segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fachi Peças

110 cursos de Agroecologia no Brasil

O Brasil vem se destacando mundialmente pelo avanço da Agroecologia como uma nova ciência e pela aplicação dos pressupostos deste novo paradigma em experiências concretas de comunidades rurais presentes em todos os nossos biomas. A força da construção do novo paradigma agroecológico está cada vez mais evidente, seja pela presença de ações concretas de milhares de agricultores familiares, seja pelas atividades de extensão rural dispersas pelo interior do Brasil ou mesmo pela criação de projetos de pesquisa na EMBRAPA e em algumas das organizações estaduais de pesquisa.

Entretanto, não menos importante começam a ser as ações no campo da educação formal. Nosso país se tornou, em poucos anos, o único a contar com o surgimento crescente de cursos de Agroecologia. Os últimos dados informam que existem hoje no país mais de 110 cursos de Agroecologia ou com enfoque em Agroecologia, desde o nível fundamental, passando pela formação de Tecnólogos, pelo Bacharelado e, inclusive, em cursos de especialização, mestrado e linhas de pesquisa em programas de doutorado.

A formação profissional no campo da Agroecologia está passando por uma explosão de novos cursos. Isto preocupa, pois esta nova ciência do campo da complexidade exige professores com uma visão diferenciada, com uma formação que esteja compatível com as novas bases epistemológicas da Agroecologia e que portanto possam contribuir mediante novos enfoques pedagógicos, metodológicos, técnicos, etc, que não são os mesmos das ciências agrárias convencionais. A Agroecologia requer um novo profissionalismo em todos os campos, inclusive na educação, e este é o grande desafio.

Devido a esta novidade no campo educacional, a Associação Brasileira de Agroecologia, tomou a iniciativa de promover um amplo processo nacional de reflexão sobre Educação em Agroecologia. O processo foi iniciado no último dia 13 de setembro, em Brasília, em uma reunião do Grupo de Trabalho sobre Educação em Agroecologia, da ABA.
                         
A idéia central, é construir conhecimentos sobre formação em Agroecologia na educação formal, a partir da sistematização e do debate crítico construtivo sobre as experiências educacionais em andamento em todo o país. Neste primeiro momento, foi feito um recorte que tratará apenas dos cursos de nível médio e superior, ficando para outro projeto o tratamento do tema na educação fundamental e de pós-graduação, por suas particularidades.

Assim sendo, a ABA-Agroecologia pretende dar uma contribuição ao país, não somente no que tange ao processo de formação dos próprios professores, mas também na discussão sobre novos currículos e projetos político-pedagógicos para a educação em Agroecologia. Ao mesmo tempo, o processo deverá permitir a oferta de uma importante contribuição aos Ministérios de Educação e de Ciência e Tecnologia, para que, no futuro, possamos vir ter uma política educacional e os recursos necessários para uma adequada formação no campo da Agroecologia.

A Associação Brasileira de Agroecologia, através deste projeto nacional, realizará oficinas de sistematização e seminários em todas as regiões do país, devendo todo o processo culminar num encontro nacional onde os achados em cada região possam ser socializados e daí possam ser extraídas contribuições concretas e diretrizes orientadoras das ações de educação formal em Agroecologia. Cabe destacar que o projeto conta com apoio financeiro do Ministério do Desenvolvimento Agrário, devido ao seu foco na formação de extensionistas rurais, e será executado em colaboração com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Castanhal.

