sábado, 31 de agosto de 2013

CONCURSO UNIOESTE



Unioeste - PR republica edital de abertura do 11º concurso para Agentes


A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) republicou edital de abertura (nº. 152/2013) do 11º Concurso Público.
Serão contratados 28 Agentes Operacionais de nível superior, médio e operacional. Veja as funções oferecidas:
  • Ensino Fundamental - Auxiliar Operacional;
  • Ensino Médio/Técnico - Técnico em Agropecuária, Técnico em Anatomia e Necrópsia, Técnico em Prótese Dentária, Motorista, Técnico em Biblioteca, Técnico em Segurança do Trabalho, Técnico em Informática, Técnico em Laboratório, Técnico de Manutenção e Cozinheiro;
  • Ensino Superior - Administrador, Engenheiro Civil, Assistente Social e Farmacêutico.
Os profissionais a serem contratados receberão salários que variam de R$ 862,04 a R$ 2.674,04 em jornada semanal de 40h.
Para concorrer, o candidato deve acessar o site www.unioeste.br no período de 2 a 27 de setembro de 2013. A taxa de participação é de R$ 150,00 para Agente Universitário de Nível Superior, de R$ 100,00 para Agente Universitário de Nível Médio e de R$ 50,00 para Agente Universitário Operacional.
Todos os candidatos serão avaliados por meio de prova objetiva que ocorrerá no dia 20 de outubro de 2013, das 14h às 18h, nas cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo, em locais a serem divulgados.
Também haverá prova prática, de caráter eliminatório, para Motorista e Técnico em Prótese Dentária, prova de títulos, classificatória, para as funções de: Administrador; Assistente Social; Engenheiro Civil; Farmacêutico; Cozinheiro; Motorista; Técnico em Anatomia e Necrópsia; Técnico em Agropecuária; Técnico em Biblioteca; Técnico em Informática, Técnico em Laboratório, Técnico de Manutenção, Técnico em Prótese Dentária e Técnico em Segurança do Trabalho.
Este concurso terá a validade de dois anos, contados a partir da data da publicação da Resolução de homologação, no Diário Oficial do Estado do Paraná, pela Secretaria de Estado da Administração e da Previdência, prorrogável por uma única vez, por igual período, a critério da Unioeste.

fONTE: http://www.pciconcursos.com.br/noticias/unioeste-pr-republica-edital-de-abertura-do-11-concurso-para-agentes-operacionais, ACESSO EM 31/08/2013

CRÔNICA POLÍTICA



A votação



 Walmir Assunção*


A votação é secreta, a família que não é. O homem é tão vergonhoso que os desavergonhados só fizeram o concluio com a ajuda da lei: às escondidas. Refiro-me a seus amigos deputados. No entanto a família toda ficou na torcida, em júbilo no plenário diabólico: esposa, filhos e sobrinhos. Todos precisavam dar apoio ao pai ou titio bom provedor. Para que se esconder? Foi decidido pela Câmara que papai ainda é um deputado.

Mas por que não se esconder? Se titio é o pior tipo de presidiário. Donadon está preso, reclamou bastante do banho frio. Só faltou ir de regata para mostrar bem as marcas das algemas. Disse que é tratado como preso comum na Papuda, o que é lamentável, pois Donadon não é preso comum e deve ser muito maltratado.

Declarou-se inocente, o que é um tanto descabido. Garantiu ser evangélico, no que todos nós acreditamos. Ajoelhou-se e rezou após o veredito. Foi decretado que Donadon se manterá um parlamentar. Sua mão decerto é bem pesada. Deputado preso no Brasil, só se for muito desajeitado. 

 A Câmara se personificou na sombra dos votos, tudo para inocentá-lo. Foi preso no exercício da sua função, todos compreenderam. Numa votação secreta sabemos que a dignidade é um detalhe, como em alguns indivíduos. É um bastão que passa de mão em mão sem pouso, sem acusar as mãos vazias dessa dignidade.  O veredito será sempre hediondo e sem culpados pelo veredito.

