quinta-feira, 26 de maio de 2011

PABLO NERUDA/POESIA


Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.


Pablo Neruda

Professora da Unioeste realiza exposição de arte

A professora Edy das Graças Braun, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Toledo, está realizando a exposição de arte: “Exercício de aula” e tem como tema os barcos. Ao todo são 30 trabalhos que foram produzidos por meio da técnica de espátulas livres e leitura de borões. A exposição está sendo realizada na Galeria Alkinder Sardo, na rua Guarani, 2106, no Jardim La Salle, ao lado do Colégio La Salle, em Toledo, e ficará a mostra até o dia 03 de junho, das 8 às 11h45 e das 13h30 às 18 horas.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

Mestrado em Geografia em MCRondon

Aula magna acontece no dia 8

O Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) do Campus de Marechal Cândido Rondon realiza no próximo dia 08 a aula magna do Mestrado em Geografia. O tema: “Método e Realidade em Geografia” será abordado pelo professor Ruy Moreira, que atua na Universidade Federal Fluminense. A aula está marcada às 19h30, na sala do Tribunal do Juri do Campus de Rondon.
A aula magna marca a abertura das atividades do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Campus de Marechal Cândido Rondon. O programa tem como área de concentração: “Espaço de fronteira: território e ambiente”. Segundo destaca o coordenador do programa, professor doutor João Edmilson Fabrini, “o espaço de fronteira se constitui na temática central do mestrado em Geografia do Campus de Marechal Cândido Rondon. Este espaço de fronteira é abordado na sua dimensão territorial construída a partir de múltiplas relações políticas, sociais, econômicas e culturais. A dimensão ambiental do espaço de fronteira é abordada a partir comunicação entre a natureza e as práticas sociais”.
O Programa de mestrado de Geografia conta com duas linhas de pesquisas. A primeira contempla a “dinâmica territorial e conflitos sociais em espaço de fronteira”. Esta linha permite a abordagem de temas diversos tais como mobilidade populacional e do trabalho, desenvolvimento econômico e regional, políticas públicas, relações de trabalho, planejamento e processo de urbanização, questão agrária, conflitos e movimentos sociais no campo, brasiguaios, violência e atividades ilícitas na fronteira.
Outra linha é: “Dinâmica e gestão ambiental em zona subtropical” e contempla temáticas como a geomorfologia, os ambientes fluviais, a gênese e a evolução dos processos erosivos, o uso e manejo dos solos urbanos e rurais, mudanças climáticas e riscos ambientais. Aborda também estudos sobre as problemáticas sócio-ambientais, tais como ordenamento territorial, unidades de conservação e áreas de preservação permanente, em especial, àquelas encontradas na fronteira.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Elio Rusch comemora aprovação do Código Florestal


         O deputado estadual Elio Rusch, líder do DEM na Assembléia Legislativa do Paraná, ocupou a tribuna nesta quarta-feira para destacar a aprovação do Código Florestal na Câmara Federal.
            Para Rusch “foi a vitória do equilíbrio, do bom-senso e se chegou a uma legislação que possibilita ganhos expressivos para o nosso país. Prevaleceu o relatório do deputado Aldo Rebelo(SP), que procura criar as condições necessárias, tanto para a preservação ambiental, quanto para a produção agropecuária”.
            Rusch entende que “o novo Código Florestal foi amplamente debatido e agora temos uma legislação ambiental atualizada. Obviamente não é perfeita, mas moderniza bastante a que tínhamos até hoje. Agora o tema passa para a esfera do Senado e, por fim, será submetido à sanção da presidente da República”.
            Elio Rusch nota que “a Câmara Federal demonstrou sua independência e votou majoritariamente em favor do relatório do deputado Aldo Rebelo, mostrando que os interesses nacionais estão acima dos lobies das grandes organizações não-governamentais(ONGs) internacionais e das pressões do Governo”.
            APPs
            O parlamentar ressaltou a solução para a questão das Áreas de Preservação Permananente, pois pela nova regra o proprietário poderá considerar integralmente as APPs no cálculo, se isto não provocar novo desmatamento.
            Segundo Rusch “é preciso destacar a atitude corajosa da maioria da Câmara Federal, que se mostrou mais preocupada com a resolução de um dos grandes problemas de insegurança jurídica do nosso país, do que com as pressões do Governo Federal, do Greenpeace e outras Ongs internacionais”.
            Ele também espera que “a presidente Dilma Rousseff respeite o que for aprovado pelo Congresso Nacional e não vete o Código Florestal, a fim de que não se demore ainda mais na solução desta matéria”.