A ABA espera poder contar com a participação de representantes de todos os cursos de Agroecologia de nível médio e superior existentes no país. Maiores informações podem ser obtidas através de contatos com os Vice-Presidentes regionais da ABA-Agroecologia ou através da página www.aba-agroecologia.org.br

Piscinas Casa do Eletricista

Na Região Sul do país, mais da metade das mortes causadas por intoxicação são decorrentes do uso dessas substâncias


Este é um problema que não salta aos olhos, mas está presente no dia a dia e interfere diretamente na saúde da população: a aplicação de agrotóxicos nos alimentos. Mesmo regulado por lei, nem sempre o uso dessas substâncias é devidamente controlado e, além disso, seja pela exposição seja pelo consumo dos alimentos, provoca danos como irritações na pele e nos olhos, dermatites, dores de cabeça constantes, náusea, vômitos e, inclusive, determinados tipos de câncer.
De acordo com os dados mais recentes do Sistema de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sintox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mais de 50% dos óbitos causados por intoxicação na região Sul do país são causados por agrotóxicos de uso agrícola ou doméstico. E a maioria dos casos acontece no Rio Grande do Sul. Em 2008, dados oficiais demonstram que 20 mortes ocorreram no Estado por esse tipo de intoxicação.
Entre 2000 e 2008, a comercialização de agrotóxicos cresceu 50% e movimentou valores que chegam a R$ 49,3 milhões de dólares, de acordo com números do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Conforme o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Francesco Conti, "a presença de agrotóxicos nos alimentos compromete o direito a uma alimentação saudável e de qualidade. Diversos estudos apontam os efeitos nocivos do uso desses produtos para a saúde, a produção de alimentos e o meio ambiente". O Promotor lembra que "alimentação saudável é direito do indivíduo e da família, e isso engloba receber alimentos nutricionalmente equilibrados e inócuos para atender às suas necessidades nutricionais, garantindo sua saúde".
"Há uma série de pesquisas que indicam a relação do uso de agrotóxicos com doenças crônicas e agudas", alerta, ainda, a presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Estado (Consea/RS). Regina Miranda enumera, por exemplo, queda na fertilidade, má formação fetal e câncer. "São problemas gravíssimos, e a maioria por ser crônico acaba não sendo atribuído ao uso dessas substâncias, que são muito nocivas".
AUDIÊNCIA PÚBLICA
O Ministério Público, em parceria com o Consea/RS, debateu o tema durante a audiência pública "O uso irregular de agrotóxicos no Rio Grande do Sul". Segundo Francesco Conti, o objetivo foi debater o uso irregular de agrotóxicos na produção de alimentos do Estado e exigir as medidas necessárias para garantir a produção de alimentos seguros, sob a perspectiva da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada.

Extraído de: Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul  -  08 de Outubro de 2010 
Fonte: http://www.aba-agroecologia.org.br/aba2/index.php?option=com_content&view=article&id=81:aba-promove-debate-nacional-sobre-educacao-em-agroecologia&catid=1:ultimas-noticias&Itemid=82

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Radio Educadora/Atlântida

Rádio Difusora

Ademir Bier reivindica aumento do efetivo policial na região oeste

O deputado estadual Ademir Bier esteve na manhã da última quarta-feira (24) na sede do Comando Geral da Polícia Militar do Paraná, em Curitiba, para uma audiência com o Coronel Rodrigo Carstens.
O objetivo do encontro, que se soma à reunião realizada semana passada com o secretário da Segurança Pública, Coronel Aramis Linhares Serpa, foi a discussão sobre alguns detalhes acerca da implantação de uma Companhia Independente, a ser sediada em Marechal Cândido Rondon.
Além do município-sede, a companhia contemplaria os municípios de Entre Rios do Oeste, Mercedes, Nova Santa Rosa, Pato Bragado, Quatro Pontes, Santa Helena e São José das Palmeiras, com aumento de efetivo de 90 para 160 policiais em atividade na região.
A medida visa reforçar o combate e repressão aos ilícitos cometidos nas regiões de fronteira, coibindo crimes relacionados ao tráfico de armas e de drogas, através de planos de operações estabelecidos pelo comandante geral da PMPR.
Já está sendo realizado um estudo de viabilidade para a implantação da companhia, o qual será enviado muito em breve para o governador do estado e posteriormente à Assembleia Legislativa (onde o deputado exerce a presidência da Comissão de Segurança) para aprovação.



