terça-feira, 31 de dezembro de 2019

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER



No Brasil, a cada 4 horas, uma menina é estuprada por seu pai, padrasto, tio, primo ou vizinho


Dados do Anuário de Segurança Pública 2019, revelam esta dramática situação do país que se acentuou após o golpe de 2016, se compararmos os dados de violência sexual de anos anteriores. Em 2015 houve redução de 10% em relação ao ano anterior, já em 2016 houve um aumento de 3,5%, seguido de 10,1% em 2017 e 4% em 2018. Neste último levantamento 63,8% tiveram como vítimas, jovens de até 14 anos de idade ou pessoas incapazes de oferecer resistência por alguma enfermidade.


Analisando os dados referentes ao estado de São Paulo, onde ocorreram o maior número de casos relatados de estupro de 11.788 em 2017 para 12.836 em 2018, gerando um aumento de 7,8% dos casos. Quando se observa apenas as vítimas mulheres esse aumento é maior, 9.627 casos em 2017 contra 10.768 casos em 2018, um aumento de 11%. Seguido pelo Paraná que embora tenha menor número de casos relatados de estupro, o percentual do aumento foi o dobro de São Paulo, 5.781 casos em 2017 e 6.898 casos em 2018 gerando um percentual de 19%. Analisando apenas as vítimas do sexo feminino o percentual também é de aumento, 18%. Dados de outros estados afirmam o perfil das vítimas: jovens do sexo feminino de até 17 anos formam 71,8% das vítimas.
Segundo o Anuário esse tipo de violência atinge mais crianças e adolescentes. Entre as meninas atinge-se um ápice aos 13 anos, mas o principal grupo entre elas são as vítimas de até 9 anos. Quando se observa os dados a respeito das vítimas do sexo masculino, percebe-se que são ainda mais jovens, menores de 7 anos. Algo estarrecedoramente repugnante. Segundo um levantamento técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) de 2014, estimou-se que naquele ano os 54.000 casos notificados de estupro, representavam apenas 10% do real valor das ocorrências. Isso se deve a que, as vítimas - crianças, jovens ou adultos - se veem incapazes de denunciar o ato. Muitas vezes por algum constrangimento devido ao agressor possuir, majoritariamente, algum grau de parentesco com a vítima, ou pelo fato das vítimas se verem culpadas pelo ato criminoso.
O agressor é tipificado, como aponta o levantamento atual, 96.3% são homens e 75,9% deles são conhecidos das vítimas, sendo pais, padrastos, tios, primos ou vizinhos. Uma vez que estão instalados ou próximos do ambiente familiar das vítimas, não sendo agressões repentinas ou por homens estranhos à vítima. Tal dado desmistifica o mito do qual o agressor é alguém de fora, que é o outro, e de que são pessoas homossexuais. Muito corrobora com o que se denomina de “cultura do estupro” o pensamento levantado na pesquisa do Fórum de Segurança Pública, o qual 30% entre homens e mulheres concordaram com a afirmação de que “a mulher que usa roupa provocante não pode reclamar se for estuprada” e 43% entre jovens e adultos homens a partir dos 16 anos acreditam que “mulheres que não se dão ao respeito são estupradas. Pensamentos do tipo apenas relativizam e silenciam as vítimas do comportamento muitas vezes sutil de seus agressores, que na grande maioria dos casos divide o mesmo teto com as vítimas.
Para combater esse mal, não será com o conservadorismo presente no governo, tanto federal (Bolsonaro-PSL) como no estadual (João Dória - PSDB) que em dias atrás mandou recolher material das escolas públicas que abordavam sobre a diversidade sexual sem fundamentação alguma. Mas sim, e principalmente com educação sexual correspondente com a faixa etária da criança e/ou adolescente, pois assim elas poderão também identificar esse sutil e perverso crime que atinge os lares familiares. Ainda relativo ao crescimento das taxas de violência sexual, e de outras formas de violência, o documento afirma que “mais uma vez, [fazendo alusão ao atual governo] o pêndulo da segurança pública pende para soluções reativas e lastreadas apenas na narrativa política desprovida de evidências e bases científicas” como ficou bem claro na ações autoritárias do governo Bolsonaro contra várias instituições científicas brasileiras.

Fonte: http://www.esquerdadiario.com.br/No-Brasil-a-cada-4-horas-uma-menina-e-estuprada-por-seu-pai-padrasto-tio-primo-ou-vizinho?fbclid=IwAR3GPlpSv-Yf8iyT2KGgCWEHZhtyYyXpgaaTz_EXaEIh0--WMSzUvPuhGX8

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

PORTUGAL



EUCALIPTOS VÃO DAR LUGAR A ZIMBROS, AZINHEIRAS E SOBREIROS EM VIMIOSO

Um eucaliptal, de 30 hectares, no concelho de Vimioso, vai ser reconvertido numa floresta autóctone.




