quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

CICLOTURISMO




ARTIGO




Na ponta do iceberg não cabe todo mundo


 

piramideBibiano Girard*, especial para o Jornalismo B

A imprensa defende os seus. Ideologia, ao contrário do que a vasta maioria crê, não existe apenas na esquerda. Se você não assume o discurso pela busca de igualdades, você apoia o lado contrário. Silenciar não é abster-se. Quando você silencia, o lado que está vencendo prevalece. A imprensa da hegemonia tem suas ironias. Gasta minutos e espaço falando de protestos, mas, no fim das contas, pede calma, passividade e aperta o cerco quando a mesma crítica chega ao lucro de seus impérios. Jamais haverá Rede Globo ao lado de manifestações. Jamais a RBS vai procurar abranger de fato as reivindicações populares. No seu tronco, as manifestações lutam contra as mesmas práticas da imprensa antidemocrática. RBS, associações privadas de transportadores públicos e empresários lojistas seguem à risca a mesma e única finalidade: lucrar. Pedir calma e paciência é jogo bonito: bater é feio, quebrar é deselegante. Mas lucrar R$ 80 anuais ilegalmente sobre cada passageiro não parece surpreender os comentaristas. Seria jogo natural do mercado.
Rolezinho não é visita ao shopping, como querem reivindicar os dois maiores jornalões do Rio Grande do Sul em suas edições desta segunda-feira. Correio do Povo e Zero Hora acharam de bom tom o protesto realizado em um shopping da capital. Mas se passar das danças e das cantorias, relembremos junho do ano passado: eles assinam com a polícia. Diferentemente de São Paulo e do Rio, onde as mecas do consumo desvairado fecharam as portas no domingo, em Porto Alegre, como contam animados os jornais, houve dança, sorrisos e música. Praticamente, ambas as reportagens contam como foi a tarde de 20 amigos no shopping. Podem fazer isso todos os dias. Os donos do Moinhos Shopping, parte integrante da elite da capital, jantam com Sirotsky e agradecem. O Correio do Povo, para não ficar para trás, também foi ao ato, que virou passeio, e estampou em sua capa: a paz reina nos shoppings de Porto Alegre. Ainda.
O já esperado ano de 2014 iniciou antes mesmo do que muitos acreditavam. Os rolezinhos foram um tapa na cara tanto da elite, que recrutava milhares de policiais para os defender em junho, quanto dos próprios movimentos organizados. Jovens da periferia invadiram os centros sem pautas formuladas em documentos, nem mesmo prerrogativas pré-estabelecidas. O jogo, agora, é mais bruto. E aí, a camada da sociedade que vive na ponta do iceberg – e que procura não entender os atos de quem sempre viveu afogado na base – leva um susto pela falta de potencial em entender. A manutenção da riqueza nas mãos de poucos provém da ignorância de seus consumidores.
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O que os rolezinhos estão deixando como maior demonstração é a incompetência das elites em entender aquilo que foge de seu controle social. Por favor, jovens pretos, pobres e sempre explorados, pedem as elites: não destruam nossos shoppings. Sem eles, seus pais ficarão desempregados. E só. A imprensa dos barões, como parte relevante da ponta do iceberg, segue o mesmo caminho. Ano passado, pediam manifestações pacíficas. Agora, a onda é mostrar que você faz rolezinho, mas é cordial com as lojas e marcas que, em algum lugar do planeta, estão produzindo com mão-de-obra barata, desumana, quando não escrava.
Manifestação contra o aumento no preço dos transportes não é festa. É pancada no sistema que rouba do trabalhador – o mesmo que percebe seu bolso esvaziando ao entrar no ônibus. A tarifa de ônibus, em Santa Maria (RS), por exemplo, cresceu 122% no mesmo período no qual a inflação foi de 58%. Pois bem: os empresários não sentem diferença alguma ouvindo palmas do lado de fora da sala onde assinam – por mais um ano ilegalmente, sem licitação – o aumento no preço dos transportes. E os donos da Marisa, da C&A ou da Zara, âncoras dos centros comerciais, estão nem aí para rolezinho elegante.
Estar dentro dos shoppings, sem reivindicações drásticas sobre o fim do trabalho escravo ou da exploração sobre funcionários, para eles não faz a menor diferença. Já virou até mote de propaganda camuflada: em nosso shopping você pode ter certeza de sua segurança. Na porta, seguranças provenientes das mesmas localidades dos jovens, barram pessoas amparados no preconceito. Ruim mesmo seria seus escravos se amotinarem. Mas as contas no final do mês nos prendem ao trabalho. O ciclo é fechado e viciado.
Com os amigos empresários da imprensa, fortunas arrecadadas sobre a pobreza geral de seus funcionários acabam parecendo ainda mais naturais. O importante é empreender, diz a mídia, e completa: se você lutar, um dia chega lá. Balela. Como disse Malcolm X, se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar aquelas que fazem a opressão. Nada mais real e atual do que os tempos de rolezinho.
De quem parece a culpa nessa história toda? Dos jovens sem espaço público, filhos de trabalhadores por toda a vida explorados, sem potencial de inserção no básico que um ser humano necessita para viver. Das marcas e dos celulares feitos sobre mão-de-obra escrava, das mortes causadas pela exploração desumana de recursos naturais para a fabricação dos bens eletrônicos vendidos no ocidente, da troca desleal entre valor pago à mão fabricante e custo dos produtos, a mídia não pode falar. Por ela mesma, faz parecido. E ela mesma procura incessantemente a inserção cada vez maior no mesmo sórdido mercado. Seus leitores, que vão ao shopping e compram o produto vendido nas páginas dos jornais, não querem saber de rolezinho. Com uma imprensa traiçoeira, tudo parece muito longe e a culpa jamais é de quem lê. Não queremos rolezinho em nossos ambientes, pedem. Aqui, somos todos civilizados. Deixem que os bárbaros se digladiem no submundo: o que importa mesmo é manter nossa aparência sobre a ponta do iceberg. Para tal, vale manter o grosso afogado na desumanidade velada. Parece não ser, mas é ideologia, e se você não busca enfrentá-la, está afogando alguém embaixo de você.