 Enquanto alguns cumprimentavam o Deputado por códigos, com as sobrancelhas em nossas barbas, a família ficou eufórica na torcida. A filha chegou a pedir para o pai não ir ao plenário, pois talvez fosse mesmo vergonhoso – como se não pudéssemos lhe perguntar sobre o vice-versa.  Será que a filha nunca vestiu uma meia do pai? A família se nega a sair do apartamento na Asa Norte de Brasília. Afinal, para que ter vergonha? Se o pai é bom provedor, vai até o sobrinho.

*Walmir Assunção é cronista, contista e escritor em Curitiba/PR.

COMUNICAÇÃO



Potencial para democratizar a mídia*

A Fundação Perseu Abramo lançou luz sobre um tema que o Jornalismo B sempre teve como prioridade e que vem avançando ininterruptamente como um dos pontos centrais das disputas sociais: a democratização da mídia. Através de pesquisa, com 2400 entrevistados, a Perseu Abramo identificou o que a população brasileira pensa sobre a mídia nacional. Os resultados demonstram, ao mesmo tempo, um grande desconhecimento sobre a estrutura midiática, e uma boa dose de inconformidade ao conhecer essa realidade. Mostram, portanto, que ainda estamos muito longe dessa conscientização fundamental, mas que o potencial para avançar é enorme.
A pesquisa mostra, por exemplo, que a televisão continua como meio de comunicação com maior penetração, mas a internet já alcança os jornais impressos. Por outro lado, o acesso à internet ainda se dá em direção aos grandes portais, ligados aos conglomerados de comunicação que já dominam os outros espaços midiáticos.
Há que se destacar ainda que os entrevistados entendem que os meios de comunicação defendem os interesses dos próprios donos, dos políticos e das elites, mas isso parece naturalizado na medida em que acreditam que as emissoras de televisão são propriedades privadas, e não concessões públicas. Também há desinformação sobre a quantidade de donos desses veículos. Informados de que cerca de dez famílias detêm a maioria deles, a reação é pedir mais diversidade. 71% querem mais regras sobre a programação da televisão.
O contexto retratado deve animar os movimentos sociais e a mídia alternativa a, juntos, avançarem no trabalho de conscientização das classes trabalhadoras sobre a necessidade de democratizar a mídia, sobre o direito à comunicação, sobre a centralidade dessa temática na luta por uma nova sociedade. Podemos avançar, podemos vencer.

*Publicado em por em http://jornalismob.com/2013/08/27/potencial-para-democratizar-a-midia/

