sexta-feira, 21 de novembro de 2014

AGROTÓXICOS



Seminário na Unioeste aponta impactos dos agrotóxicos na educação e na saúde pública

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Cascavel, sediou na noite desta quarta-feira (19/11) o Seminário ‘Escolas do Campo e Agrotóxicos’. Promovido pelo mandato do vereador Paulo Porto (PCdoB), o evento reuniu cerca de 120 pessoas, entre pesquisadores, profissionais da saúde, agricultores, movimentos sociais, professores e alunos das escolas do campo; todos preocupados com a escalada do uso de agrotóxicos e a contaminação de ambientes e das pessoas dela resultante, com severos impactos a saúde pública e a segurança alimentar.
O evento foi aberto com uma palestra da médica Lilimar Mori, chefe de Vigilância de Saúde da 10ª Regional do Governo do Estado. Ela apresentou dados sobre o uso de agrotóxicos na área de abrangência do órgão e das notificações de intoxicações e óbitos, entre os anos de 2007 e 2014. Enquanto a média de intoxicações no Paraná é de sete pessoas por 100 mil habitantes, na área da bacia do Paraná 2 (Oeste do Paraná) o índice chega a 53,5 por 100 mil.
Nos últimos sete anos, a 10ª Regional de Saúde registrou um total de 3.229 casos de intoxicação exógena, sendo a maior parte por medicamentos (45,9%). As intoxicações por agrotóxicos agrícolas, raticidas, agrotóxicos domésticos e de saúde pública resultaram em 645 notificações, cerca de 20%. A maior parte dos registros aconteceu em Cascavel, com 2.433 casos (75,3%), seguido de Boa Vista da Aparecida com 224 e Guaraniaçu com 109 casos. Vale lembrar que a 10ª Regional não abrange municípios da área de Toledo e Foz do Iguaçu.
A maior parte das notificações por agrotóxicos são de intoxicação por herbicida (41,7%) e inseticida (37,3). A pulverização aérea representa 25,5% dos casos de intoxicação por agrotóxicos, seguido da diluição com 13,4% e tratamento de sementes com 4%. Também foram registrados, entre 2007 e 2014, um total de 35 óbitos por intoxicação, sendo 12 deles em virtude dos agrotóxicos.
Segundo a especialista, mesmo que ingredientes ativos dos agrotóxicos, por seus efeitos agudos, possam ser classificados como medianamente ou pouco tóxicos, não pode se perder de vista os efeitos crônicos que podem ocorrer meses, anos, ou até décadas após a exposição, manifestando-se como várias doenças como cânceres, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.
De acordo com Lilimar Mori, o problema dos agrotóxicos ainda é pouco pesquisado e com um escasso número de fontes oficiais de informação. Por isso, ela fez o alerta para os casos desconhecidos relativos ao tema. “Além das notificações de causas ignoradas de intoxicação temos aquelas situações que sequer chegam ao nosso conhecimento. Os casos registrados são um universo muito pequeno dentro do que a gente sabe que acontece aqui na região Oeste”, destacou a médica.
Recursos hídricos
Elaine Marchioro, coordenadora da Via Campesina do Paraná, apresentou dados do crescimento do uso do agrotóxico no Estado. O uso deste tipo de tipo de produto no Paraná cresceu 20%, entre 2008 e 2011, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O Estado consome por ano 96,1 milhões de quilos de agrotóxicos, que representa mais de 9 quilos por hectare de área plantada, três vezes mais que a média nacional. “Esse dado é preocupante, uma vez que apesar do crescimento do uso de agrotóxicos, a produção neste período se manteve estável. Ou seja, está se utilizando mais veneno para produzir a mesma coisa”, alertou.
Esses números se acentuam nas regiões Central e Oeste do Estado. Em Cascavel, por exemplo, a quantidade de tóxicos nas plantações é de 23 kg/ha/ano. “Os agrotóxicos utilizados no Paraná, especialmente em nossa região, são classificados como perigosos e muito perigosos, em uma escala que vai de pouco a altamente perigosos. São altamente tóxicos, aqueles que chamamos de faixa vermelha”, relatou Elaine.
Além da contaminação direta dos alimentos, os agrotóxicos são a segunda maior causa de contaminação dos recursos hídricos no país, atrás somente do despejo do esgoto doméstico, alertou Elaine. A bacia hidrográfica do Alto Piquiri (Centro-Oeste e Oeste) utilizou no período pesquisado 19,3 milhões de quilos, mais de 20% do total de agrotóxicos aplicados no Estado. “Anteriormente a contaminação em alto grau estava restrita as águas rasas e poços artesianos, mas parte das águas profundas também já estão contaminadas”, aponta a militante.
Para coordenadora da Via Campesina, o desafio é contrapor esse atual modelo do agronegócio, que opta por uma produção baseada na expansão de fronteiras agrícolas para exportação de commodities e na monocultura cada vez mais dependente do veneno e de fertilizantes químicos. “É preciso um olhar diferenciado dos nossos agentes públicos e dos profissionais de saúde para o campo. Nossa tarefa, enquanto camponeses, é seguir fazendo a luta pela agroecologia, pela defesa do meio ambiente, da fauna, da flora e da biodiversidade”.
Educação do campo
Diretores, professores e alunos de educação do campo trouxeram relatos sobre o encaminhamento de crianças a postos de saúde em decorrência da exposição a aplicação do agrotóxico, especialmente pela pulverização aérea perto das escolas. Alunos do Colégio Aprendendo com a Terra e a Vida Zumbi dos Palmares, no assentamento Valmir Mota, e da comunidade Alto Alegre, no reassentamento São Francisco, decoraram o seminário com cartazes alertando para os riscos da aplicação de agrotóxicos e dizeres como “Não passe veneno perto de escolas, hospitais e casas”, “Não podemos aceitar o latifúndio passando veneno perto de nossa escola” e “Agrotóxico mata”.
Para o vereador Paulo Porto, idealizador do seminário, é preciso mobilizar os diferentes atores sociais para os danos causados pelo uso dos agrotóxicos. “Nosso desafio é criar políticas públicas de controle e regulação do uso, medidas legislativas e alternativas que dialoguem com os movimentos sociais e com o segmento da agricultura familiar e camponesa. Nosso mandato tem esse compromisso junto aos movimentos sociais de ampliarmos o debate sobre esse tema junto à sociedade. Não podemos continuar aceitando que o cidadão do Oeste do Paraná consuma 12 litros de agrotóxicos por ano, quase três vezes mais do que a média nacional”.