*Jornalista, redator da revista o Viés.

FONTE:  http://jornalismob.com/2014/01/20/na-ponta-do-iceberg-nao-cabe-todo-mundo/ ACESSADO EM 22/01/2014

sábado, 18 de janeiro de 2014

SOL NO INVERNO CHINÊS



Tomada por poluição, China transmite nascer do sol por gigantes telas de LED, em Pequim









 A poluição atmosférica das cidades chinesas intensifica-se no Inverno, com o aumento da produção das centrais de carvão. Por vezes, o smog arrasta-se durante dias. Ontem, a densidade das PM2.5 – partículas de poluição com dimensão inferior a 2,5 micrómetros – encontrava-se entre 350 e 500 microgramas, quando a quantidade considerada segura pela Organização Mundial de Saúde se situa nas 25 microgramas.


FONTE:  https://www.facebook.com/photo.php?fbid=572405646168796&set=a.391562210919808.92728.390505751025454&type=1&theater ACESSADO EM 18012014

REFORMA AGRÁRIA



Em ano ruim para a Reforma Agrária, agronegócio tem saldo de US$ 83 bi

Do site do MST (por Daniele Silveira, da Radioagência NP):

Em 2013, o agronegócio registrou superávit de US$ 82,91 bilhões. Os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura na última terça-feira (13) confirmam a opção do Brasil por esse modelo de produção agrícola, que alcançou perto de US$ 100 bilhões em exportações. O complexo soja (óleo, farelo e grão) atingiu os maiores índices (US$ 30,96 bilhões), ficando responsável por 31% das exportações. Em seguida aparecem as vendas externas de carnes (US$ 16,80 bilhões), com destaque para a carne bovina. O milho ficou na terceira posição, cujas vendas somaram US$ 6,25 bilhões.

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Se por um lado, a rentabilidade do agronegócio foi um sucesso, não se pode dizer o mesmo da agricultura familiar. Em balanço do ano de 2013, o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, destacou que o Plano Safra 2013/2014 da agricultura familiar representa pouco mais de 20% em relação ao que é destinado ao agronegócio.
Rodrigues ainda ressaltou que “as grandes exportações de commodities promovidas por esse setor permitem ao governo a manutenção da política de geração sistemática de superávit primário, garantindo o destino de recursos orçamentários para o setor financeiro, como o pagamento de juros e serviços da dívida pública”.
Na mesma linha, o coordenador da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Cléber Folgado, avalia que 2013 foi um ano de prosperidade para tudo que está ligado à cadeia produtiva do agronegócio.
“Dois mil e treze foi um ano que a gente podia dizer que para os transgênicos e os agrotóxicos e para aqueles que defendem esse modelo, o agronegócio, as transnacionais, foi um ano bastante vitorioso. Na pauta dos transgênicos nós tivemos alguns projetos que estavam para ser votados na CTNBio e foram adiados. A gente conseguiu alguns adiamentos nesse período. Por outro lado, a gente viu aumentar as áreas plantadas com transgênico.”


