segunda-feira, 14 de abril de 2014

VIDA ALTERNATIVA



Fujam para as colinas: homens e mulheres que abandonaram a cidade para viverem como eremitas

 

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Um tema bastante procurado e debatido no Jardim do Mundo e reconhecidamente um ótimo assunto para uma segunda-feira de manhã, o estilo de vida contemporâneo tem sido cada vez mais rediscutido e reconsiderado em favor de uma vida mais saudável e sustentável, mas existem pessoas que casaram de esperar e mostram isso em uma mudança radical de ambiente.Captura de Tela 2014-04-14 às 14.39.54
Por 3 anos, o fotógrafo russo Danila Tkachenko registrou a vida de pessoas que decidiram viver longe do restante da civilização ao migrar para locais inabitados do interior da Rússia e da Ucrânia. Longe de ser somente mais um passeio a trabalho, a viagem proporcionou ao fotógrafo uma incrível experiência ao conhecer pessoas que decidiram viver em completa solidão, morando em casas no meio da floresta.
“Você pode descrever suas condições de vida?
Danila: Você pode ver que tipo de personalidade a pessoa tem só de olhar para a sua casa. Há aqueles que constroem palácios inteiros usando materiais disponíveis na floresta. Algumas cavernas ocas, outros constroem cercas e até pontes. O trabalho é uma parte muito importante de suas vidas.”
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Para encontrar estas pessoas, Danila teve de fazer uma pequisa profunda, já que esses nômades deixavam poucas pistas de seu paradeiro. Ao consultar prefeituras, jornais locais e fazendeiros das regiões, o fotógrafo conseguiu alcançá-los e mostrar o seu interessante estilo de vida através de um ensaio fotográfico.
“O que eles comem?
Danila: Algumas pessoas caçam, outros cultivar seu próprio alimento. Comem bagas e cogumelos. Se você conhece a floresta bem o suficiente, ela vai te dar muita comida. Mas eles também têm a opção de viajar para as aldeias vizinhas para fazer trocas com os habitantes.” 
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Neste ensaio, o fotógrafo também registrou suas casas. Confeccionadas com barro, palha, dentro de cavernas ou com madeira da floresta, todas foram construídas com as próprias mãos e são agora a residências destas pessoas que vivem imersas em meio a natureza. 
Em entrevista para a revista Vocativ, o russo contou um pouco sobre como teve a ideia de fotografar os eremitas.
“Meu pai viveu na floresta como um eremita por cerca de três anos, mas depois voltou à viver na cidade. Eu estava interessado em ver como uma pessoa escolhe cortar relações com o mundo exterior para tentar se aproximar mais de si mesmo. É uma questão de olhar para a sua identidade real. Quando conheci essas pessoas, eu estava interessado em ver como eles se comparam a mim como um morador da cidade. Cerca de cinco anos atrás, estava caminhando pelas montanhas de Altai , quando me perdi e tive que passar cerca de um mês sozinho. Foi uma experiência muito difícil e importante para mim, e é por isso que decidi explorá-la ainda mais.”
O projeto resultou em um prêmio no concurso World Press Photo de 2014.
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“São essas as pessoas mais felizes do que aquelas que vivem na cidade?
A felicidade é algo muito pessoal. Mas eles parecem viver em harmonia consigo mesmos e com o mundo ao seu redor. Eles são muito parecidos com crianças. Se eles estão tristes ou felizes, eles vão compartilhar isso com você, porque eles não têm o habito de usar máscaras sociais que as pessoas que vivem em um ambiente civilizado usam. Eles não têm padrões sociais para seguir e são pessoas muito sinceras e abertas.” 
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Fonte: By 14 Abril, 2014 Entretenimento - 
Entrevista: Vocativ


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