Da esquerda para a direita: coronel Maurício Tortato, coronel Luiz Rodrigo Larson, deputado Ademir Bier e deputado Jonas Guimarães.Foto: MARCIA SANTOS





Fonte: Luciano d'Miguel / Assessoria de Imprensa 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Caminhos do Turismo Integrado ao Lago de Itaipu terão sinalização turística

A partir de 2011, os 603 quilômetros de rodovias que abrangem as regiões turísticas Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu contarão com sinalização padronizada estabelecida pelo Guia Brasileiro de Sinalização Turística, elaborado pela EMBRATUR, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Denatran.
O contrato com a empresa que irá elaborar o projeto executivo de sinalização turística foi assinado na terça-feira (16). A notícia foi recebida com muita alegria e satisfação pelo prefeito de Marechal Cândido Rondon e presidente do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, Moacir Froehlich. Ele foi uma das principais lideranças, que desde a primeira gestão a frente dos Lindeiros, em 2009, levantou a bandeira da necessidade de implantação de placas que indiquem os principais atrativos da região.
“Essa informação é muito positiva. Com a fixação das placas de sinalização turística vamos impulsionar ainda mais o turismo em nossa região, e, conseqüentemente, seremos mais conhecidos, vamos gerar mais empregos e garantir maior rendimento para as famílias que estão apostando no turismo rural”, destacou o presidente. Outro fato importante destacado por ele é com relação ao número significativo de pessoas que utilizam o trajeto para deslocamento de um estado para outro, sem saber que no percurso existem vários atrativos turísticos prontos para serem desfrutados. “O visitante terá uma nova impressão de nossa região e todos, só temos a ganhar”, acrescentou.
O coordenador da Câmara Técnica de Turismo (Gestur), Vilmar Mantovani também festejou a novidade. “Será um grande avanço para o turismo de nossa região”. Segundo informações, as placas serão fixadas nas BRs 277 e 163, além das PRs 465 e 469.


Os terminais turísticos da região também integram os principais atrativos turísticos










Fonte: Ciliany Perdoná
Assessoria de Imprensa

Unioeste tem 15.406 inscritos ao Vestibular 2011

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) registrou um total de 15.406 candidatos inscritos ao Concurso Vestibular 2011, que neste ano, oferece 2.329 vagas. No segundo período de inscrições (reabertas de 12/11 a 16/11) foram registradas 697 sendo que no primeiro período (04/10 a 08/11) haviam sido 14.709 inscrições.

De acordo com o Diretor de Concurso Vestibular, João Carlos Cattelan, a Unioeste, do total de inscrições efetivadas, teve ainda 778 candidatos inscritos que receberam o benefício da isenção da taxa de inscrição ao concurso. O Vestibular terá sua primeira etapa realizada no dia 28 de novembro e a segunda no dia 12 de dezembro

A diretoria de Concurso ainda reforça que a divulgação dos locais de provas com os nomes dos candidatos está disponível no site www.unioeste.br/vestibular. Os inscritos poderão obter mais informações pelos telefones (45) 3220-3099 begin_of_the_skype_highlighting              (45) 3220-3099      end_of_the_skype_highlighting e (45) 3220-3100 begin_of_the_skype_highlighting              (45) 3220-3100      end_of_the_skype_highlighting.

Neste Concurso foi mantida a reserva de vagas de, no mínimo, 40% para alunos oriundos de escolas públicas, os quais, para poderem concorrer como cotistas, devem atender à exigência de terem feito as quatro séries finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e o Ensino Médio integral e exclusivamente em escola pública.

As provas

A primeira etapa do Concurso constará de uma prova de Conhecimentos Gerais, com a seguinte distribuição: Biologia, Física, Geografia, História, Língua Estrangeira (Alemão, Espanhol, Inglês ou Italiano), Literatura Brasileira, Matemática, Português e Química, e Filosofia e Sociologia. A segunda etapa terá prova de Redação e Conhecimentos Específicos.

