terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pesquisa mapeia áreas infestadas com fitonematóide na região Oeste


O pesquisador Everton Ulkoski mapeou a presença de um dos nematóides mais importantes economicamente para a região, descoberto em 1987, em Quatro Pontes associado a raízes de plantas de soja.

Os nematóides são vermes encontrados na natureza, sendo que os fitonematoides são os considerados pragas das culturas agrícolas, sendo parasitas das raízes e outros órgãos subterrâneos das plantas.
Os sintomas de ataque em plantas manifestam-se em reboleiras ou manchas no meio da lavoura, onde as plantas apresentam declínio em seu desenvolvimento, sendo que em algumas espécies ele pode estar parasitando tanto culturas de verão como de inverno.
No caso da pesquisa do mestre em agronomia Everton Ulkoski, orientada inicialmente pelo Professor Doutor Cleber Furlanetto e ao final pelo professor doutor Élcio Silvério Klosowski, do Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Marechal Cândido Rondon, detectou-se a presença do nematóide Tubixaba tuxaua, que prejudica o desenvolvimento de culturas como a da soja, milho, trigo, aveia e mandioca assim como também pode prejudicar o desenvolvimento de plantas de adubos verdes como crotalária, feijão de porco e as mucunas preta e anã. Era considerado até então endêmico da região de Quatro Pontes, mas agora foi encontrado em vários municípios da região, dentre eles Marechal Rondon, Mercedes, Itaipulândia e outros.
Segundo o levantamento, 23 propriedades rurais localizadas em seis municípios do Oeste do Paraná foram confirmadas como infestadas pelo Tubixaba tuxaua, nove delas em Marechal Cândido Rondon, duas em Quatro Pontes, duas em Toledo, seis em Mercedes, três em Itaipulândia e uma em Missal.
A área total das propriedades mapeadas com a utilização do sistema GPS somou aproximadamente 576 hectares, das quais 551 eram de área agricultável. Segundo o pesquisador foram encontradas aproximadamente 22 hectares infestados, ou aproximadamente 3,7% da área total estudada.
Contudo, como as áreas das propriedades estudadas variaram de 4,9 a 147 hectares, em algumas propriedades a infestação atingiu até 20% da lavoura, causando enormes prejuízos ao produtor.
A pesquisa procurou realizar o acompanhamento da flutuação populacional de nematóides durante um período de sete meses com coletas mensais de amostras de solo em seis das 23 propriedades mapeadas. A quantificação dos nematóides presentes em uma fração do solo foi realizada no Laboratório de Nematologia, assim como foi realizada a caracterização físico-química dos solos infestados. Com isso pode-se observar que as populações de nematóides foram ligeiramente superiores nas épocas com maior disponibilidade hídrica do solo, o que pode favorecer o desenvolvimento desta espécie de nematóide.
Segundo Everton, é necessária a continuidade no acompanhamento da flutuação populacional do nematóide por um período maior, para que se possa determinar o comportamento desta espécie em condições de campo, para a obtenção de sistemas de manejo e controle. Ainda segundo ele, esta determinação é importante para se evitar a distribuição do nematóide para áreas sadias, em virtude do uso de equipamentos utilizados nos tratos culturais nas áreas infestadas.

Legenda: Reboleira ocasionada pelo nematóide Tubixaba tuxaua em lavoura de trigo
Fonte: Arquivo pessoal do pesquisador Everton Ulkoski


Contato com o pesquisador: eulkoski@gmail.com

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

churrascaria três passos

Opinião

"Estamos em Guerra!

Não! O Brasil não declarou guerra a nenhum país! Também não estou falando dos conflitos que assolam o campo e a cidade!

Falo de uma Guerra muito mais perigosa!

Falo de uma Guerra que sem perceber, declaramos a nossa própria existência.

Estão todos envolvidos nessa Guerra, tanto na condição de vítimas como de agressores! Falo de uma Guerra que o homem declarou contra sua própria espécie!

“Eles armam ciladas contra seu próprio sangue” (Prov 1;18), já diz a passagem bíblica. E é isso que estamos fazendo!

Uma das últimas grandes armadilhas leva o nome de Pré – Sal, reservatório descoberto ao longo da costa brasileira que pode, segundo estimativas, conter até cem bilhões de barris de petróleo; que segundo a lógica produtivista, degradante e consumista do atual sistema político-econômico, devem ser retirados, explorados, beneficiados e transformados em produtos que geram lucro ao mercado. Um mercado que, segundo esta lógica fria, inconsequente e não humanista não mede consequências, não postula o futuro. Um mercado que sendo o novo Deus da Humanidade, trouxe-nos ao atual estado de desequilíbrio ecológico e transtorno climático! Mas não nos enganemos, pensando que o mercado é um ente separado (como alguns querem fazer parecer), não! Ele também é produto.

