Em mobilização histórica, professores e servidores estaduais conseguem adiar votação de "pacotaço" do governo.
Mas greve continua pelo pagamento das férias e manutenção da previdência.
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Lição de cidadania: Praça Nossa Senhora da Salete na manha da sexta-feira, 13/02/2015, depois de quatro dias abrigando mais de 20 mil professores e servidores. |
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Foto: Bruno Covello |
http://www.aprapr.org.br/2015/02/11/servidores-aplaudem-os-policiais-militares-escalados-na-alep-pr/
Nesta sexta-feira, 13, depois de todos os confrontos de
ontem, 12/02, que vem sendo identificados como “a Batalha da Assembleia”, a
praça amanheceu limpa e em completa normalidade para o uso dos cidadãos
curitibanos, embora professores ainda continuem acampados no local. Situação, aliás,
que deve permanecer inalterada durante os feriados de carnaval, segundo disse
em rede estadual, Hermes Silva Leão, diretor presidente da APP Sindicato. Ou, até que o governador os chame para negociar a pauta de reivindicações do
movimento.
Veja mais em http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2015/02/adesao-a-greve-dos-professores-e-quase-total-no-parana-1422.html
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Plenário da Assembleia também resultou intacto. Não será preciso reconstruir... |
O plenário da Alep, igualmente ocupado pelos professores e
servidores, também ficou impecável, visto que não houve “quebra-quebra” e,
assim, nada tendo que ser “reconstruído”, como sugeriu um blogueiro político
paranaense, que também anunciou em primeira mão a colocação de vidros entre o
plenário e as galerias. Veja em: http://www.fabiocampana.com.br/page/2/
Ao final então, do que se pode considerar o primeiro tempo do jogo de braço que se estabeleceu entre os servidores e o governador do Estado do Paraná por 4 dias, fragorosamente perdido pelo governo, o líder deste na Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Luiz Claudio Romanelli, dizia que o governador havia decidido retirar os famigerados projetos do “pacotaço” paranaense. Ao mesmo tempo, o governador dizia que a decisão havia sido tomada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano, embora circulasse até pelas redes sociais um documento do secretário chefe da Casa Civil endereçado à presidência da Casa, solicitando a retirada do projeto, mas sem assinatura.
Com uma base parlamentar de mais de 80% dos 54 deputados
da Alep, o governo paranaense subestimou o poder de mobilização dos seus
servidores contra as medidas que ele deseja adotar para sanear as finanças do
Estado. As aulas nem chegaram a começar na rede estadual de ensino do Estado
Paraná. E, o que ele conseguiu com a tentativa da manobra parlamentar de
transformar o plenário em comissão geral, foi a real perspectiva e a iminência de
uma greve geral no funcionalismo do Estado, envolvendo educação, saúde, e
segurança talvez, já que as mulheres dos policiais militares se juntaram aos
professores, na mobilização desta semana na Alep.
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Deputados reunidos no restaurante da Assembleia Legislativa, em sessão plenária... |
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...e dentro do camburão da Polícia Militar, antes de cortarem a cerca. Vandalismo de quem? |
O governador conseguiu muito mais. Conseguiu colocar quase todos
os deputados da casa num camburão blindado, danificou o patrimônio público,
cortando cercas, no intuito de fazer adentrar os deputados nas dependências da Alep,
cujos acesso estavam bloqueados pelos manifestantes, e fazer acontecer a sessão
plenária que votaria seus projetos, a revelia das mais de 20 mil pessoas que lá
fora se encontravam se posicionando contra ele. E a maioria dos deputados
paranaenses se dispuseram a protagonizar uma imagem emblemática, correndo pelos
jardins da casa, fugindo de professores, que ficará na história do Estado. Algo
como a cavalaria de Álvaro Dias em 1988.
Veja mais em http://www.esmaelmorais.com.br/category/noticias/
Esvaziada a Alep, a greve continua e com indicativos de se transformar
num movimento geral do funcionalismo público paranaense, que se soma a outros
nacionais (108 núcleos do Ministério Público da União estão em greve há 9 dias).
Universidades Estaduais, Hospitais Universitários e outros órgãos também
decretaram greve nesta semana, até porque, o governo parece não ter desistido de
buscar a aprovação dos projetos.
As manifestações continuam por todo Estado. Pontes são
fechadas, ruas nas cidades do interior são ocupadas por professores e
servidores no intuito de informar e esclarecer a população sobre os objetivos e
motivos da greve e do movimento.
Fontes Diversas
Com a colaboração de Luciano Palagano e Nino Willemann
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