terça-feira, 25 de abril de 2017

ROUPA LIVRE



Roupa Livre: projeto incentiva pessoas a trocarem peças em vez de comprar



Iniciativa conta com mais de 6000 pessoas envolvidas e já promoveu diversos encontros e eventos









Eventos e plataformas digitas incentivam as pessoas a consumirem roupas de forma conscientes.

Ano após ano as chamadas tendências da moda se reinventam, oferendo novas opções de peças de roupa e acessórios ou mostrando um novo jeito de usar o que um dia já foi sucesso nas ruas e passarelas. O que mudou de uns tempos para cá foi o fato de que padrões de vestimentas adotados pela grande maioria se tornaram mais flexíveis por diversas razões, o que acabou transformando a definição de “moderno” e “ultrapassado” em conceitos abstratos.
Seguindo a reflexão, em um de seus encontros esporádicos de fim de semana, as amigas Mari Pelli, Gabi Mazepa e Elisa Dantas acabaram descobrindo uma ideia que depois seria transformada em uma grande iniciativa ligada à causa. Com o Slogan “A gente não precisa de roupas novas. A gente precisa de um novo olhar”, nascia o projeto Roupa Livre, que incentiva as pessoas a desenvolverem uma relação mais consciente com o consumo de roupas.
https://youtu.be/lQsptV_lmdA
Basicamente, o Roupa Livre é um movimento aberto que cria alternativas à forma descartável de consumir roupas, através da promoção de encontros, eventos e até mapeamento de outras iniciativas, com o objetivo de fazer com que o indivíduo, não satisfeito com o seu guarda-roupa, encontre uma opção de traje com o seu estilo no armário de outra pessoa (vice-versa).
Através do aplicativo do Roupa Livre, o usuário pode encontrar pessoas interessadas em fazer a troca de roupas usadas, além de acessar todos os outros recursos disponíveis no site da projeto.
Desta forma, o projeto acredita que mudar a maneira como as pessoas se relacionam com suas próprias roupas pode fazer com que novos hábitos de consumo sejam aprendidos. Para se ter uma ideia, atualmente o Roupa Livre é um projeto que já conta com mais de 6000 pessoas envolvidas, que se reúnem através de reuniões, encontros e até oficinas de “re-roupa”.
Para saber mais informações sobre a iniciativa, acesse o site do Roupa Livre.
Fonte: http://www.pensamentoverde.com.br/atitude/roupa-livre-projeto-incentiva-pessoas-trocarem-pecas-em-vez-de-comprar/?utm_source=facebook.com&utm_medium=timeline&utm_campaign=parceriapv&utm_content=atitude

segunda-feira, 24 de abril de 2017

3º STREET SKATE TOLEDO


Rondonense vence em campeonato regional de skate realizado em Toledo

Marlon, ao centro, tendo ao lado o segundo e terceiro colocados e os organizadores do evento.

Detalhes em https://pasquimdooesteonline.blogspot.com.br/p/esportes.html

segunda-feira, 17 de abril de 2017

HORTA URBANA


Vereador Arion propõe “Programa Horta Urbana” para Marechal Rondon*

Foto: Vinasocial/Creative Commons 5 exemplos de Hortas Urbanas no Brasil - SustentArqui - http://sustentarqui.com.br/urbanismo-paisagismo/exemplos-de-hortas-urbanas/ 

Ainda não é a aplicação do conceito de soberania alimentar, mas tem o objetivo de reduzir o número de terrenos baldios, tanto particulares quanto aqueles de propriedade do município, dando a eles uma finalidade mais ambientalmente correta e sustentável do que a especulação imobiliária.
Segundo Arion, projetos semelhantes foram implantados com sucesso em algumas cidades brasileiras. E ele tem razão. Exemplos de hortas urbanas são muito comuns em diversos países europeus, especialmente na Alemanha, mas também em grandes metrópoles brasileiras, apesar de mais pontuais. Em Balneário Camboriú (SC), a vereadora  Mariza Zanoni apresentou projeto semelhante ainda em 2015. O projeto virou lei no início deste ano e foi destaque na imprensa nacional.
“No município catarinense, o ‘Programa de Agricultura Urbana e Periurbana’  tem auxiliado famílias carentes, que passaram a ter, além de alimentação própria e saudável, uma renda extra com a venda de hortaliças. Resultados semelhantes pretendemos obter em Marechal Cândido Rondon, com o projeto de lei proposto”, explica o vereador.

