domingo, 22 de janeiro de 2017

SANEAMENTO



Saneamento Ecológico Vs Convencional*
























































Os sistemas convencionais de tratamento de esgotos provocam impactos ao meio ambiente e à saúde das populações, através do lançamento de esgotos parcialmente tratados em corpos de água. Essas formas de tratamento e disposição de esgotos apresentam sérios riscos ao ambiente e à saúde da população (Esrey, 1998). Os conceitos e técnicas apresentados pelo Saneamento Ecológico e pela Permacultura representam uma nova abordagem a essa problemática, apresentando soluções ecoeficientes para tratamento e reuso domiciliar dos efluentes.
O esgoto doméstico é composto essencialmente por água de banho, excretas, papel higiênico, restos de comida, sabão, detergentes e águas de lavagem, oriundos das águas servidas de residências, instituições, estabelecimentos comerciais ou quaisquer edificações que disponham de instalações de banheiros, lavanderias e cozinhas (Ministério da Saúde, 1999). Apesar dos hábitos dos usuários e do volume de água consumido afetarem diretamente a sua composição, os efluentes do esgoto doméstico podem ser classificados basicamente em dois tipos: águas negras e águas cinza.
A divisão das águas negras (oriundas do vaso sanitário) e das águas chamadas cinzas (não contaminadas com fezes) permite o tratamento prático e descentralizado dos diferentes tipos de efluentes domésticos, o que possibilita o reuso da água e o aproveitamento dos nutrientes contidos no esgoto.
O tratamento da água cinza é relativamente simples, dependendo do objetivo do reuso, podendo ser feito nas próprias residências, inclusive com aplicação direta no solo, para irrigação de árvores e jardins, desde que sejam seguidos alguns critérios de ordem sanitária (Ridderstolpe, 2004). Já o efluente do vaso sanitário, contendo fezes e urina, é chamado de água negra e necessita de sistemas de tratamento mais complexos para reduzir sua carga de agentes patogênicos (Esrey et al., 1998).
O Saneamento Ecológico tem como enfoque principal o aumento da disponibilidade hídrica pela economia de água, a proteção dos recursos hídricos pelo não lançamento de esgoto – tratado ou não – nos cursos de água, possibilitando a reutilização racional de todos os nutrientes presentes nas excretas (Winblad & Simpson-Hérbert, 2004). Também representa uma das soluções para a queda nas emissões de carbono, além de estar diretamente ligado a três dos oito objetivos de desenvolvimento incluídos nas Metas do Milênio das Nações Unidas, a serem cumpridos até 2015, que são: erradicar a extrema pobreza e a fome, reduzir a mortalidade infantil e garantir a sustentabilidade ambiental (SIWI, 2005).
Neste contexto uma série de soluções alternativas tem sido apresentadas, testadas e implantadas em todo o mundo e a equipe do Ecoeficientes não poderia deixar de abordá-las. Neste primeiro momento, daremos foco àquelas técnicas que julgamos ser as mais simples, eficientes e acessíveis. Nomeadamente o BET (Bacia de Evapotranspiração), a Fossa Séptica Biodigestora, os Biodigestores Chinês e Indiano (que se aplicam mais em áreas rurais e produzem biogás), o Bason (sanitário compostável seco) e os Filtros Biológicos (utilizados para o tratamento das águas cinzas).
Pedro Monteiro


As linhas de tratamento de esgoto são aplicáveis nas mais diversas situações e a experiências. Trazem benefícios por devolverem ao meio ambiente um efluente tratado com alta eficiência, evitando a poluição, e trazendo ainda, como opção, o seu reúso.
Entre os empreendimentos que utilizam as estações de tratamento de esgoto doméstico (ETEs) estão residências, chácaras, pousadas, hotéis, resorts, condomínios, conjuntos habitacionais, construtoras, shopping center, usinas, aeroportos, hospitais, prédios de escritórios, escolas, comércios e indústrias. Também são realizados projetos específicos para bairros, vilas, distritos e municípios, incluindo sistemas isolados destinados a locais de difícil acesso, atendendo concessionárias e empresas de serviços municipais de saneamento ambiental e unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. Seguem exemplos de ETEs fabricados pela Mizumo, que atua no segmento desde 2001, e suas descrições.
FAMILY



É a estação pré-fabricada ideal para tratamento de esgoto sanitário de residências. Também é indicada para pequenos estabelecimentos comerciais ou mesmo pequenas indústrias – conforme as normas NBR 12.209/2011, NBR 7.229/93 – versão corrigida 1.997 – e NBR 13.969/97. Sua capacidade de tratamento é variável, atende a vazões diárias de 1,6 m³ (1.600 litros/dia) a 3,2 m³ (3.200 litros/dia) para sistemas conjugados, o que representa até 20 usuários. O tanque possui 2,4 m de comprimento, 2,10 m de altura e 1,20 m de largura e é fabricado de PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro), o que confere resistência e alta proteção química à corrosão do esgoto sanitário. A área necessária para a implantação do sistema varia entre 3,5 m² e 8,0 m². A ETE possui reatores anaeróbios e aeróbios, decantadores (montados internamente aos sistemas), conexões tubulares de PVC, meio suporte de polietileno, difusor de ar de EPDM, e soprador de ar. O sistema de desinfecção é feito por meio de pastilhas de cloro, já integrado ao produto. A implantação desta linha pode ser feita tanto acima do nível do solo como enterrada.
BUSINESS



