O evento, que discute questões ambientais, segue até sexta-feira
“Re-conectar o que o ser humano desconectou”. Assim o diretor de coordenação da Itaipu Binacional, Nelton Miguel Friedrich, definiu o desafio deste ano, que é o ano da biodiversidade, deliberado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ele chamou a atenção dos participantes, ontem (19.05), para esta questão na abertura do 10ºSeminário de Extensão Universitária (SEU), realizado pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
O evento, que ocorre anualmente, está sendo realizado este ano no Campus de Marechal Cândido Rondon até esta sexta-feira (21.05). O tema deste ano é “A Extensão e os objetivos do milênio”. “As metas do milênio tem sentido muito forte, mas ainda há muito o que fazer. Se chegamos a essa crise socioambiental é porque tem na sua gênese o paradigma de quantidade”, enfatiza Nelton, destacando dados alarmantes de pesquisas de 15 universidades que fizeram projeções de que 1 milhão de espécies da flora estarão extintas até 2050.
Também esteve presente, na abertura do SEU, Laura Tavares Ribeiro Soares, presidente do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Brasileiras (Forproex 2010) e pró-reitora de Extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na ocasião, salientou as lutas da extensão, como a que busca que a universidade mude algumas de suas características. “Deve-se lutar pelo acesso. É uma vergonha apenas 4% dos jovens brasileiros estarem na universidade pública”.
Lygia Pupatto, docente da Universidade Estadual de Londrina (UEL), expôs durante sua participação na mesa redonda que abordou o tema 2010 – Ano da Biodiversidade e as Metas do Milênio, que 85% das propriedades agrícolas são familiares. “Até pouco tempo só tinha apoio o agronegócio. Não tínhamos uma política específica para o agricultor familiar”, analisa Lygia, enfatizando o programa Universidade Sem Fronteiras. “Mais de 30 mil alunos resgatam o papel da Universidade e contribuem com a comunidade e com a melhora da qualidade de ensino do Estado”.
Já Dom Mauro Morelli, Instituto Harpia Harpya, que também fez parte da mesa, enfatizou tanto o objetivo do Seminário, que é o da extensão universitária, como o tema central do evento. “Sem alimentação e nutrição não há universidade. Se vocês estão aqui é porque tiveram a alimentação necessária. A mesa da minha casa me faz gente. A mesa da minha igreja me faz excelente porque é lá que eu aprendo a dividir, a repartir. Alimento é vida e faz o caminho da paz”.
Sandra de Deus, pró-reitora de Extensão da UFRGS, também contribui com as discussões. Para ela, são várias preocupações. “Uma delas é atender as políticas públicas. Formar cidadãos conscientes é formar pessoas com mais pé na prática. A extensão universitária não tem toda responsabilidade, mas boa parcela dela”.
O evento do ano passado recebeu doismil participantes. O pró-reitor da Unioeste Wilson Zonin, da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), e o diretor geral do Campus de Marechal Cândido Rondon, Davi Felix Schreiner, salientaram na ocasião que o evento conta com mais de 3 mil inscritos.
“Qualidade de ensino, produção de conhecimentos e compromisso social. O SEU a cada ano está se ampliando e melhorando de qualidade. Além disso, a Universidade está internalizando o Seminário, vivenciando experiências ricas e diversificadas”, analisa Zonin.
Seminário de Meio Ambiente
Paralelo ao SEU, a Unioeste está sediando também o 1º Seminário Nacional de Meio Ambiente e Extensão Universitária (Senama). No evento, representantes de todas as Universidades públicas brasileiras estarão trocando experiências e discutindo temas relacionados ao meio ambiente e à extensão universitária.
O Senama, coordenado pelo pró-reitor de Extensão, Wilson João Zonin, pelos professores Irene Carniatto e Carlos José Maria Olguín, é um evento de caráter nacional que objetiva também integrar as ações propostas pelo Forproex 2010.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
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