quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Técnicas agrícolas evitam gases poluentes


Aumento de produtividade com crescimento econômico, responsabilidade social e respeito ao meio ambiente são os resultados de programas promovidos pelo governo federal nos últimos oito anos, período em que o orçamento para a produção rural quase quadruplicou. A aposta em projetos sustentáveis na área da agricultura e pecuária posicionou o Brasil entre os países mais adiantados no alcance das metas firmadas na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15), em 2009, visando a minimizar os efeitos nocivos dessas atividades para a natureza.

O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é uma das principais ações adotadas na safra atual (1º de julho de 2010 a 30 de junho de 2011) pelo Ministério da Agricultura, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO²). Além de oferecer financiamento a produtores rurais, o governo promove estudos por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e capacitação profissional para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF), que contribuem para a preservação das áreas de produção.

O coordenador de Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, lembra que o ABC é destinado aos produtores rurais de todos os biomas brasileiros e busca, nos próximos dez anos, deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2. “A nova agricultura colocada em prática está voltada para diminuir a quantidade de gases poluentes e tem como consequência um clima menos quente no mundo”, afirma.

Outras vertentes do programa são a manutenção de florestas comerciais e a recomposição de áreas de preservação ou de reservas florestais, estimulando a redução do desmatamento, sobretudo no bioma Amazônia. A iniciativa complementa as ações do Programa Boi Guardião, lançado em 2009 para monitorar o desmatamento de áreas produtivas na região Norte. Pela regra, apenas o pecuarista que não desmatar para abrir novos pastos no bioma amazônico recebe a Guia de Trânsito Animal Eletrônica (GTA) para comercializar o gado.

Além do ABC, recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 são investidos no Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa), que inclui a cultura da palma (dendê) entre os itens financiáveis, quando cultivada em áreas degradadas. E a ação que complementa o ciclo de atividades desenvolvidas para promover uma safra mais verde do país é o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Proflora), direcionado à implantação de florestas e à recomposição das áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente. A intenção do governo é aumentar, até 2020, a área de florestas de seis milhões para nove milhões de hectares. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a 10 milhões de toneladas de CO2 (medida que considera todos os gases de efeito estufa), no período de dez anos.

Dos R$ 18 bilhões oferecidos como crédito rural no Plano Agrícola e Pecuário desta safra, R$ 2 bilhões são destinados ao programa ABC e R$ 1 bilhão ao Produsa. O produtor vai acessar o crédito do Produsa nas agências do Banco do Brasil. “Ao optar pela adoção de práticas sustentáveis, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Produção Orgânica ou Sistema Agropecuário de Produção Integrada, o agricultor poderá obter o crédito a juros de 6,75% ao ano, com a possibilidade de chegar a 5,75%, caso desenvolva essas atividades em áreas degradadas”, destaca o secretário de Desenvolvimento e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Márcio Portocarrero.

Para o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, o ABC consolida as metas negociadas pelo Brasil na COP15, dando oportunidade ao país de ter a agricultura mais verde do mundo. “O Brasil vai vender a âncora verde de sua agricultura. Isso abre negócios, aumenta a renda dos agricultores e melhora as condições ambientais”, ressaltou. Para Arraes, a agricultura ambientalmente correta só traz benefícios para a sociedade e para a economia, já que o país poderá estender as exportações para mercados que valorizam a sustentabilidade.

Etapas do ABC

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)

O programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) está no foco da chamada “agricultura verde”. O sistema combina atividades agrícolas, florestais e pecuárias, promovendo a recuperação de pastagens em degradação. De acordo com o Ministério da Agricultura, a área utilizada nesse sistema pode ser aumentada em quatro milhões de hectares nos próximos dez anos. A previsão é que o volume de toneladas de dióxido de carbono (CO2) diminua entre 18 milhões e 22 milhões no período.

Praticada no Brasil há mais de 40 anos, a ILPF consiste no cultivo de uma espécie florestal que possibilita, por dois ou três anos, a adoção de uma cultura de interesse comercial, como soja, milho e feijão. Em seguida, a área é coberta por forrageira (planta para alimentação do gado) associada ao milho ou ao sorgo. Após a colheita dos grãos, o pasto é formado nas “entrelinhas” da floresta cultivada, permitindo a criação de bovinos e sua exploração e até o corte da madeira.

Para o pesquisador Luiz Carlos Balbino, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o sistema pode ser adotado em todas as propriedades rurais, de pequeno a grande porte. Na opinião do pesquisador, a técnica é vantajosa porque maximiza a produção e conserva os recursos naturais. “Isso é obtido por meio da integração das atividades agrícolas, pecuárias e florestais, pela convivência em uma mesma área, a partir da sincronização de suas etapas de produção, que se retroalimentam”, destaca.

Hoje, a Embrapa, por meio do Departamento de Transferência de Tecnologia, coordena uma rede de pesquisadores de 30 centros da própria instituição, universidades, empresas públicas e privadas, órgãos de assistência técnica e extensão rural, além de organizações não-governamentais, para ordenar as ações do projeto Transferência de Tecnologia para ILPF. Esse projeto propõe o repasse de conhecimentos para a recuperação de pastagens em degradação e de lavouras com problemas de produtividade e sustentabilidade. Estudo realizado no âmbito do projeto estima que cerca de 50 milhões de hectares de pastagens degradadas são consideradas agricultáveis.