 Enviado por ACS em qui, 20/11/2014 - 16:47

 

 

sábado, 15 de novembro de 2014

QUESTÃO INDÍGENA



I Congresso: A questão indígena no oeste do Paraná e a reconstrução do território Avá-Guarani

No âmbito do projeto de pesquisa “A questão indígena no oeste do Paraná e a reconstrução do território Avá-Guarani”, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e como evento paralelo ao IV Congresso Internacional Constitucionalismo e Democracia, será realizado o presente evento científico, nos dias 25 e 26 de novembro de 2014, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), em Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil.
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COORDENAÇÃO CIENTÍFICA
Dr. Carlos Frederico Marés de Souza Filho
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COMISSÃO ORGANIZADORA
Dr. Carlos Frederico Marés de Souza Filho
Msc. Liana Amin Lima da Silva
Msc. Manuel Munhoz Caleiro
Msc. Priscila Lini
Msc. Raul Cézar Bergold
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O congresso se desenvolverá à partir de 3 (três) eixos, cada um deles tratado em uma mesa específica, indicadas na programação abaixo.
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PROGRAMAÇÃO

.(sujeito a alterações)
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25 de novembro de 2014 – 14h
OS AVÁ-GUARANI
Liderança Avá-Guarani
Liderança Avá-Guarani
Prof. Dr. Spensy Pimentel (UNILA)
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25 de novembro de 2014 – 19h
IMPACTOS SOBRE O TERRITÓRIO AVÁ-GUARANI
Liderança Avá-Guarani
Liderança Avá-Guarani
Dr. Carlos Frederico Marés de Souza Filho (PUCPR)
Dr. Paulo Porto (UNIOESTE)
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26 de novembro de 2014 – 9h
A RETOMADA DO TERRITÓRIO AVÁ-GUARANI
Liderança Avá-Guarani
Liderança Avá-Guarani
Msc. Raul Bergold (INCRA)
Msc. Diogo Oliveira (UFSC/FUNAI)
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26 de novembro de 2014 – 14h
GRUPOS DE TRABALHO
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DA APRESENTAÇÃO DE RESUMOS EXPANDIDOS NOS GRUPOS DE TRABALHO
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Além das mesas acima indicadas, haverá espaço para a apresentação e discussão de pesquisas relacionadas a seus temas, que deverão ser submetidas, para fins de admissão e publicação, no formato de resumo expandido e obedecerão às regras de normalização da ABNT, bem como aos seguintes requisitos:
I) ser resultado ou objeto de projeto de pesquisa, extensão ou de experiência prática;
II) ser submetida em língua portuguesa, com a respectiva tradução para outra língua de livre escolha (por exemplo: português-espanhol; português-inglês, português-guarani etc.);
III) conter no mínimo três palavras-chave na língua portuguesa e na língua ou nas línguas do resumo;
IV) indicar a mesa correspondente e conter o nome completo do(s) autor(es) ou autora(s), e também a identificação da instituição, organismo ou movimento ao qual pertença, bem como do endereço eletrônico;
V) possuir no máximo 3 (três) laudas, com breve introdução, desenvolvimento, eventuais conclusões e referências;
VI) serem apresentadas, obrigatoriamente, no formato .doc ou .docx, em tamanho A4 (21 cm X 29,7 cm), posição vertical, fonte Times New Roman, corpo de texto tamanho 12, alinhamento justificado, sem separação de sílabas, espaçamento entrelinhas de 1,5 pontos, endentação de parágrafo de 1,5 cm, margens superior e esquerda de 3 cm, e margens inferior e direita de 2 cm.
VII) cada autor e/ou autora poderá apresentar até 2 (dois) resumos expandidos;
