sábado, 30 de março de 2019

ÀGUA



Agrotóxicos são detectados em água de 22 cidades de Santa Catarina


(Foto: Raphael Biscaldi/ Unsplash)


Análise encomendada pelo Ministério Público de Santa Catarina revelou a presença de 17 tipos de agrotóxicos na água de abastecimento público em 22 municípios, incluindo Joinville e Balneário Camboriú.
As amostras foram coletadas entre março e novembro de 2018, período de safras e cultivos. Das 17 substâncias detectadas, sete são proibidas na União Europeia por causarem danos a saúde: atrazina, simazina, bromopropilato, metalacloro, permetrina, propargite, propiconazol.
“Essa contaminação repercute em riscos à saúde dos consumidores, uma vez que possivelmente há outros agrotóxicos e poluentes presentes interagindo com os poluentes aferidos, e que não foram abordados nas análises, com efeitos imprevisíveis sobre a saúde da população exposta”, alerta Sonia Corina Hess, Doutora em Engenharia Química.
Cerca de 13 cidades apresentaram mais de um princípio ativo simultaneamente. Rio do Sul apresentou a maior variedade de agrotóxicos na água, com sete substâncias diferentes. Seguido por Itapema (6); Mafra e Itaiópolis, com cinco substâncias respectivamente; Rio Negrinho (4), Coronel Freitas (3); Ibirama, Ituporanga, Porto União, Joinville, Schroeder, Orleans e Gravatal, com 2 substâncias.
Entre 2007 e 2014, 25 mil pessoas foram intoxicadas por essas substâncias no país. Cerca de 3.125 pessoas são intoxicadas por agrotóxicos por ano e mais de mil morreram, sem considerar a subnotificação.

BRASIL

DOCUMENTO INÉDITO MOSTRA QUE NÚMERO DE PRESOS NOS PRIMEIROS DIAS DO GOLPE MILITAR DE 64 PODE SER QUATRO VEZES MAIOR*





UM DOCUMENTO INÉDITO encontrado pelo Intercept no arquivo histórico do Ministério do Exterior da Itália mostra que o número de presos nos primeiros dias do golpe militar brasileiro de 1964 pode ser quatro vezes maior do que se estimava até hoje.

Um ofício enviado do Rio de Janeiro em 8 de julho de 1964 por Eugenio Prato, então embaixador italiano no Brasil, ao Ministério do Exterior da Itália – a Farnesina – cita que “foram efetuadas cerca de 20 mil prisões nos primeiros dias da revolução”. Até hoje, o número estimado de detenções nos dias seguintes ao golpe militar vinha de um único documento, produzido pela embaixada norte-americana no Brasil, que falava em “em torno de 5 mil pessoas”. Ele é mencionado no capítulo 3, parágrafo 67, do relatório final da Comissão Nacional da Verdade.
Como o regime militar sempre escondeu o número oficial de presos, o documento produzido pelos italianos se soma ao da embaixada dos Estados Unidos como únicos registros históricos conhecidos sobre as detenções nos dias que se seguiram ao golpe de estado de 1964, quando os militares derrubaram o presidente eleito João Goulart para empossar uma sequência de ditadores que se perpetuariam no poder até março de 1985, sequestrando crianças, queimando dissidentes em fornos, enterrando clandestinamente opositores em covas coletivas, forjando suicídios e praticando diversos outros crimes pelos quais ninguém foi punido até hoje.
“Esse documento que vocês encontraram é muito importante”, nos disse Pedro Dallari, advogado e um dos coordenadores da Comissão Nacional da Verdade. “No próprio relatório que produzimos, a gente diz que ainda existem muitos documentos a serem descobertos”, lembrou Dallari. “Vale lembrar que tanto a informação norte-americana quanto a italiana são estimativas porque não havia registro das prisões, elas eram feitas de maneira aleatória.”
Paulo Vannuchi, que trabalhou em um dos principais livros sobre o período, “Brasil Nunca Mais”, coordenado por dom Paulo Evaristo Arns, também comentou a descoberta. “Ao longos dos 40 anos que trabalho focado nesse tema, pude ver em vários textos uma estimativa genérica de 50 mil prisões ao longo de toda a ditadura militar no Brasil. Portanto, os números citados nesse documento do Ministério das Relações Exteriores da Itália me parecem bastante razoáveis.” Vannuchi, que em 1975 mencionou 233 nomes de torturadores e assassinos em um extenso dossiê entregue à Ordem dos Advogados do Brasil, acredita que um número ainda maior de pessoas tenham sido presas pelo regime. “É provável que os números estejam subestimados.”
A Itália era governada, à época, por uma coalizão entre os conservadores da Democracia Cristã e partidos de esquerda. No documento obtido pelo Intercept, intitulado “Prisões de elementos comprometidos com o governo Goulart”, o então embaixador Prato não revela suas fontes de informação sobre as prisões. Chamando o golpe de estado de “revolução”, o diplomata comunica que “não se conhece o número exato das pessoas que continuam presas”, mas sugere que “1.500 continuam detentas à espera de julgamento”.
Os documentos deixaram o grau “confidencial” em dezembro de 2015.
Até hoje, o número de presos é um dos grandes mistérios do período ditatorial. “As pessoas eram levadas em massa para estádios e navios transformados em prisões coletivas”, diz Adriano Diogo, presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”. Estádios como dos clubes Ypiranga, em Macaé (RJ); Esporte Clube Comerciários, em Criciúma (SC); os navios Raul Soares, em Santos (SP); Princesa Leopoldina, na Guanabara; Corumbá, em Campo Grande (MS), lembra, são citados no relatório final da Comissão.