É a estação pré-fabricada ideal para tratamento de esgoto sanitário de residências de alto padrão, pequenos condomínios, pousadas, hotéis, estabelecimentos comerciais, industriais, entre outros – conforme as normas NBR 12.209/2011, NBR 7.229/93 – versão corrigida 1.997 – e NBR 13.969/97. Sua capacidade de tratamento atende a vazões diárias de 4 m³ (4.000 litros/dia) a 20 m³ (20.000 litros/dia) por módulo, o que representa, em média, 210 usuários. O tanque possui 2,0 m de diâmetro e é fabricado de PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro), o que confere resistência e alta proteção química à corrosão do esgoto sanitário. A área necessária para a implantação do sistema varia entre 23 m² e 38 m². O processo de tratamento é composto por um reator anaeróbio, um filtro aeróbio com difusão de ar por bolhas finas e decantador secundário com sistema de air lift para retorno do lodo. O sistema de desinfecção é feito por meio de pastilhas de cloro, já integrado ao produto. A implantação desta linha pode ser feita tanto acima do nível do solo como enterrada.
PLUS



É a estação pré-fabricada ideal para tratamento de esgoto sanitário de grandes estabelecimentos comerciais, industriais, entre outros empreendimentos – conforme as normas NBR 12.209/2011, NBR 7.229/93 – versão corrigida 1.997 – e NBR 13.969/97. Sua capacidade de tratamento atende a vazões diárias de 25 m³ (25.000 litros/dia) a 600 m³ (600.000 litros/dia) por módulo, o que representa, em média, 6.000 usuários. O tanque está disponível nas versões com 2,5 m e 3,2 m de diâmetro e é fabricado de PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro), o que confere resistência e alta proteção química à corrosão do esgoto sanitário. A área necessária para a implantação do sistema varia entre 37 m² e 500 m². O processo de tratamento é contínuo e composto por reatores anaeróbios, filtros aeróbios com difusão de ar por bolhas finas e decantador secundário com sistema de air lift para retorno automático do lodo. O sistema de desinfecção conta com o tanque de contato integrado ao produto, com dosagem de hipoclorito feito por bombas dosadoras. Para projetos especiais, este processo também pode ser feito por radiação ultravioleta. A implantação desta linha pode ser feita tanto acima do nível do solo como enterrada.
TOWER




A Mizumo foi a primeira empresa no país a ter em linha de produção uma estação pré-fabricada de tratamento de esgoto no formato vertical: o Mizumo Tower. É ideal para tratamento de esgoto sanitário de grandes estabelecimentos comerciais, industriais, conjuntos e condomínios habitacionais e outros empreendimentos – conforme as normas NBR 12.209/2011, NBR 7.229/93 – versão corrigida 1.997 – e NBR 13.969/97. A solução foi idealizada e totalmente desenvolvida por engenheiros da empresa e sua capacidade de tratamento atende a vazões diárias de 30 m³ (30.000 litros/dia) a 800 m³ (800.000 litros/dia) por módulo, o que representa, em média, 8.200 usuários. Os tanques possuem 2,5 m e 3,2 m de diâmetro e são fabricados de PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro), o que confere resistência e alta proteção química à corrosão do esgoto sanitário. A área necessária para a implantação do sistema varia entre 33,5 m² e 280 m². O processo de tratamento é contínuo e composto por um reator anaeróbio de fluxo ascendente (UASB), um filtro aeróbio de leito fixo (anel Pall) com difusão de ar por bolhas finas e decantador secundário concêntrico ao reator aeróbio. O retorno do lodo é automático, por sistema de air lift.
CUSTOMER



A flexibilidade industrial e o domínio de tecnologias permitem à Mizumo desenvolver estações de tratamento de esgoto (ETEs) únicas, inteiramente adequadas às necessidades do cliente e com padrão de produção que garante rapidez na instalação do sistema. São sistemas robustos, com baixos custos operacionais, garantias e suporte técnico. A linha Customer é indicada para projetos especiais e beneficia, dentre outros empreendimentos, bairros, vilas, distritos e municípios, bem como as empresas de serviços municipais de saneamento ambiental e as unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. A solução pode atender até 30 mil usuários, ou seja, uma vazão de até 50 litros de esgoto/segundo – vazões maiores são avaliadas, caso a caso, pela equipe de engenharia de aplicações da Mizumo.
Os tanques possuem diâmetros variáveis e são fabricados de PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro), o que confere resistência e alta proteção química à corrosão do esgoto sanitário. Esse sistema requer pouco espaço físico para instalação: de 0,5 a 2,0 m²/m³ de esgoto/dia. O processo de tratamento associa várias tecnologias de domínio da Mizumo: processos anaeróbios (UASB, reator anaeróbio sequencial, decantador primário, etc.); processos aeróbios (filtro aeróbio submerso, reator aeróbio de leito fixo, reator aeróbio de leito expandido, filtros biológicos percoladores); reatores anóxidos; e decantadores secundários e lamelares. Esta estação de tratamento é completa, pois a empresa dispõe de equipamentos periféricos tais como Estação Elevatória de Esgoto (EEE), gradeamentos mecanizados, sistemas de difusão de ar, geradores de energia, filtros, queimadores de biogás, controle/automação, desinfecção por cloro e ultravioleta.
* Texto editado
Fontes: http://ecoeficientes.com.br/guia-de-empresas/mizumo/
http://www.ecoeficientes.com.br/saneamento-ecologico-vs-convencional-3/

Nenhum comentário: