domingo, 18 de março de 2018

SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA



Com tinta e alegria, juventude indígena revitaliza área abandonada em São Gabriel da Cachoeira (AM)


Por 10 dias, jovens e voluntários de todas as idades se uniram ao grafiteiro Raiz para transformar o espaço público da cidade no Alto Rio Negro
Com muita música, dança, teatro e pintura, jovens e voluntários de todas as idades se uniram em um mutirão artístico entre os dias 28 de fevereiro e 09 de março. Com o grafiteiro manauara Raí Campos, o Raiz, jovens da cidade mais indígena do Brasil revitalizaram uma passagem entre a praia e a praça do Rodoviário em São Gabriel da Cachoeira, onde vinham ocorrendo episódios de violência. O que antes era assustador e maltratado foi substituído por pinturas retratando a vasta cultura dos 23 povos indígenas do Alto rio Negro.

“Nesse evento vimos que conseguimos reunir todo tipo de gente e essa união foi a parte mais legal dessa transformação”, completa o jovem.
A mobilização contou também com o apoio do ICMBio, do Exército brasileiro e da produtora Usina da Imaginação, que gentilmente realizou imagens com drone do local revitalizado. Para escutar os boletins informativos realizados pela Rede de Comunicadores Indígenas do rio Negro, basta acessar aqui.

Desafio de ser mais sustentável

São Gabriel da Cachoeira, assim como outras cidades do Brasil, sofre com o crescimento desordenado. A expansão da área urbana está aumentando e beirando as fronteiras com as terras indígenas demarcadas que rodeiam a cidade. Com isso vários problemas se intensificam, como a alta incidência de doenças como malária e a crescente violência urbana. Considerado o município com a maior extensão de áreas protegidas da União, São Gabriel não tem saneamento básico, tem pouca iluminação pública e raros espaços de lazer para crianças e jovens.
Com aproximadamente 45 mil habitantes - cerca de 25 mil na área urbana - a cidade sofre com constantes cortes de água, de energia (que é gerada por uma termelétrica que consome 23 mil litros de diesel por dia) e má gestão do lixo, que é descartado em vários terrenos da cidade e no lixão municipal, situado no bairro da Boa Esperança. Vale lembrar que São Gabriel da Cachoeira construiu de forma participativa e aprovou na Câmara de Vereadores, em 2006, um Plano Diretor, mas até hoje não foi implementado.
Assista ao vídeo:


Especial São Gabriel planeja seu futuro – série de seis reportagens
Imagens: 

"QUER O FIM DO TRÁFICO? LEGALIZE AS DROGAS.



Nem da Rocinha: “Não me arrependo de ter sido traficante. O que você faria no meu lugar?”

Exclusivo: ex-chefe do tráfico na Rocinha fala com o EL PAÍS no presídio de Porto Velho.

Para ele, a intervenção no Rio é mais do mesmo. “Quer o fim do tráfico? Legalize as drogas”


Nem após ser preso no Rio de Janeiro, em 2011.  REUTERS


“Peão E2 para E4”, grita Antônio Bonfim Lopes, 41 anos, de dentro da sua cela de 7 metros quadrados na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia, enquanto move uma peça de papel sobre um tabuleiro feito à mão. O termômetro bate os 30º C e o dia está extremamente úmido, obrigando-o a enxugar as mãos constantemente. Segundos depois a resposta ecoa do outro lado do corredor: “Cavalo B8 para C6”. Assim, jogando xadrez à distância com outro preso como se fosse batalha naval, o ex-traficante mais conhecido como Nem da Rocinha passa boa parte de seus dias na moderna prisão de segurança máxima construída em meio à selva amazônica. Em um duro regime disciplinar que inclui 22 horas por dia dentro de uma cela individual sem TV e apenas duas horas de banho de sol, ele explica que matar o tempo – “e os mosquitos” – é fundamental. A reportagem do EL PAÍS visitou o ex-traficante no início de março na penitenciária onde ele cumpre penas que somam mais de 96 anos por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Uma das principais lideranças da facção criminosa Amigos dos Amigos, Nem foi coroado dono da Rocinha em 2004 após a morte do dono do morro Luciano Barbosa da Silva, vulgo Lulu. Seu reinado durou até a prisão, em 2011, e é tido pelos moradores e até por alguns policiais como um período de relativa tranquilidade no local. Usando a corrupção em detrimento da violência para se manter no controle, aos poucos Nem se tornou um dos traficantes mais populares da comunidade. "Até hoje perguntam pra minha mãe quando eu volto pra lá!", brinca. "Como se no dia em que eu sair da prisão eu voltarei pro tráfico". A hipótese é prontamente descartada. "Não quero mais nada com isso, quero ficar com meus filhos, poder ir pra praia, pro teatro, aproveitar a vida". Apesar de já condenado, Nem vislumbra um futuro próximo ao lado dos sete filhos.
Ele traduz sua filosofia de pacificação da favela com uma frase simples: “Eu sempre perguntei pro meu pessoal: o que tu quer? Trocar tiro com polícia ou curtir o baile na Rocinha? Porque se quiser trocar tiro não tem baile, a polícia vem pra cima e fecha tudo. Claro que eles sempre preferiram o baile”. A estratégia adotada por ele, de manter o nível de crimes violentos o mais baixo possível de forma a deixar a polícia (e a mídia) longe fez da Rocinha uma das favelas mais lucrativas do Rio de Janeiro para o tráfico, movimentando em torno de 15 milhões de reais por mês. Questionado sobre o atual momento da comunidade, com diferentes grupos disputando o poder e trocas de tiro frequentes, Nem mostra irritação. "Isso pra mim é uma grande traição. Saber que agora tem moleque andando com fuzil na Rocinha e que tem traficante extorquindo o morador, nada disso existia quando eu estava lá", diz, em uma referência velada ao ex-guarda-costas e agora rival Rogério Avelino Santos, vulgo Rogério 157, preso em dezembro 2017.
A história de Nem – e da Rocinha – poderia ter sido diferente não fosse a ação de policiais corruptos. Com a morte de Lulu, em 2004, ele vislumbra uma saída do crime. “Eu cheguei a efetivamente sair do tráfico quando o Lulu morreu. Eu disse ‘bom, não tenho mais porque continuar nessa vida, já paguei minha dívida’. E saí. Eu tinha um carro que ia usar para trabalhar como taxista, esse era o meu plano, ia deixar toda essa vida pra trás”, afirma. Mas no Brasil as coisas não são tão simples assim. De acordo com ele, setores da polícia não viram com bons olhos sua saída: Nem era garantia de estabilidade na Rocinha e propinas vultuosas para os agentes corruptos. “Minha mãe foi ameaçada pela polícia. Foram até a casa dela. ‘Ou você volta [para o tráfico] ou vai acabar mal pra ela’, eles me disseram. Não tive opção, precisei reassumir as coisas”, conta. “Minha vida daria um filme”.
De dentro de sua cela abafada o ex-traficante ficou sabendo com atraso e sem muita surpresa da intervenção federal no Rio de Janeiro. “Não acho que vá dar em nada. Os problemas do Rio não se resolvem com Exército ou polícia”, diz. De acordo com ele, tropas federais já ocuparam parcialmente a Rocinha por duas vezes durante sua gestão na favela, sem nenhum resultado concreto. “Você acha que não tem corrupção no Exército? Eu me lembro que alguns militares falavam pros nossos soldados: ‘poxa, não fica com fuzil na rua não, esconde isso porque depois a gente leva bronca do sargento”, diverte-se. Para Nem a intervenção é “mais do mesmo”, apenas outra ação com “finalidade eleitoreira”.