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

EXPEDITO, O SANTO MALDITO





Por Júlio Carignano*

Produtos de noites de sexo barato, de grandes porres e da vida errante, os romances do escritor Charles Bukowski tratavam de fantasias e amores épicos. Outros malditos como Truman Capote exploravam os segredos por trás das orgias de milionários, celebridades e socialites, como na obra inacabada "Súplicas atendidas". O beatnik Willian Burroughs, por sua vez, versava com as noites calientes de amantes apaixonados. Não tão 'maldito', o comunista Jorge Amado também escreveu romances históricos, um dos mais conhecidos dele é "Dona Flor e seus dois maridos", publicado em 1966 e posteriormente adaptado as telinhas.
Todas essas históricas contadas por esses grandes autores são descrições extremamente realistas de vidas cotidianas, de pessoas das mais variadas castas sociais, cidadãos comuns, anônimos ou figuras carimbadas das manchetes de jornais. As cidades do interior são prodigas deste imaginário popular. De histórias que passam a fazer parte do folclore de cada localidade: como no dia em que Expeditus, até então um anônimo e disciplinado soldado romano, se tornou um 'santo maldito' no Velho Oeste.
Apesar de ter como pano de fundo um suposto 'romance tórrido', esse breve fato está longe de ser uma obra maldita, também não trata-se de um relato católico-cristão, apesar do foco central ser um santo martirizado.  Já os nomes, personagens e incidentes retratados nesta peça cotidiana são fictícios, mas baseados em fatos reais, sendo que qualquer semelhança é mera coincidência.
Trajado com suas vestes romanas, Expeditus era um pacato soldado que num dia chuvoso decidiu sair a caça de seus próprios demônios. Ligeiro e sorrateiro, seu algoz atendia pelo nome de Vadinho – que não tinha relação alguma com a Dona Flor, mas se orgulhava de carregar em um dos bolsos – junto a um brasão usado como arma de imunidade - um autógrafo da 'Rainha dos Baixinhos'.
Sabendo da fama de Vadinho, que era filho de Exu e, portanto bom de papo e de briga, Expeditus armou uma tocaia em local movimentado do vilarejo. Sem temer o histórico de seu oponente – que segundo os pioneiros provincianos nunca dispensou um bom duelo - o soldado desferiu um único golpe em Vadinho, que acoado 'pinoteou'.
O 'duelo' relâmpago correu a cidade e após aquele dia Expeditus – já com o nome 'aportuguesado'  - passou a ser conhecido como santo. O povo na rua espalhava que "Expedito era santo porque sabia bater" e alta burguesia da cidade (acostumada a somente ver pobre escrachado) não acreditava na notícia que parcialmente via na tevê. Vadinho passou das colunas sociais para as policiais, mas como bom malandro que não cai, nem escorrega, não dorme, nem cochila, não vacilou - seguindo os ensinamentos do mestre Bezerra - e um comunicado oficial disparou.
Já maldito e mal falado, Expedito ganhou devotos que viam nele um santo guerreiro que com um único golpe desferido honrou muitos que sempre contestaram a pose de bom malandro de Vadinho na cidade. Apesar da fama, Expedito foi a masmorra por culpa de uma Maria que não era Madalena, mas que tinha Penha como sobrenome!
Um marciano vindo da ilha castrista que desembarcava no Velho Oeste, atônito com toda a cena sacramentou: "Está cada vez mais down a how society". 
 
em http://sitiocoletivo.blogspot.com.br/, acesso em 29/08/2013
*Júlio Carignano é jornalista e escritor em Cascavel/PR 

CRÔNICA





Sobre nossos médicos



Por WALMIR ASSUNÇÃO*



Sobre nossos médicos


          Pra começar é tudo piá de prédio, já vivem compartimentados em casa - e no quarto; nunca viram um passarinho comer na boca de outro. Depois, na faculdade, estudam o corpo em partes – nossos digníssimos médicos ainda buscam a relação do estômago com o pé. Já formados, são especialistas num órgão só, é claro. Como não podem conversar com o esôfago prescindem de conversar com o paciente – eles olham tua chapa, mas não tua cara, meu amigo. Nunca que saberiam lidar com gente, esse tênue fio que dá vida a todos esses órgãos lustrosos e dourados. Portanto, nada mais natural que pensem assim da Sociedade: compartimentada. Estratificada ao ponto de nordestinos ou nortistas, ou interioranos, ou suburbanos não terem direito a um médico.

           A reação contra os cubanos foi exemplar. Tal relutância lida com algo do período jurássico. É férrea determinada divisa, um coágulo quase intransponível. Aqui e acolá, pra cá e pra lá, aquém e além da cerca, essa é a velha forma de distribuição. Escolhamos a vontade a nomeação das partes. Sei que pra cá virão todas as regalias – pois também sou um trágico piá de prédio, como meus complacentes leitores. 

           Vejamos bem a situação: o Conselho de Medicina em nenhum momento se preocupou com as pessoas que secularmente não têm atendimento. “Secularmente”: isto sim que chamo de estar no tempo e ao relento. O Conselho se preocupa apenas com os aparelhos que não há, como se também não houvesse pessoas. Eu penso, se um médico tende a ser desumano, imagine o Conselho? Deve operar monstruosidades; lidar apenas com equipamentos. Manifestar-se contra outros médicos que se dispõe a trabalhar aonde os nossos não iriam nem no jogo de tabuleiro. 