TEXTO: JOSILIANO DE MELLO MURBACH

Unioeste/MCRondon



Biblioteca vai ganhar sistema antifurto

O repasse da segunda parcela do convênio 01.08.0391.00, firmado entre a FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a Funiversitária e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná vai permitir a instalação de um moderno sistema antifurto na biblioteca dos campi de Marechal Cândido Rondon (foto), de Toledo e de Cascavel. Na segunda fase de execução do projeto também serão adquiridos equipamentos nacionais e bibliografias para os campi de Toledo e Cascavel.
O convênio é referente ao projeto institucional “Modernização e Inovação da Infraestrutura de Pesquisa e Difusão de Ciência e Tecnologia dos Programas de Pós Graduação Stricto Sensu da Unioeste”, com valor total de R$ 1.384.778,00, sendo que a parcela agora liberada é de R$ 632.662,66 (seiscentos e trinta e dois mil, seiscentos e sessenta dois reais e sessenta e seis centavos), destinados à compra de equipamentos nacionais, material permanente e outros itens.
Segundo o coordenador do projeto institucional, professor Paulo José Koling, nesta semana, em reunião com os coordenadores dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu vinculados ao projeto (Educação, Letras, Filosofia, História), foram dados os encaminhamentos para que o Plano de Trabalho referente à segunda parcela seja executado.
Esses investimentos são fundamentais para a verticalização do ensino e da pesquisa desses programas, e demonstra a capacidade de financiamento que a Unioeste possui e de execução dos convênios.


AMdeC -Comunicação Social/Unioeste
Campus de Marechal Cândido Rondon

segunda-feira, 23 de maio de 2011

JOSÉ SARAMAGO/POESIA

Passado, Presente, Futuro  
 
Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

MANIFESTO DO XXIX FORPROEX SOBRE O PROJETO QUE PREVÊ MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO




O Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras, que integra as Universidades e Institutos Federais, Estaduais e Municipais, em seu XXIX Encontro Nacional realizado em Maceió entre os dias 15 e 17 de maio de 2011, e ouvindo suas câmaras técnicas regionais de meio ambiente, além de ecólogos e pesquisadores da área ambiental de suas instituições, expressaram seu total desconforto e constrangimento diante da sociedade brasileira em geral e da academia deste país em particular, no que se refere ao modo pelo qual a proposta de alteração no Código Florestal Brasileiro está sendo conduzida.
Um país que apenas no último século já destruiu mais de 95% da mata atlântica, mais de 80% do cerrado e cerradão brasileiro, além de aproximadamente 20% da floresta amazônica, não pode colocar mais nenhum m2 da nossa diversidade biológica em risco. A possível destruição dos remanescentes de florestas aumenta os riscos de crise nos ricos ecossistemas brasileiros, ameaçando o maior patrimônio de água doce do mundo, aumentando o CO2 da atmosfera, contribuindo para a aceleração das mudanças climáticas, para o desequilíbrio da biodiversidade, ameaçando todas as formas de vida de nosso planeta, inclusive as reservas que se constituem no habitat de povos cuja origem local remonta a mais de 30 milhões de anos presentes em nosso território.
Não somos e nunca fomos proprietários do patrimônio genético que se encontra em nosso território nacional, somos sim responsáveis pela sua preservação e pelo seu cuidado, inclusive por respeito e ética àqueles que estão por nascer.
Deste modo, o coletivo de Pró Reitores do FORPROEX apela ao Congresso Nacional, ao Governo Federal, ao setor empresarial brasileiro e multinacional que se encontra em nosso território, à sociedade civil organizada, a colaborarem na construção de um Código Florestal que esteja baseado no princípio da sustentabilidade, em cuja construção a academia brasileira terá o imenso prazer de contribuir. Apelamos também ao Ministério Público, para que assuma por inteiro a sua responsabilidade fiscalizadora enquanto há tempo de proteger o que resta do patrimônio genético dos ecossistemas brasileiros.
Reiteramos nosso apoio aos acordos e documentos planetários de que o Brasil é signatário, como: A Agenda 21, A Carta da Terra, a Convenção da Biodiversidade, o Protocolo de Quioto, entre outros tantos, que estão sendo ignorados por este projeto de mudanças no código florestal, que propõe o fim de reservas ambientais em pequenas propriedades, que ameaça a Amazônia Legal, que é conivente com o desmatamento e com os crimes cometidos contra as florestas.
Finalmente, apelamos ao bom senso, à paralisação imediata da tramitação do relatório Aldo Rebelo, da transparência dos conteúdos das propostas encaminhadas para votação, da retomada das discussões entre parlamento e a sociedade, de forma a aprovar um projeto que realmente permita produzir com sustentabilidade.

