quinta-feira, 29 de abril de 2010

As perdas do Paraná

O líder da oposição, deputado Elio Rusch(DEM), abordou nesta quarta(28) algumas das perdas sofridas pelo Estado nos últimos anos e fez um comparativo, onde ficou demonstrada a pouca atenção que o Paraná tem recebido do Governo Federal.
Rusch elencou perdas financeiras e também estratégicas, resultado do estilo do ex-governador Roberto Requião e da falta de articulação do Governo Estadual com a bancada federal em Brasília.
Elio Rusch notou que “Minas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro tem, juntos, 25 universidades, enquanto nós temos 1 Universidade Federal e uma Universidade tecnológica(antigo Cefet). Além disso, as 6 universidades estaduais demandam dos cofres do Estado de R$ 600 milhões a R$ 800 milhões por ano. Mas a responsabilidade pela educação superior é do Governo Federal”.
O parlamentar lembra que “o nosso Estado é um dos maiores geradores de energia do país. Temos aqui diversas usinas. Pensando apenas no impacto causado pela Itaipu Binacional, perdemos bastante, pois mesmo o Paraná tendo recebido aproximadamente R$ 1,150 bilhão e os municípios lindeiros mais R$ 1,1 bilhão nós deixamos de ganhar cerca de R$ 10 bilhões ao longo dos anos.”.
O parlamentar falou também da multa pela suspensão do pagamento ao Itaú na negociação do Banestado. Milhões de reais que o Governo do Paraná tenta recuperar. Isto poderia ter sido evitado, não fosse a quebra de contratos e o confronto constante do ex-governador Roberto Requião com o empresariado”.

LITORAL
Ele falou ainda dos prejuízos ao Litoral do Paraná , prejudicado pela falta de dragagem do Porto de Paranaguá , bem como pelo modelo de administração adotado pelo ex-superintendente Eduardo Requião de Mello Silva, irmão do ex-governador Roberto Requião, que não tomou as atitudes necessárias à modernização dos nossos terminais portuários.”.
O deputado Rusch recordou ainda “os entraves criados para a construção de um porto privado em Pontal do Paraná. Enquanto isso os portos catarinenses vivem seu melhor momento. São Francisco do Sul cresce, Navegantes tem novo terminal de conteiners. Itapoá constrói um super-porto”.

SINTONIA
O deputado Rusch cobrou sintonia entre o Governo e a iniciativa privada para que o Paraná possa se desenvolver economicamente. Rusch argumenta que “é preciso deixar o setor privado participar, investir, especialmente em infra-estrutura, enquanto o Estado cuida de áreas importantes como a educação, a saúde e a segurança pública”.
Elio Rusch entende que “também é preciso maior capacidade de articulação em Brasília, para que não aconteça o que ocorreu em 2009, quando a bancada paranaense aprovou emendas parlamentares no valor de R$ 399 milhões, que foram reduzidas, para R$ 166 milhões e hoje sequer sabemos quanto realmente foi empenhado e pago.”.
Na opinião de Elio Rusch “é fundamental que o governador do Paraná, tanto o atual, quanto seu sucessor, que será eleito em outubro, estejam sintonizados com a nossa bancada federal e com os nosso senadores, pois quem ganha com isto é o nosso Estado ”.

Texto: JOSILIANO DE MELLO MURBACH
FENAJ 1408 – Fone (41) 3350-4059

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