Vereador Arion Nasihgil (Foto: Cristiano Viteck)

Ele ressalta que as centenas de terrenos baldios na cidade são um grave problema de saúde pública, pois facilitam a proliferação do mosquito da dengue e a criação de animais peçonhentos, além de roedores. Infelizmente, avalia o vereador, nem as campanhas de conscientização e tampouco as notificações dos proprietários desses lotes têm conseguido minimizar o problema.
Se aprovado e transformado em lei, o Programa Horta Urbana prevê a criação de um cadastro na Secretaria Municipal de Agricultura e Política Ambiental, no qual proprietários de terrenos vagos poderão inscrever-se, de maneira simples e gratuita, colocando seus terrenos à disposição do programa. De outro lado, qualquer cidadão rondonense, especialmente aqueles de baixa renda, poderão acessar o cadastro e “adotar” um dos terrenos disponíveis para cultivar alimentos orgânicos.

Leia mais sobre hortas urbanas em

https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/6809/1/VERS%C3%83O%20DEFINITIVA_Tese%20de%20Mestrado_Rita%20Gon%C3%A7alves.pdf

Com Assessoria de Imprensa
*Editado
Mais detalhes, entre na página MCRONDON


sexta-feira, 14 de abril de 2017

ÍNDIO PRESENTE - TEASER




No Brasil muitas pessoas ainda veem os índios no passado ou sem perspectiva de futuro. E você? Vê os índios no presente? A série Índio Presente visitou mais de 15 povos para desconstruir os principais estereótipos recorrentes sobre os índios.
Produzida em 2016, a série está na reta final da pós-produção. Aguarde em breve notícias sobre a estreia. Assista em Full HD diretamente do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=5Jd4TgSrlgY

Colaboração: Sérgio Fregolão

FELIZ PÁSCOA 2017





APOIO:





















Fonte: Agenda Rondon


Fonte: Guia Localizar



domingo, 9 de abril de 2017

RPPNs


RPPN: A terra é particular, os benefícios são compartilhados


Por Angela Pellin

A primeira vez que ouvi falar em RPPNs — Reservas Particulares do Patrimônio Natural — foi no ano 2000. Eu ainda estava cursando Biologia na UFPR. Numa das aulas de campo da disciplina de Flora Local, fomos conhecer a RPPN Salto Morato, propriedade da Fundação Boticário. Lembro que a Reserva estava cheia de alunos fazendo cursos, estagiários, voluntários, pesquisadores em campo e visitantes, além de vários funcionários. O clima do lugar e sua beleza eram inspiradores!

RPPN Salto Morato (Fundação Grupo O Boticário). Foto: Adrian Moss


A primeira atividade, antes de entrarmos na mata para os levantamentos de campo, foi assistir uma palestra com o gestor da área — o simpático José Aurélio Caiut, que depois veio a se tornar um grande amigo. Com grande entusiasmo, ele nos falou sobre a motivação da Fundação em proteger aquele lugar. E falou de todo o trabalho que vinha sendo executado ao longo dos últimos anos. Me encantei! Passei a frequentar a Reserva primeiro como voluntária, depois como estagiária, e resolvi fazer minha monografia sobre a área. Foram mais de dois anos de muitos aprendizados e amizades que perduram até hoje. Depois disso, nunca mais consegui deixar de me envolver com o tema. Tanto que, quando precisei definir um projeto para o meu doutorado, não tive dúvidas: queria trabalhar com RPPNs!
Para mim, a importância dessa categoria de área protegida sempre foi clara.  A maior parte do território de nosso país é formado por propriedades particulares. E sabemos que apenas o estabelecimento de áreas públicas protegidas não é suficiente para garantir a conservação. Além disso, sempre vi nessa categoria uma beleza muito grande, que é o fato de ser um ato voluntário. É a sociedade civil somando esforços ao poder público nesse grande desafio que é a conservação da nossa biodiversidade.
RPPN no Brasil
A figura da RPPN surgiu no Brasil em 1990. Desde então, estima-se que foram criadas 1.391 reservas, que protegem aproximadamente 7.671 km² — dados recentes da Confederação Nacional de RPPNs. Sempre que olho para esses números, fico espantada! Essa é a categoria de unidade de conservação que tem o maior número disparado de áreas estabelecidas no Brasil. Por si só, esse dado já é bastante impressionante. Mas ele chama ainda mais atenção se considerarmos os enormes desafios que os proprietários dessas áreas precisam enfrentar para seu reconhecimento e gestão. A começar pela falta de benefícios e valorização por parte do governo e da sociedade em relação a essas iniciativas.
RPPN Fazenda Cabeceira do Prata (Eduardo Coelho). Foto: Daniel De Granville – Photo In Natura

