sábado, 30 de julho de 2011

Justiça pune pistoleiro acusado de assassinar sem terra


Por Pulsar Brasil

Por 4 votos a 3, o Tribunal do Júri de ontem (27) decidiu pela condenação de Jair Firmino Borracha, acusado de matar, em 1999, Eduardo Anghinoni. Esse foi o primeiro Júri a condenar um criminoso envolvido na morte de um trabalhador rural sem terra.

Eduardo era irmão de Celso Anghinoni, uma das principais liderenças do MST no Paraná.

A condenação foi de 15 anos, mas Borracha poderá recorrer a decisão em liberdade. A família de Eduardo se emocionou com a decisão mas lamenta que não haja resposta quanto aos mandatários da execução.

O assessor jurídico da organização Terra de Direitos, Fernando Prioste, explica que  punir os mandantes do crime é complexo. Apesar do Júri saber que o executor foi pago por alguém para  cometer o crime, a Justiça “não tem elementos suficientes, em relação ao direito penal, para colocar os mandantes no banco dos réus”, explica Fernando.

Contudo, há indícios de que o pistoleiro integrava uma milícia privada ligada a União Democrática Ruralista. Apesar de negar o envolvimento no crime,  o ex-presidente da UDR,  Marcos Prochet estava presente no Tribunal, com a família do acusado.

Fernando também ressaltou que essa situação de impunidade não se restringe ao estado Paraná. Ele lembra os recentes assassinatos de seringueiros e trabalhadores rurais no Pará, norte do país. O assessorlamenta que o direito penal no Brasil seja seletivo, o que faz com que apenas negros e pobres sejam efetivamente punidos. (pulsar)


quinta-feira, 28 de julho de 2011

fonte: http://agencianota.blogspot.com/2011/07/justica-pune-pistoleiro-acusado-de.html?spref=fb

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