Recuperação de pastagens degradadas

Com o incentivo do programa ABC, a meta do governo é ampliar, nos próximos dez anos, a área atual de pastagens recuperadas de 40 milhões de hectares para 55 milhões de hectares. O maior uso da tecnologia vai proporcionar, no período, a redução da emissão de 83 milhões a 104 milhões de toneladas equivalentes dos gases de efeito estufa.

“Temos cerca de 200 milhões de hectares para a pecuária. Se aumentarmos em 10% a produtividade nessas áreas, teremos mais 20 milhões de hectares disponíveis para a agricultura”, calcula o secretário-executivo do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gerardo Fontelles.

A recuperação de terras degradadas é uma técnica que funciona há mais de 20 anos e pode ser aplicada em qualquer bioma brasileiro. É considerada fundamental porque representa a permanência do produtor na atividade e garante a conservação dos ecossistemas.

Para o pesquisador da unidade Gado de Corte da Embrapa Ademir Zimmer, o manejo inadequado e a falta de reposição de nutrientes do solo representam grande risco para a pecuária brasileira. “Além disso, a degradação da área impacta o meio ambiente, ocasionando perda de matéria orgânica e, como consequência, a liberação de dióxido de carbono (CO2) e metano”, explica.

A recuperação de pastagem é feita pela correção do solo com adubação, restabelecendo a produção da forragem, que pode utilizar a mesma espécie ou uma nova cultivar. A necessidade de preparo do solo com uso de máquinas e a dosagem de adubo em camadas mais superficiais ou profundas dependem do estágio de degradação do solo.

Plantio Direto

No uso do plantio direto, estima-se a ampliação da área atual em oito milhões de hectares, de 25 milhões para 33 milhões de hectares, nos próximos dez anos. Esse acréscimo vai permitir a redução da emissão de 16 milhões a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Além de promover o sequestro de dióxido de carbono da atmosfera, o plantio direto é exemplo de agricultura conservacionista, mantendo a qualidade dos recursos naturais, como água e solo. “Preservamos o solo e conseguimos fazer com que praticamente não se fale mais em erosão. A água que sai das lavouras para os rios é limpa, sem lama”, enfatiza. O local de plantio também é beneficiado com maior número de nutrientes.

Plantio de Florestas

Outra solução para a questão ambiental está no plantio de florestas comerciais, como eucalipto e pinus. Quanto mais difundido o plantio dessas espécies, mais a fotossíntese sequestra dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. A intenção do governo é aumentar a área de florestas, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hectares. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a dez milhões de toneladas de CO2 equivalentes, no período de dez anos.

O pesquisador Francisco Bellote, da Embrapa Florestas, ressalta que o Brasil é internacionalmente reconhecido como o maior detentor de tecnologia para esse plantio. “Temos material genético de altíssima qualidade, desenvolvido em quase 50 anos, que garante produtividade e controle da tecnologia”, explica.

Bellote acredita que a prática é benéfica não só para o meio ambiente – com o balanço nulo dos gases de efeito estufa –, mas também para o bolso do produtor rural. Para ele, o plantio de eucalipto é uma das atividades mais rentáveis do agronegócio, pois supre, por exemplo, as demandas dos setores siderúrgico, com a produção de carvão vegetal, e agrícola, na secagem dos grãos.

Fixação Biológica de Nitrogênio

Apesar de o produtor rural utilizar a adubação mineral para o fornecimento de nitrogênio às culturas agrícolas, esse material costuma ser caro e seu uso inadequado pode produzir impactos ambientais negativos. A técnica de fixação biológica de nitrogênio tem como base o uso de plantas leguminosas, consorciado à cultura comercial, que podem suprir a necessidade de minerais necessários como adubação.

As bactérias fixadoras de nitrogênio nas raízes dessas leguminosas também atuam no interior de plantas, como a cana-de-açúcar, cereais e gramíneas forrageiras. Outra alternativa para o agricultor é o uso de adubos verdes antes do cultivo da cana-de-açúcar, no momento da reforma do canavial.

A inoculação de bactérias em sementes de leguminosas é uma tecnologia capaz de reduzir consideravelmente a adubação mineral nitrogenada e, em alguns casos, substituí-la, pois o nitrogênio fixado pode alcançar em média 1500 kg/ha, reduzindo o custo de produção. A técnica já é muito difundida entre os produtores de alimentos orgânicos.

Autor: Mapa 
Fonte: http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=39858

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

HUOP aguarda cerca de 2 milhões previstos no orçamento estadual

O Conselho Universitário (COU) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), reunido em sessão ordinária na última quinta-feira, aprovou moção de apoio às iniciativas do reitor relativas à cobrança às instâncias estaduais, dos recursos financeiros e orçamentários, aprovados e não repassados em sua totalidade, até então, às diversas unidades da Unioeste. A posição dos conselheiros é justificada pelo comprometimento que o atraso do repasse de recursos provoca nas atividades desenvolvidas pela Universidade e, em especial, no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).