Quando desenvolvi meu projeto de doutorado, ainda morava no Mato Grosso do Sul. Resolvi trabalhar com as RPPNs do Estado. Minha proposta foi analisar as motivações dos proprietários de terras para criação dessas áreas; compreender como se dava o processo de reconhecimento junto ao órgão federal e estadual, incluindo os principais problemas e entraves enfrentados; e ainda avaliar a eficácia de manejo dessas reservas.
Objetivos de manejo
Na minha pesquisa, identifiquei que os principais objetivos de manejo das RPPNs do Mato Grosso do Sul são a conservação de espécies e ecossistemas e a pesquisa. Grande parte delas também cita o turismo e a educação ambiental. Entretanto, nem todas as RPPNs têm desenvolvido atividades relacionadas a esses objetivos, com 38% delas se dedicando exclusivamente à conservação. Dentre as que possuem outras atividades, destaca-se a pesquisa em 62% delas. Turismo e educação ambiental ocorrem em apenas 24% e 9%, respectivamente. O artigo Motivações para o estabelecimento de RPPNs e análise dos incentivos para sua criação e gestão no Mato Grosso do Sul” aborda esse tema, e foi publicado na Revista Natureza & Conservação.
No Brasil, os estudos de avaliação da eficácia de manejo têm dado ênfase para as áreas protegidas públicas. São raros os casos de avaliações que incluem RPPNs. No meu projeto, eu desenvolvi um sistema de avaliação para reservas privadas com base na metodologia de Cifuentes, Izurieta e Faria (2000), que foi aplicado junto a 34 RPPNs do estado. Por meio dos resultados, foi possível classificar a gestão dessas áreas com uma gradação que ia de “muito inferior” até “padrão de excelência”. Também foi possível compreender quais os principais pontos fortes e os desafios relacionados à gestão dessas UCs.
RPPN Santa Cecília II (Daniel Martins Filho). Foto: Daniel De Granville – Photo In Natura

Gestão
Os aspectos da gestão que obtiveram melhor classificação foram os relativos aos usos atuais, a compatibilidade com as normas e os aspectos políticos e legais. Por outro lado, os aspectos mais frágeis foram o planejamento e ordenamento destas áreas, e a existência e utilização de conhecimento gerado por projetos de monitoramento e pesquisas na região para o manejo da área. O subsistema de RPPNs avaliado obteve uma classificação de 57,6% do total ótimo. Os resultados individuais variaram de 30,21% até 87,71%. Esse resultado demonstra que o manejo de muitas dessas áreas precisa ser aprimorado. Mas pode ser considerado mais positivo do que o obtido em diversas avaliações realizadas para áreas públicas.
RPPN Engenheiro Eliezer Batista (MMX Corumbá Mineração Ltda). Crédito: Instituto Homem Pantaneiro
Avaliação

O sistema de avaliação para gestão de RPPNs proposta no meu doutorado e aplicada no Mato Grosso do Sul foi o ponto de partida para novos trabalhos sobre o tema. Uma dissertação de mestrado já foi concluída — desenvolvida pela pesquisadora Marília Basniak. Outra dissertação de mestrado e uma tese de doutorado estão em fase de conclusão — desenvolvidas pelos pesquisadores Isaac Simão Neto e Gustavo Luis Schacht. Esses novos trabalhos vão trazer informações atualizadas sobre a situação da gestão das RPPNs no Paraná e Santa Catarina.
Aos poucos, vamos avançando no conhecimento sobre o tema. Está se estabelecendo uma base de dados que nos permitirá compreender melhor a contribuição que essas áreas vêm prestando à sociedade. E que nos ajudará a identificar suas principais fragilidades e potencialidades. A análise integrada desses resultados também deverá auxiliar no aprimoramento de programas governamentais e não governamentais de apoio à criação e gestão, com a priorização dos aspectos que representam os principais gargalos do sistema. Além disso, trabalhos como esses permitem uma análise das RPPNs individualmente, contribuindo para a sua gestão adaptativa e alcance dos seus objetivos de criação.
RPPN Fazenda Rio Negro (André Esteves). Foto: Daniel De Granville – Photo In Natura

Os resultados estão detalhados no artigo “Voluntary Preservation on Private Land in Brazil: Characterisation and Assessment of the Effectiveness of Managing Private Reserves of Natural Heritage”. O trabalho foi publicado no periódico Brazilian Geographical Journal.

Fonte: http://blog.ipe.org.br/rppn-beneficios-sao-compartilhados/