FONTE:  http://jornalismob.com/2014/01/15/em-ano-ruim-para-a-reforma-agraria-agronegocio-tem-saldo-de-us-83-bi/ acessado em 18/01/2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

VAGAS DE PROFESSOR NO RJ




UFRJ abre seleção para 238 vagas de professor 



O concurso é para docentes das classes adjunto, assistente e auxiliar
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estará com inscrições abertas, entre 16 de janeiro e 10 de fevereiro, para o concurso de 238 vagas de professor adjunto, assistente e auxiliar em diversos campos das ciências Humanas, Exatas e Biológicas.
Podem participar doutores, mestres e especialistas, dependendo da vaga. O regime de trabalho é de 20 horas, 40 horas ou 40 horas semanais com dedicação exclusiva, com remuneração que vai de R$ 1.914,58 a 8.049,77.
Para mais informações das vagas e dos respectivos campi, acesso o edital nº 460/2013 no Diário Oficial da União.

Publicado por Redator  
Sex, 10 de Janeiro de 2014 00:00
FONTE: http://www.professornews.com.br/index.php/component/content/article/101-carreira-academica/5317-ufrj-abre-selecao-para-238-vagas-de-professor ACESSADO EM 17/01/2014 - Colaboração Lucianod'Miguel 


FÓRUM MUNDIAL DA BICICLETA


Transporte alternativo é o foco

Marco Andre Lima
Paralisia causada pela polio não impede Marlon de pedalar. Atitude dos motoristas é o que mais atrapalha.  

Para esquentar o debate sobre o espaço da bicicleta no trânsito, Curitiba receberá durante o mês de fevereiro o 3.º Fórum Mundial da Bicicleta. O evento foi criado há dois anos em resposta ao atropelamento de um grupo de ciclistas em Porto Alegre (RS). Neste primeiro ano na capital paranaense o evento trará oito palestrantes internacionais para debater soluções alternativas para o problema de transporte nos grandes centros urbanos.

De acordo com os organizadores do Fórum, o evento é uma oportunidade para a cidade buscar um maior equilíbrio no trânsito. “As pessoas dirigem como se fossem donos da rua. O motorista, além de não dar preferência à bicicleta ou pedestres, força a passagem”, diz o coordenador geral da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (Ciclo Iguaçu), Jorge Brand, conhecido como Goura.

Para o coordenador da associação, criada em 2011 para intermediar o diálogo sobre ciclomobilidade com o poder público, desde o início do plano diretor de Curitiba a bicicleta nunca foi pensada como uma alternativa de transporte. “Hoje em dia os ciclistas utilizam muito mais as canaletas dos biarticulados do que as ciclovias”, constata Goura.

Para o coordenador da Ciclo Iguaçu o motivo é simples: “Os bairros e o centro foram ligados pelas canaletas e as rápidas em torno. As ciclovias estão apenas próximas aos parques, ou espalhadas uma das outras”. Outro motivo apontado por Goura para esse uso das vias de ônibus seria a falta de conscientização dos motoristas. “O motorista pensa que lugar da bicicleta é na calçada e não na rua, e não respeita uma distância segura. A consequência é que tem ciclista que se arrisca dividindo espaço com os biarticulados”, diz.

Um dos projetos encaminhados à prefeitura pelo Ciclo Iguaçu pretende acabar com esse risco. “Esse é um problema antigo e como estamos em um diálogo positivo com a prefeitura, sugerimos a criação de uma faixa compartilhada nas vias de fluxo lento em torno das canaletas”, afirma.

Para Goura, essas soluções apenas são possíveis a partir do diálogo e do debate. “O poder público tem o costume de impor, e isso está mudando. O Fórum é uma oportunidade para que as pessoas contribuam com suas experiências e passem a ser mais ativas”, diz. O 3.º Fórum Mundial da Bicicleta ocorrerá entre os dias 13 e 16 de fevereiro. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas através do site da Associação Ciclo Iguaçu a partir de hoje.

Investimentos

O Plano Cicloviário de Curitiba prevê para 2014 a destinação de mais de R$ 90 milhões na área de ciclomobilidade. O investimento deve recuperar a malha viária já existente e ampliar em 300 km as ciclovias. De acordo com o coordenador do Ciclo Iguaçu, o valor é superior a todos os anos anteriores. “Curitiba é de longe melhor que outras metrópoles do Brasil, mas ainda precisa melhorar se quiser continuar sendo referência em soluções de mobilidade”, afirma Goura.

Falta de respeito é maior obstáculo

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Goura, do Ciclo Iguaçu: “Motoristas dirigem como donos da rua”.

Para muitas pessoas a bicicleta vai além do simples lazer e é utilizada como um transporte diariamente. Para outras, vai além do transporte e se transforma em uma questão de superação. Esse é o caso de Marlon Pimentel, de 43 anos, que teve os movimentos afetados pela paralisia infantil e mesmo assim se equilibra todos os dias em cima de uma bike.