A moção foi proposta diante de informação veiculada pela imprensa sugerindo que aplicação financeira de R$ 4 milhões repassados pelo Governo do Estado do Paraná, justificaria os problemas financeiros do HUOP, o que não procede.
O reitor esclareceu, durante a sessão do Conselho, que tais recursos são os recebidos do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão comprometidos com investimentos necessários ao hospital, por exemplo, a aquisição dos seguintes equipamentos: microscópio, aspirador ultrasônico, craniotomo, sistema de imagens digital para o Centro Cirúrgico, ventilador pulmonar, coagulador, foco cirúrgico, ar condicionado para o centro cirúrgico, marcapasso externo, perfurador à bateria, além de mobiliário e contrapartida da obra destinada ao atendimento dos portadores de Fissura Lábio Palatal.

O diretor geral do HUOP, Alberto Rodrigues Pompeu, explicou que tais investimentos, mesmo com recursos próprios, foram autorizados pela Secretaria de Planejamento do Estado. Os recursos aplicados são destinados aos investimentos necessários ao HUOP e foram repassados com este comprometimento, pelas esferas do governo federal com o objetivo de incrementar a estrutura hospitalar. O compromisso do Governo do Estado em liberar recursos para o custeio precisa ser cumprido e é este esforço do reitor que recebeu o apoio unânime do conselho, destacou Pompeu.

Na tarde do dia 16, governo do Estado repassou para o HUOP R$ 320.590,00, faltando ainda 789.993,98 dos recursos financeiros a serem liberados. Para o hospital falta, além disso, a liberação de mais 1.133.596,02 que é referente ao orçamento aprovado para este ano de 2010. E que foi contigenciado pela Secretaria de Planejamento. A liberação orçamentária dos 1,13 milhões dará ao HUOP a possibilidade de fazer novas aquisições de medicamentos e material médico-cirúrgicos, condição indispensável para que o hospital volte a realizar as cirurgias eletivas. Portanto, o hospital aguarda, ainda para este ano, o montante de 1.923.590,00 que são os recursos que o Governo do Estado está comprometido, pelo orçamento de 2010, em enviar ao HUOP.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Projeto de Lei do Senado determina obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos em escolas públicas

                    Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas. Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. As conseqüências, avaliam as pessoas mais antenadas com a política, seriam as melhores possíveis. Pois, esperam eles que, quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. Como todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil, a expectativa é que o projeto ganhe o apelo popular e passe, se houver pressão da opinião pública. Afinal, nada mais justo que os gestores da escola pública matriculem seus filhos nela! Mais detalhes:               http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Deputados sentam em cima da economia solidária