VIII) cada resumo expandido pode conter até 3 (três) autores e/ou autoras;
IX) os resumos expandidos somente constarão nos registros e/ou anais do evento caso sejam apresentados oralmente;
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DA APRESENTAÇÃO DE PÔSTERES NOS GRUPOS DE TRABALHO
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Os pôsteres a serem submetidos dentro dos temas tratados nas mesas acima indicadas deverão seguir as seguintes recomendações:
I) título em destaque, nome do(s) autor(es) ou autora(s) acompanhado da Instituição a que está vinculado, nome do orientador ou orientadora, se for o caso, local onde foi ou está sendo realizada a pesquisa;
II) resumo da pesquisa contendo palavras-chave, problema da pesquisa, objetivos, referências teórico-metodológicos, eventuais resultados alcançados e referências;
III) possuir no máximo quinhentas palavras e ser apresentado no formato “.pdf”, tamanho A4 (21 cm X 29,7 cm), posição vertical, fonte Times New Roman corpo de texto tamanho 12, alinhamento justificado, sem separação de sílabas e espaçamento entrelinhas simples.
IV) tamanho: 1,10m de altura por 90cm de largura, devendo conter cordão na parte superior para fixação;
V) conteúdo: no alto, título em destaque escrito com letras maiúsculas, nome do autor (se for bolsista é necessário apresentar o nome da entidade financiadora) acompanhado da instituição a que está ligado, nome do orientador ou orientadora, se for o caso, local onde foi ou está sendo realizada a pesquisa; no corpo do pôster, resumo, palavras-chave, problema da pesquisa, objetivos, referências teórico metodológicas, resultados alcançados e bibliografia utilizada;
VI) critérios para a composição dos pôsteres: apresentação visualmente atraente, clareza na exposição das informações, ordem lógica na apresentação, concisão textual.
VII) a confecção, transporte, exposição e retirada dos pôsteres são de inteira responsabilidade dos autores, assim como eles deverão estarão lado do pôster das 14h às 18h do dia 26 de novembro de 2014;
IX) cada autor ou autora poderá submeter apenas um pôster para o evento, sendo permitido máximo de 3 co-autores(as) para cada pôster.
X) os pôsteres somente constarão nos registros e/ou anais do evento caso sejam apresentados oralmente;
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DOS PRAZOS
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Os resumos expandidos e pôsteres serão recebidos através do formulário abaixo até 23h59 do dia 19 de novembro de 2014 (prazo prorrogado), através do formulário abaixo. A lista de resumos e pôsteres aprovados será divulgada até o dia 21 de novembro de 2014 (prazo prorrogado).
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DAS INSCRIÇÕES
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As inscrições para o evento serão gratuitas.

Fonte:http://www.direitosocioambiental.com.br/congressoavaguarani/


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

POLÍTICA



MCCE divulga ranking da corrupção por partido

 


Crédito : Nani
 
Do MCCE - Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção desde 2000. O DEM, com 69 cassações, tem o equivalente a 9,02% de todos os políticos cassados no período de apuração, sendo o campeão. Os dados foram computados em 2007 e publicados em 2009. 

Veja, abaixo, o ranking da corrupção COMPROVADA em cada partido e clique aqui para acessar o dossiê na íntegra. 

 

 Veja também: http://www.prpa.mpf.mp.br/institucional/prpa/campanhas/politicoscassadosdossie.pdf

 Fonte: http://www.camaraempauta.com.br/portal/artigo/ver/id/2463/nome/MCCE_divulga_ranking_da_corrupcao_por_partido