Obras Literárias

Para o Vestibular 2011 a Unioeste está sendo exigido as seguintes obras literárias: Lucíola (José de Alencar); Quincas Borba (Machada de Assis); Antologia Poética (Carlos Drumond de Andrade); Memorial de Maria Moura (Rachel de Queiroz); Os Tambores Silenciosos (Josué Guimarães); Conto: “Desenredo” (João Guimarães Rosa); Conto: “Venha ver o pôr do sol” (Ligia Fagundes Telles); Conto: “Penélope” (Dalton Trevisan); Conto: “Feliz Aniversário” (Clarice Lispector) e Conto: “Teresa” (Rubem Fonseca).

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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UNIOESTE - COU aprova proposta de implantação de 2 cursos em Santa Helena

Em reunião do Conselho Universitário (COU) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) foi aprovada a proposta de expansão de vagas do curso de Medicina do Campus de Cascavel para os campi de Francisco Beltrão e Foz do Iguaçu. A reivindicação desta expansão atende a uma demanda da sociedade organizada tanto do Sudoeste do Estado bem como de Foz do Iguaçu. O COU manifestou seu parecer favorável à expansão de vagas, sendo 40 vagas para o Campus de Francisco Beltrão e 40 vagas para o Campus de Foz do Iguaçu desde que seja atendida as condições de bom funcionamento dos cursos que consiste na estruturação de hospitais, contratação de professores, funcionários e constituição de espaços adequados tanto de laboratórios como de salas de aulas.
A posição favorável da Universidade é apenas uma etapa no processo de expansão a qual somente serão efetivada a partir da autorização do governador do Estado do Paraná, o que demandará maior tempo, um vez que tais expansões demandam custos e necessitam de previsão orçamentária.
Também ficaram aprovadas na reunião do COU as propostas para implantação, em 2011, de dois cursos no Campus de Santa Helena da Unioeste, o de Engenharia Ambiental e Biotecnologia. No entanto, a implantação dos novos cursos ainda depende de trâmite legal para serem efetivados.

Unioeste reabre inscrições ao Vestibular 2011

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) reabriu por mais quatro dias a data para inscrição ao Concurso Vestibular 2011. Por decisão da Instituição o novo período de inscrição é de hoje (12/12) a partir das 15 horas até o mesmo horário do dia 16 deste mês. As inscrições devem ser feitas pelo site www.unioeste.br/vestibular a um custo de R$ 90,00.
Conforme explica o Diretor de Concurso Vestibular, João Carlos Cattelan, “a reabertura do período de inscrições se deve ao fato de agências bancárias e casas lotéricas de algumas cidades do Estado do Paraná terem ficado fora do ar, com seus sistemas eletrônicos indisponíveis temporariamente, devido às intempéries ocorridas no período de inscrição inicialmente realizado, o que impossibilitou o pagamento da taxa de inscrição”.
Até o momento, a Unioeste teve 14.709 candidatos inscritos ao Vestibular 2011 que oferece 2.329 vagas. Para os cursos oferecidos no Campus de Cascavel estão inscritos 7.615 candidatos; em Foz do Iguaçu foram 2.551; Francisco Beltrão 1.276; Marechal Cândido Rondon 2174 e Toledo 1.102. Neste ano, o Vestibular terá sua primeira etapa realizada no dia 28 de novembro e a segunda no dia 12 de dezembro nos campi de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo.
A diretoria de Concurso ainda lembra que a divulgação dos locais de provas com os nomes dos candidatos será feita nesta sexta-feira (12) e, no dia 17 próximo, divulgará lista complementar com o ensalamento dos candidatos inscritos neste novo período. Os inscritos poderão obter mais informações pelos telefones (45) 3220-3099 e (45) 3220-3100 ou acessando o site do Concurso Vestibular no endereço: www.unioeste.br/vestibular.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Workshop de História na Unioeste

O curso de História e o Núcleo de Pesquisa e Documentação sobre o Oeste do Paraná (Cepedal), em conjunto com o Laboratório de Pesquisa Práticas Culturais e Identidades-Mestrado em História do Campus de Marechal Cândido Rondon da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) promovem nesta sexta-feira, dia 5, workshop com o tema História Oral e Preservação Documental.