           Paro por aqui. Em minhas andanças e manquidão por consultórios vi muitas coisas; só não vi tanta empatia.  Peregrinei em hospitais junto com minha mãe tão querida, e não vou começar a falar o que penso de alguns clínicos brasileiros. É arriscado, meu coração não permite. Vi muito nariz alto, estratosférico - com atitude de pandorga. Conversei com vários queixos. Não apelo em minhas orações para não ficar mais doente, mas para não topar com esses doutores empolados. Mesmo assim é uma sorte, um acaso em nosso país, poder desfrutar do seu descaso. É a quina do dado que caiu a meu favor. Não sou eu quem precisa de reforço nas orações.

          O Conselho Médico alega falta de condições em lugares distantes – como se gente não fosse uma condição. Eu peço para que arrumem logo esses consultórios. Coloquem pôsteres do rock ou de luta nos postinhos. O que mais está faltando? Já sei: Shopping Center. Encham a Amazônia de Shoppings.  Construam um em Alenquer. Talvez surjam candidatos. É esta a aparelhagem que está faltando.




*WALMIR ASSUNÇÃO é escritor em Curitiba/PR

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

ALIMENTAÇÃO




Couve, o bife vegetal

Couve-o-bife-vegetal-1.jpg iStockphoto/Thinkstock
 
A couve está sendo chamada de bife vegetal pelo seu poder, mesmo grandioso, de nutrição. Comparada com outras verduras, está num patamar muito superior quando o tema são proteínas. Em tempos de revolução “verde”, onde ambientalistas defendem a redução da criação de animais (já que este seguimento da agro-indústria é tido como um dos maiores contribuintes para o aquecimento global), onde é cada vez maior o número de vegetarianos, e também dos defensores de uma alimentação mais saudável, há alimentos que estão recebendo o título de “futurefood”, ou a comida do futuro. Causa disso, as investigações científicas vêm centrando-se em descobrir quais são os vegetais que podem suprir a alimentação do ser humano de uma maneira mais completa, principalmente em proteínas. Como resultado, a couve já é chamada de bife verde. Além de ser totalmente capaz de suprir o organismo com as proteínas necessárias, contém um arsenal de nutrientes, que são fundamentais para a manutenção da saúde.

Nutrição completa

Inflamações como artrite, doença cardíaca, entre outras condições auto-imunes, estão associadas ao consumo de produtos animais. A couve, assim, é uma excelente alternativa, não só para substituir o consumo de carne (para os vegetarianos), como para que o organismo não sofra deficiência de proteínas (para aqueles que querem descansar o corpo do bife diário). Sendo um dos principais alimentos anti-inflamatórios no reino vegetal, é potencialmente indicada para prevenir, e até mesmo reverter essas doenças.
Por cada caloria, uma folha de couve possui mais ferro que um bife, e mais cálcio que o leite. Contêm grande riqueza em fibra, que é um macronutriente (leia-se que é uma necessidade diária do corpo humano). Quantidade insuficiente de fibras é uma das principais causas de desordens no aparato digestivo. Alimentos ricos em proteína animal, como a carne, possuem pouca, ou quase nenhuma fibra. Já uma porção média de couve garante 5% da ingestão diária recomendada.
Couve-o-bife-vegetal-2.jpg Brand X Pictures/Thinkstock
 
