#jornalistasmobilizados: Até onde irá a intransigência patronal?
No dia 1º de julho completou-se dois meses da data base dos jornalistas
paranaenses. A negociação está travada por uma proposta dos empresários
dos meios de comunicação do Estado, em especial do interior, que querem a
todo custo reduzir o piso mínimo de seus trabalhadores.
Querem retirar uma conquista histórica da categoria: o piso unificado
estadual. Piso este que muitos destes empresários sequer respeitam
atualmente, ou seja, querem legalizar uma irregularidade que já acontece
nas cidades do interior: jornalistas recebendo abaixo do piso e
trabalhando em carga horária superior a cinco horas previstas na CLT
(sem remuneração de hora extra) e sob a forte pressão de assédios morais
dos mais variados tipos.
A principal "justificativa" dos representantes dos patrões é a
dificuldade dos empresários manterem seus negócios. Uma "dificuldade"
questionável pelos números apresentados pelo projeto Intermeios e o
Diesse, que provam o contrário, mostrando que todos os segmentos da
mídia (TV, impresso e rádio) tiveram crescimento significativo em seus
faturamentos, especialmente quando comparado a desvalorização do salário
de seus trabalhadores. Se há a dificuldade, que usem a criatividade em
seus setores comerciais, se reciclem, mas não busquem cortar daqueles
que são os verdadeiros responsáveis pela lucratividade de suas
empresas.
Na última segunda-feira (30/06), a direção do Sindijor-PR (Sindicato dos
Jornalistas do Paraná) tentou reabrir o diálogo, porém eles seguem
tentando nos empurrar goela abaixo uma "proposta" já rechaçada pelos
trabalhadores em assembleias e por abaixo assinados. A única resposta
para os trabalhadores na mesa foi: "SÓ NEGOCIAMOS COM A REDUÇÃO DO PISO
(sic)!".
Enquanto outros sindicatos pelo país usam o exemplo do Paraná para lutar
por piso unificado, nossos patrões paranaenses querem retroceder com
uma proposta ridícula de diferenciar trabalhadores do interior e da
capital. As perguntas que não querem calar: Qual o objetivo dos
empresários em protelar a data base, uma vez que eles sabem que uma
proposta de redução do piso já foi descartada amplamente pelos
jornalistas? Até onde irá a intransigência dos sindicatos patronais?
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