Os trabalhos estarão a cargo da professora doutora Lorena de Almeida Gil, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e Associação Brasileira de História Oral, Regional Sul.

O evento, que conta com o apoio do Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras e a direção do Campus, será realizado das 14 às 17h30, na sala 60, no Cepedel. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no Cepedal.

Assessoria de Comunicação Social

Solenidade marca 30 anos de Campus da Unioeste em Marechal Cândido Rondon

O Campus de Marechal Cândido Rondon, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), completa este ano 30 anos de Ensino Superior. Por isso, será realizada amanhã, dia 5, uma cerimônia para comemorar. “Esta temporalidade dimensiona a qualidade da Universidade quanto ao ensino, pesquisa e extensão. São trinta anos de conquistas, que demarcam no passado recente a consolidação dos cursos de graduação e a criação de programas de pós-graduação, mestrados e doutorado”, explica o diretor geral do Campus de Marechal Cândido Rondon, Davi Félix Schreiner.

A Unioeste de Marechal Cândido Rondon conta com dez cursos de graduação: Administração, Agronomia, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física Licenciatura, Educação Física Bacharelado, Geografia, História, Letras (com habilitação em espanhol, inglês e alemão) e Zootecnia.

Para Davi, além dos cursos de graduação, os mestrados de Agronomia, Zootecnia e História e o doutorado de Agronomia são as principais conquistas do Campus. “Além disso, nos últimos sete anos o Campus duplicou sua infra-estrutura, realizou parcerias com órgãos e instituições públicas e tem atendido demandas sociais sem precedentes”, salienta o diretor, apontando a ampliação da área física do Campus com o repasse de 100 hectares pelo governo do Estado e 69 mil metros quadrados pela prefeitura do município.

O Campus conta com 203 professores, dos quais 164 são efetivos. O corpo docente de efetivos é formado por 95% de mestres, doutores e pós-doutores, além de 110 agentes universitários, dos quais sete são temporários. Já o corpo discente conta com 2.150 alunos de graduação e pó-graduação.

“A presença e a atuação do Campus no município e na região são imensuráveis. Destacam-se a formação de profissionais qualificados e a formação continuada de professores da rede pública pelos cursos de licenciatura”, analisa Davi, lembrando que além disso, se destacam também os projetos desenvolvidos com os agricultores, entre os quais na área ambiental, na produção leiteira, na certificação de produtos orgânicos, o atendimento a micro e pequenos empresários e a assistência jurídica gratuita à população, pelo Núcleo de Práticas Jurídicas, e a promoção do esporte, do lazer e, de modo geral, da qualidade de vida. “Não menos importante, comparativamente, o Campus injeta, anualmente, recursos financeiros de cerca de 50% do orçamento executado pelo município”, frisa.

Programação da cerimônia
Para comemorar os 30 anos de Ensino Superior do Campus de Marechal Cândido Rondon foram programadas diversas atividades. Às 9 horas haverá uma sessão solene do Conselho de Campus, na sala do Tribunal do Júri, para a realização de três assinaturas: para a ordem de serviço para conclusão da Quadra Poliesportiva para o início da construção da primeira etapa do Laboratório do Centro de Ciências Agrárias e para a compra dos aparelhos de ar-condicionado que serão instalados nas salas de aula e prédios administrativos.
Haverá ainda três inaugurações: do Centro de Práticas do Centro de Ciências Sociais Aplicadas do novo espaço do Cepedal e do Laboratório de Ensino de História e do Laboratório de Microfilmagem e Digitalização do Acervo. Depois disso, será realizado ainda a partir das 12 horas um almoço de confraternização na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