Forma de inclusão social que virou tema da Campanha da Fraternidade corre o risco de continuar sem política pública no Paraná
No ano em que a Campanha da Fraternidade tem como tema a economia solidária, o projeto de lei que institui uma política pública de estímulo a essa forma de inclusão social corre o risco de ser arquivado no Paraná, deixando de beneficiar dezenas de milhares de trabalhadores. A proposta, que foi enviada à Assembleia Legislativa pelo governador Orlando Pessuti no dia 15 de junho, já havia sido aprovada por unanimidade em primeira discussão antes do eleições, mas foi retirada de pauta por 10 sessões, no dia 5 de outubro, a pedido do líder da oposição, deputado Élio Rusch (DEM). O parlamentar alega que a matéria deveria ser analisada pela equipe de transição, já que caberá ao novo governo a implantação da política. Mas as 10 sessões já se passaram e o projeto ainda não retornou à pauta.
Aprovado por 20 votos a 12, o requerimento de Rusch foi contestado pelos deputados Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), Elton Werter (PT), Tadeu Veneri (PT) e Caíto Quintana (PMDB), líder do atual governo. Elaborado a partir da 3.ª Conferência Estadual de Economia Solidária, com mais de 500 participantes entre empreendedores, apoiadores e gestores públicos, o projeto de lei 302/10 beneficia a população de baixa renda, principalmente as pessoas envolvidas na coleta e reciclagem de papel e lixo, retirando-as mais facilmente da informalidade. Para promover a economia solidária, a proposta estimula o desenvolvimento de grupos organizados para a autogestão, visando à integração no mercado e à autossustentabilidade de suas atividades. Prevê ainda apoio à inovação, à incorporação de tecnologia e conhecimento agregado, à pesquisa e à capacitação.
Para se enquadrar no projeto, os empreendimento devem atender a diversos requisitos, tais como produção e comercialização coletivas, salubridade e segurança no trabalho, proteção ambiental e não uso de mão de obra infantil. Incluem-se nessa definição empresas de autogestão, cooperativas, associações, pequenos produtores rurais e urbanos organizados coletivamente, grupos de produção ou que trabalhem em rede, abrangendo a cadeia produtiva, desde a produção de insumos até a comercialização final dos produtos.
O primeiro projeto de lei para instituir o fomento à economia solidária no Paraná foi apresentado em 2006 pelo então deputado Hermes Fonseca (PT), mas foi arquivado. Em 2007, o deputado Tadeu Veneri (PT) apresentou proposta semelhante, que também acabou arquivada. Neste ano, o Fórum Paranaense de Economia Solidária encaminhou o atual projeto ao secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Tércio Albuquerque. Por mensagem do governador, a proposta foi apresentada à Assembleia Legislativa.
Para o movimento, a aprovação do projeto seria um bom motivo para festejar o Dia da Economia Solidária, comemorado na próxima quarta-feira (15). Segundo Maria de Fátima Costamilan, secretária executiva do Fórum, a proposta beneficia uma população carente de políticas públicas. “Hoje há apenas programas e ações pontuais”, afirma. “Se não implantar a política de fomento à economia solidária, o novo governo vai excluir uma parcela significativa dos trabalhadores.” Para ressaltar a urgência da implantação dessa política, o secretário regional da Cáritas Paraná, Mário Santos, cita uma frase do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho (1935-1997): “Quem tem fome tem pressa”.
Em 2005, o Ministério do Trabalho identificou pelo menos 808 empreendimentos econômicos solidários, com 49 mil trabalhadores, mas o órgão admite que o número real deve ser bem maior. Novo censo, que ainda está em curso, já entrevistou 1.500 empreendedores. “Pouquíssimos estão formalizados, no máximo 10%”, explica Maria de Fátima.
Para o Fórum, como o projeto é de iniciativa do atual governo, a última chance de aprovação é na atual legislatura. Caso a matéria seja arquivada, o grupo promete coletar assinaturas para reapresentá-la, desta vez como um projeto de lei de iniciativa popular.
Economia solidária
Economia solidária é uma forma de produzir, vender, comprar e trocar o que é necessário para subsistência, sem exploração nem destruição ambiental. Compreende uma diversidade de atividades organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias e redes de cooperação, entre outras, para a produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.
Com o lema “Economia e Vida”, a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 tem o objetivo de ajudar a promover uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão. Inspirada nos ideais de D. Hélder Câmara e no Concílio Vaticano 2.º, a Campanha da Fraternidade é coordenada pela Cáritas, rede católica que atua na defesa dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável solidário na perspectiva de políticas públicas, com uma mística ecumênica.
Fonte:
Ari Silveira, jornalista – (41) 9994-5800
Maria de Fátima Costamilan, do Fórum Paranaense de Economia Solidária – (41) 9991-4117
Mario Santos, secretário regional da Cáritas Paraná – (43) 9925.3858

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Unioeste sedia Reunião de Paleontologia

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por meio do Programa de Pós-Graduação em Conservação e Manejo de Recursos Naturais, e a Sociedade Brasileira de Paleontologia, promove nesta quinta e sexta-feira, dias 9 e 10, a 12ª Reunião Regional de Paleontologia (Paleo). 

Reunião anual incentivada pela Sociedade Brasileira de Paleontologia visa congregar pesquisadores, estudantes e interessados na área de Paleontologia, sendo organizada simultaneamente e de forma independente em várias regiões do Brasil. 

Assim, a Paleo 2010 PR/SC, representativa dos estados do Paraná e Santa Catarina, terá atividades voltadas para pesquisadores e para o público em geral, tais como palestras e apresentações de resultados de pesquisas científicas.


Programação 

A programação será iniciada com abertura oficial às 9 horas, seguida por palestra sobre Paleobiodiversidade do Triássico do sul do Brasil: a retomada da vida pós-extinção Permiana e a origem dos dinossauros e mamíferos, a cargo do professor doutor Atila Augusto Stock da Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria (RS). Depois, haverá sessão técnica com comunicações orais. 

No período da tarde, com início às 13h30, prosseguem as sessões técnicas com comunicações orais, sendo encerradas as atividades do Cida com a palestra Origem e extinção da megafauna pleistocênica na América do Sul, a ser proferida pelo professor mestre Fernando Antônio Sedor, da Universidade Federal do Paraná. 

Já na sexta-feira, dia 10, a programação prevê, a partir das 8 horas, sessões técnicas com comunicações orais, apresentação de painéis e exposição de Paleo-artistas até as 11 horas, quando haverá palestra com o tema Floras de Península Antártica no final do Cretáceo e o Neógeno: como nos auxiliam a compreender a origem das floras subtropicais modernas e sobre as mudanças globais do clima, pela professora doutora Tânia Dutra, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, de São Leopoldo (RS)

À tarde, com início às 13h30, comunicações orais serão apresentadas seguidas pela palestra O Domínio Malvinocáfrico no Brasil: origem, expansão e colapso, pelo professor doutor Élvio Pinto Bosetti, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. As atividades contarão ainda com comunicações orais, palestra, assembléia e encerramento da Paleo 2010 PR/SC. 