Produto de homens, produto de uma forma tresloucada de agir que a Humanidade vem seguindo nos últimos séculos, ao continuar agindo única e exclusivamente pautada no individualismo e no imediatismo.

Explorar a reserva do Pré – Sal, nesse momento, pode até parecer gratificante, mas é como a droga, que em primeiro momento dá prazer e depois mata.

São cem bilhões (100000000000) de barris! A extração de cada barril de petróleo, libera na atmosfera em torno de quatrocentos e trinta seis quilogramas (436 Kg) de CO2 (Dióxido de Carbono), ou seja, apenas na extração desse petróleo seriam liberados na atmosfera por volta de quatrocentos e trinta e seis trilhões de quilogramas (436000000000000 Kg) de CO2, que é o principal componente químico responsável pela manutenção e acréscimo do Efeito Estufa! E esse é um dos principais agentes da modificação do clima na Terra.

E isso seria liberado apenas na extração! Imagine, caro leitor, as consequências do consumo dessa reserva!

Então lhe pergunto: A longo prazo, no curso de 20 ou 30 anos, esse presente que parece ser o Pré-Sal, não se revelaria uma “Caixa de Pandora”?

Seremos nós, então, tão inconsequentes a ponto de abrirmos esta caixa?

Ao contrário do que alguns arautos do apocalipse afirmam, a modificação climática não vai acabar com a vida na Terra!

O sistema climático vai encontrar um novo equilíbrio. Agora quanto a sobrevivência da Humanidade, a história pode ser diferente!

Somos uma espécie nova e frágil, apesar de que, a partir do nosso egocentrismo, nos achamos fortes e o centro do Universo.

Provavelmente, a Guerra que estamos travando contra nós mesmos, vai nos destruir!

Mas, ainda há tempo, só que não muito!

As mudanças dever ser radicais e imediatas!

Só assim teremos uma esperança de sobreviver enquanto espécie! A vida continua, e continuará!

Agora quanto a Humanidade, no atual momento histórico temos o nosso destino em nossas mãos!

Talvez a solução passe por abdicarmos do Deus mercado, colocando então a Vida acima do lucro!


Ass. Luciano Egidio Palagano

16/10/2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

homeopatia no tomateiro


Pesquisa avalia benefícios da homeopatia na
produção de tomate


O tomate é a segunda hortaliça mais consumida no Brasil, mas sua produção traz para a mesa do consumidor um alto residual tóxico, pelo uso de fungicidas utilizados no controle de várias doenças, dentre elas a pinta preta, causada por um fungo e limitante na produção da hortaliça. Uma mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, desenvolveu com sucesso uma alternativa homeopática, de baixo custo e fácil utilização, para o controle da doença. A prática pode ajudar a livrar a cultura dos altos índices de contaminação.


A pesquisa da engenheira agrônoma Márcia Vargas Toledo se pauta no momento atual, em que o grande desafio é produzir alimentos saudáveis, com menor impacto possível ao meio ambiente, e de maneira econômica e socialmente sustentável.
Os resultados ganham importância quando se leva em consideração o consumo do tomate no Brasil. Ele só perde para a batata. Mas seu cultivo é sujeito a um grande número de pragas e doenças em todas as fases do ciclo de produção, desde a sementeira até a comercialização.
Isto faz com que o manejo fitossanitário da cultura se torne um importante aspecto de pesquisa e investigação, na busca de um ambiente mais propício à planta e menos favorável às doenças e pragas que podem prejudicá-la.
A redução da utilização de agrotóxicos e adubos químicos no processo de produção do tomate pode acontecer através da adequação do ambiente e de um manejo que pode incluir a homeopatia, uma ciência desenvolvida por Samuel Hahnemann há mais de dois séculos, que tem enorme potencial por ser de baixo custo e apresentar impacto ambiental irrelevante.
Segundo a pesquisadora, contudo, são poucos os estudos na área de fitossanidade com homeopatia, principalmente na sua forma de atuação, como também a produção orgânica de tomates ainda é muito pequena no Brasil e poucos os conhecimentos das técnicas.
Em virtude disto, os pesquisadores do grupo de pesquisa Controles Biológico e Alternativo em Fitossanidade – COBALFI, da UNIOESTE, vêm somando esforços visando o desenvolvimento de sistemas de produção que adotem “tecnologias limpas”, envolvendo manejos que proporcionem, essencialmente, a recuperação do equilíbrio no ambiente agrícola da região e a melhoria da qualidade dos produtos.