Unioeste - Campus de Rondon firma convênio com Fundação Biblioteca Nacional

O Campus de Marechal Cândido Rondon da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), órgão vinculado ao Ministério da Cultura, com sede no Rio de Janeiro, firmaram convênio de Cooperação Cultural, com a finalidade de cooperação mútua para fins de preservação da Memória Histórica. O convênio possibilitará a realização de estágios e treinamentos em serviços técnicos de microfilmagem e digitalização de microfilmes para servidores, agentes universitários e docentes. Além disso, o acordo permitirá a capacitação em organização e preparo de documentos, de processos de reprodução em microfilmes, de registro de microfilmes, reprodução digital dos microfilmes e visitas técnicas.

Para o professor Davi Félix Schreiner, diretor geral do Campus, “esta parceria estabelece o intercâmbio da Unioeste com uma das principais instituições de Preservação Documental e de Memória Histórica do País, que assessorará a formação profissional de agentes universitários, docentes e pesquisadores que realizarão serviços de microfilmagem e digitalização”.

Além da conversão de documentos para o suporte em microfilmes e em meio digital, a Universidade terá condições de preservar e mostrar esta Memória e Patrimônio Documental para a sociedade e às gerações futuras. Um documento em microfilme, além de garantir autenticidade e preservar a originalidade, tem durabilidade de pelo menos 150 anos.

Estruturações
A Unioeste está estruturando o Laboratório de Microfilmagem e Digitalização de Documentos, que conta com equipamentos importados, concedidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep): microfilmadora híbrida com scanner colorido (até A0), microfilmadora planetária (A4/A3), duplicadora de microfilmes, densitômetro, bancada de inspeção, processadora de microfilmes, e leitora de digitalizadora de microfilmes. Além disto, o Laboratório também dispõe de três mesas de higienização, três impressoras plotter (água e jato de tinta, tinta e solvente e recortadora) e uma refiladora.

Com este Laboratório, a Unioeste passará a ser uma referência estadual, nacional e internacional em matéria de preservação documental. Para Davi, “estes serviços de microfilmagem e digitalização serão essenciais para novos projetos relacionados ao patrimônio cultural, à pesquisa e à verticalização do ensino”.

Ele aponta ainda que em um segundo momento, após a capacitação profissional e a obtenção do registro junto ao Ministério da Justiça, “a Universidade terá condições de realizar serviços internos e externos em microfilmagem e digitalização, assumindo seu compromisso com a preservação documental e fomentando o ensino, a pesquisa e a extensão universitária”.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