Inscrições 

A inscrição, que também poderá ser efetuada no local do evento, pode ser feita por meio do pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 20,00 para estudantes e R$ 30,00 para profissionais, a ser depositada na Caixa Econômica Federal, agência 3181, conta corrente 24-0, operação 006. Para efetuar a inscrição antecipada, o participante deverá preencher a ficha de inscrição e enviá-la, juntamente com o comprovante de pagamento, exclusivamente para o email paleo2010prsc@gmail.com. 

Não serão aceitas inscrições sem pagamento da taxa ou que sejam enviadas a outros endereços de email. Após efetuar a inscrição, o autor receberá um email confirmando o recebimento. A comissão organizadora do Paleo 2010 lembra que receberão o certificado de participação somente os participantes que apresentarem mais de 75% de presença no evento.


Assessoria de Comunicação Social 

Setor de orgânicos recebe sugestões sobre produção e armazenamento

Para o coordenador de Agroecologia do 

Ministério da Agricultura, Rogério Dias, 

medidas contribuem para o desenvolvimento 

da produção orgânica no país

Interessados em enviar propostas e sugestões para o processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos das áreas animal e vegetal têm prazo de 30 dias para participar da consulta pública do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As Portarias nº 1.131 e 1.332, publicadas no Diário Oficial da União (DOU) de terça e de quarta, 7 e 8 de dezembro, estabelecem as normas que devem ser seguidas pelos agricultores orgânicos.
Na área animal, o regulamento define normas técnicas para os sistemas de produção orgânica de bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, equídeos, suínos, aves, coelhos, abelhas e animais aquáticos. Na área vegetal, terão prioridade materiais de propagação originários de espécies vegetais tolerantes a pragas e doenças e adaptadas às condições de solo e clima. Devem também usar matéria orgânica reciclada como base do cultivo, manter a atividade biológica do solo, o equilíbrio de nutrientes e a qualidade da água. Os insumos não podem comprometer a estabilidade do habitat natural e do agroecossistema, nem representar ameaça ao meio ambiente e à saúde humana e animal.
– As medidas contribuem para o desenvolvimento da produção orgânica no país e para aumentar a confiança do consumidor – explica o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias.
Ele informa que a qualidade dos produtos e ingredientes orgânicos deve ser preservada com cuidado, desde a produção até a comercialização. Para isso, o coordenador recomenda que os produtos orgânicos não se misturem com materiais e substâncias não permitidas; que atendam as exigências das legislações específicas; e sejam identificados para venda avulsa e por atacado.
As sugestões e propostas devem ser encaminhadas, até 7 de janeiro de 2011, para a Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, no endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo B, sala 152, CEP: 70.043-900, Brasília (DF).


Fonte: http://www.canalrural.com.br/canalrural/jsp/default.jsp?uf=2&section=Canal%20Rural&id=3136471&action=noticias

Tintas Rondon

Projeto leva cinema itinerante para cidades da região

O Projeto de extensão do curso de Filosofia, denominado “Refletindo a partir de imagens: filosofia e cinema”, realizará uma mostra itinerante de encerramento do projeto que ocorreu durante este ano nas escolas dos municípios onde foram realizadas atividades.

O Projeto, oferecido no Campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), está vinculado ao Programa Universidade Sem Fronteiras do Governo do Paraná e registrado junto à Pró-Reitoria de Extensão da Unioeste.

O evento “Curtas na cidade: mostra itinerante de curtas-metragem da Unioeste” consiste na exibição de filmes nacionais e internacionais na modalidade curtas-metragem e tem o apoio das secretarias municipais de Cultura. A exibição é aberta ao público em geral, não tendo restrição a nenhuma faixa etária, com duração de 1h30.

Os filmes serão exibidos sempre às 20 horas, nos seguintes locais e datas: Nesta quarta-feira, dia 8, na cidade de Vera Cruz d’Oeste; no dia 9, no distrito de Luz Marina, município de São Pedro do Iguaçu; no dia 10, na cidade de São Pedro do Iguaçu; e no dia 14, na cidade de Ouro Verde d´Oeste.


Filmes

Os filmes a serem exibidos são:

A infância de Margot ........ 04’
Sinopse: Porque a infância se esvai feito um pequeno balão vermelho?

Cinemaiêutica .................. 12’
Sinopse: Roberto não quer acreditar, mas André tem certeza: “Cara, estamos num filme.” Você pode estar num filme, e nem saber...

A princesa e o violinista (animação) ........... 10’
Sinopse : A princesa e o violinista é uma fábula sobre o surgimento da tristeza. Pelos olhos de uma menina, descobrimos uma bela história enquanto ela tenta entender o que sua mãe está sentindo.

1 ano 6 meses e alguns dias (animação) ........ 03’
Sinopse: Ao completar 18 anos muita coisa acontece na vida de qualquer pessoa, na vida de um frango de fazenda não podia ser diferente. Os amigos, as namoradas, os lugares que agora pode frequentar e as aventuras...

O mendigo ...................19’
Sinopse: Oscarito é um mendigo que aparece numa cidade com um violão velho de três cordas e passa a viver o drama das ruas. Com o dinheiro das esmolas, compra dois bifes num açougue para saciar o desejo de Bete, também moradora de rua. Depois de comerem, Oscarito dorme e retorna numa surpreendente e reveladora realidade.

