TRATAMENTOS DE EFLUENTES
De longa data a humanidade vem apostando na concentração, na centralização e massificação como procedimento padrão na resolução das questões públicas. Ocorre com o fornecimento de água e de energia, com o atendimento ao cidadão, com as estratégias para a drenagem de águas pluviais e também com o tratamento dos efluentes líquidos. Neste último caso, a concentração dos esgotos pode resultar em modificações muito relevantes dos corpos receptores, tanto de vazão como de qualidade da água.
A maioria das cidades opta por sistemas centralizados de tratamento de esgotos, concentrando fluxos hidrossanitários de bacias inteiras em pequenas áreas, tentando tratar de forma massiva e pontual grandes quantidades de efluente, atendendo aos princípios da economia de escala. Embora alguns sustentem a impossibilidade de tratar corretamente e de forma individual o efluente de cada unidade habitacional, é necessário que se diga: há possibilidades de tratamento alternativo.
Um dos exemplos é o trabalho realizado por universitários da Universidade Fumec a partir do Projeto Rondon - Operação Carajás, na cidade de Curionópolis-PA, em janeiro 2011.Trata-se da produção de uma fossa séptica de baixo custo para para tratamento individual de efluentes residenciais. A construção desse sistema emprega bombonas plásticas e tubos de PVC, constituindo um sistema trinário para o tratamento de efluentes, conforme esclarece o vídeo abaixo:
Similares a este modelo existem vários, como é o caso fossa séptica biodigestora desenvolvida pela Embrapa, com o intuito de evitar a poluição dos lençóis freáticos nas zonas rurais. De acordo com seu idealizador, Antonio Pereira de Novaes, o efluente apresenta ótima qualidade como fertilizante e, quando não utilizado, passa por um filtro de areia e pedra e retorna cristalino ao solo, isento de coliformes fecais.
Confira nos links abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=QC71ijKfCEI
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=TWqOKBfyYgg
As fossas biossépticas estão presentes também na legislação da cidade de Curitiba-PR, que determina a sua execução em conjunto com um filtro anaeróbio e um fosso sumidouro (onde a permeabilidade do solo permite) ou um clorador. Esse sistema de tratamento deve ser empregado em todas as regiões da cidade em que ainda não haja a possibilidade de ligação a uma rede coletora de esgoto.
Embora sejam soluções parciais, que não eliminam completamente os riscos de contaminação, poderiam proporcionar como efluente uma água de excelente potabilidade caso fossem associadas a zonas de raízes e espelhos d'água devidamente dimensionados. Esses sistemas, também são conhecidos como banhados construídos e funcionam conforme nos explica o arquiteto Alfonso de Pablos:
Como solução intermediária, poderiam ser utilizados sistemas mistos, que atendessem aos novos loteamentos conforme fossem construídos, empregando para isso parte dos terrenos concedidos às prefeituras, áreas públicas que serviriam a um tempo para tratamento de efluentes e lazer da população.
Confira também:
http://www.youtube.com/watch?v=TG4lWEGYjQY
Texto:
Cesar Roberto Scheffler
Fontes:
SALATI, E.S. , Controle de qualidade de
água através de sistemas de wetlands construídos.
IDE, C.N.; OLIVEIRA,
A.S.; SANTOS, L.S ,Eficiência de banhados construídos utilizando plantas
ornamentais. http://www.prp.ueg.br/06v1/conteudo/pesquisa/inic-cien/eventos/sic2007/flashsic2007/arquivos/resumos/resumo142.pdf.
SALATTI, E. ,
Utilização de sistemas de wetlands construídas para tratamento de águas. http://www.biologico.sp.gov.br/docs/bio/v65_1_2/salatti.pdf
Tratamento
de efluentes com plantas aquáticas emergentes-PAE. http://www.biomapampa.com.br/download/Resumo_ETE_Enraizadas_Bioma_Pampa.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=QC71ijKfCEI http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=TWqOKBfyYgg
http://www.youtube.com/watch?v=ZyQW7ndQwEE
http://www.youtube.com/watch?v=0dA526VjZNM
Colaboração:
Maurízio Cúnico Córdova
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