Exército armou e fardou civis

Outro informe ao qual tivemos acesso mostra como o Exército armou cidadãos civis, sobretudo os declaradamente de direita, para derrubar o governo e fazer “ações de limpeza” nas ruas – ou seja, prender pessoas. Intitulado “A situação em São Paulo”, o comunicado foi enviado em 8 de abril pelo consulado italiano de São Paulo à embaixada no Rio, e transmitido à Farnesina três dias depois.
O texto chama as organizações civis que participaram do golpe de “heróis”. Sobre São Paulo, está registrado: “Nesta enorme cidade, além dos 5 mil, dos quais só uma parte agiu desde o início, e recebeu uniforme e armas do exército. Os elementos que se reuniram depois ficaram à paisana, e reforçaram, e em parte ainda reforçam, as forças policiais nas ações de limpeza”. O informe ainda aponta para as numerosas prisões que “continuam”. E cita os primeiros desaparecidos políticos. “Poucos são liberados e há alguns casos de desaparecimento sem rastro após a prisão.”
Para Adrianna Setemy, professora de História da Universidade Federal do Paraná, é fundamental que, diante do atual ambiente político e social instaurado no Brasil, exista a possibilidade de acesso a esse tipo de documento. “Mesmo que diante do ponto de vista metodológico, do historiador, um documento inédito não signifique, a princípio, uma reviravolta na historiografia, ele traz a possibilidade de elaborarmos novas perguntas, novas questões e também a necessidade de questionarmos o que foi escrito até então”, explicou.
Para a professora, que foi pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade, os novos documentos indicam que o tema ainda precisa ser pesquisado, não só por ter voltado a ocupar a “ordem do dia”, mas para combater as falas que tentam negar a história. “Os vestígios servem justamente para que a gente possa enfrentar qualquer tipo de covardia.”

Militares se organizaram antes da Operação Condor

Outros dois documentos encontrados no arquivo mostram como os militares brasileiros se articularam para controlar os exilados políticos ainda no primeiro ano do governo, plantando as sementes do que viria a ser, nos anos 70, a Operação Condor: uma rede do terror de repressão política e troca de prisioneiros formada pelos serviços de inteligência das ditaduras da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, com apoio da CIA.
Os principais alvos daquele primeiro ano de governo, sob comando do general Humberto de Alencar Castello Branco, eram o ex-presidente deposto João Goulart e seu cunhado, o ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola – que havia montado uma campanha para evitar que os militares dessem um golpe de estado ainda em 1961.
Ambos viviam no Uruguai. Cerca de 300 exilados políticos brasileiros viviam naquele país, segundo um dos informes da Farnesina, de 11 de junho de 1964, produzido pela embaixada italiana de Montevidéueo, intitulado “Política brasileira”. Ele foi enviado com cópia às embaixadas italianas do Rio de Janeiro e de Washington. O documento avisa que o “presidente do conselho nacional está preocupado com as atividades políticas dos refugiados brasileiros que vivem no país” – citando Jango e Brizola – e avisa que “o governo uruguaio poderá rever sua posição e adotar medidas restritivas de liberdade de movimento”.
Um segundo documento enviado em 2 de dezembro pela embaixada do Rio ao governo italiano, e que traz no título “Desconforto nos círculos políticos parlamentares”, relata que o então ministro do exterior brasileiro Vasco Leitão da Cunha pediu ao governo do Uruguai uma estrita vigilância nas atividades dos exilados brasileiros – citando novamente Brizola.
“É interessante notar como o governo ditatorial do Brasil procurava fazer pressão ao governo do Uruguai, que naquela época ainda era uma democracia, para vigiar os exilados brasileiros”, nos disse Francesca Lessa, pesquisadora italiana da Universidade de Oxford que investiga as responsabilidade pelos crimes transnacionais da Operação Condor.
“Sem dúvida, essa atividade de vigilância e controle do exilado são embriões do que veio a ser a Operação”, analisa Lessa. Para ela, os documentos são importantes porque “mostram como os militares já estavam se organizando antes mesmo da Condor, que não ao acaso se concretizou nos anos 70 e se nutriu de todas as experiências de políticas repressivas da região colocadas em prática nos 60”.