Com sua bicicleta sinalizada com um aviso de sua condição, ele atravessa o centro da cidade, passa pela Rua XV, anda pelas ruas e conta que demora até que as pessoas notem que não se trata de um ciclista comum. Marlon conta que o primeiro contato com a bicicleta foi aos nove anos. “Sempre tive problema de locomoção. Por esse motivo quando era pequeno meu primo me levava no cano da bicicleta para todo lugar”, lembra.

Dificuldade


Em pouco tempo Marlon aprimorou seu equilíbrio e desenvolveu uma facilidade em permanecer sobre as duas rodas. “Pedalava apenas com uma perna, mas o mais difícil sempre foi conseguir se equilibrar”, conta. Mas para Marlon, a maior dificuldade em andar pelas ruas da cidade não está relacionada à poliomielite e sim à falta de conscientização dos motoristas. “O risco que eu corro qualquer ciclista corre. Falta uma cultura de tolerância no trânsito”, diz.


FONTE: http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/718440/?noticia=TRANSPORTE+ALTERNATIVO+E+O+FOCO+NO+FORUM+MUNDIAL+DE+BICICLETA ACESSADO EM 17012014

ENERGIA EÓLICA




Projeto Cruviana lança boletim com os primeiros resultados do estudo dos ventos em Roraima

Versão para impressão
Parceria entre o Conselho Indígena de Roraima (CIR), o Instituto Socioambiental (ISA) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o projeto avalia continuamente o potencial para geração de energia eólica na região nordeste de Roraima, onde está a Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
O boletim traz as atividades realizadas nos quase dois anos de projeto e os primeiros resultados do estudo dos ventos. Confira aqui.
Arquivo: 
 
 
 
Fonte: http://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-rio-negro/projeto-cruviana-lanca-boletim-sobre-os-primeiros-estudos-dos-ventos-em-roraima

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

BIOCONSTRUÇÃO




Receita para construir sua casa com suas próprias mãos e gastando pouco

 

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Construir com terra é saudável, ecológico, econômico e muito prazeroso. É como esculpir paredes com as próprias mãos, imprimindo no barro formas, desenhos, texturas, tudo o que a criatividade permitir. Cob, é uma técnica antiga de construção com terra muito usada na úmida Inglaterra, mas também empregada nas áreas mais secas do México e dos EUA.
A mistura, a gente faz com os pés. Sobre uma lona grossa, acrescentamos terra, areia, palha de capim braquiária serragem e água. Depois, já descalços, pisamos sobre a massa, dançando, cantando, dando risada, sentindo uma troca gostosa de energia com a terra. Até que a massa fica mais homogênea, macia, no ponto de fazer pãezinhos. É hora, então, de usar as mãos. Com um punhado da massa, vamos moldando os pães e empilhando-os para dar forma à parede.

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Aí é que entram os detalhes mais gostosos… Como a parede tem que ser espessa – pelo menos, uns 30 centímetros – é possível esculpir nichos para expor livros, artesanato, louça da cozinha ou até servir de armário para as roupas. Também dá para esculpir bancos, sofás, lareiras e aberturas para a luz natural em formatos inusitados, como gotas, flores e estrelas.
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Não há limites para o que se pode fazer com o Cob. Versátil e ecológico, o material tem ainda outras inúmeras qualidades. Ao contrário das paredes de cimento, concreto ou gesso, essas estruturas de terra são vivas porque permitem uma melhor troca do ar interno com o externo. E, como esse processo ocorre lentamente, paredes de Cob proporcionam excelente conforto térmico: mantêm a casa quentinha no inverno e fresquinha no verão. Sem falar que parede de barro filtra o ar que entra na casa, melhorando a qualidade interna do ambiente.
E mais, o Cob é mais resistente a abalos sísmicos e ao fogo, pode ser usada por populações mais carentes porque custa pouco (especialmente se os materiais estiverem disponíveis no próprio terreno), é bonito e ainda dispensa o uso de fôrmas de madeira, já que os pãezinhos são empilhados sem a necessidade de qualquer amparo artificial – o que poupa muitas árvores dês serem cortadas da mata para virar fôrma descartável para a construção (in)civil…
Liberdade e simplicidade são palavras-chave desse tipo de construção. E são também valores essenciais para a construção de um mundo em harmonia com as necessidades do planeta e de cada um de nós. ‘Bora experimentar? Dá pra começar construindo uma casinha para as crianças, um banco para o jardim, uma escultura para a entrada da casa… Chame os amigos e… pés e mãos na massa!