Se um pedaço de carne, normalmente, o que fornece são gorduras saturadas, a couve é rica em Ácidos Graxos Ômega 3, onde a porção média contém 121 miligramas de Ômega 3 e também Ômega 6. É rica em carotenóides e flavonóides, que são antioxidantes.
Os defensores do desenvolvimento sustentável do planeta, e os adeptos da comida saudável e orgânica, apontam outro motivo para que a couve substitua a carne: Couve cresce com facilidade em quase todos os tipos de clima, o cultivo é relativamente simples, seja numa fazenda, seja em casa. Por outro lado, para que se produza 1 quilo de carne bovina são necessários 16 quilos de grãos, 11 vezes mais a utilização de combustível fóssil, e cerca de 2.400 litros de água. Se apesar desta enorme diferença no custo de produção, e de todos os benefícios nutricionais, seu cérebro está achando difícil construir a imagem mental de um churrasco de couve, calma. Enquanto a realidade do planeta permitir que as “futurefood” não sejam obrigação, basta apenas incrementar o consumo deste vegetal, pelo menos para primar pela saúde.



Fontes: http://www.organicauthority.com/health/reasons-kale-is-the-new-beef-nutritious-sustainable.html
http://www.outramedicina.com/1198/couve-o-bife-vegetal


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

SANEAMENTO

 

TRATAMENTOS DE EFLUENTES    


De longa data a humanidade vem apostando na concentração, na centralização e massificação como procedimento padrão na resolução das questões públicas. Ocorre com o fornecimento de água e de energia, com o atendimento ao cidadão, com as estratégias para a drenagem de águas pluviais e também com o tratamento dos efluentes líquidos. Neste último caso, a concentração dos esgotos pode resultar em modificações muito relevantes dos corpos receptores, tanto de vazão como de qualidade da água.

A maioria das cidades opta por sistemas centralizados de tratamento de esgotos, concentrando fluxos hidrossanitários de bacias inteiras em pequenas áreas, tentando tratar de forma massiva e pontual  grandes quantidades de efluente, atendendo aos princípios da economia de escala.  Embora alguns sustentem a impossibilidade de tratar corretamente e de forma individual o efluente de cada unidade habitacional, é necessário que se diga: há possibilidades de tratamento alternativo.

Um dos exemplos é o trabalho realizado por universitários da Universidade Fumec a partir do Projeto Rondon - Operação Carajás, na cidade de Curionópolis-PA, em janeiro 2011.Trata-se da produção de uma fossa séptica de baixo custo para para tratamento individual de efluentes residenciais. A construção desse sistema emprega bombonas plásticas e tubos de PVC, constituindo um sistema trinário para o tratamento de efluentes, conforme esclarece o vídeo abaixo:




Similares a este modelo existem vários, como é o caso fossa séptica biodigestora desenvolvida pela Embrapa, com o intuito de evitar a poluição dos lençóis freáticos nas zonas rurais. De acordo com seu idealizador, Antonio Pereira de Novaes, o efluente apresenta ótima qualidade como fertilizante e, quando não utilizado, passa por um filtro de areia e pedra e retorna cristalino ao solo, isento de coliformes fecais.

Confira nos links abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=QC71ijKfCEI
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=TWqOKBfyYgg

As fossas biossépticas estão presentes também na legislação da cidade de Curitiba-PR, que determina a sua execução em conjunto com um filtro anaeróbio e um fosso sumidouro (onde a permeabilidade do solo permite) ou um clorador. Esse sistema de tratamento deve ser empregado em todas as regiões da cidade em que ainda não haja a possibilidade de ligação a uma rede coletora de esgoto.

Embora sejam soluções parciais, que não eliminam completamente os riscos de contaminação, poderiam proporcionar como efluente uma água de excelente potabilidade caso fossem associadas a zonas de raízes e espelhos d'água devidamente dimensionados. Esses sistemas, também são conhecidos como banhados construídos e funcionam conforme nos explica o arquiteto Alfonso de Pablos:


Como solução intermediária, poderiam ser utilizados sistemas mistos, que atendessem aos novos loteamentos conforme fossem construídos, empregando para isso parte dos terrenos concedidos às prefeituras, áreas públicas que serviriam a um tempo para tratamento de efluentes e lazer da população.