*Este texto foi publicado originalmente na newsletter do Intercept Brasil. 

sábado, 23 de março de 2019

MOBILIDADE URBANA



Estudantes montam bicicletas para uso coletivo entre as unidades da UNILA


Bicicletas podem ser utilizadas por toda a comunidade universitária.

Os estudantes que se deslocam diariamente entre as unidades da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) podem contar com o transporte interunidades da Universidade, mais conhecido como “Intercampi”. Porém, pensando nos alunos que preferem fazer o trajeto de bicicleta, o coletivo estudantil “¡Vamos en Bici!” resolveu se mobilizar para oportunizar que outras pessoas possam ir de uma unidade à outra da UNILA pedalando.

A ideia surgiu de um grupo de estudantes que já usam a bicicleta como meio de transporte diário, e resolveu incentivar a prática, por considerar “o caráter autônomo, sustentável e integrativo” do ciclismo urbano. De acordo com os estudantes, a iniciativa associa-se diretamente à permanência estudantil, “sendo chave para a emancipação no transporte universitário”.

O grupo, formado por oito estudantes, submeteu o projeto como uma das atividades que compõem as ações de recepção dos calouros da UNILA. Com a aprovação, eles começaram a trabalhar. Arrecadaram peças doadas, compraram outras, montaram, reformaram e personalizaram três bicicletas, que podem ser usufruídas por toda a comunidade universitária. As bikes foram apelidadas carinhosamente de “interbicis” (em alusão ao “intercampi) e têm até nomes: Abya Yala, Pindorama e Peabiru. 

Além disso, foi organizada uma oficina coletiva, e o ponto onde as bikes devem ficar estacionadas também foi especialmente preparado e identificado como “Biciponto”, anexo ao espaço de convivência estudantil. Lá, o estudante pode retirar a bicicleta e até mesmo fazer pequenos reparos, caso necessário.

Os estudantes que integram o coletivo e são os responsáveis pelo projeto são: Karolina Mendes Pata; Alex Mateus Tito Ferreira; Cristian Filipe Lopes; Iara Mills Siqueira; Jorge Luis Gomes Martin Herrero; Lucas Godoi Augusto; Rodrigo Augusto Moura; e Rodrigo Alves de Queiroga, que também foi o responsável pela pintura do mural. 

Integração

As bikes foram apelidadas de “interbicis”, em alusão ao transporte intercampi da UNILA.

Além de disponibilizar as bikes, o coletivo promove encontros e eventos para incentivar a integração e o debate acerca da mobilidade urbana sustentável. “Partimos da ideia da conscientização sobre a redução da dependência diária relacionada ao uso de combustíveis fósseis para trajetos curtos. Encontramos na bicicleta uma ferramenta de incentivo à autonomia. Além disso, pedalamos, principalmente, pelo prazer e o direito de ir ‘en bici’”, complementa o coletivo.

O próximo encontro do “¡Vamos en Bici!” será no sábado, dia 30 de março, às 14h, no Espaço Autônomo Estudantil (JU). Será apresentado o documentário “Ciclos”, seguido de um debate sobre direito à cidade, cicloativismo e leis de trânsito. Para outras informações acesse https://www.facebook.com/bicilatina/.