JORNALISMO NO BRASIL



Quando imprensa vira notícia, uma das duas está doente


Por Alberto Dines em 11/11/2014 na edição 824

Estarrecido como sói acontecer com almas sensíveis, este observador admite que já usou o axioma do título dúzias de vezes. Além de flagrante autoplágio, trata-se de descarada clonagem do dito caipira segundo o qual pobre só come galinha quando um deles está enfermo.
A imprensa detesta ver-se refletida nas manchetes; não é discrição ou timidez, é sabedoria: holofotes são incontroláveis, exibem muito mais do que deles se espera.
Em seguida ao estresse provocado pelo pedido de demissão do cronista esportivo Xico Sá, que se revoltou contra o embargo imposto ao artigo onde se proclamava eleitor de Dilma Rousseff, a Folha de S.Paulo resolveu voltar ao pódio para se autoproclamar campeã em matéria de isenção.
Na edição de sábado (8/11), com grande destaque e nenhum constrangimento, o jornal afirma na p. A-9: “Cobertura eleitoral da Folha é aprovada por 77% dos leitores” (ver aqui). A fonte é, naturalmente, o Datafolha. Uma pesquisa no Google revelará que a mesma pesquisa é repetida religiosamente depois de cada eleição com resultados sempre brilhantes. Se fosse pessoa, a Folha seria extremamente carente, sedenta de reconhecimento e aceitação.
No domingo (9/11), quando o México começava a pegar fogo com as declarações do procurador-geral sobre a chacina dos 43 estudantes em Iguala (ver aqui), a Folha teve novo surto de inovação e sapecou na manchete da primeira página a retumbante constatação: “Jornalismo profissional alimenta redes sociais” (aqui).
A Folha só descobriu isso agora? Se acompanhasse este Observatório com mais atenção teria publicado a mesma matéria há alguns anos. De qualquer forma, trata-se de uma edição histórica e não apenas pela insólita manchete.
“De folga”
Na página A-3, no “Painel do Leitor”, outras novidades: quatro leitores mencionam a saída dos colunistas Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, que se revezavam há pelo menos uma década na retranca do “Brasília” na nobilíssima Pagina Dois.
Como assim, onde é que os leitores descobriram esta informação? Logo se descobre, no pé do painel, uma Nota da Redação”: “Sobre o encerramento da colaboração na ‘Folha’ dos colunistas Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues leia reportagem à página A-10”.
Antes de chegar à página A-10, o observador dá uma paradinha na página A-6, onde aos domingos publica-se a coluna “Ombudsman”. Não há coluna com este nome. Com letra microscópica o jornal informa que neste domingo, excepcionalmente, não se publica a coluna da ombudsman – a mais importante contribuição ao processo de transparência jornalística.
Enfim, na página A-10: no alto destaca-se o título “Manifestantes buscam inspiração em direita americana”, e no corpo da xaropada com forte entonação conservadora o jornal informa que foi ouvir alguns dos 2.500 manifestantes que no dia 1/11 foram à Avenida Paulista protestar contra Dilma Rousseff e o PT. O redator tem o cuidado de informar que os manifestantes ouvidos não pediram a intervenção militar, a reivindicação “partiu de uma minoria”. Matéria estranhíssima.
Agora, sim: no pé da página A-10, com destaque “- D” (isto é, destaque nenhum): “Folha estreia novos nomes na coluna Brasília em dezembro”. Na parte final da matéria, depois de introduzidas as novas atrações, fica-se sabendo que substituirão Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, ela com 17 anos de casa e ele, 27 (ver aqui).
Só isso? Só isso. Desfecho insólito mesmo para os padrões da Folha.
No “Painel do Leitor” de segunda-feira (10/11), duas novas cartas sobre a saída de Cantanhêde e Rodrigues. E como um dos missivistas cobrou uma explicação sobre o súbito desaparecimento da ombudsman, Vera Guimarães Martins, em seguida veio a indefectível “Nota da Redação”: a coluna não foi publicada porque “a titular estava em semana de folga”.
Folga? Curioso.
Ato político
Desses fatos surgem três grandes evidências:
1. Como é que os leitores souberam da saída de Cantanhêde & Rodrigues se o jornal só publicou a informação um dia depois? Certamente pelas redes sociais, estúpido. Mas se as redes sociais só se inspiram no “jornalismo profissional” (segundo a manchete de domingo), alguma coisa escapou do controle, né?
2. Na sexta-feira (7/11) já corria a informação na blogosfera e alhures de que as demissões obedeciam a um drástico plano de contenção de gastos na redação do mais respeitado jornalão do país. Outros cortes viriam/virão. A crise econômica é visível a olho nu: pode ser detectada nas noites da Vila Madalena de quinta a sábado, na retração da publicidade em todas as mídias, nos pífios lançamentos da moda de verão. Pode ser notada, sobretudo, na própria Folha.
Na edição de sábado (8/11), com 92 páginas distribuídas em 9 cadernos, havia 38 anúncios de página inteira mais 12 inserções de grande porte (maior do que meia página), só no segmento de imóveis. No segmento automotor, três páginas inteiras; em outros segmentos (inclusive supermercados e eletroeletrônicos): 4 páginas.
E daí, perguntará o leitor. Eis o que informa a própria Folha na capa do caderno de classificados de imóveis, no domingo (9/11): “Preços em desaceleração e vendas em queda em São Paulo”. Construtoras, imobiliárias e incorporadoras gozam de tabelas especiais, os jornais oferecem generosos descontos ao setor, os anúncios de página dupla começam a substituir os de uma página. A Folha está oferecendo seu precioso espaço por preços insignificantes, quase de graça.
3. Outra evidência da crise e da absurda subserviência às chantagens dos anunciantes: o “informe publicitário” na capa e contracapa da edição da segunda-feira (11/11) nos exemplares destinados aos assinantes paulistanos. Com o patrocínio da operadora Vivo, da espanhola Telefônica, uma pseudocapa – verdadeiro trambique jornalístico – com a data e algumas notícias da terça-feira, 1 de fevereiro de 2000 (há 14 anos), quando o tenista Rafael Nadal, igualmente espanhol, iniciou a sua formidável coleção de prêmios. Mote das quatro páginas que envolvem a edição: “A vida passa em velocidade 4G”. Isso cheira a Navarra.
Quando grandes jornais abrem mão de seus traços e compostura vão se apequenando nos demais atributos. Demitir – ou o eufemismo de “interromper a colaboração” – acontece em qualquer empresa ou instituição. Afastar do quadro duas estrelas de primeira grandeza ao mesmo tempo e dessa forma descuidada, pusilânime, não é acidente, ou casualidade. É causal, tem um sentido, é ato político (não necessariamente partidário ou ideológico).
Quando a imprensa é notícia, um dos dois está doente. Ou os dois. A Folha adora surpreender: é o seu charme. E a sua perdição.

Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/quando_imprensa_vira_noticia_uma_das_duas_esta_doente

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

DITADURA MILITAR NO BRASIL


Livro reúne histórias de crianças presas, torturadas ou exiladas durante a ditadura no Brasil


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Organizado pela Comissão da Verdade de São Paulo, volume traz depoimentos de 40 pessoas que hoje têm entre 40 e 60 anos

Mariana Sanches no , Combate Racismo Ambiental 

SÃO PAULO – Os cabelos acastanhados desciam pelas costas estreitas até a cintura. Eram a expressão de vaidade da menina Zuleide Aparecida do Nascimento, de quatro anos. E uma das poucas coisas — além de uma boneca de plástico — que Zuleide supunha lhe pertencer quando foi presa por agentes da ditadura militar, em 1970. Talvez por isso a lembrança do corte de cabelo forçado que sofreu no Juizado de Menores seja uma das mais marcantes memórias de Zuleide.
— Aquilo foi uma violência muito forte para mim — afirma ela, aos 49 anos, emocionada.
Zuleide e os irmãos de 2, 6 e 9 anos foram “capturados” no Vale do Ribeira, onde sua família se engajara na luta armada contra o regime. Ali, Carlos Lamarca comandava quadros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Quando o grupo foi preso, as crianças também o foram. Acabaram fotografadas (Zuleide, na imagem ao lado, já com o cabelo cortado), fichadas e tachadas como “miniterroristas” no temido Dops (Departamento de Ordem Política e Social). E foram banidas do Brasil. Ao lado de 40 presos políticos, embarcaram em um avião em direção à Argélia, e depois à Cuba, em uma negociação da esquerda com o governo militar que envolveu o sequestro do então embaixador alemão Ehrenfried von Holleben. O retorno de Zuleide ao Brasil só seria possível 16 anos mais tarde.
— Sou uma pessoa sem identidade. Fui alfabetizada em espanhol. Meus documentos foram cassados, nem sei que dia nasci. Me sinto mais cubana do que brasileira — diz.
A história de Zuleide e de outras 39 pessoas que hoje têm entre 40 e 60 anos e foram crianças durante o regime militar estão contadas no livro “Infância roubada”, recém-lançado pela Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”. O material é uma tentativa de rememorar, a partir dos relatos das vítimas, como o Estado militar tratou os filhos de seus inimigos. São narrativas inéditas de um dos trechos menos conhecidos da história nacional. Em pouco mais de 300 páginas, ilustradas com fotografias e documentos históricos, há depoimentos e contextualizações dos casos.
“Infância roubada” tem valor historiográfico por sugerir um certo padrão de tratamento dispensado pelos militares às crianças. Além de serem banidas, ficaram presas com os pais, participaram de sessões de tortura das mães, como espectadores ou como alvos das sevícias. E tiveram a própria existência ameaçada. É o que relata Paulo Fonteles Filho, nascido em 1972, em um hospital militar. Seus pais foram presos por atividades comunistas. Fonteles conta que o pai assistiu a torturas da mãe, Hecilda, grávida de cinco meses. Antes do nascimento da criança, os agentes teriam dito a ela que “filho dessa raça não deve nascer”. Depois do parto, os militares teriam demorado a entregar o bebê para a família de Hecilda porque não encontravam algemas que coubessem nos pulsos do recém-nascido. “Eles deviam me achar bastante perigoso!”, ironizou Fonteles em seu depoimento.
Zuleide partilha com Fonteles a mesma impressão:
— Tratavam-nos como se o comunismo fosse uma doença hereditária, sem cura. Como se fosse uma praga que pudesse se espalhar pela sociedade. Éramos um risco.
Apesar das semelhanças entre os regimes militares brasileiro e argentino, as narrativas sugerem uma diferença fundamental entre eles no tratamento dispensado às crianças. Se, na Argentina, os militares entendiam os filhos de inimigos como uma espécie de riqueza nacional, uma matéria bruta valiosa a ser moldada para a construção da sociedade que desejavam, no Brasil, o Estado, de inspiração fortemente positivista, foi para o lado oposto. As argentinas presas grávidas eram tratadas com cuidado até o nascimento da criança. Casos de aborto eram raros e acidentais. Depois de nascidos, os bebês eram entregues a famílias da elite militar ou a seus apoiadores. O resultado foi mais de 500 crianças sequestradas e adotadas ilegalmente.
Já as forças repressivas brasileiras parecem ter revivido uma inspiração lombrosiana. O cientista italiano Cesare Lombroso fez sucesso entre a polícia nacional nos séculos XIX e XX ao defender que características físicas hereditárias — tais como o formato da orelha — eram capazes de predizer se um sujeito era louco ou bandido. Ao tratar o comunismo quase como doença congênita, os militares parecem ter flertado com a estapafúrdia teoria. Esta hipótese, discutida por especialistas, ainda demanda estudos mais profundos para ser comprovada ou descartada. A tarefa deve ser facilitada quando forem publicados os relatórios das comissões da verdade em curso.
O segundo trunfo de “Infância roubada” é dar voz a pessoas cuja dor nunca havia sido abordada. Muitos dos que se dispuseram a falar jamais tinham revelado completamente seu passado. É o caso de Eliana Paiva, cujo pai, o ex-deputado Rubens Paiva, foi morto em tortura pela ditadura. Eliana passou 24 horas presa. Durante metade do tempo, teve que usar “um capuz fedorento” que a sufocava. Aos 15 anos, foi chamada de comunista, levou cascudos na cabeça, apertões nos seios.
— Conforme o tempo passava, os agentes diminuíram a agressividade no interrogatório. Intuí que meu pai já estava morto — conta.
Sua prisão, o desaparecimento do pai e o sofrimento contínuo da mãe marcaram sua vida:
— Nunca tinha conseguido contar tudo sobre a prisão. Nem para marido, nem para terapeuta. Mas, aos 59 anos, quero resolver algumas coisas. Falar pode ajudar.