QUEM FAZ PELO LIVRO

Bruno Peron Loureiro*

O livro ainda é bem de luxo e se lê muito pouco no Brasil. Para contrapesar este diagnóstico que persiste ao longo das décadas e denigre nossos reais dados da educação, governos e instituições não-governamentais têm proposto formas de acesso ao livro e incentivo à leitura.
Num país em que "todos querem tirar o seu", é procedente a afirmação de que as leis de mercado funcionam melhor que as políticas públicas para a democratização da leitura?
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) sustenta uma postura otimista ao fundamentar seus argumentos num estudo que indica queda de preços nalgumas categorias de livros: didáticos (24,5%), religiosos (38%), obras gerais (22,4%) e científicos, técnicos e profissionais (23,3%).
Outros representantes privados defendem que se tem produzido número maior de títulos, portanto o aumento da oferta barateia o preço do livro. Ignoram, porém, que este argumento é tão pífio a ponto de contradizer-se em que, se aumentar a compra de livros e consequentemente a demanda, o preço sobe. A bonança, assim, duraria pouco.
Aqueles que simplesmente associam o hábito saudável de leitura às oscilações de mercado, entretanto, não enxergam a indústria do livro além de um objeto a mais de ganância em vez de instrumento de enriquecimento cultural de um povo. O livro seria, então, uma "mercadoria".
O processo de produção do livro envolve escritores, editores, gráficas, indústrias de papel, livreiros, distribuidores, tradutores quando forem necessários, e outros que não cedem facilmente seu meio de sustento a políticas de democratizadores da cultura.
A indústria do livro corre um risco parecido ao crepúsculo da musical. Atualmente são poucos os que se atrevem a pagar tão caro por um disco original, pois albuns inteiros dispõem-se para aquisição gratuita na internet. O endereço http://www.torrentz.com/ é uma fonte interminável de discografias. Se o livro continuar caro, o leitor o copiará sem hesitação ou deixará de ler.
Não deixo de mencionar as iniciativas de digitalização de livros completos na internet, onde o leitor paga para ter acesso virtual à obra. Já há mecanismos que simulam a sensação de folheá-los. A medida dispensa a indústria de papel e pode baratear o acesso ao livro e à leitura.
As leis de mercado encarecem os libros em sebos no Brasil, uma vez que os mais raros estão sujeitos à oferta baixa, portanto preços abusivos. O Brasil deixa a desejar em comparação com alguns países latino-americanos, como Argentina e México, no que se refere ao barateamento do custo de livros e a facilidade de encontrar títulos, como os universitários.
Algumas especialidades acadêmicas exigem ainda a leitura de obras que não foram traduzidas ao português, porém a disponibilidade delas nas livrarias nacionais, ainda que sob encomenda, é rara, custosa e demorada.
As leis de mercado engrenam processos sobre os quais o Estado não atua nem deveria para não se expor ao risco do dirigismo: o que, quanto, como e onde ler. Aquelas, porém, não têm sido suficientemente convincentes a fim de resolver a pendência de falta de leitura no Brasil.
Deste modo, o acesso ao livro não se faz somente mediante a compra do "produto" pelo maior número possível de leitores, o que satisfaria o insidioso mercado, senão também com o aparelhamento e incentivo do uso de bibliotecas públicas e escolares.
Os empréstimos bibliotecários ensejam uma rotatividade maior dos livros sem o risco de desperdício em estantes privadas empoeiradas ou, como se flagrou uma vez numa cidade tupinica, obras de escritores nacionais renomados amontoadas numa caçamba de lixo.
É necessário frisar que boa parte dos jovens mudou os hábitos de leitura em vez de ler menos: mensagens instantâneas (como nos programas MSN, Twitter e Orkut) e "torpedos" nos celulares, cartazes publicitários distribuídos caoticamente pelas cidades e notícias que sobem em tempo real nas telas do computador transformaram a rotina de leitura. Talvez seja o momento de resgatar a importância do livro no processo de construção cidadã, digno de qualquer idade.
Os três níveis de governo (municipal, estadual e federal) há muito discutem sobre o tema, elaboram leis e lançam programas que incentivam a leitura no Brasil, como o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER).
Em março de 2006, o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação fizeram parceria para o lançamento do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), uma proposta ambiciosa. Seus objetivos principais têm sido nominalmente: democratização do acesso; fomento à leitura e à formação de mediadores; valorização da leitura e comunicação; desenvolvimento da economia do livro.
Esta última estratégia do PNLL indica que é difícil evadir a cadeia complexa de produção, distribuição e consumo do livro com todos os atores envolvidos e citados acima. A participação ativa do Estado e a cobrança dos cidadãos são imprescindíveis para, ao menos, regular o funcionamento deste mercado.
O livro deve ser facilmente acessível e associado ao lazer e não unicamente estudo e labor. Quem lê o que gosta, desfruta.
Se o acesso à leitura for divulgado nos lares e nas escolas, os jovens desenvolver-se-ão com este hábito saudável e formador da consciência.
Estado e mercado, em vez de se anularem, podem um suprir as carências do outro para a promoção do livro e a leitura.

Bruno Peron Loureiro é mestre em Estudos Latino-americanos por FFyL/UNAM.