segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Curral Eleitoral? Que irresponsabilidade!

Opinião!

Estamos de novo num período pré-eleitoral. Em plena campanha política, com matérias e notícias sobre as campanhas, o pleito, as normas, leis e tudo o mais que rege e participa deste que é um dos mais cabais exemplos da democracia: o voto do eleitor que vai escolher seus representantes para fazer cumprir as leis existentes, adequar as antigas, elaborar novas e necessárias, e, por fim e mais importante, conduzir o país nos próximos quatro anos.

Mas é preciso muita, mas muita responsabilidade quando se está a descrever o que cada candidato, a qualquer um dos cargos eletivos de uma eleição, diz, quer ou espera do pleito. E quem descreve tais situações é o jornalista, trabalhe ele em que tipo de veículo for, radiofônico, impresso, televisivo ou na web, esta última uma versão que não pode nem mesmo comercializar seus espaços, criados com o mesmo fim, ou objetivo, que é o de informar, seja esta informação paga ou não.

Mas, enfim, o objetivo deste é falar sobre a responsabilidade do redator ao editar uma matéria jornalística, que tem o dever, antes de qualquer outra coisa, de ser coerente e honesta, tanto para com o entrevistado, como para o leitor.

Recentemente, vimos esta responsabilidade ser vilipendiada num dos veículos de nossa cidade, ao tacharem, numa linha de uma matéria de página inteira de um jornal impresso, toda a base eleitoral de um determinado candidato à deputado estadual, de “gado”, no momento em que a classificaram de “curral eleitoral”.

Vejam bem, gente! Curral eleitoral? Veja se isto é coisa que um jornalista, diplomado, escreva, e pior, seja publicado, num jornal que se diz de bom senso. Completamente absurdo. Extremamente absurdo.

Pobres eleitores do tal deputado, tachados de gado. Curral ampliado, segundo a matéria, para esta eleição. Conhecendo o deputado, sabemos que ele não os vê como tal, pelo menos na retórica, no discurso. E ficamos indignados de ver a informação, que tem missão de ser elucidativa, clara e coerente, ser, assim, tratada de forma tão irresponsável, leviana e sem nenhum critério ou coibição dos erros, por parte dos responsáveis por ela.

Uma lástima, para todos os eleitores brasileiros. Pois, se isto acontece aqui, onde todos julgam que vivamos no primeiro mundo, embora seja o do agrobusiness, imagino como isto deve ser regra nos lugares onde o Brasil ainda é terceiro mundo.

Pior para todos nós, pois, embora possa não parecer, dada a sua continentalidade e a sua diversidade, o Brasil é um só.

Curral eleitoral? Aqui? No oeste do Paraná? Nossa! O que será que diriam os decanos arenistas? Certamente concordariam plenamente.

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