Sem garantias do governo, servidores técnicos decidem manter a greve
A manutenção da greve deve-se ao fato do governo estadual ainda não ter formalizado uma proposta que seja de conhecimento da categoria, uma vez que apesar do anúncio do envio do projeto de lei para o dia 19 de outubro publicado em nota da Agência Estadual de Notícias, os servidores seguem sem ter conhecimento da minuta do PCCS (Plano de Cargos Carreiras e Salários) e sem garantia alguma de sua implantação.
“O governo apresentou uma data para envio à assembleia e para o pagamento da tabela, porém ainda não tivemos acesso à minuta, uma vez que o governo cortou o diálogo com os servidores e o Comando de Greve, decidindo chamar para negociação somente os reitores”, destaca a professora Francis Guimarães Nogueira, presidente do Sinteoeste (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná).
Francis afirma que a intenção dos sindicalistas é voltar às mesas de negociações e participar das alterações da minuta da lei do PCCS. “Em nenhum momento rompemos o diálogo com o Estado. Em que pese à mediação dos reitores, nós continuamos preocupados, pois não temos acesso às alterações da minuta, não sabemos ainda se teremos avanços ou retrocessos”, disse Francis, alertando que até mesmo o pagamento da tabela ainda gera dúvida. “A tabela é só um anexo do plano de cargos, ela está condicionada a minuta”, esclarece.
Com a manutenção da greve, os servidores do HUOP seguem com o acampamento de vigília e com a proposta de redução do número de funcionários em determinados setores do hospital, sem que isso represente risco a vida dos pacientes. “Desde o início da greve os serviços considerados essenciais foram mantidos. Reafirmo que a greve é um direito constitucional do trabalhador”, frisa a presidente do Sinteoeste.
O Comando de Greve espera retomar uma negociação com o governo estadual na próxima segunda-feira (24) e uma nova assembleia deverá ser agendada para a terça-feira (25) para decidir a continuidade ou não da paralisação. Além da Unioeste, os servidores técnicos da UEM (Universidade Estadual de Maringá) decidiram pela manutenção da greve.
Fonte: http://www.sinteoestepr.com.br/gerais/227-sem-garantias-do-governo-servidores-tecnicos-decidem-manter-a-greve.html
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