Prof. Dr. Cipriano M. de Vasconcelos
Presidente do FORPROEX

Profa Dra Sandra F. de Deus 
Vice- Presidente FORPROEX           
 
 Prof. Dr.  Wilson J. Zonin       
Coord. Meio Ambiente FORPROEX
   
Equipe de trabalho para elaboração deste texto:
Prof. Dr. Wilson Zonin – Pró-Reitor de Extensão da UNIOESTE – PR - Coord. Nacional de Meio Ambiente do FORPROEX.
Profa Dra Blandina Felipe Viana – UFBA/BA – Coord. Regional Nordeste de Meio Ambiente do FORPROEX
ProfaDra Daniela Rocha Teixeira– UNIFEI/MG – Coord. Regional Sudeste de Meio Ambiente do FORPROEX
Prof. Dr. Mohamed Habib- Pró-Reitor de Extensão da UNICAMP - SP
Prof. Dr. Gumercindo Lima- Pró-Reitor de Extensão da UFV- MG
Prof. Dr. Rogério Macedo - Pró-Reitor de Extensão da UENP - PR
Prof. Dr. Raimundo Souza - Pró-Reitor de Extensão da UFRA- PA
Profa Dra Rita Lamberti - Pró-Reitora de Extensão da UFGD- MS
Profa Dra Francisca de Lima - Pró-Reitora de Extensão da UESPI- PI
Profa Dra Danúsia Oliveira - Pró-Reitora de Extensão da UEG- GO
Profa Dra Juliana Mattiello- Pró-Reitora de Extensão da UNEMAT – MT

Filosofia promove Semana Acadêmica no Campus de Toledo

Evento tradicional, estando em sua 14ª edição, a Semana Acadêmica do curso de Filosofia do Campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) será realizada entre os dias 30 e 31 de maio e de 1 a 3 de junho.

Por meio da Semana Acadêmica são promovidos debates importantes sobre os mais variados temas de filosofia e, nos últimos anos, com ênfase no ensino de filosofia no Ensino Médio, principalmente depois da conquista da obrigatoriedade.

A Semana Acadêmica busca estimular o debate sobre o ensino de filosofia a partir da realidade regional e do curso de Filosofia da Unioeste, bem como fortalecer o diálogo entre Universidade, escolas e órgãos oficiais da região, como Núcleos de ensino, tendo em vista a temática do ensino da filosofia e as pesquisas relevantes na área.

O evento pretende também diagnosticar os principais desafios pedagógicos referentes ao ensino de filosofia no ensino médio e suas possíveis implicações para o curso de Filosofia da Unioeste e oferecer evento com caráter de aperfeiçoamento aos professores que atuam no ensino de filosofia na rede estadual (ensino médio e universitário) e privada na região Oeste do Paraná.

Neste ano, além das palestras e apresentação de comunicações, o participante poderá frequentar as diversas oficinas que serão oferecidas, bem como montar uma oficina direcionada aos alunos do Ensino Médio, que neste ano terão uma participação maior no evento.

Inscrições

Assim, os interessados em participar na 14ª Semana Acadêmica de Filosofia poderão se inscrever como ouvintes ou para apresentar comunicações. A taxa de inscrição é de R$ 10,00 e poderá ser paga no início do evento no credenciamento, estando isentos da taxa de inscrição os acadêmicos do curso de Filosofia e outros que apresentarem comunicações.

Os trabalhos de comunicações devem ser submetidos até este dia 22, de acordo com as normas estabelecidas. Serão aceitas comunicações sobre as pesquisas acadêmicas na área de Filosofia, bem como sobre a temática do ensino de Filosofia. As comunicações serão de 15 minutos, seguidas de debates de 10 minutos.

Normas

Cada participante poderá submeter apenas um trabalho no evento. A submissão dos trabalhos deve ser feita até o dia 22, no endereço eletrônico sem.filosofia@gmail.com. Para facilitar a inscrição, no assunto do e-mail escreva "Nome do candidato - Título da comunicação", além disso, o nome do arquivo anexo deverá conter "Nome do Candidato - Título da Comunicação.doc".

A proposta de resumo expandido ou texto completo deve seguir rigorosamente as normas para submissão, caso contrário, o comitê científico poderá devolver ou rejeitar o trabalho. Os resumos expandidos e textos completos serão publicados em CD, nos anais do evento, enquanto a confirmação e o resultado serão divulgados por e-mail para cada proponente após avaliação do comitê científico.

