sexta-feira, 12 de julho de 2013

OPINIÃO*


Hoje me perguntaram se eu apoiava a presidente, mesmo ela sendo uma guerrilheira. Pois bem, a apoio sim, justamente porque ela é, sim, uma combatente. É a guerrilheira da casa própria para os menos abastados (o Minha Casa, Minha Vida já beneficiou mais de 1 milhão de famílias), do substancial aumento de vagas nas universidades públicas federais, da expansão de nossa medicina para o interior do país, do combate à corrupção, com número recorde de investigações e prisões feitas pela Polícia Federal, da exploração do Pré-Sal, com geração de divisas para nosso país e transformação do Brasil num exportador e não mais importador de petróleo, geração de 4 milhões de empregos formais, com redução do desemprego para o menor nível da história: 4,6% em Dezembro de 2002, contra 10,5% em Dezembro de 2002. Guerrilheira porque apoiou a democracia na América do Sul, suspendendo o governo paraguaio golpista do Mercosul e da Unasul. Além disso, reduziu a taxa Selic para o menor nível da história (8% nominais e 1,5% reais em Junho de 2013), aumentando os recursos investidos na Agricultura Familiar em contraponto. Continuou e ampliou o ProUni, que já beneficiou mais de 1,2 milhão de estudantes carentes em faculdades privadas. Apesar dos atores globais em campanha por lugares e povos que jamais ousaram conhecer, o desmatamento na Amazônia caiu em 84% nos últimos dez anos. Uma arma secreta que ninguém comenta desta mulher é a da continuidade da política de reajuste da tabela do IR, em 4,5% ao ano, beneficiando a classe média e os trabalhadores mais bem remunerados. Redução da Dívida Pública para o menor patamar em 15 anos, estando em cerca de 35,5% do PIB atualmente. Eis um bom motivo para a luta! E os aumentos reais para o Salário Mínimo, que já atingiu o seu maior poder de compra desde 1979? E a redução das tarifas de energia em 15%, em média, bem como de PIS e Cofins cobradas sobre a Cesta Básica e transportes coletivos urbanos, que agora estão em nível ZERO? A Globo não mostrou, mas cabe a pesquisa de que a TJLP, cobrada pelo BNDES em seus financiamentos para o setor produtivo, baixou ao patamar de 5% ao ano. Todavia, aumentaram os números de nossa safra de grãos, a maior da história do Brasil, com cerca de 185 milhões de toneladas em 2013. Há que se lembrar ainda que houve redução dos juros dos bancos públicos (da CEF e do BB em especial), que ganharam mercado dos bancos privados, aumentando para quase 49% a participação estatal na oferta de crédito para a economia. A base aliada lutou e aprovou a PEC das domésticas, beneficiando 7,2 milhões de trabalhadoras e trabalhadores, a qual certamente será sancionada. No front da política internacional, trouxe importantes vitórias do Brasil na política externa, elegendo brasileiros para dirigirem a OMC e a FAO. Isso sem contar a desoneração da folha de pagamento e reduções de impostos para inúmeros setores produtivos da economia. O pequeno detalhe é que ela nem terminou a primeira batalha chamada mandato de uma guerra chamada Governo Popular...


* Luciano d'Miguel - jornalista, produtor cultural e compositor.

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