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 FONTE: http://jardimdomundo.wordpress.com/2013/03/27/receita-para-construir-sua-casa-com-suas-proprias-maos/

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

POVOS INDÍGENAS




Investigação jornalística detalha preconceito contra guaranis no Mato Grosso do Sul

O preconceito contra indígenas Guaranis-Kaiowás no Mato Grosso do Sul é tema de investigação jornalística desenvolvida por  Glenda Almeida e Nilbberth Silva com financiamento do Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, do Instituto Vladimir Herzog. Diferentes casos de bullying e racismo foram detalhados nas reportagens no projeto Apartados
Confira o resultado da investigação jornalística utilizando os links abaixo para navegar:



FONTE: http://reporterbrasil.org.br/2014/01/investigacao-jornalistica-detalha-preconceito-contra-guaranis-no-mato-grosso-do-sul/ ACESSADO EM 15/01/2014 - Colaboração: Diogo Oliveira

NUVENS DE VENENO






 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=v2eUR5EyX9w
















segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CULTURA


Justiça autoriza reabertura da Pedreira Paulo Leminski

A Justiça autorizou a reabertura da Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, que está fechada para shows desde 2008 devido a uma liminar.

Ao revogar a liminar, o juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, Eduardo Lourenço Bana, afirma que foram cumpridas todas as exigências do Ministério Público do Paraná (MP/PR) para garantir a segurança e tranquilidade de frequentadores e moradores do entorno da Pedreira em dias de eventos.
“Isto posto, considerando o cumprimento integral, no que se refere aos procedimentos prévios à reabertura da Pedreira Paulo Leminski, homologo o acordo por sentença (...). Pelo que restou decidido, revogo a liminar anteriormente concedida, consignando que a realização dos eventos deverá se dar nos exatos limites do acordo”, decide Bana.
O conjunto de intervenções e medidas necessárias para reabertura da Pedreira para shows foi construído em conjunto pela associação de moradores da região, Ministério Público e Fundação Cultural de Curitiba (FCC).
“Importante destacar a participação do Ministério Público e dos moradores neste processo. A intenção de todos sempre foi no sentido de assegurar que a Pedreira só fosse reaberta com plenas condições de segurança, acessibilidade e conforto. Todas as intervenções feitas pela empresa que hoje administra a Pedreira transformaram o espaço em um dos mais seguros do país”, destaca o presidente da FCC, Marcos Cordiolli.
Em junho de 2013, o prefeito Gustavo Fruet entregou o alvará de liberação das obras na Pedreira Paulo Leminski aos diretores da DC7, empresa concessionária do espaço. De posse do documento, a empresa realizou as obras, que incluíram a instalação de palco e saídas de emergência.
“Quando assumimos, a empresa administradora do espaço já estava selecionada. Mas, foi preciso dar andamento às obras de segurança e fazer as adequações necessárias”, completa Cordiolli.














segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

SUSTENTABILIDADE






 

A cidade com hortas que oferecem alimentos gratuitos a seus moradores

Cidade inglesa é tomada por hortas que oferecem alimentos gratuitos a seus moradores

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Todmorden, a cidade que virou uma imensa horta coletiva (Divulgação)

Todmorden é uma pequena cidade da Inglaterra, na qual seus 17 mil habitantes podem se alimentar de graça. Como? Há cinco anos nasceu o projeto The Incredible Edible Todmorden (A incrivelmente comestível Todmorden), que consiste no cultivo de hortas coletivas em espaços públicos da cidade. Todo alimento cultivado nestes locais está disponível para qualquer morador consumir. E de graça.
São mais de 40 cantos comestíveis espalhados por Todmorden: desde banheiras nas ruas até o quintal da delegacia da cidade, passando por jardins de centros de saúde e do cemitério local. A ideia é incentivar que toda comunidade cultive seus próprios alimentos e pense melhor sobre os recursos que consome.
Demorou dois anos para que a ideia de colher uma fruta, verdura ou hortaliça plantada por outra pessoa fosse aceita pela população. Na primeira reunião eram apenas seis pessoas. Hoje, o conceito já é aceito por grande parte dos moradores de Todmorden e inclusive é trabalhado na escola local. Tal prática ainda trouxe o benefício de estreitar a relação entre vizinhos. Bacana, não é?

 
 
“Não fazemos isso porque estamos entediados, mas porque queremos dar início a uma revolução”, diz Pam Warhurst, cofundadora do projeto, durante sua palestra no TEDSalon, em Londres. “As pessoas querem ações positivas nas quais possam se engajar e, bem no fundo, sabem que chegou a hora de assumir responsabilidades e investir em mais gentileza com o outro e com o meio ambiente”.
Claro que transformar todo espaço público de uma cidade em hortas comunitárias não é tarefa fácil. Mas com empenho e mobilização de vizinhos é perfeitamente possível começar a cultivar em seu bairro!