11/11/2014Geledés Instituto da Mulher Negra
 
Fonte:  http://www.geledes.org.br/livro-reune-historias-de-criancas-presas-torturadas-ou-exiladas-durante-ditadura-brasil/#axzz3Iufxo7lP

 

REFORMA AGRÁRIA x AGROECOLOGIA




Assentados da Reforma Agrária buscam conversão para agroecologia no oeste paranaense


 Contando com o apoio, incentivo e a disposição dos profissionais em repassar técnicas sustentáveis de produção, agricultores de diversos assentamentos da reforma agrária, localizados no oeste paranaense, estão em busca da conversão de seus sistemas de produção do convencional para o agroecológico.
Exemplo deste interesse foi a recente palestra realizada no Assentamento 16 de Maio, em Ramilândia, oeste do Paraná, da qual participaram 16 assentados produtores de leite, interessados em converter sua produção. O tema abordado foi o Balanceamento Nutricional para gado leiteiro, com manejo agroecológico e partindo da realidade dos assentados.

“Produtores de Pasto”

Alertados sobre a dependência tecnológica que caem ao agredir o solo com maquinários inadequados, insumos sintéticos e queimadas, os produtores foram instados a virarem produtores de pasto, visto que, quem produz leite são as vacas. E, como produtores de pasto devem preocupar-se com o solo, em mantê-lo vivo, sem sobrecargas que o levem à degradação. 

Além disso, houve ainda uma reflexão sobre a necessidade da suplementação alimentar  para os animais, visto que domesticamos e limitamos os mesmos na expressão de seus hábitos naturais. Segundo a zootecnista Elisa Koefender, ao restringirmos seu espaço e sua alimentação, impossibilitamos o animal de encontrar todos os nutrientes necessários para sua mantença, reprodução e produção. Neste sentido foi realizada uma aula prática de preparo de sal mineral (foto à esq.).
A diversificação das pastagens através do consórcio de gramíneas e leguminosas teve sua importância ressaltada, assim como a adoção do Pastoreio Racional Voisin, método que a quantidade de piquetes é planejada e distribuída de forma que todos sejam dotados de água e sombra, consistindo num sistema de pastagens viável e de bom retorno.
Ressaltou-se neste sentido que cabe ao ser humano proporcionar as condições ideais para o bem estar animal, melhorias na sanidade, na nutrição, o que, por consequência, resultará na produção tão desejada pelo agricultor.

Auto sustento

No último dia  04/11 foi a vez de Marechal Cândido Rondon receber cerca de 35 agricultores assentados da Reforma Agrárias que viram conhecer e trocar experiências. Provenientes dos Assentamentos Antonio Conselheiro Tavares (São Miguel do Iguaçu), 16 de maio (Ramilândia), Santa Izabel (Ramilândia) e Ander Henrique (Diamante do Oeste), todos municípios do oeste paranaense, eles vieram trocar experiências e saber mais sobre a comercialização, produção em pequenas áreas e auto sustento, além da pesquisa voltada à produção de leite, que vem sendo realizada pelo Curso de Zootecnica da Unioeste.

