Greve
dos servidores da Unioeste
é suspensa
até o dia 19 de outubro
Suspensão busca garantir participação dos
sindicatos na negociação e acesso à minuta da Lei do PCCS
Cascavel
(25 de setembro) – Os servidores
técnicos da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) decidiram
suspender a greve até o dia 19 de outubro, data na qual o Governo do Estado
assumiu o compromisso de encaminhar para a Assembleia Legislativa do Paraná, o
projeto de lei de reestruturação do PCCS (Plano de Cargos Carreiras e Salários)
da categoria.
A
decisão foi tomada pela maioria dos trabalhadores presentes na
assembleia realizada nesta terça-feira (25/09) no anfiteatro do campus
de Cascavel. Nos próximos dias, o Comando de Greve se
reunirá para definir estratégias de ações com o intuito de retomar as
negociações rompidas pelo governo. Além
do compromisso do envio da proposta no dia 19 de outubro, o Governo do
Estado
se comprometeu a pagar a tabela salarial anexa do plano em janeiro de
2013.
Os
servidores técnicos seguem em estado de alerta e, caso o governo descumpra o
novo acordo ou siga negando diálogo com os sindicatos, a greve poderá
ser retomada. “Tentamos até esta terça-feira o acesso à minuta da Lei do PCCS,
porém nos foi negado com o argumento que o governo não negocia com grevistas.
Tentamos uma audiência nesta segunda-feira com o secretário Luiz Sebastiani
[Casa Civil], mas não conseguimos”, diz a professora Francis Guimarães
Nogueira, presidente do Sinteoeste (Sindicato dos Trabalhadores em
Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná), explicando as
articulações buscadas nos últimos dias, desde a última assembleia da categoria.
Segundo
Francis, a suspensão da greve é estratégica. “Reiteramos que queremos ter
acesso ao conteúdo da lei que será encaminhada à Assembleia”, alerta a
sindicalista. Novas estratégias de negociação com o governo começarão a ser
discutidas nos próximos dias. “O movimento grevista pode ser deflagrado a
qualquer momento, pois seguimos em assembleia permanente. O governo se
comprometeu em enviar uma minuta que atenda os sete pontos elencados pelos
reitores e sindicatos em relação à garantia da promoção e progressão no desenvolvimento da
carreira”, conclui.
A
greve na Unioeste durou três semanas e envolveu servidores dos cinco
campi da
instituição. “Fomos a primeira universidade paranaense a entrar em greve
e estamos sendo a última a suspendê-la. Nós mostramos nossa força,
unidade e continuamos mobilizados em estado de alerta diante do descaso
que esse governo tem demonstrado para com os servidores das
universidades públicas. A greve está apenas suspensa, é uma nova
estratégia com o intuito
de nos fortalecermos ainda mais”, destaca a sindicalista.
Além
da
suspensão da greve, os servidores da Unioeste
aprovaram em assembleia um calendário de paralisações pontuais para os
dias 03,
08 e 18 de outubro, véspera da data prometida pelo governo de envio do
projeto
de lei. “Os servidores foram verdadeiros guerreiros até esse momento e a
nossa
luta pela reformulação do PCCS prossegue”, conclui Francis. Também nesta
terça-feira (25), os servidores técnicos da UEM (Universidade Estadual
de Maringá) decidiram em assembleia suspender a greve até o dia 19 de
outubro. A decisão já havia sido tomada pelos agentes universitários da
UEL (Londrina) e da UEPG (Ponta Grossa).
Legenda: Assembleia realizada na tarde desta terça-feira no Campus de Cascavel
Crédito: Júlio Carignano
Crédito: Júlio Carignano
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