Colunista : FONTES: http://aboanoticiadodia.tumblr.com/post/48204392246/a-cidade-com-hortas-que-oferecem-alimentos-gratuitos-a; http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/04/a-cidade-com-hortas-que-oferecem-alimentos-gratuitos-a-seus-moradores.html

domingo, 5 de janeiro de 2014

POESIA




Descaminhos

Acabou-se a calmaria...
É tempo, de novo, de inflar as velas!
De lutar...pelejar...navegar!
Serão dragões os moinhos de vento?
Serão dragões?
Ou moinhos de vento?
E se forem moinhos de vento os dragões?
Inócua então, a luta?
Certezas?
Não as tenho...Só dúvidas!




SOFTWARE LIVRE



Uruguai sanciona projeto de lei sobre Software Livre e formatos abertos



O parlamento uruguaio aprovou projeto de lei que regula o uso de softwares livres e padrões abertos na estrutura de governo do país. A ação é resultado do trabalho conjunto da comunidade de software livre no Uruguai, que milita há mais de 15 anos.
O artigo 1 da lei fala sobre a obrigatoriedade do Estado, nos três poderes e em suas representações, distribuir toda sua informação em ao menos um formato aberto, padronizado e livre, além de aceitar todo pedido de informação em formatos abertos. No artigo 2, a legislação estabelece que o Estado deverá sempre dar preferência a licenças livres no momento da aquisição de softwares, sendo obrigatória a justificativa técnica que impeça a utilização de softwares livres no caso de opção por licenciamento proprietário. No caso de desenvolvimento de software pelo governo, este deve ser licenciado como livre e a troca de informações com poder público através da internet deve estar disponível satisfatoriamente em pelo menos um navegador livre. No artigo 3, a lei estabelece que é de interesse público que o sistema de Educação do Uruguai passe a promover o uso de Software Livre.
Em nota, o Centro de Estudios de Software Libre (CESOL) manifestou-se parabenizando o parlamento pela ação. “Este passo em direção à liberdade e soberania é resultado de anos de trabalho da comunidade uruguaia de Software Livre. A nível político, avança a compreensão de que este tema não é técnico, mas de definições estratégicas de políticas de Estado”, declara.
A instituição, assim como a ASL.Org, faz parte da RISol – Rede Internacional de Software Livre.

FONTE: http://softwarelivre.org/portal/uruguai-sanciona-projeto-de-lei-sobre-software-livre-e-formatos-abertos Acessado em 05/01/2014 com a colaboração de Rafhael Fumagali

sábado, 4 de janeiro de 2014

CONCURSO DE FOTOGRAFIA




 Imagens da agricultura familiar camponesa ao redor do mundo

Agroecologia

Em 2014, o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) destacará os múltiplos papeis positivos que a Agricultura Familiar desempenha para as sociedades contemporâneas. Além de ser responsável pela produção de 80% dos alimentos no mundo, conserva ecossistemas e a biodiversidade, produz e reproduz culturas rurais, gera trabalho digno e riquezas sociais que são distribuídas de forma equitativa na sociedade. O Concurso de Fotografia do AIAF-2014 lança mão de expressões visuais visando obter maior reconhecimento e apoio para a Agricultura Familiar Camponesa.
O Concurso Internacional de Fotografi­a AIAF-2014 convida os participantes a submeter fotografi­as que representem o lema da campanha Agricultura Familiar: alimentar o mundo, cuidar do planeta. As imagens inscritas no concurso deverão transmitir a força, o potencial e os desafios da agricultura camponesa, em toda sua diversidade e nos mais variados contextos socioambientais.
Um júri formado por Angèle Etoundi, Bernward Geier, S. Jayaraj, Tomás Munita, Deo Sumaj e Jun Virola selecionará as imagens vencedoras. O prazo para o recebimento de fotografias termina no dia 1º de maio de 2014. Mas agradecemos o envio de fotos com antecedência. O anúncio das imagens vencedoras será feito em outubro de 2014.
O Concurso de Fotografia é uma iniciativa da Rede AgriCulturas e do Fórum Rural Mundial, contando com a colaboração da Associação de Agricultores da Ásia (Asian Farmers Association), da Coordenação Latino-Americana de Organizações do Campo (CLOC)/Via Campesina e da Rede Mais e Melhor (The More and Better Network).
Para saber mais e enviar sua fotografia, acesse: www.agriculturesnetwork.org/photocompetition


Fonte: http://aspta.org.br/2013/12/concurso-de-fotografia-imagens-da-agricultura-familiar-camponesa-ao-redor-do-mundo/ Acessado em 04/01/2014 com a colaboração de Diogo Oliveira

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

ÁGUA




Filtro de barro brasileiro é o mais eficiente do mundo

Pesquisa indica filtro de barro brasileiro como mais eficiente do mundo para purificar a água

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O ‘bom e velho’ filtro de barro brasileiro