sexta-feira, 22 de março de 2019

RÁDIO DIFUSORA DO PARANÁ





MEIO AMBIENTE


Vitória proíbe agrotóxico que mais mata abelhas

Este é um dos inseticidas mais usados no mundo.
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A Câmara de Vereadores de Vitória, capital do Espírito Santo, aprovou o Projeto de 
Lei nº 102/2018, do vereador Fabrício Gandini (PPS), que proíbe o uso de agrotóxicos à base de neonicotinoide.
De acordo com o autor da proposta, o objetivo da proibição é impedir a morte de abelhas, visto que os agrotóxicos à base de neonicotinoide são extremamente letais para as colônias. Inclusive, este é um dos inseticidas mais usados no mundo -, o que não impediu todas as nações membros da União Europeia a também proibirem totalmente seu uso no início deste ano.
Um estudo recente sugere até que as abelhas estão ficando viciadas no neonicotinóide, que é uma classe de inseticida derivado da nicotina. “Eles descobriram que, embora as abelhas preferissem o alimento livre de pesticidas no início, com o tempo elas se alimentaram mais, exatamente, da comida com pesticidas”, afirma o estudo estudo produzido por uma equipe da Imperial College London e da Queen Mary University, ambas instituições britânicas.
Ainda segundo a pesquisa, as abelhas iam atrás dos alimentos com pesticidas mesmo quando as posições dos comedouros eram alteradas, sugerindo que elas conseguem detectar o pesticida dentro dos alimentos.
Em Vitória, um passo foi dado para reverter esse problema, enquanto há tempo. A lei já foi publicado no Diário Oficial.

segunda-feira, 18 de março de 2019

BRASIL


Metodologia defasada permitiu que área do tamanho do Panamá fosse desmatada entre a Amazônia e o Cerrado


Com distorções que chegam a 245%, “linha divisória” adotada pelo IBGE fez o Cerradão, região de florestas, ser enquadrado com grau de proteção inferior ao correto; estudo propõe reposicionar os territórios para proteger a biodiversidade

Por Bruno Stankevicius Bassi




Como definir a separação entre dois biomas? As implicações deste questionamento vão muito além da cartografia e da biologia e afetam diretamente os índices de desmatamento na zona de transição entre a Amazônia e o Cerrado, no norte do Mato Grosso, um dos principais focos de biodiversidade do mundo. Essa é a conclusão de um estudo assinado por um grupo de pesquisadores brasileiros e publicado na última edição da revista Biodiversity and Conservation.
Segundo o artigo, a metodologia tradicionalmente utilizada para definir a separação entre os biomas, baseada em uma simples linha divisória, gerou distorções que alcançam 245,5% de erro em alguns pontos da região estudada. Como resultado, 75.700 km² de florestas estacionais localizadas além dos “limites” do bioma amazônico foram mapeados erroneamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como vegetação de savana (ou cerrado denso).



Isso fez essa formação florestal, conhecida como Cerradão, ser enquadrada pelo Código Florestal de 2012 com um grau de proteção inferior ao estabelecido pela legislação. Isso porque na Amazônia Legal – que engloba também as áreas de transição para o bioma Cerrado – o tamanho da reserva legal a ser preservada dentro das propriedades rurais varia em função do tipo de vegetação: 80% para florestas e 35% para savana.
Mesmo sendo floresta, o Cerradão não foi considerado como tal, sendo desmatado até sua quase extinção. Utilizando imagens de satélite cedidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os pesquisadores identificaram que num período de 30 anos, entre 1984 e 2014, essa formação florestal perdeu 5,2 milhões de hectares, cerca de 41,2% da cobertura inicial dentro da área abrangida pelo estudo.
Mas não para por aí. Enquanto a atividade agropecuária ganhou espaço, passando de apenas 9,4% do uso do solo em 1984 para 46% em 2014, as regiões de savana perderam, no mesmo período, 7,8 milhões de hectares. Com as florestas densas não foi diferente: 9,3 milhões de hectares extirpados. Somando as três classes de vegetação analisadas no estudo (o Cerradão, a floresta densa e úmida e o Cerrado stricto senso), o desmatamento na zona de transição entre a Amazônia e o Cerrado – epicentro do Arco do Desmatamento – levou embora, em apenas três décadas, uma área equivalente ao estado de Roraima.


ESTUDO PROPÕE NOVA ABORDAGEM

A linha demarcatória mais aceita na literatura científica, que corta o estado de Mato Grosso e sobe pela divisa do Tocantins em direção ao Maranhão, foi elaborada em 1981 a partir do Projeto RadamBrasil – uma iniciativa do Ministério de Minas e Energia que visava o mapeamento de recursos naturais, depois incorporada ao IBGE.