Baixo custo e fácil utilização

O objetivo principal do trabalho da pesquisadora foi observar a utilização de medicamentos homeopáticos visando o controle da pinta preta, doença de alto potencial destrutivo que ocasiona elevados prejuízos econômicos. Causada por um fungo, a doença se caracteriza por ser uma das mais importantes e frequentes da cultura do tomateiro nas condições brasileiras de cultivo.
Os experimentos foram realizados no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Marechal Cândido Rondon, sob a orientação do Prof. Dr. José Renato Stangarlin, tendo acontecido em duas fases: uma para a determinação da atividade fungitóxica in vitro dos medicamentos homeopáticos, e, outra, para verificação da ação protetora e/ou indutora de resistência dos medicamentos homeopáticos, quando aplicados em tomateiro para controle da pinta preta.

Medicamentos tiveram efeito

Os resultados dos experimentos realizados mostraram que os medicamentos homeopáticos utilizados apresentam ação fungitóxica contra a doença da pinta preta, mas dependente da natureza do medicamento e da dinamização utilizada.
Segundo a pesquisadora, os medicamentos homeopáticos se mostraram com uma alternativa para o controle da doença, além de influenciarem positivamente no crescimento das plantas tratadas. “Obtivemos resultados que mostram que soluções dinamizadas atuam no controle da pinta preta, sendo diretamente no patógeno fúngico, ou mesmo no tomateiro, pela ativação de seus mecanismos de defesa, de forma local ou ainda sistêmica”, explica a engenheira agrônoma.
De acordo com ela, dos medicamentos utilizados, o Propolis, o Sulphur e o Ferrum sulphuricum, todos testados com várias dinamizações, foram os que se sobressaíram no tratamento da doença em questão. Mas ela destaca que são necessários mais estudos, especialmente para três pontos básico no que se refere a homeopatia em modelos vegetais: a escolha do medicamento, a dinamização e a freqüência.

Estudos são Recentes

Segundo Márcia Toledo, são recentes os trabalhos relacionando a homeopatia aos vegetais e sua prática é pouco conhecida. A primeira dissertação em homeopatia na agricultura, em nível de pós-graduação, foi defendida em 1999 na Universidade Federal de Viçosa. “Entre 2004 e 2006, profissionais do Oeste do Paraná participaram de um curso de extensão em homeopatia animal e vegetal na Universidade Federal de Viçosa. A capacitação propiciou a estruturação de um laboratório de manipulação de preparados homeopáticos e a realização de experimentos na intenção de validar essa ciência como ferramenta auxiliar para o desenvolvimento da agroecologia na região”, explica ela.
Em 2006, um projeto do CAPA (Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor), de Marechal Cândido Rondon, montou com recursos do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), um mini-laboratório que possibilitou a capacitação de 200 agricultores com cursos básicos de homeopatia popular, além da elaboração de 1000 cartilhas em parceria com o Prof. Dr. Carlos Moacir Bonato da Universidade Estadual de Maringá – UEM e da realização de um Seminário Regional sobre o tema.


Legenda: Tomateiro atingido por lesões foliares causadas pelo fungo. (Divulgação)


BOX –

Confira os medicamentos utilizados na pesquisa, sua origem e aplicabilidade:

Sulphur – medicamento de origem mineral feito a partir do enxofre. Parece ter semelhança com todas as doenças sendo recomendado para todos os tipos de erupções e tecidos enfraquecidos;

Silicea terra – de origem mineral, feito a partir do óxido de sílica, é recomendado para erupções úmidas, cicatriza antigas fístulas e por analogia, tem sintomas semelhantes aos desenvolvidos pela doença da pinta preta;

Staphysagria – planta da família das Ranuláceas, conhecida como erva de piolho. É recomendado para tecidos dilacerados e eczemas no corpo;

Phosphorus – medicamento feito a partir do elemento fósforo (P) e indicado para excrescência fúngicas;

Ferrum sulphuricum – feito a partir do ferro e do enxofre. O Ferrum é recomendado para fraqueza, aspecto clorótico e hipersensibilidade;

Kali iodatum – feito a partir do iodeto de potássio é antipsórico e antisifilítico. Os sais de potássio são recomendados para ulcerações e o medicamento para doenças crônicas com estados de sintomas na pele e de degeneração dos tecidos e, por analogia, semelhantes aos causados pela doença da pinta preta.