Carina Alves










A ideia é trocar estas árvores exóticas por zimbros, azinheiras e sobreiros e diga-se que, por aqui, o abate dos eucaliptos já começou há mais de quinze dias. Este restauro ecológico está a ser feito no âmbito do mais recente projecto da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA): o Hotspot de Biodiversidade. “Pretendemos apoiar a regeneração natural das espécies autóctones”, assegurou a bióloga da associação, Sara Pinto. O projecto da AEPGA, que surgiu de uma candidatura ao Fundo Ambiental, do Ministério do Ambiente e da Transição Energética, surge da necessidade de salvaguardar uma área natural inserida num Sítio de Importância Comunitária, da Rede Natura 2000, nos concelhos de Vimioso e Mogadouro, no sítio dos rios Sabor e Maçãs, que se caracteriza, essencialmente, por incluir os vales encaixados destes dois rios e do Angueira. Além do abate de eucaliptos há outras duas vertentes que a AEPGA está a trabalhar através do projecto. Como o local integra a rede para conservar os habitats e as espécies selvagens raras, ameaçadas ou vulneráveis na União Europeia, a conservação de habitats prioritários nesta área é outro dos eixos a explorar e o primeiro passo da associação, que já está dado, foi ir para o terrenos a mapeá-los. “Um habitat que é bastante expressivo nesta zona é dos bosques de zimbros e sobreiros”, disse a bióloga. A conservação destes habitats, quatro estão identificados como prioritários, também se deve ao facto deste Sítio de Importância Comunitária enfrentar várias ameaças, entre elas a destruição de vegetação, florestação com espécies desadequadas, realização de queimadas, ordenamentos piscícola insuficiente e cinegético desadequado, abandono e alteração de práticas agro-pastoris e corte ilegal de bosques. A terceira vertente do projecto passa pela educação ambiental, dirigida aos agricultores e à comunidade escolar. Assim, há um técnico, especializado em botânica, com experiência em acompanhar projectos agrícolas, no sentido de os tornar mais amigos do ambiente. O projecto tem como parceira a PALOMBAR – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural



quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

ALEJANDRO COLLI



Garoto de 18 anos faz próteses gratuitas 

para cachorros deficientes





Alejandro Colli, é um jovem de apenas 18 anos, mas ele já ajudou os animais mais do que muitas pessoas. O garoto usa uma impressora 3D para montar montar próteses para cães com deficiência. Sua intenção é apenas ajudar, e ele faz com muito amor e carinho, nunca pedindo nada em troca.
Todos os seus projetos estão sendo compartilhados no Twitter e já viralizaram nas redes sociais. Quando Alejandro estava prestes a terminar o último ano do ensino médio no Instituto Stella Maris em Lamus (Argentina), ele teve a ideia de comprar uma impressora 3D. 
“Vi tutoriais no YouTube e fiz, era só para saber o que era, nunca levei isso como algo sério. Então eu percebi o que era capaz de fazer”, explicou o jovem. Sua jornada começou fazendo moldes de biscoitos para doces, no qual fabricava para uma pequena empresa que os vendia e ganhava um dinheiro extra.

Logo após os moldes, Alejandro começou a fazer próteses para as patas dos cães, conseguindo ajudar eles a andarem novamente. Geralmente, próteses feitas sob medida, demorariam cerca de um dia e meio para serem fabricadas, mas quando você as transfere para a impressora 3D, ela faz em cerca de 3 horas.
Algo muito curioso é saber que apesar de ter um preço elevado em diversos lugares, a prótese para animais tem um custo total de 10 dólares. Surpreso de como as pessoas gostaram de seu projeto, ele diz: “O que as pessoas agradecem é incrível. Ver um cãozinho voltar à caminhada normal é algo inestimável e sem mencionar a felicidade dos donos. Eles me agradecem, mas não precisam.”

Além disso, Alejandro começou a fabricar cadeiras de rodas, ele assumiu o desafio de novas possibilidades de devolver alguma felicidade aos cães e suas famílias com essas invenções incríveis, ele espera que no futuro conseguir uma impressora maior e também aumentar a produção, para assim ajudar mais.
“Já entreguei mais de 50 peças, tanto no país quanto no Panamá, México, Colômbia e Chile. Hoje, estou me concentrando mais em cadeiras de rodas adaptáveis, que são as mais difíceis e caras de fazer, porque exigem uma invasão por toda a coluna.”



domingo, 15 de dezembro de 2019

SOCIEDADE



Portugal ignora Bolsonaro e marca data para entregar Prêmio Camões a Chico Buarque






A entrega do prêmio ao artista brasileiro acontecerá em abril de 2020

Chico Buarque foi o grande vencedor do Prêmio Camões deste ano. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro já anunciou que não assinará o diploma da condecoração ao cantor. Mas isso não o impedirá de receber a homenagem, conforme decidiu o Ministério da Cultura de Portugal.

O governo português anunciou que a entrega do prêmio acontecerá no dia 25 de abril de 2020, em Lisboa. Segundo autoridades do país, a assinatura do diploma pelo presidente é apenas uma formalidade e não impede a entrega e a cerimônia.
Chico Buarque foi anunciado vencedor do Prêmio Camões 2019 no dia 21 de maio, após reunião do júri, na Biblioteca Nacional, no Rio. O valor do prêmio, de 100 mil euros, é dividido entre Portugal e Brasil. A parcela da condecoração que cabia ao governo brasileiro já foi depositada em junho.

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