Essa abordagem, no entanto, desconsidera a heterogeneidade e a complexidade dos mosaicos de vegetação que marcam a transição entre a Amazônia e o Cerrado. Liderado por Ben Hur Marimon Junior, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o grupo de pesquisadores identificou, nos mapas de 1984, 719 fragmentos de floresta densa em meio ao bioma Cerrado e 151 fragmentos de cerrado stricto sensu em meio ao bioma amazônico, considerando apenas os trechos superiores a 5 km². Com isso, o estudo comprovou que a Amazônia é maior e está mais ao Sul do que os mapas estabeleciam.
Como resposta às distorções geradas pela metodologia antiga – cartográficas e de políticas públicas – os pesquisadores propõem uma nova abordagem para classificar as fronteiras entre Amazônia e Cerrado: em vez da linha divisória, a consolidação ecológica e jurídica de uma “faixa de transição”, visando proteger a frágil biodiversidade daquela que é a maior transição floresta-savana do planeta.

Fonte: https://deolhonosruralistas.com.br/2019/03/17/metodologia-defasada-permitiu-que-area-do-tamanho-do-panama-fosse-desmatada-entre-a-amazonia-e-o-cerrado/?fbclid=IwAR3mnp1l8ui0rpcYbZsByeEifHglJebxUfR4SsDjx-fnGJUu3YtLmICM3s4



domingo, 17 de março de 2019

UNILA



Estudantes que fizeram o Enem entre 2014 e 2018 podem concorrer a vagas remanescentes na UNILA 

 
Estudantes que fizeram o Enem entre 2014 e 2018 podem se inscrever, no processo seletivo para o preenchimento de vagas remanescentes na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). As vagas são aquelas que não foram preenchidas por meio do Sisu 2019. As inscrições devem ser feitas até o dia 20 de março. As regras estão previstas no edital PROGRAD 045/2019 disponível em bit.ly/vagasunila.  

Estão disponíveis 337 vagas em 20 cursos. O número de vagas e de cursos poderá ser ampliado, dependendo da efetivação de matrículas nas chamadas complementares do Sisu. A adição de novas vagas e cursos, se ocorrer, será realizada, no máximo, até o dia 19 de março.

Para concorrer às vagas, a nota mínima exigida é 300 e o candidato não pode ter tirado zero em nenhuma prova. O resultado preliminar será publicado no dia 21 de março, com a classificação e homologação das inscrições. As regras completas estão disponíveis no edital. Candidatos inscritos no Sisu 2019 e que tenham sido indeferidos por perda de prazo ou outro motivo, e os candidatos cotistas indeferidos e que fizeram a inscrição para nova disputa de vaga terão prioridade. Além disso, estudantes que já possuam vínculo com a UNILA não poderão fazer inscrição para o curso no qual estão matriculados.

As matrículas estão programadas para os dias 26 a 28 de março (veja calendário), na modalidade chamada pública, que será realizada no auditório da UNILA-Jardim Universitário (Avenida Tarquínio Joslin dos Santos, 1000). Os candidatos ou seus procuradores devem estar presentes ao local, data e horário estabelecidos de acordo com cada curso.

Os convocados são chamados na ordem de classificação. Os que não estiverem presentes, cedem a vaga para os próximos, até o preenchimento total de cada curso. As matrículas serão realizadas juntamente com a chamada pública. Por isso, os convocados deverão apresentar toda a documentação pessoal e escolar exigidas.

O edital prevê, ainda, uma possível chamada pública complementar para vagas que ainda não estiverem preenchidas ao final do processo. Nesse caso, em cada chamada pública, os candidatos que não conseguiram vagas em seus cursos, poderão manifestar interesse em permanecer no processo. A chamada pública complementar, caso seja viabilizada, está programada para o dia 29 de março.

Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail selecao.alunos@unila.edu.br.


quinta-feira, 7 de março de 2019

POESIA



Busca de mim

Luiz Alberto M. da Costa - 07/03/2019

Eu saí em busca de mim,
Nas ruas, nas praças e campos,
Na solidão, na dor, nos desencantos
E eu não estava lá!
Eu me busquei em próprio coração
Nas cidades e nas matas,
No canto perdido das serenatas
E minha busca foi em vão!
Mas prossegui a busca de mim
Na dor de adultos e de crianças
Naqueles que não perdem as esperanças
Numa tarefa sem fim!
Me busquei no homem que passa,
Na mulher que vem, nas estrelas do céu
No mendigo ao léu,
No riso e na desgraça!
Fui até o medo do além
Mas não estava lá,
Andei muito, de lá para cá
A espera do que não vem!
Eu saí em busca de mim
No olhar dos muito tristes,
Onde dizem tudo existe,
Mas minha procura não teve fim!