Ao falar sobre a violência do Rio, Nem fica em silêncio por um momento. Em seguida, dispara: “Você acha que os políticos não sabem como resolver o problema da violência?”. Em instantes responde à própria pergunta. “O problema é que eles sabem que não serão reeleitos se fizerem isso. Sabem que isso exige um investimento em educação e políticas sociais que não têm retorno na urna, no curto prazo, mas que é algo para o médio prazo, para daqui a dez ou 15 anos. A preocupação maior é o mandato, não é resolver nada”, desabafa. Para Nem, políticos de olho no voto apostam no velho discurso de enfrentamento, “de botar polícia na rua e endurecer penas”. “Mas está mais que provado que nada disso dá resultado. Nada disso funcionou até agora”.
Então qual seria a solução? A posição de Nem da Rocinha é pouco ortodoxa para alguém cujo negócio dependia justamente de um comércio ilegal: “Além de investir em educação, se você quer acabar com o tráfico você precisa legalizar as drogas. Quer tirar todo o poder do traficante? É só legalizar”, afirma, com uma ressalva. “Não adianta só legalizar. É preciso falar sobre isso nas escolas. Ensinar desde cedo o que é a droga. Não adianta falar apenas ‘droga é ruim’, ‘ não usa’. O jovem tem curiosidade com isso”, diz. Nem cita ainda as receitas que o Estado pode obter com a venda ou cobrança de impostos de um comércio legal de drogas como mais uma justificativa para a legalização.

Bode expiatório, helicoca e PCC

Ainda com a lembrança da partida de xadrez fresca na cabeça, Nem filosofa. “Quando eu estava na Rocinha as pessoas me viam como uma espécie de rei”, afirma. “Mas eu nunca me comportei como rei, sempre me considerei mais um peão mesmo, nunca quis saber de ostentar, andava na Rocinha de chinelo e camiseta do Flamengo, minha preocupação era ajudar as pessoas”, diz Nem. Ele pensa um pouco e completa: “Vira e mexe usava uma corrente, um relógio, mas nada caro”.
A metáfora do xadrez, com reis e peões, também permeia sua visão sobre a máquina do tráfico de drogas. Nem da Rocinha se considera, em certa medida, injustiçado. Apesar de admitir que “não é santo”, para ele as autoridades “com o apoio da grande mídia” usam o traficante “da favela, negro e pobre” como bode expiatório, quando na verdade ele seria apenas parte de uma engrenagem mais complexa. “E o helicoca? Quem foi preso? E o filho da desembargadora?”, questiona, referindo-se a dois episódios recentes ocorridos no país envolvendo traficantes brancos e de classe média. O primeiro foi a apreensão, em 2013, do helicóptero da família do senador Zezé Perrella (MDB), que é próximo de Aécio Neves (PSDB), no Espírito Santo com quase meia tonelada de cocaína. O segundo diz respeito à libertação (em tempo recorde) no final de 2017 de Breno Fernando Solon Borges, de 38 anos, filho de uma desembargadora que foi preso com 130 quilos de maconha e várias munições de uso restrito das forças armadas.
Aliás, Nem da Rocinha conhece bem o papel dos políticos no tráfico. Ele admite já ter conversado com alguns no Rio de Janeiro, mas se recusa a dar os nomes. Diz também que já foi procurado várias vezes para firmar um acordo de colaboração com as autoridades em troca de redução de pena. Sobre uma possível delação premiada, ele é enfático: “Pretendo manter o mínimo da dignidade que ainda me resta. Nunca faria uma coisa dessas. Aqui não é como Brasília onde o sujeito delata até a mãe”.
Apesar de preso há mais de seis anos, Nem acompanha a crise política na qual o Brasil mergulhou. “Confesso que em 2013quando começaram aqueles protestos por transporte mais barato, serviços de qualidade, eu fiquei otimista”, diz Nem. “Eu tinha vontade de estar na rua também, sabe? Marchando com toda aquela gente”. Mas a empolgação do ex-traficante agora deu lugar a um pessimismo com relação ao cenário político. “É triste ver que todos esses caras serão reeleitos. Aquilo tudo foi por nada. Essas elites da política que se perpetuam no poder... Rodrigo MaiaRenan Calheiros, todo esse pessoal vai continuar no poder”, diz.
Sobre o atual presidente Michel Temer, do MDB, ele é taxativo: “Golpista né? Rasgaram a Constituição. ‘Tem que manter isso aí’ [referência à gravação sobre a suposta compra do silêncio de Eduardo Cunha]... É uma piada. O cara deveria estar preso, imagina quanto dinheiro não rolou pra comprar o apoio dos deputados e senadores que apoiaram o impeachment...”. Nem também critica os que apoiavam a Lava Jato e hoje criticam a operação: “Quando iam só atrás do PT todo mundo gostava. Agora que chegou aos outros partidos um monte de gente começa a falar ‘pera lá!”.
Mesmo pessimista, Nem da Rocinha não acredita na vitória do candidato Jair Bolsonaro, deputado federal saudoso dos tempos da ditadura militar que lidera algumas pesquisas de opinião. “Eu não acho que o brasileiro vai fazer igual o pessoal fez nos Estados Unidos, e eleger um cara como o Trump”, diz. O ex-traficante afirma não votar há mais de década, mas se pudesse, seu voto seria do ex-presidente Lula. “Ele fez muito por quem mais precisava, pelos mais pobres. Eu pude acompanhar na Rocinha. Gente que trabalhava pra mim vinha pedir pra sair do tráfico e ir trabalhar nas obras do PAC [Processo de Aceleração do Crescimento]”, relembra Nem.
“Do jeito que as coisas são, quando você publicar a matéria vão dizer que o Nem tá fechado com o ETA [grupo separatista basco que atua na Espanha]!”
A prisão não fez com que seu nome ficasse de fora do noticiário. Em fevereiro as autoridades fluminenses informaram que ele teria se filiado à facção paulista Primeiro Comando da Capital, dando origem a um novo grupo chamado Terceiro Comando Puro 1533, no qual os números indicam a posição das letras PCC no alfabeto. “Dizem que fui batizado pelo PCC. Como? Onde? Fico 22 horas dentro da cela. Até minhas conversas com meu advogado são gravadas em vídeo. Como é que eu posso ter sido batizado?”, indaga. “Do jeito que as coisas são, quando você publicar a matéria vão dizer que o Nem tá fechado com o ETA [grupo terrorista basco que atuava na Espanha]!”, brinca.
Apesar de negar filiação ao PCC, Nem afirma que o modelo de negócios do grupo paulista é mais eficiente “e menos violento” do que o das facções fluminenses. Ele menciona a tese já famosa no meio acadêmico, de que o grupo criminoso foi responsável pela queda dos homicídios no Estado ao tomar para si o papel da Justiça nas periferias com os tribunais do crime. “Sem o PCC São Paulo ia virar um inferno. Quem você acha que acabou com a violência lá? Foi o Estado por acaso?”, questiona. Nem não acredita, no entanto, que a facção consiga ter sucesso em uma possível empreitada no Rio. “Lá é outra coisa. São muitos interesses diferentes, às vezes é tão bagunçada a situação lá que não dá nem pra chamar de crime organizado”.
Outra notícia envolvendo Nem da Rocinha ganhou as manchetes em setembro de 2017, quando a comunidade fluminense foi invadida por criminosos armados após sua namorada, Danúbia Rangel, ter sido supostamente expulsa do morro por Rogério 157. Autoridades disseram que a ordem partiu de Porto Velho. “Tudo que acontece na Rocinha dizem que fui eu. Quando teve esse problema na Rocinha eu estava há mais de dez dias sem receber uma visita. Como eu ia dar ordem pra invasão?”, questiona. Sobre Danúbia, que foi presa em outubro de 2017, Nem lamenta o que considera uma “vaidade” excessiva da companheira, famosa por aparecer nas redes sociais se divertindo em festas e até andando de helicóptero.
“Queria ler a biografia do Stalin, mas não foi autorizada pela direção”
Além do xadrez e do futebol, disputado no pátio do presídio (Nem tem contato com outros 12 presos durante o banho de sol), o ex-traficante também aproveita o tempo no cárcere para se dedicar a leituras: “Os últimos livros que eu li foram O príncipe, do Maquiavel, a biografia da Catarina a Grande, uns do John Grisham [autor de romances de tribunal] e livros jurídicos”. Ele lamenta, no entanto, a censura a alguns títulos. “Queria ler a biografia do Stalin, mas não foi autorizada pela direção”, diz. Na penitenciária de Porto Velho revistas e jornais enviados pelos familiares precisam passar pelo crivo de um departamento de triagem. Antes do início da visita do EL PAÍS, os guardas do presídio entregaram para a reportagem uma edição da revista IstoÉ sobre a intervenção federal no Rio,  levada por algum parente para o preso mas que não teve a entrada liberada.
O livro que conta sua história, O Dono do Morro: Um homem e a batalha pelo Rio(Companhia das Letras), do jornalista inglês Misha Glenny, também não foi autorizado para Nem. “Eu devo ser o único biografado que não pode ler a própria biografia”, comenta. Uma vez por mês os presos têm direito a assistir filmes. “Mas a censura é 12 anos”, brinca Nem. “A gente queria ver aquela comédia Se beber não case, mas não foi autorizada. É só de Formiguinhas pra baixo”.