Confira também:

http://www.youtube.com/watch?v=TG4lWEGYjQY


Texto:
Cesar Roberto Scheffler

Fontes:


SALATI, E.S. , Controle de qualidade de água através de sistemas de wetlands construídos.
IDE, C.N.; OLIVEIRA, A.S.; SANTOS, L.S ,Eficiência de banhados construídos utilizando plantas ornamentais. http://www.prp.ueg.br/06v1/conteudo/pesquisa/inic-cien/eventos/sic2007/flashsic2007/arquivos/resumos/resumo142.pdf.
SALATTI, E. , Utilização de sistemas de wetlands construídas para tratamento de águas. http://www.biologico.sp.gov.br/docs/bio/v65_1_2/salatti.pdf
Tratamento de efluentes com plantas aquáticas emergentes-PAE. http://www.biomapampa.com.br/download/Resumo_ETE_Enraizadas_Bioma_Pampa.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=QC71ijKfCEI
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=TWqOKBfyYgg
http://www.youtube.com/watch?v=ZyQW7ndQwEE
http://www.youtube.com/watch?v=0dA526VjZNM

Colaboração:
Maurízio Cúnico Córdova

ILUMINAÇÃO ALTERNATIVA


Brasileiro inventor de 'luz engarrafada' tem ideia espalhada pelo mundo

Alfredo Moser | Foto/Montagem: BBC
Criador e criatura: Moser criou a lâmpada durante a série de apagões que o Brasil enfrentou em 2002 Alfredo Moser poderia ser considerado um Thomas Edison dos dias de hoje, já que sua invenção também está iluminando o mundo.

Em 2002, o mecânico da cidade mineira de Uberaba, que fica a 475 km da capital Belo Horizonte, teve o seu próprio momento de 'eureka' quando encontrou a solução para iluminar a própria casa num dia de corte de energia.
Para isso, ele utilizou nada mais do que garrafas plásticas pet com água e uma pequena quantidade de cloro.
Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou diversas partes do mundo e deve atingir a marca de 1 milhão de casas utilizando a 'luz engarrafada'.
Mas afinal, como a invenção funciona? A reposta é simples: pela refração da luz do sol numa garrafa de dois litros cheia d'água.
"Adicione duas tampas de cloro à água da garrafa para evitar que ela se torne verde (por causa da proliferação de algas). Quanto mais limpa a garrafa, melhor", explica Moser.
Moser protege o nariz e a boca com um pedaço de pano antes de fazer o buraco na telha com uma furadeira. De cima para baixo, ele então encaixa a garrafa cheia d'água.
"Você deve prender as garrafas com cola de resina para evitar vazamentos. Mesmo se chover, o telhado nunca vaza, nem uma gota", diz o inventor.
Outro detalhe é que a lâmpada funciona melhor se a tampa for encapada com fita preta.
Alfredo Moser | Foto: BBC
A ideia de Moser já é utilizada em mais de 15 países onde energia é escassa

"Um engenheiro veio e mediu a luz. Isso depende de quão forte é o sol, mas é entre 40 e 60 watts", afirma Moser.

Apagões

A inspiração para a "lâmpada de Moser" veio durante um período de frequentes apagões de energia que o país enfrentou em 2002. "O único lugar que tinha energia eram as fábricas, não as casas das pessoas", relembra.
Moser e seus amigos começaram a imaginar como fariam um sinal de alarme, no caso de uma emergência, caso não tivessem fósforos.
O chefe do inventor sugeriu na época utilizar uma garrafa de plástico cheia de água como lente para refletir a luz do sol em um monte de mato seco e assim provocar fogo.
A ideia ficou na mente de Moser que então começou a experimentar encher garrafas para fazer pequenos círculos de luz refletida.
Não demorou muito para que ele tivesse a ideia da lâmpada.

Quanto gasta de energia?