Nós, brasileiros, temos provavelmente o melhor sistema de filtragem de água nas mãos. Nada de purificadores, torneira de cozinha com filtros, nem galões com água mineral. O melhor mesmo para limpar a água das impurezas é o bom e velho filtro de barro.
Segundo pesquisas norte-americanas, os filtros tradicionais de barro com câmara de filtragem de cerâmica são muito eficientes na retenção de cloro, pesticidas, ferro, alumínio, chumbo (95% de retenção) e ainda retém 99% de Criptosporidiose (parasita causador de doenças).
Os estudos relacionados ao tema, que foram publicadas no livro The Drinking Water Book, também indicam que esses sistemas de filtro de barro do Brasil, considerados mais eficientes, são baseados na filtragem por gravidade, em que a água lentamente passa pelo filtro e goteja num reservatório inferior.
Considerado um sistema ‘mais calmo’, ele garante que micro-organismos e sedimentos não passem pelo filtro devido a uma grande pressão exercida pelo fluxo de água.
O processo lento é o que o diferencia dos filtros de forte pressão, que recebem água da torneira ou da tubulação, os quais são prejudicados exatamente pela força da água, o que pode fazer com que micro-organismos, sedimentos ou mesmo elementos químicos, como ferro e chumbo, cheguem ao copo do consumidor.

FONTE: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/filtro-de-barro-brasileiro-e-o-mais-eficiente-do-mundo.html

CULTURA



Cargos públicos da cultura ocupados por artistas: consenso na III Conferência Nacional de Cultura



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A cultura é um dos setores mais dinâmicos de nossa economia, além de possuir caracteristicas únicas de transversalidade com outros setores. Foi consenso na terceira conferência nacional de cultura de que um setor com esta complexidade, obrigatoriamente precisa ser gerido por profissionais da área:
Proposta 1.15.
Qualificar a administração pública para fortalecer o Sistema Nacional de Cultura, no que tange ao seu quadro técnico e profissional, nos âmbitos nacional, estaduais e municipais, por meio: a) da garantia de que os cargos da gestão pública de cultura sejam exercidos, prioritariamente, por profissionais formados ou com atuação na área cultural, artística e de patrimônio; b) da realização de concursos públicos para a seleção de profissionais especializados na área, exigindo saberes específicos provenientes dos diversos contextos regionais e locais. c) da qualificação continuada e capacitação. d) da criação de cargos públicos a serem preenchidos e lotados por servidores aprovados em concursos públicos, com perfil e formação pertinentes às demandas específicas e locais, para a área da cultura nas esferas municipal, distrital, estadual e federal. e) Da criação, da implantação e reformulação dos planos de carreira dos servidores do setor cultural. f) da garantia de quadro técnico efetivo nos órgãos e equipamentos culturais públicos; g) Adequar o número de servidores à demanda local.
Veja todas as propostas:
http://cncvirtual.culturadigital.br/wp-content/uploads/sites/6/2013/12/Propostas_Aprovadas_III-CNC.pdf
 Fonte: https://www.facebook.com/ciasandrabaron/ http://culturapoliticacomportamento.wordpress.com/2013/12/03/cargos-publicos-da-cultura-ocupados-por-artistas-consenso-na-iii-conferencia-nacional-de-cultura/?preview=true&preview_id=2&preview_nonce=1973bc01e3&post_format=standard

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

ARTIGO



A análise internacional com uma perspectiva libertária (I)