“O que você faria no meu lugar?”

Nem da Rocinha foge do estereotipo do criminoso que se arrepende de seus malfeitos após a prisão. “Se eu me arrependo? Claro que não. Que pai não faria o que eu fiz pra salvar a vida da própria filha?”, questiona, referindo-se aos fatos que o levaram a deixar o emprego de supervisor de equipes da empresa de TV a cabo NET e entrar para o mundo do tráfico. O ano era 1999, e um caroço do tamanho de um ovo começou a crescer no pescoço de sua filha Eduarda, de 9 meses de idade. Em alguns meses pai e mãe precisaram deixar os empregos para peregrinar por hospitais, consultórios e centros de diagnóstico.
O problema na saúde da pequena mergulhou a família pobre moradora de um cortiço da Rocinha em uma espiral de dívidas médicas que chegaram a 20.000 reais. Para arcar com os custos Antônio precisou pedir um empréstimo para a única empresa disposta a dar dinheiro para um desempregado morador de favela: o tráfico de drogas. Para quitar a dívida, ele colocou sua expertise gerencial a serviço de Luciano Barbosa da Silva, vulgo Lulu, o chefe do tráfico da Rocinha e uma das principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho(CV). "O que você faria no meu lugar?".
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/13/politica/1520947959_760179.html

sexta-feira, 16 de março de 2018

MARIELLE FRANCO - NOTA DE PESAR



NOTA DE PESAR


O Diretório Municipal do PSOL de Marechal Cândido Rondon, vêm à público manifestar o seu profundo pesar diante do assassinato da Camarada Marielle Franco e Anderson Gomes.
Marielle Franco, (cujo nome, carregava, no significado, a sua personalidade) era natural do Complexo da Maré (RJ), socióloga e mestre em administração pública, foi Coordenadora da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ, onde atuou ao lado do Deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Passou a militar pelos Direitos Humanos quando perdeu uma amiga, vítima de bala perdida em um tiroteio entre traficantes e policiais. Desde então, vinha atuando nesta área de militância e, também, junto ao Movimento Negro e Feminista.
Foi eleita vereadora pelo PSOL em 2016, sendo a segunda mais votada do partido e a quinta na cidade do Rio de Janeiro. Liderança comunitária e popular, mulher, mãe, negra, combatente... Esta era Marielle!
Anderson Gomes, pai de família, trabalhador, fazia bico de motorista para ajudar a sustentar sua família. A esposa é funcionária do Estado do Rio de Janeiro. Uma das muitas famílias que sofrem no Rio devido aos ataques do Governo daquele Estado contra os servidores.
Duas vidas! Duas vidas, que importam, assim como todas as outras que vêm ficando no meio do caminho!
Todos os fatos apontam que Marielle e Anderson foram executados. No sábado (10/03) ela havia denunciado em seu perfil nas redes sociais a truculência policial na região de Acari, no Rio. Nas palavras de Marielle:

Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento.
O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari.
Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão.
Hoje a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores.
Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior.
Compartilhem essa imagem nas suas linhas do tempo e na capa do perfil!”