  • As lâmpadas feitas com as garrafas plásticas não necessitam de energia para serem produzidas, já que o material pode ser coletado e reaproveitado pelos moradores da própria comunidade.
  • A 'pegada de carbono' - unidade que mede o quanto de CO2 é dispensado na atmosfera para se produzir algo - de uma lâmpada incandescente é 0,42kg de CO2.
  • Uma lâmpada de 50 watts, ligada por 14 horas por dia, por um ano, tem 'pegada de carbono' de quase 200kg de CO2.
  • As lâmpadas de Moser também não emitem CO2 quando 'ligadas'.
Fonte: ONU
"Eu nunca fiz desenho algum da ideia".
"Essa é uma luz divina. Deus deu o sol para todos e luz para todos. Qualquer pessoa que usar essa luz economiza dinheiro. Você não leva choque e essa luz não lhe custa nem um centavo", ressalta Moser.

Pelo mundo

O inventor já instalou as garrafas de luz na casa de vizinhos e até no supermercado do bairro.
Ainda que ele ganhe apenas alguns reais instalando as lâmpadas, é possível ver pela casa simples e pelo carro modelo 1974 que a invenção não o deixou rico. Apesar disso, Moser aparenta ter orgulho da própria ideia.
"Uma pessoa que eu conheço instalou as lâmpadas em casa e dentro de um mês economizou dinheiro suficiente para comprar itens essenciais para o filho que tinha acabado de nascer. Você pode imaginar?", comemora Moser.
Carmelinda, a esposa de Moser por 35 anos, diz que o marido sempre foi muito bom para fazer coisas em casa, até mesmo para construir camas e mesas de madeira de qualidade.
Mas parece que ela não é a única que admira o marido inventor.
Illac Angelo Diaz, diretor executivo da fundação de caridade MyShelter, nas Filipinas, parece ser outro fã.
Foto: BBC
Moser afirma que a lâmpada funciona melhor se a boca for coberta por fita preta

A instituição MyShelter se especializou em construção alternativa, criando casas sustentáveis feitas de material reciclado, como bambu, pneus e papel.
Para levar à frente um dos projetos do MyShelter, com casas feitas totalmente com material reciclado, Diaz disse ter recebido "quantidades enormes de garrafas".
"Nós enchemos as garrafas com barro para criamos as paredes. Depois enchemos garrafas com água para fazermos as janelas", conta.
"Quando estávamos pensando em mais coisas para o projeto, alguém disse: 'Olha, alguém fez isso no Brasil. Alfredo Moser está colocando garrafas nos telhados'", relembra Diaz.
Seguindo o método de Moser, a entidade MyShelter começou a fazer lâmpadas em junho de 2011. A entidade agora treina pessoas para fazer e instalar as garrafas e assim ganharem uma pequena renda.
Nas Filipinas, onde um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza (de acordo com a ONU, com menos de US$ 1 por dia) e a eletricidade é muito cara, a ideia deu tão certo, que as lâmpadas de Moser foram instaladas em 140 mil casas.
As luzes 'engarrafadas' também chegaram a outros 15 países, dentre eles Índia, Bangladesh, Tanzânia, Argentina e Fiji.
Diaz disse que atualmente pode-se encontrar as lâmadas de Moser e comunidades vivendo em ilhas remotas. "Eles afirmam que eles viram isso (a lâmpada) na casa do vizinho e gostaram da idéia".
Pessoas em áreas pobres também são capazes de produzir alimentos em pequenas hortas hidropônicas, utilizando a luz das garrafas para favorecer o crescimento das plantas.
"Alfredo Moser mudou a vida de um enorme número de pessoas, acredito que para sempre"
Illac Angelo Diaz, diretor executivo da fundação de caridade MyShelter nas Filipinas
Diaz estima que pelo menos um milhão de pessoas irão se beneficiar da ideia até o começo do próximo ano.
"Alfredo Moser mudou a vida de um enorme número de pessoas, acredito que para sempre", enfatiza o representante do MyShelter.
"Ganhando ou não o prêmio Nobel, nós queremos que ele saiba que um grande número de pessoas admiram o que ele está fazendo".
Mas será que Moser imagina que sua invenção ganharia tamanho impacto?
"Eu nunca imaginei isso, não", diz Moser emocionado.
"Me dá um calafrio no estômago só de pensar nisso".