Na ACEMPRE – associação que reúne pequenos produtores de orgânicos, a comitiva foi recebida por Herbert Bier, um dos pioneiros da agroecologia no município, que falou do histórico da entidade e de tudo o que já acumularam de experiências.  Segundo ele, o mercado para alimentos orgânicos é farto. O que falta é produção e organização.  Na oportunidade ele disse da sua esperança de que os visitantes também organizem suas associações e ampliem a produção de alimentos orgânicos.
Na Vila Rural de Marechal Rondon, os assentados conheceram Dona Romilda, que os recebeu com uma galinhada de frango caipira e lhes contou o histórico da Vila, criada em 1999. Ela disse que apesar dos problemas é feliz ali, enalteceu a equipe técnica do CAPA – Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor – núcleo de Marechal Cândido Rondon, pela articulação, motivação e organização da produção orgânica na Vila.

Mudas de forrageiras

Em seguida, terminando o intercâmbio, os assentados foram para a Fazenda Experimental da Unioeste, onde puderam visitar os campos experimentais de forrageiras, e compreender melhor as pesquisas realizadas pela Universidade no que se refere à nutrição de bovinos leiteiros. Muitos assentados levaram mudas de forrageiras, no intuito de melhorar a qualidade de suas pastagens  no assentamento. 
Tais encontros que atendem às demandas dos assentados, têm sido viabilizados com apoio da Itaipu binacional, através de entidades e cooperativas como ADEOP, BIOLABORE, CAPA, ACEMPRE e

UNIOESTE/NEPAL (Nucleo de Estudo na Produção Agroecológica de Leite).

Colaboração: Elisa Koefender



MOSTRA PEDAGÓGICA X SUSTENTABILIDADE



» II Mostra Pedagógica será aberta hoje em Marechal Rondon -



Todas as escolas municipais estarão expondo projetos.
   A Secretaria Municipal de Educação de Marechal Cândido Rondon abre oficialmente hoje, quarta-feira, às 19h30, no Centro de Eventos Werner Wanderer, a II Mostra Pedagógica que neste ano tem como tema a “Sustentabilidade”. A exposição é desenvolvida de dois em dois anos e visa apresentar os projetos desenvolvidos nas escolas durante o ano. Nesta edição todas as escolas municipais e os centros municipais de educação infantil estarão participando, totalizando 35 trabalhos. No transcorrer do dia de hoje a movimentação no Centro de Eventos é bastante grande, pois os últimos detalhes do evento estão sendo ajustados e os trabalhos organizados.
A mostra ficará aberta até sexta-feira, dia 14, às 15h00. A Secretária de Educação, Marta Salete Bendo convida toda a comunidade a participar e explica que “a exposição é dividida em duas categorias, ensino básico e educação infantil. É uma mostra dos trabalhos que são desenvolvidos nos educandários ao longo do ano. Já organizamos um cronograma para que todas as escolas possam prestigiar a exposição."
" Também convidamos os pais e toda a comunidade a participar do evento. Desde já agradecemos a todas as escolas pela participação. Acreditamos que será um evento muito interessante, que apresentará projetos que levem as pessoas a refletirem sobre a questão da sustentabilidade”, destacou a secretária.

Fonte: http://www.mcr.pr.gov.br/noticias/3135

REDES SOCIAIS



Jornalismo profissional domina redes sociais

Em amostra, 61% dos links compartilhados na eleição têm origem jornalística
Levantamento foi feito pela Folha a partir de postagens no Twitter e no Facebook durante a reta final da campanha DE SÃO PAULO
O jornalismo profissional predominou entre os links compartilhados por usuários de redes sociais nas eleições de outubro.
É o que mostra levantamento feito pela Folha a partir de postagens com links no Facebook e no Twitter durante dez dias ao final do pleito brasileiro, quando as redes sociais registraram recordes de interações entre seus participantes.
Na amostra coletada pelo jornal, 61% dos compartilhamentos de links por usuários vieram de conteúdo publicado na mídia profissional --em jornais, portais, TVs, rádios, sites de notícias locais ou imprensa internacional.
Nos dois dias após a eleição, este índice sobe para mais de 70% dos links compartilhados.
"A gente pode dizer tranquilamente que, se não tem mídia, não tem mídia social", afirma Luli Radfahrer, pesquisador da USP e colunista da Folha. Os debates nas redes, diz ele, surgem da cobertura profissional, como repercussão ou crítica. Ele observa, porém, que o papel da imprensa não se encerra mais ao publicar. "Não são mais donos do discurso; são quem inicia a conversa."
Blogs sem produção jornalística profissional tiveram 4,2% dos compartilhamentos. Mais do que isso, quase um terço dos links compartilhados foi de textos ou imagens publicados originalmente em tuítes ou páginas do Facebook.
Nas eleições de 2014, houve uma profusão de sites de campanha feitos visando justamente ao compartilhamento nas redes sociais --como o "Muda Mais", em apoio à petista Dilma Rousseff, e o site oficial do tucano Aécio Neves. Eles tiveram menos de 1% dos links publicados.
Ao longo da campanha, as candidaturas acusaram-se mutuamente de usar robôs (programas que publicam mensagens automaticamente, repetidas vezes) e militantes que usavam perfis múltiplos para inflar seu volume de interações nas redes.

