segunda-feira, 17 de julho de 2017

FRIO INTENSO NO SUL DA AMÉRICA




Frio de -25,4°C é o mais intenso dos últimos 54 anos e congela até estação meteorológica em San Carlos de Bariloche, Rio Negro, Argentina




“O mar não está para peixe, assim como a cordilheira (dos Andes) não está para esqui.” Assim resumiu o observador da estação meteorológica do município de San Carlos de Bariloche, localizado no sudoeste da província de Rio Negro, no oeste da Argentina neste domingo (16).
A comparação do observador ocorreu após a intensa nevasca que atingiu toda a região nas últimas 24 horas, cujo acumulado superou 40 centímetros de espessura em áreas mais baixas e próximas à costa andina.
Rodovias foram fechadas, telhados de casas desabaram com o peso da neve e árvores caíram deixando moradores sem energia elétrica. O principal aeroporto ficou fechado para pousos e decolagens devido à total falta de visibilidade, ao acúmulo de neve e aos ventos fortes.
O frio desta vez veio com muito mais violência, superando, inclusive, as previsões iniciais divulgadas pelo órgão oficial de meteorologia argentina.
O agravante ocorreu após a nevasca, onde o frio congelante manteve blocos de gelo e neve nas principais vias e que precisaram ser bloqueadas. Acidentes de trânsito foram registrados na manhã deste domingo, segundo a polícia local, com veículos que escorregaram com o excesso de gelo acumulado em superfície. Uma casa pegou fogo após o excesso de energia utilizada com aquecedores.
A combinação entre neve, sincelo (congelamento do nevoeiro) e frio intenso permitiu o que objetos, inclusive da estação meteorológica instalada no município, ficassem completamente congelados.


Dados meteorológicos
O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) registrou neste domingo, temperatura mínima de apenas -25,4°C, com 40 centímetros de neve acumulada. O recorde anterior era de -21,1°C em 30 de junho de 1963.
No Aeroporto Internacional “Teniente Luis Candelaria”, dados de Meteorological Aerodrome Report (METAR) reportaram temperatura mínima de -19°C e máxima de -4°C, com nevoeiro e sincelo. O mesmo continuava lotado de passageiros em virtude de pousos e decolagens que foram suspensos por conta da nevasca do dia anterior.

Veja mais: 

Neve mais intensa desde 1971 deixa bairros intransitáveis e provoca desabamentos em Santiago, Chile



A passagem de um sistema frontal pelo Chile nas últimas 24 horas e atrelado à sistemas de baixa pressão e frios em níveis mais altos (baixas segregadas) provocou significativa precipitação de neve em diferentes municípios entre a noite de sexta-feira (14) e durante este sábado (15).
A região da capital Santiago, onde o fenômeno é mais raro de cair em grande quantidade, foi uma das mais afetadas, de acordo com a Direção Meteorológica do Chile (Meteo Chile)
Pela manhã, autoridades informaram que vários bairros tiveram avenidas e ruas tomadas pela neve, com acumulado de até 15 centímetros. Devido às pistas escorregadias, malhas viárias importantes da região metropolitana foram fechadas e mesmo assim, acidentes de trânsito foram registrados.
Parte da cobertura do estacionamento do Corpo de Bombeiros desabou com o peso da neve sobre viaturas, mas ninguém ficou ferido.
Outra área afetada pela neve foi um colégio no município de Maipú, na área metropolitana de Santiago, onde a estrutura da cobertura da quadra poliesportiva também não suportou o peso e desabou na madrugada.
Árvores e postes também caíram com o peso da neve e quase 300 mil unidades consumidoras ficaram sem energia elétrica em toda a Região Metropolitana de Santiago.






Dados meteorológicos
A carta sinótica de superfície preparada pela Marinha do Brasil à 0 hora (UTC) deste sábado, 21 horas (Brasília) de sexta-feira, explanou a atuação do sistema frontal sobre a região de Santiago, com baixa de 1004 hPa, além de um segundo sistema frontal, ainda em situação de frontogênese (formação de frente fria), logo mais acima.
De acordo com o Meteo Chile, através da imprensa local, desde 1971 não nevava tanto e em tão pouco tempo na capital chilena. Municípios de províncias ao sul e localizadas no alto da Cordilheira dos Andes registraram nos últimos dois dias, até um metro de neve.
Observação: Não houve registro de “nevasca” em Santiago, apesar do acumulado e conforme disseminado por redes sociais, tanto que o próprio METAR do aeroporto, sequer informou o fenômeno como “forte queda de neve”.
Na meteorologia, uma nevasca, tecnicamente, depende de ventos acima de 56 km/h, visibilidade mínima inferior a 400 metros, além de acumulado. Já uma “tempestade de neve” precisa conter ventos acima de 72 km/h, visibilidade nula e farta precipitação.
(Crédito das imagens: Reprodução/Google – Reprodução/Marinha do Brasil – Reprodução/Weather Underground – Reprodução/CNN Chile – Divulgação/Carabineros de Chile - Caterine Rodriguez – Juan Garcia - Juan Pablo Senior – Manoel Foucella – Maurício Figueroa - Miguel Yquiedes – Nícolas Pérez Ávila - Paula Infante Cea - Pedro Tapia – Thomaz Zipfel)


Fontes: http://deolhonotempo.com.br/index.php/internacional/8074-frio-de-22-4-c-e-o-mais-intenso-dos-ultimos-54-anos-e-congela-ate-estacao-meteorologica-em-san-carlos-de-bariloche-rio-negro-argentina; http://deolhonotempo.com.br/index.php/internacional/8070-neve-mais-intensa-desde-1971-deixa-bairros-intransitaveis-e-provoca-desabamentos-em-santiago-chile
(Crédito das imagens: Reprodução/Google – Divulgação/SMN – Reprodução/Bariloche 2000)
(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)

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