sábado, 28 de agosto de 2010

Vacina antirábica


A Secretaria Municipal de Saúde, por intermédio do Departamento de Vigilância Sanitária, de Marechal Cândido Rondon mostrou-se preocupada com as reações ocorridas em alguns animais após a vacinação antirábica. Em virtude disso, o diretor da Vigilância Sanitária, Valdir Ost, e sua equipe procurou mais informações sobre o assunto junto ao Ministério da Saúde do Estado. Este, enviou ao departamento Nota Técnica, nº 28/2010, que esclarece a vacina contra raiva canina e felina em cultivo celular.
Valdir Ost informa que em caso de morte do animal constatado pelo veterinário o mesmo poderá emitir o laudo do atestado de óbito ao Ministério da Saúde. Além disso, todos os casos devem ser comunicados à Vigilância Sanitária que está a disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre o assunto.

Nota Técnica

Em complementação a Nota Técnica nº 25, de 12 de agosto de 2010, o Ministério da Saúde esclarece que a campanha de vacinação antirábica animal deve ser mantida em todo o território nacional. Não há evidências, até o momento, que os eventos adversos apresentados justifiquem a interrupção da campanha, pois os mesmos estão abaixo do relatado na literatura internacional e do produtor. O segundo ponto destacado na nota é que a não vacinação de animais contra a raiva representa um risco para a vida da população, pois podem gerar a ocorrência de casos humanos que possuem taxa de lentalidade próxima de 100%.
Das informações disponíveis, houve comunicação ao Ministério da Saúde da ocorrência de nove eventos graves (oito mortes): na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro (2 casos), nos municípios de São Paulo/SP (4 casos) e Guarulhos/SP (3 casos) em um total de 309.031 animais vacinados, sendo cães e gatos, correspondendo a uma taxa de 0,0029%. Entretanto, outros seis estados que também utilizam o mesmo lote da vacina bem como outros municípios do Rio de Janeiro e São Paulo não relataram eventos adversos graves até o momento. Outros quatro estados que receberam a mesma vacina também não relataram ocorrência de eventos graves.
Esses eventos estão abaixo da taxa esperada pelo produtor (0,01%) e pela literatura internacional (em estudo realizado com total de doses aplicadas em clínicas privadas nos Estados Unidos em 2002 e 2003 se evidenciou uma taxa de eventos graves de 0,445%) e podem estar associados a resposta individual de cada animal, condições de armazenamento e aplicação do produto, tais como: hipersensibilidade do animal à compostos da vacina, local de conservação, manejo do animal no momento da aplicação, doenças concomitantes, idade, número de doses aplicadas, tipo de agulha e seringa, via de administração.
A vacina antirábica, utilizada atualmente é produzida em cultivo de células, cuja resposta imunológica é de um ano. A vacina de cultivo celular é a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e utilizada em diferentes países. Desde 2003, o laboratório produtor tem registro e licença no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e comercializa o produto no país na rede privada de clínicas veterinárias. As vacinas antirábica caninas disponibilizadas no Sistema Único de Saúde são submetidas pelo laboratório produtor a todas as provas de controle de acordo com as normas e exigências do MAPA. Além disso, são reavaliadas pelo laboratório oficial de controle de qualidade do Ministério da Agricultura.
A partir de evidências que demonstrem que os eventos adversos ocorridos estejam superiores aos encontrados em literatura ou em outros países, o Ministério da Saúde e o MAPA tomarão as medidas cabíveis necessárias. O Ministério da Saúde mantém a recomendação de que eventuais eventos adversos graves, em especial morte ou reação anafilática, possivelmente associados a vacina sejam comunicados e devidamente investigados.  



Assessoria de Imprensa

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