Propolis – não foram encontrados trabalhos nos quais tenha sido homeopatizada esta substância, uma resina coletada das árvores pelas abelhas Apis mellifera. A tintura mãe, porém, é recomendada para controle de fungos.


Texto: Ana Maria de Carvalho - 45 8408-7880
Contato para entrevistas com a pesquisadora: 45 3254-2820

Técnicas de adubação




Pesquisadores da Unioeste desenvolvem técnicas de adubação para a cultura do alface

Hortaliça folhosa mais consumida no Brasil, a alface é a quarta neste ranking, sucedendo apenas a batata, o tomate e a cebola. Diante da importância do cultivo nas regiões Sul e Sudeste e da carência de informações técnicas sobre adubação da cultura, os pesquisadores do Programa de Pós Graduação em Agronomia da Unioeste, campus de Marechal Rondon tem realizado pesquisas no sentido de se adotar práticas mais convenientes de adubação visando obter maior produtividade da cultura.
Uma destas pesquisas foi realizada pela mestranda Luciana Cleci de Oliveira, sob a orientação do professor doutor José Renato Stangarlin e co-orientação da professora doutora Maria do Carmo Lana. No estudo, ela buscou determinar práticas mais convenientes de adubação que auxiliem na manutenção da fertilidade do solo e produtividade da cultura da alface, tendo o experimento sido conduzido na Estação Experimental Professor Antonio Carlos dos Santos Pessoa, da Unioeste, campus de Marechal Rondon/PR.
Segundo Luciana, o cultivo da alface vem sendo praticado de forma tradicional, hidropônica e orgânica. Mas nos últimos anos vem crescendo o interesse pelo consumo de produtos orgânicos. Ainda de acordo com ela, o uso de adubação orgânica nesta cultura, além de proporcionar uma redução de custos, traz também uma redução de aporte de insumos de fora da propriedade e, em conseqüência, uma reciclagem dos resíduos rurais.
“Em virtude da redução dos gastos com fertilizantes, que a cultura não dispensa, e visando uma produção mais sustentável, está se tentando introduzir formas alternativas com adubos orgânicos, pois uma das barreiras para a produção é o incremento e a manutenção da fertilidade do solo”, explica Luciana.
Assim como outros autores, a pesquisadora comprovou que a aplicação de adubação orgânica proporciona aumento na produtividade e qualidade da alface. Ainda segundo ela, o uso da adubação verde, no caso a mucuna preta, proporcionou por sua vez uma qualidade de solo superior, e, embora tenham sido utilizados dois manejos diferenciados, ambos demonstraram potencial para o cultivo da planta, com melhores resultados para o manejo sem incorporação do adubo verde.




Legenda: A pesquisadora comprovou a eficiência da adubação orgânica na produtividade e qualidade da alface.
Contato com a pesquisadora: 9915- 8758

Oktoberfest 2009

Oktoberfest 2009 terá Noite do Rondonense e programação especial para a Terceira Idade

A Oktoberfest 2009 está sendo estruturada para atender a todos os públicos. A administração municipal, em parceria com demais entidades, promove programação diferenciada.
Na quinta-feira, dia 22, como era realizado em anos anteriores, acontece a noite do rondonense, quando não haverá a cobrança de ingressos das 21h00 às 22h00. “A Oktoberfest 2009 vai aprimorar e ampliar a participação do cidadão de Marechal Rondon e da micro-região. A noite do rondonense será mantida, assim como em anos anteriores, quando o evento era promovido pela JCI. Às 21h00 acontece a abertura oficial, com a sangria do barril, e até às 22h00 o ingresso será livre”, destaca o coordenador executivo da Oktoberfest, Lair Bersch.
Programação especial também está agendada para a Terceira Idade. No domingo, dia 25, o Centro de Eventos II, será palco de encontrão de clubes da terceira idade de toda a região. Na ocasião será servido almoço, por adesão, com pratos típicos como o eisbein e kassler. À tarde, das 14h00 às 18h00, acontece matinê da Terceira Idade com a Banda Zíngaros, seguido da Banda Cavalinho Branco e da Banda Chama. “Teremos atividades especiais para a terceira idade. Todos os clube de idosos de Marechal Cândido Rondon e da micro-região são convidados a participar. A entrada será livre. Será um grande evento em ritmo de Oktoberfest”, acrescenta Lair.
A Oktoberfest de Marechal Cândido Rondon acontece de 22 a 25 de outubro. Cerca de 15 atrações musicais animarão a festa. Desde a semana passada já estão sendo comercializados em Marechal Rondon e região os ingressos para a festa. A programação completa e as novidades estão no site www.oktoberfestrondon.com.br.