terça-feira, 8 de setembro de 2020

CORONAVÍRUS


Brasil registra 10 mil novos casos e 310 mortes por covid-19

Total de infecções chega a 4.147.794, e o de óbitos sobe para 126.960, segundo balanço oficial. Cifras reportadas em feriados costumam ser mais baixas, já que equipes de notificação funcionam em escala reduzida.


Brasil é o terceiro país do mundo em números de caso

O Brasil registrou mais 10.273 casos confirmados de covid-19 e 310 mortes em 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (07/09). O balanço eleva o total de infecções para 4.147.794 e o total de óbitos para 126.960.

As cifras reportadas no fim de semana e feriados, porém, costumam ser mais baixas, já que equipes responsáveis pela notificação funcionam em escala reduzida. Diversas autoridades e instituições de saúde alertam ainda que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação. 

Ao todo, 3.355.564 pacientes se recuperaram da doença, e 665.270 estão em acompanhamento, segundo o Ministério da Saúde. O Conass não informa número de recuperados.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 857.330 casos e 31.377 mortes. O total de infectados no território paulista supera os registrados em praticamente todos os países do mundo, exceto Estados Unidos (6,2 milhões), Índia (4,2 milhões) e Rússia (1 milhão). Ou seja, se São Paulo fosse um país, seria o quinto mais afetado do planeta.

A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 271.963, seguida de Minas Gerais, com 236.012 infecções, e Rio de Janeiro, com 233.052. Além destes quatro estados, Ceará e Pará também ultrapassaram a marca de 200 mil casos da doença.

Já em número de mortos, o Rio é o segundo estado com mais vítimas, somando 16.593 óbitos. Em seguida vêm Ceará (8.566), Pernambuco (7.721), Pará (6.257), Minas Gerais (5.851) e Bahia (5.693).

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 60,4 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (22,16) e o Uruguai (1,30). O número brasileiro também supera o dos Estados Unidos, o país mais atingido do mundo, que tem taxa de mortalidade de 57,75.

O Brasil se aproxima de nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (62,63) e a Espanha (62,69), cujas taxas praticamente se estabilizaram nos últimos meses. O Brasil é atualmente o sexto país do mundo em relação à taxa de mortalidade pela doença.

Nesta segunda-feira, a Índia superou o Brasil e se tornou o segundo país com mais casos de covid-19 em todo o mundo, em meio a recordes diários de novas infecções no país sul-asiático. Só está atrás dos Estados Unidos, que registraram mais de 6,2 milhões de casos e mais de 189 mil mortes.

Ao todo, mais de 890 mil pessoas morreram em decorrência do vírus no planeta. Depois de EUA e Brasil, os maiores números absolutos de mortes se concentram no Índia (71 mil), na México (67 mil), e no Reino Unido (41,6 mil).

CN/ots

Fonte: https://www.dw.com/pt-br/brasil-registra-10-mil-novos-casos-e-310-mortes-por-covid-19/a-54846067?fbclid=IwAR04k0TA9w4mgpFWqj-tx_H-zR42Ena_eMTqKrNTa3FW2Y0DrKJIMr-zRpY

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

POLÍTICA

 

RETORNO AO PASSADO

Reforma administrativa leva Brasil de volta ao período de cargos como moeda de troca

Dieese alerta que fim da estabilidade abrirá espaço para Bolsonaro promover perseguição política contra servidores públicos




São Paulo – A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa, encaminhada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso, faz o Brasil voltar ao período anterior à Constituição Federal de 1988, transformando cargos públicos em moeda de troca política.

Na análise do diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, a proposta do Bolsonaro enviada nesta quinta-feira (3) dá ao governo federal uma “centralização de poder enorme”, capaz de criar e destruir cargos públicos, o que coloca em risco a estabilidade do Estado.

“Para a organização do Estado moderno, a separação dos poderes é fundamental. Por isso cargos são criados no Legislativo e os servidores possuem estabilidade, para que as políticas de Estado atravessem governos, que só duram quatro anos”, explicou o especialista, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (4).

Perseguição política

PEC do governo federal acaba com a estabilidade para novos servidores. Além disso, o texto extingue promoções automáticas e diversos benefícios, que compensam a falta de reajuste salarial.

Por outro lado, o projeto não atinge magistrados, parlamentares, militares e membros do Ministério Público, ou seja, as categorias que têm maior remuneração e benefícios no serviço público.

Fausto Augusto lembra que o fim da estabilidade dará a Bolsonaro a possibilidade de promover perseguições políticas. No começo de agosto, o Ministério da Justiça elaborou um “dossiê” com nomes de servidores antifascistas e encaminhou para diversas instituições, inclusive às polícias.

“Esse governo tem promovido perseguições políticas e o presidente prometeu tirar todos os comunistas do Estado. Esses ‘comunistas’, na visão do governo, serão demitidos por opinião política. Ou seja, é uma busca de centralização de mais poder para o presidente da República”, criticou.

Fragilização do Estado

O diretor técnico do Dieese acrescenta ainda que o fim das promoções automáticas precarizam mais os servidores. Ele explica que os “benefícios” são compensações aos não reajustes salariais. “Parte significativa dos servidores passa anos sem reajuste e, quando há reorganização das carreiras e para compensar as perdas salariais, criam esses abonos e formas de remuneração.”

Além disso, Fausto Augusto Junior afirma que a PEC fragiliza o Estado e o acesso da população aos serviços sociais, que estão na mira da privatização. “Esses servidores atingidos serão nossos professores, médicos, assistentes sociais, ou seja, quem não é prioridade para o governo”, acrescenta.

De acordo a PEC, só serão atingidos pela reforma administrativa os novos contratados. Entretanto, o especialista alerta que essa nova legislação está ligada à reforma trabalhista de Paulo Guedes. “O governo quer propor a carteira de trabalho verde-amarela, com menos direitos. Quando o governo fala que os servidores serão contratados no regime CLT, mas de qual CLT estão falando? A atual ou a rebaixada? Isso é perigoso”, questionou.

Fonte: https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2020/09/reforma-administrativa-cargos-moeda-troca/?fbclid=IwAR2cmaPk2Snao--ch0PytkXZk6ArLE3ElQ8XUW5Pveq-M67xIcl5NVfRnkQ

BRASIL

 

Por que os mais ricos pagam menos imposto sobre a renda no Brasil