Dias depois da denúncia, ela foi executada com 09 tiros, assim como Anderson, que dirigia o carro! O PSOL de Marechal Cândido Rondon se solidariza com a família da Camarada Marielle e de Anderson, assim como com tod@s os militantes, do PSOL ou não, que conviviam com Marielle cotidianamente, lutando, por uma sociedade mais justa e igualitária. Nos somamos ao coro de exigência pela Justiça e transparência nas investigações! Marielle foi morta porque ousou questionar e lutar por um mundo melhor! É, neste momento, dever de todos os lutadores e lutadoras, a solidariedade!
Marielle, tua luta continua! Faremos da nossa dor, força para nosso grito! Você não viveu em vão!
Marielle presente!
Anderson presente!
Não nos calarão!
15 de Março de 2018
Marechal Cândido Rondon – PR
Diretório Municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)

domingo, 11 de março de 2018

BRASIL



Vida Maria, um curta-metragem que todos devem assistir


“Vida Maria” é um curta-metragem em 3D, lançado no ano de 2006, produzido pelo animador gráfico Márcio Ramos.

O filme nos mostra a história da rotina da personagem “Maria José”, uma menina de cinco anos de idade que se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a cuidar dos afazeres domésticos e trabalhar na roça. Enquanto trabalha ela cresce, casa e tem filhos e depois envelhece e o ciclo continua a se reproduzir nas outras Marias suas filhas, netas e bisnetas.
São apresentadas no filme imagens que mostram uma semelhança muito grande com a realidade, traços bem parecidos com o real onde vemos crianças que tem sua infância interrompida, muitas vezes para ajudar a família a sobreviver, infância essa resumida a poucos recursos e a más condições de vida.

A Maria do filme mostra satisfação em apenas escrever seu primeiro nome, o momento em que sua mãe lhe chama a atenção dizendo: “Não perca tempo “desenhando” seu nome!”, é tirado o seu futuro de ser uma pessoa diferente de sua mãe, que não tem uma visão do futuro, querendo dar à filha a mesma criação que teve num processo de reprodução sem mudanças de suas perspectivas por comodismo.

O filme retratou como o indivíduo em formação internaliza os eventos e as experiências vividas na infância e como são determinantes para formação daquela pessoa na vida adulta. No filme a menina Maria foi arrancada do seu mundo lúdico, quando sua mãe a repreende por estar escrevendo, ela corta da vida da filha os sonhos, os objetivos de uma vida melhor.
A mãe da personagem vive aquela vida sem perspectiva por que foi isto que aprendeu e da mesma forma ensina a filha Maria e esta reproduz para seus filhos, que também foram estimulados a deixar de sonhar e de brincar. A ausência da educação nas gerações mostra como na infância é importante o lúdico e a escola.

Assista aqui Vida Maria
https://www.youtube.com/watch?time_continue=501&v=yFpoG_htum4


O curta: Vida Maria 
Sinopse: Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece.
Produzido em computação gráfica 3D e finalizado em 35mm, o curta-metragem mostra personagens e cenários modelados com texturas e cores pesquisadas e capturadas no Sertão Cearense, no Nordeste do Brasil, criando uma atmosfera realista e humanizada.
“VIDA MARIA” é um projeto premiado no “3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo”, realizado pelo Governo do Estado do Ceará.
Ficha técnica
Gênero: Animação
Direção: Márcio Ramos
Ano: 2006
Duração: 9 min
Formato: 35mm
País: Ceará/ Brasil
Cor: Colorido
Produção: Joelma Ramos, Márcio Ramos
Co-produção: Trio Filmes, VIACG
Roteiro e edição: Márcio Ramos
Direção de Arte, edição de som e computração gráfica: Márcio Ramos
Edição de som: Márcio Ramos
Computação grafica: Márcio Ramos
Produção Executiva: Isabela Veras (Trio Filmes)
Finalização: Link Digital
Apoio: Colorgraf, Silicontech do Brasil, Softimage Cat
Mixagem: Érico Paiva Sapão
Música: Hérlon Robson
Storyboard: Michelângelo Almeida, Roberto Fernandez
Contador: Silvério Neto
Transcrição ótica: Rob Filmes
Tradução: Laura Lee
Efeitos Sonoros: Danilo Carvalho
Site: www.viacg.com
Vozes: Márcio Ramos
Revelação e cópias: Labo Cine