Fonte:
Atualizado em  13 de agosto, 2013 - 11:05 (Brasília) 14:05 GMT
Postado no facebook por Marcinha Medeiros

terça-feira, 6 de agosto de 2013

QUESTÃO INDÍGENA



Sequestro relâmpago em Guaíra é recado a indígenas 

e FUNAI



Cacique Inácio teve irmã raptada [foto: Paulo Porto]

Uma escalada de violência sem precedentes contra os povos tradicionais no Oeste do Paraná é iminente. O alerta é do indigenista e vereador em Cascavel Paulo Porto (PCdoB) diante do mais recente ato contra os indígenas na região, registrado na última sexta-feira (02/08) no município de Guaíra, onde uma índia foi alvo de sequestro relâmpago, cárcere privado, além de ser vítima de uma tentativa de abuso sexual.

A denúncia foi formalizada ao subtenente Romualdo Amorim, do 3º Pelotão da PM e registrado no Boletim de Ocorrência 747092/2013. A jovem, irmã do cacique Inácio Martins  – uma das principais lideranças Guarani da região na aldeia Tekoha Marangatu - foi usada para intimidar os indígenas e funcionários da FUNAI (Fundação Nacional do Índio).

Recepcionista na sede da FUNAI, a indígena estava se dirigindo ao trabalho quando foi abordada por volta das 7 horas nas imediações do Hotel Deville Express por três homens em um veículo preto com vidros escuros. Um dos agressores, com luvas de cirúrgicas de borracha, lhe agarrou e obrigou a entrar no automóvel, onde outros dois homens estavam no banco de trás.

Vítima de pressão psicológica, a indígena foi questionada sobre o fato de ser funcionária do órgão indigenista e, ao permanecer calada, foi ameaçada por um dos indivíduos que portava uma arma. Temendo pela vida, a jovem confirmou então que trabalhava na FUNAI, momento em que os agressores deram o seguinte recado: "nós vamos acabar com a FUNAI e os índios, os fazendeiros não vão permitir que vocês fiquem aqui", disse um dos homens, ameaçando lideranças guarani da região.

O trio ficou transitando por um bom tempo com a garota no veículo, até que a soltaram em uma estrada abandonada entre os bairros da Vila Malvinas e Jardim América. Antes disso a jovem ainda teria sido vítima de agressões físicas e abuso sexual.

Em seu relato à PM, a indígena informou que vem sendo cada vez mais constantes as perseguições e tentativas de atropelamentos de índios em Guaíra por homens dirigindo veículos com adesivos que pedem o fim das demarcações de terras tradicionais e a extinção da FUNAI.

Diante de mais um atentato, o vereador Paulo Porto cobra providências das autoridades de segurança pública para que não ocorra um cenário de violência sem precedentes. "É preciso uma ação rápida das forças de segurança, esta ação não pode – em nenhuma hipótese – ficar sem uma resposta exemplar de poder público". Porto teme pela integridade física dos Guarani. "Temos o receio que estas ameaças se concretizem a partir de uma escalada de violência sem precedentes em relação aos povos indígenas na região".

A área de maior tensão na região encontra-se entre Guaíra e Terra Roxa, um dos maiores sítios arqueológicos do Brasil e passagem de reduções jesuíticas. Na região encontram-se 11 ocupações territoriais indígenas Guarani, porém nenhuma área está demarcada. Para o indigenista, esse ódio contra os povos tradicionais tem sido alimentado por uma intensa campanha anti-indígena promovida por diversas entidades de classe da região ligadas a setores ruralistas, em especial os sindicatos rurais patronais da região.