Um novo amanhã ................ 16’
Sinopse: Só o presente lhe pertence.

Niño Balcón ......................... 09’
Sinopse: Niño Balcón, pobre chico balcón... Esta es la historia del Niño Balcón. Su culpa, tener las orejas grandes. Su mania, meter la cabeza donde no debía.
País de produção: Espanha

Insubordinação ..............17’
Sinopse: Até que ponto é bom ser competente no que faz?

Animasom (animação) .............. 05’30”
Sinopse: Animasom é uma experiência sonora. É a história de um menino que não tinha orelhas nem ouvidos e, conseqüentemente, vivia em um mundo sem sons. Ele nunca tinha se dado conta disso até achar um par de orelhas no chão. Após examinar aquele objeto estranho, ele resolve colocá-lo na cabeça e passa a descobrir um novo mundo.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social 

Motocenter

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

São Miguel recebe quase três milhões em investimentos

O deputado estadual Ademir Bier recebeu o prefeito de São Miguel do Iguaçu, Armando Polita, para a entrega de R$ 2.918.939,77 em recursos do Governo do Estado viabilizados para o município.
As autorizações de homologação e de contratação de bens e serviços assinadas pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Wilson Bley Lipski, foram entregues no último dia 08 de dezembro, no gabinete do deputado.
Entre os investimentos obtidos, destaque para a urbanização de calçadas das vias centrais do município no valor de R$ 1.522.283,00, além da aquisição de uma pá-carregadeira orçada em R$ 233.068,18, um caminhão caçamba basculante (R$ 155.452,28) e uma retroescavadeira (R$ 140.095,00).
O município recebeu ainda autorização para licitação pública referente à pavimentação de vias urbanas, por meio do programa RECAP, do Governo do Estado, no valor de R$ 822.112,31.


Fonte/Foto: Assessoria/Newsletter

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fepart reúne milhares de pessoas em Marechal Rondon


Marechal Rondon está encerrando o ano em alto estilo também na realização de grandes eventos. Além da Esquadrilha da Fumaça, realizada na sexta-feira, que reuniu milhares de pessoas, o município também foi palco de um dos mais lindos eventos tradicionalistas já realizados no município, o 21º Fepart – Festival Paranaense de Arte e Tradição Gaúcha, que aconteceu de 3 a 5 de dezembro no Parque de Exposições Álvaro Dias.
O evento foi promovido pelo Movimento de Tradição Gaúcha do Paraná, CTG Tertúlia do Paraná, de Marechal Rondon, com o apoio da prefeitura de Marechal Rondon, e empresas do município.
Nos três dias de evento passaram pelo parque cerca de 12 mil pessoas. Foram 47 CTGs inscritos, 3200 competidores e 80 grupos de danças. Um diferencial, neste ano, foi a transmissão pela TV local e pela internet, que superou o número de 22 mil acessos, além de outros 2 mil acessos no site do CTG.
O tradicionalismo esteve evidenciado através de danças típicas e dos vestuários utilizados pelos participantes. Marechal Rondon reviveu um pouco de sua cultura. Para os visitantes e para as pessoas da região o sentimento foi o mesmo, de muita alegria e entusiasmo.
O presidente da CBTG (Confederação Brasileira de Tradições Gaúcha), Dorvilio José Calderan, dstaca que o evento foi um espetáculo de arte e de tradição. “Todas as apresentações foram maravilhosas. Foi uma aula de tradicionalismo fora do Rio Grande do Sul. Todos os que estiveram envolvidos na coordenação do evento estão de parabéns. A festa foi maravilhosa. Gostaria de voltar mais vezes para Marechal Rondon. A cidade é linda, o povo é muito acolhedor, cativante e muito simpático”.
Conforme a diretora de projetos da CBTG, Loiva Lopes, Marechal Rondon deve se orgulhar do evento realizado. “Sempre ouvimos dizer, onde o gaúcho se instala o progresso é eminente. Marechal Rondon é um exemplo disso. Estão de parabéns todos os administradores municipais. Agradecemos pelo carinho recebidos.  O evento foi um sucesso”.












Fotos: Ademir Herrmann

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Universidade avalia programa Universidade Sem Fronteiras

A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) realizou, no início da semana, mais um encontro de avaliação do Programa Universidade Sem Fronteiras na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). O evento reuniu cerca de 100 pessoas, entre professores, coordenadores, bolsistas de graduação e profissionais recém-formados dos 40 projetos desenvolvidos pela Instituição.

As discussões foram feitas em grupos divididos por subprogramas: Agroecologia familiar; Apoio às licenciaturas; Ações de apoio à saúde; Direitos sociais; e Diálogos culturais. “Desta forma os bolsistas puderam interagir, discutir e refletir sobre o aprendizado obtido com o “Universidade Sem Fronteiras”, explicou o professor e coordenador do evento, Wilson Zonin, pró-reitor de Extensão da Unioeste.