O ofício de analista de relações internacionais escrevendo em uma publicação como esta é um exercício de didatismo. Por um lado, temos a obrigação de expor o Sistema Internacional como este se apresenta, sendo um jogo de forças onde as instituições multilaterais e a presunção da busca pela “paz e a segurança” muitas vezes são uma forma de congelar as realidades de injustiças em escalas globais. Reforçando esta preocupação, também existe o temor de confundirmos as falas.
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Quando escrevo ou falo em aula ou debate expondo fundamentos dos estudos estratégicos – em geral – e os paradigmas da geopolítica – em particular – escancaro que o pressuposto teórico-metodológico do Realismo não é o meu absoluto. Não concordo que o mundo da vida seja apenas disputa (competição X cooperação) e tampouco entendo o Estado-Nacional como o único ator relevante no cenário mundial.
O mesmo se dá no objeto de estudo. Uma das obrigações do internacionalista hoje é saber posicionar agentes, atores, grupos de interesse, transnacionais, elites dirigentes e sistemas de crenças no macrocenário do Norte da África, Península Arábica, Golfo Pérsico, Oriente Médio e Ásia Central. E, por mais revoltante que seja a Ocupação da Palestina (e o é), assim como a presença das gigantes do petróleo – sempre acompanhada de força naval e serviços de inteligência – não podemos pressupor que quem a estes se opõem têm projetos compartilhados com alguma perspectiva libertaria. As redes integristas sunitas, wahabitas ou salafistas, são indefensáveis do ponto de vista democrático ou humanista, assim como o projeto de poder xiita encabeçado pelo Conselho de Aiatolás do Irã e o seu grupo satélite Hezbollah nada tem de socialista ou libertador.
Não é de hoje que o pensamento de esquerda se perde em meio à disputa entre Estados. Em 1939, após terrível papel na república espanhola, os satélites de Moscou se desdobraram explicando a “lógica” do Pacto Infame (Ribentropp-Molotovo), que assinava o armistício e cooperação entre a Alemanha nazista e a União Soviética de Stálin. Durante a Guerra Fria, estávamos embretados, com a direita localizando-nos como linha de defesa do “ocidente”, debaixo do guarda-chuva dos EUA e os “camaradas” reproduzindo o bloco soviético e a Cortina de Ferro. A opção dos não-alinhados parecia ser a mais interessante, ainda que fosse capitaneada por dirigentes autocratas como o general egípcio Gamal Abdel Nasser. Agora, a tentação é de confundirmo-nos com as projeções russas ou mesmo com uma integração latino-americana que eleja o Plano IIRSA como estratégico. Criticar a supremacia dos Estados Unidos e ser a favor da multilateralidade não é o mesmo que apoiar incondicionalmente governos e regimes.
As relações internacionais entre povos, culturas, grupos de defesa das causas universais, movimentos sociais e organizações de esquerda têm de emergir para além da disputa entre Estados, classes dominantes e elites dirigentes.

A análise internacional com uma perspectiva libertária (II)


Como disse em artigo anterior, o ofício de analista de relações internacionais escrevendo em uma publicação avançada é um ato didático. Para o exercício de análise, a exigência sempre será a separação de vozes e posições. Muitas vezes, a análise vai de encontro ao pressuposto normativo. Ou seja, dizemos aquilo que nos é apresentado como visível e não o que desejamos. É a eterna colisão entre o ser e o dever ser. Para infelicidade teórica e desgraça dos povos, as esquerdas confundem-se todo o tempo, variando de uma filosofia política abstrata para um cinismo resultado de derrotas históricas e falta de possibilidades amplas. Isto ocorre, de forma rotineira, em duas áreas e interdisciplinas das Relações Internacionais onde atuo: os Estudos Estratégicos (com ênfase em Geoestratégia e Geopolítica) e na Economia Política Internacional (com ênfase na crítica a Globalização Financeira e em prol da Economia do Desenvolvimento).
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Assim como é impossível não nutrir simpatias pelos países outrora não-alinhados, tampouco é razoável aderir a propostas de sociedades baseadas no culto à personalidade, liderança carismática e autocráticas. O mesmo se dá no campo da produção, circulação, distribuição, usufruto e descarte de bens e recursos materiais, virtuais, físicos ou simbólicos. Fazer a crítica de como este processo desenvolve-se em escala global no modo capitalista de produção, a crítica da economia política original, não significa aderir a teses de capitalismo de Estado (vulgo “socialismo” real) e nem de longe considerar justos os sistemas de mal menor ou pesos e contrapesos.
A multilateralidade no Sistema Internacional é uma necessidade, portanto a Organização Mundial de Comércio (OMC) é a menos injusta da tríade que organiza a mundialização financeira. Afirmar isso e considerar que a presença do diplomata brasileiro Roberto Azevedo como diretor-geral da OMC é um trunfo para o Brasil e os países do G-20, não significa que considere como aceitável o patamar de desenvolvimento proposto neste órgão. É válido como uma alternativa dentro do capitalismo globalizado, mas isso nem de longe se assemelha a qualquer tipo de internacionalização da produção no rumo do desenvolvimento sustentável, incluindo povos e culturas ancestrais.
O problema é que por vezes a crítica é mais urgente do que a proposição.  É preciso barrar a contraofensiva neoliberal; dissecar a criminosa Bolha Imobiliária de 2008 e suas terríveis consequências para o mundo, em especial para os direitos sociais duramente conquistados na Europa. Qualquer espaço tomado dos bancos, das agências de análise de risco e suas parceiras de informação planetária, dos grupos e fundos de investimento assim como toda a malha especulativa, sempre será algo positivo para o planeta. Mas, insisto. Isto não significa em aderir a teses keynesianas, artificialmente separando o capital produtivo do fictício. Criticar a economia bandida não é o mesmo que aderir a um “capitalismo mais humano”, se é que isso é possível.

*Cientista político e professor de relações internacionais (www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com)
Bruno Lima Rocha*, especial para o Jornalismo B 


FONTE: Publicado em http://jornalismob.com/2013/12/28/a-analise-internacional-com-uma-perspectiva-libertaria-i/ Acessado em 01/01/2014