TELEFONE SEM FIO
A proliferação de textos publicados originalmente em redes sociais diz respeito a outro fenômeno: a difusão do uso de dispositivos móveis, especialmente smartphones, para a leitura de informações.
Isso facilita tanto a rapidez da disseminação quanto o caráter informal do que se diz nas redes sociais.
"A velocidade de acesso é também a velocidade de circulação, e isso não é sempre positivo, como vimos com os boatos que circularam", diz André Lemos, pesquisador de cibercultura na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O verdadeiro telefone sem fio possibilitado por essas interações rápidas no celular fez crescerem boatos como o da suposta morte do doleiro Alberto Youssef. Um texto que correu pelo WhatsApp na madrugada do dia da eleição (26) dizia que o doleiro havia sido envenenado, numa "queima de arquivo". Não foi.
Quando boatos se espalham, é também à imprensa profissional que se recorre para verificar a informação.
Quando recebeu o boato da morte de Youssef, às 11h05 da manhã do domingo de eleição, um leitor o enviou ao WhatsApp da Folha. O jornal já sabia que era mentira e preparava notícia. Ao ler a resposta de que o doleiro estava vivo, agradeceu: "Obrigado pela info. Muita fofoca na net".

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/194755-jornalismo-profissional-domina-redes-sociais.shtml

ÁGUA



Novo Manual de Etiqueta: coisas que você não sabia sobre a água… 

 … E por que é importante cuidar bem dela. Há água no País, mas ela deixa de ser um recurso disponível a partir do momento em que não é administrada com a devida atenção. Mudar isso envolve novas atitudes, incluindo as suas.


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Atualizado em 27/6/2014
O novo Manual de Etiqueta do Planeta Sustentável traz informações curiosas sobre a água, que explicam por que é importante lidar com ela de maneira inteligente. Talvez você até já esteja se sentido excessivamente bombardeado pelo assunto, principalmente se você vive na Grande São Paulo. Afinal, o que não faltou neste primeiro semestre de 2014 foram polêmicas e alertas sobre abastecimento, sobre a necessidade de um melhor planejamento, sobre quando essa crise vai passar.
Mas a água é uma questão essencial há tempos. Não se trata apenas de onde ela vem ou como a usamos, como também para onde ela vai depois de passar por nossas plantações, indústrias, escritório, casas, escolas. Ela determina onde e como escolhemos viver. Levantamos, então, alguns fatos que mostram como há muito mais aspectos conectados a ela do que seria de se supor à primeira vista.
Neste Manual, por exemplo, você vai saber que desde a Antiguidade há conflitos – e acordos – em torno do uso da água. Que, se boa parte da água de que dispomos é usada para produzir alimentos, então comer bem, sem desperdícios, já ajuda a poupar esse recurso. Que crianças sem acesso a água tratada e coleta de esgoto rendem menos nas escolas.
O Manual também dedica um bom espaço para falar dos rios invisíveis que correm sob as ruas. Rios e Ruas foi o tema do Planeta no Parque 2014, que aconteceu no finalzinho de maio. Feita em parceria com a mostra e a iniciativa de mesmo nome, aproveitamos o rico conteúdo desse evento para falar que, em São Paulo por exemplo, há mais de 300 rios escondidos, muitas vezes maltratados. Um pouco de esforço e eles poderiam vir novamente à tona, como um espaço de integração da paisagem urbana e seus moradores.
E por aí vai. A publicação, como sempre, contou com a colaboração de jornalistas, designers, ilustradores e especialistas dedicados a levar o debate pela sustentabilidade ao maior número possível de pessoas. O Manual é uma iniciativa tornada possível graças às empresas realizadoras do Planeta Sustentável: Abril Mídia, CPFL Energia, Bunge, Petrobras e Caixa. E contou com o apoio da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), da empresa de tintas Flint, da fabricante de papel e celulose StoraEnso e da Abril Gráfica.
O novo Manual de Etiqueta teve tiragem de 1,23 milhão de exemplares. Leitores de Veja e alguns assinantes de National Geographic Brasil receberam ou vão receber, antes do final de junho, os seus exemplares. Você também pode ler o Manual no site do Planeta.
Baixe aqui o seu exemplar gratuitamente e compartilhe!
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IMPORTANTE
Ao contrário do que está em uma das notas da seção “O movimento da água no planeta” do Manual de Etiqueta, Itaipu é uma hidrelétrica a fio d´água. Segundo o site da Itaipu, “a barragem serve para criar o desnível para o acionamento das turbinas, já que seu reservatório tem pequeno volume quando comparado com a vazão do rio”.

Fonte:  http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-em-acao/novo-manual-de-etiqueta-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-agua/