Segundo o reitor da Instituição, Alcibíades Luis Orlando, o encontro foi importante porque permitiu avaliar os impactos que os projetos produziram dentro e fora da Universidade. “Por muitos anos, a universidade ficou fechada dentro de seus próprios muros”, afirmou. “Mas o ‘Universidade Sem Fronteiras’ criou novas possibilidades de integração entre o ensino e a pesquisa”.

Avaliações

O professor Adilson Alves, coordenador do projeto “Desenvolvimento das cooperativas de agricultura familiar e economia solidária do Estado do Paraná”, destacou a diversidade das áreas do conhecimento que atuam em um mesmo projeto. “Quando vamos para campo, percebemos que as necessidades dos agricultores familiares, por exemplo, são muito parecidas. E isso também mostra que, quando se faz um trabalho assim, não existe uma hierarquia de saberes. O direito se mostra tão importante quanto a História ou a Medicina”, comentou.

Para o professor Selmo Bonatto, coordenador do projeto “O desenvolvimento de programa de apoio ao micro e pequeno empresário da periferia das cidades de abrangência da AMIC”, o maior destaque foi a melhoria da qualidade das ações desenvolvidas pela comunidade. “Percebemos que a geração de trabalho e renda teve um saldo extraordinário depois da implantação dos projetos, o que nos deixa muito satisfeitos e com sensação de dever cumprido”.

O pró-reitor de Extensão Wilson Zonin lembrou que o encontro foi uma forma de promover um diálogo entre os projetos e de registrar as experiências dessa fase final do programa, já que no próximo ano o programa pode ter novos direcionamentos. “São vários os resultados obtidos, mas três são concretos: a popularização da Universidade, os novos conhecimentos adquiridos com a extensão, e a contribuição com a formação cidadã dos universitários”.

Assessoria de Comunicação Social

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Programa Cultivando Água Boa vence o Prêmio ANA 2010

A Itaipu Binacional recebeu nesta noite de quarta-feira (1), em Brasília, o maior prêmio nacional em reconhecimento a cuidados com as águas, o Prêmio ANA 2010, promovido pela Agência Nacional de Águas. A maior hidrelétrica do mundo em geração de energia foi premiada na categoria empresas, com seu programa socioambiental Cultivando Água Boa. Ao todo, foram 286 inscrições, que resultaram em 21 finalistas.

O Prêmio ANA soma-se a uma série de honrarias nacionais e internacionais que vêm fazendo do Cultivando Água Boa - em execução desde 2003 - uma referência no que diz respeito ao gerenciamento sustentável de bacias hidrográficas. Na semana passada, o programa já havia sido apresentado como modelo para a recuperação de passivos ambientais no Congresso Nacional do Meio Ambiente da Espanha (Conama 10), realizado em Madri.

A entrega do prêmio ANA foi realizada no teatro da Caixa Cultural de Brasília e contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, do presidente da ANA, Vicente Andreu e do secretário executivo do MMA, José Machado, responsável pela criação do prêmio quando de seu gestão como presidente da agência.

"O premio ANA 2010 é de todos nós que fazemos parte do Cultivando Água Boa. Uma conquista que homenageia nossos sonhos, nossa equipe, nosso trabalho, nossos parceiros e nossa comunidade da Bacia do Paraná 3", afirmou o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich, que recebeu o prêmio em nome da empresa.

O programa

O Cultivando Água Boa é um conjunto de 20 programas e 65 ações que reúne mais de 2 mil parceiros (desde de associações de bairro a ministérios do Governo Federal). A área de execução é a região conhecida como Bacia Hidrográfica do Paraná 3, composta das microbacias conectadas com o reservatório da Itaipu. As ações trabalham os diversos passivos ambientais desde as nascentes dos menores córregos até chegar aos rios principais.

O grande diferencial do programa, explica Friedrich, está na mobilização comunitária. O Cultivando Água Boa é tocado por comitês gestores municipais, com ampla participação popular. Até o momento, foram trabalhadas 127 microbacias, sendo que diversas já zeraram seus passivos ambientais, com medidas como a recomposição de matas ciliares, o monitoramento participativo (feito pela comunidade) da qualidade da água, a readequação de estradas rurais, a implantação de abastecedouros comunitários, a adoção de práticas agroecológicas, a coleta seletiva de lixo, entre outras.

"Um dado muito significativo que expressa a participação comunitária está no fato de que hoje, as ações de educação ambiental envolvem mais de 10 mil pessoas na bacia. Desse contingente, apenas cinco são funcionários da Itaipu", exemplifica Friedrich.

O prêmio

Com o tema "Água: o Desafio do Desenvolvimento Sustentável", o Prêmio ANA 2010 bateu o recorde de inscrições de 2006, que teve 284 participantes. Neste ano, foram registrados trabalhos de todas as regiões do País e de todos os perfis de instituições (empresas públicas, privadas, órgãos de governo e ONGs). O processo de seleção começou em agosto e a Comissão Julgadora escolheu os semifinalistas do Prêmio. Então, as iniciativas passaram por vistoria realizada por servidores da Agência. A partir dos relatos das vistorias, os membros da Comissão Julgadora definiram os três finalistas de cada categoria e, entre eles, os vencedores do Prêmio ANA 2010 durante reunião fechada dos julgadores.