Fonte: https://www.revistaprosaversoearte.com/vida-maria-um-curta-metragem-que-todos-os-alunos-devem-assistir/
Colaboração: Jeff Kaibers


sexta-feira, 2 de março de 2018

CICLISMO




Regional de Cicloturismo 



A etapa rondonense do Regional de Cicloturismo será realizada neste domingo (04). O ponto de concentração será no Centro de Eventos Werner Wanderer, a partir das 6h30, quando será servido o café da manhã e os ciclistas poderão confirmar suas inscrições ou fazer a inscrição na hora. A largada será às 8h30.
Haverá dois percursos: um de 23 e outro de 40 km, a maior parte por estradas rurais. Não se trata de competição, por isso todos os participantes poderão desfrutar do passeio com muita tranquilidade. Haverá pontos de hidratação com distribuição de águas e frutas, além de outras surpresas durante o trajeto, como uma mini-Oktoberfest com distribuição de chope em um dos pontos de parada.
No almoço, também no Centro de Eventos, serão servidos os pratos típicos Boi no Rolete, Leitão às Marechal, frango e acompanhamentos. Tanto o café da manhã quanto o almoço estão incluídos no valor da inscrição.
Os organizadores alertam os participantes sobre a obrigatoriedade de uso de capacete. Eles também deverão apresentar documento de identificação com foto no momento de confirmar a inscrição antes da largada. Detalhes sobre a participação de menores e outras informações estão disponíveis no mesmo site das inscrições.
O 6º Circuito Regional de Cicloturismo é uma realização da Adetur (Agência de Desenvolvimento da Região Turística Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu), em parceria com a Associação Rondonense de Ciclismo e Prefeitura, com patrocínio máster da Audax, Copagril, Sicoob e Sicredi e apoio da Itaipu Binacional e Conselho dos Municípios Lindeiros.


Fonte: Assessoria





6º CIRCUITO REGIONAL DE CICLOTURISMO




TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO




Iguassu-IT é aprovada como entidade de utilidade pública de Marechal Rondon


A Câmara de Vereadores de Marechal Cândido Rondon aprovou por unanimidade nesta semana o projeto de lei 32/2017, que declara de utilidade pública municipal a Associação de Empresas de Tecnologia de Informação e Comunicação do Oeste do Paraná (Iguassu-IT). O projeto de lei é de autoria do vereador Claudio Kohler (Claudinho).
Ele destaca que a associação é uma entidade sem fins lucrativos e, dentre os valores que a norteiam estão a integridade, entusiasmo, evolução guiada pela ética, compromisso com a inovação, espírito de equipe e empreendedorismo.
A Iguassu-IT possui 45 empresas associadas e, embora esteja sediada em Marechal Cândido Rondon, tem abrangência regional em nove municípios. Ela surgiu por intermédio do Núcleo Setorial de Informática da Associação Comercial e Industrial de Cascavel, que contatou o Sebrae com a proposta de fortalecer o setor tecnológico. Essa iniciativa impulsionou o movimento que até hoje dá ênfase às tecnologias da informação e comunicação no Oeste do Paraná.
O projeto começou em 2010, com o objetivo de tornar a região um polo tecnológico reconhecido nacional e internacionalmente. A princípio, buscou-se um nome para criar uma identidade que caracteriza a região e, partir dessa ideia, nasceu a Iguassu-IT.
Desde então, mais de R$ 6 milhões já foram captados em projetos FINEP de inovação na modalidade subvenção econômica; ocorreram oito missões internacionais e mais de 20 missões nacionais para feiras, eventos e parques tecnológicos. “O melhor de tudo é que os indicadores mostram um crescimento médio de 30% das empresas que participam do movimento”, ressalta Claudinho, que convida as empresas do setor a conhecerem e a se associarem à Iguassu-IT.
A entidade busca desenvolver todo o ecossistema que envolve centros de tecnologia e pesquisa, instituições de ensino e entidades públicas e privadas. Isso permite a geração de maior competência e competitividade a todo o setor produtivo do Oeste do Paraná por intermédio de uma indústria limpa e de alto valor agregado.


Vereador Claudio Kohler (Claudinho) é o autor do projeto






Vereador Claudio Kohler (Claudinho) é o autor do projeto. Foto: Cristiano Viteck



Fonte: Assessoria de Imprensa – Cristiano Viteck – 02.03.2018