá lembrar o nome do empreiteiro e da
empreiteira responsável e cumprimentá-los pela boa obra ou cobrá-los pela má
qualidade da obra pública que executaram”, argumenta Portinho.
No mesmo sentido segue a exigência de que seja enviado à Câmara cópia
do termo de recebimento da obra por parte da Prefeitura. Segundo o vereador, a
intenção é que o servidor técnico responsável, ao colocar a sua assinatura no
documento, afirme com convicção de que a obra, de fato, tem a qualidade que a
comunidade espera.
Após lido na sessão da última segunda-feira (06), o projeto de lei foi
baixado pelo vereador presidente Pedro Rauber para análise da Comissão
Permanente de Justiça e Redação. Após a elaboração do parecer no prazo
regimental, o projeto irá para votação dos vereadores em plenário.
(Assessoria de Imprensa –
Cristiano Viteck – 10.03.2017)
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Fonte: Airton Kraemer - assessoria de comunicação.
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