Ciclista rondonense integra equipe que representará o Paraná nas Olimpíadas Escolares

Entre os dias 3 e 12 de dezembro será realizada em Goiânia a maior competição estudantil do Brasil, as Olimpíadas Escolares. Este evento reúne os melhores atletas brasileiros, na faixa etária de 15 a 17 anos, de diversas modalidades esportivas. Hoje, as Olimpíadas Escolares são o maior celeiro de atletas para o esporte de alto rendimento do Brasil.
Marechal Cândido Rondon terá seu representante. Integrando a Seleção Paranaense de Ciclismo, João Henrique Slusarski (17 anos), que conseguiu o índice classificatório nos Jogos Colegiais em Maringá, realizados em junho deste ano, com o 2º melhor tempo na prova de Contra Relógio Individual. A modalidade de Ciclismo será disputada entre os dias 5 e 7 de dezembro.

Fonte: ACS/PMMCR

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Brasil pode ter matriz energética renovável sem reduzir crescimento econômico, diz ONG

O documento foi apresentado pela ONG durante a COP-16 / Foto: warrenski

 

A matriz energética brasileira pode chegar a 2050 com 93% de fontes renováveis, produzindo o triplo do que é ofertado hoje e considerando a tendência de crescimento econômico. A expansão de fontes de energia eólica, solar, de biomassa, hidrelétrica e oceânica pode garantir 1.197 terawatts-hora, com menor custo de produção e redução significativa das emissões nacionais de gases de efeito estufa.
O cálculo é do Greenpeace, que apresenta nesta terça-feira, 30 de novembro, o relatório [R]Evolução Energética: Perspectivas para uma Energia Global Sustentável, durante a 16° Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), em Cancun, no México.
A organização projetou dois cenários para a matriz energética em 2050: no primeiro, o governo mantém o ritmo atual de investimentos em combustíveis fósseis (que abastecem a maioria das termelétricas) e no segundo, o de “revolução”, os recursos seriam canalizados para a expansão das fontes renováveis e ganhos em eficiência energética.
Se a trajetória de investimentos for mantida, em 2050, 72% da energia brasileira virão de fontes renováveis, a maior parte de hidrelétricas, 5,3% serão produzidos em usinas nucleares e 21,8% ainda virão dos combustíveis fósseis. No cenário proposto pelo Greenpeace, o percentual de fontes renováveis chegará a 92,6% da matriz, não haverá geração nuclear e o único fóssil utilizado na geração de energia será o gás natural (considerado um combustível de transição) com 7,3% de participação.
“É possível aumentar a oferta de energia, acompanhar o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] com uma matriz mais limpa. Mas uma evolução não seria suficiente, por isso propomos uma ruptura [do modelo atual], não só na produção como na utilização da energia”, disse o coordenador do relatório e da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, Ricardo Baitelo.
A opção pelas fontes renováveis pode resultar em uma redução drástica das emissões de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa) do setor energético previstas para 2050, de 147 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas.
Além do benefício ambiental, o esverdeamento da matriz poderia reduzir custos de produção de energia no Brasil. Até 2050, a economia pode chegar a R$ 1 trilhão, com o aumento da eficiência energética e a instalação de projetos em áreas distantes do sistema interligado de distribuição. Além disso, apesar do alto custo de implantação, os projetos de energias renováveis não dependem de combustíveis caros para produzir calor e eletricidade.
“Uma vez que você construiu, o custo de combustível é zero. Diferentemente das térmicas fósseis, em que o custo de construção é de R$ 150 por megawatt-hora (MWh), mas a parte variável, que é a de combustível, pode chegar a R$ 400 MWh. É uma variação muito grande para dizer que ela [a termelétrica] é barata. Ela é barata para construir e deixá-la parada”, comparou Baitelo.
A geração de empregos verdes e a diminuição dos problemas socioambientais causados pela construção de hidrelétricas também entram na conta dos benefícios da geração por fontes como a eólica e a solar, de acordo com o relatório.
A transição para uma matriz praticamente 100% renovável é possível, segundo o Greenpeace, e a estratégia para viabilizar essa “revolução” pode ser a mudança na legislação do setor elétrico. Baitelo aposta na aprovação do Projeto de Lei 630/2003, que está em tramitação na Câmara e que prevê, por exemplo, a realização obrigatória de leilões anuais de energia eólica e de biomassa e a criação de um fundo para financiar pesquisa e tecnologia para energias limpas.
“A legislação abre a sinalização econômica para as indústrias que ainda não vieram para o país, para que a gente passe a produzir equipamentos [de produção e transmissão de energias renováveis] aqui. E há alternativas, como a criação de fundos e mais pesquisa e desenvolvimento, para que a gente domine a tecnologia”.


Postado em Energia em 30/11/2010 às 16h45 por Luana Lourenço, da Agência Brasil