Assessoria de Comunicação Social

sexta-feira, 20 de maio de 2011

POESIA/CECÍLIA MEIRELES

SONETO ANTIGO

Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.

Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.

O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.

Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.


Cecília Meireles - Poetisa brasileira - 1901/1964

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Natureza e Corrupção! A natureza como matéria de negociatas!

Mais do que antes, o código florestal virou objeto de negociatas!
Para evitar o chamamento do ministro chefe da casa civil, Antonio Palocci, ao Congresso no intuito de prestar esclarecimentos sobre a forte suspeita de enriquecimento ilícito que recai sobre ele, o governo aceitou votar e aprovar o relatório do Código "da morte" Florestal apresentado na seção passada por Aldo Rebelo!
É, agora a natureza também virou produto comercial nas negociatas dentro dos corredores do congresso!
E é dessa maneira que os Ruralistas pretendem aprovar o código, o governo aprova o código e os ruralistas aprovam a corrupção! Pois é, como se costuma dizer por aí: "Uma mão lava a outra!"

Segue a reportagem completa disponível no site do Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBDU):


Governo aceita votar Código Florestal para evitar convocação de Palocci
[19/05/2011 11:45]

Em negociação com líderes da oposição, Governo Federal se compromete a
votar, sem modificações, projeto que causou polêmica na semana passada
por haver sido alterado pelo relator minutos antes da votação. Acordo
inclui, ainda, apreciação de emenda do deputado Paulo Piau (PMDB/MG)
que, na prática, acaba com a proteção a áreas frágeis no país.



Após quatro dias de exposição pública de um de seus principais
integrantes, o Governo Federal acatou a chantagem dos partidos de
oposição. Em troca de não convocar ao Congresso Nacional o
ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e do fim da obstrução à
votação de medidas provisórias que, dentre outras coisas, dão isenção
fiscal para compra de material usado em usinas nucleares e afrouxam as
regras de licitação para as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o
Governo fechou acordo para votar, na próxima terça-feira, o projeto de
flexibilização no Código Florestal.

O anúncio ocorreu poucas horas depois de o próprio Governo Federal
soltar os últimos dados oficiais sobre desmatamento na Amazônia, que
apontam um crescimento vertiginoso nos primeiros meses deste ano,
especialmente no Mato Grosso, onde cresceu 43% entre agosto de 2010 e
abril de 2011. Esses dados corroboram a análise feita pelo Imazon, que
identificou um aumento explosivo do desmatamento naquele estado em
abril deste ano (537% maior do que em abril de 2010). Há duas semanas
o Instituto Centro de Vida – ICV já havia anunciado que o desmatamento
em Mato Grosso havia explodido nesse começo de ano, devido sobretudo à
expectativa de muitos produtores rurais de se beneficiarem da anistia
que vem sendo prometido pelos líderes do setor com a aprovação das
alterações no Código Florestal.

Análise feita pelo ISA e outras organizações da sociedade civil mostra
que o texto que será votado é um grande retrocesso ao país. Além de
manter ocupações insustentáveis em áreas de preservação permanente
(como pecuária em encostas e topos de morro), incentivar novos
desmatamentos ilegais em reserva legal e isentar a recuperação de
reserva legal para todos os imóveis de até quatro módulos fiscais,
dentre vários outros pontos graves, ele é cheio de lacunas e
contradições, o que tornará quase impossível sua aplicação caso venha
a se transformar em lei. Só com isso as metas nacionais de recuperação
de biomas e de diminuição do desmatamento já deixariam de ser
alcançadas.

Mas, o acordo para votação incluiu ainda uma outra novidade, ainda
mais negativa para nossas florestas. Uma única emenda será votada: a
de número 164, apresentada pela bancada do PMDB e do PR, que permite
que as APPs sejam desmatadas para a instalação de atividades
“agrossilvipastoris” (agricultura, pecuária ou plantações florestais)
e dá aos Estados o poder para definir outras atividades econômicas que
possam ser exploradas nessas áreas. Essa emenda, na prática, faz mais
do que uma anistia geral e irrestrita para ocupações ilegais ocorridas
até 2008; acaba com a própria definição de APP, pois as exceções que
justificam o desmatamento em beiras de rio, encostas e topos de morro
serão tão numerosas que, na verdade, serão a regra. Veja aqui a
emenda.

Embora o PT tenha dito que votará contra essa emenda, o Planalto sabe
que os ruralistas articularam o suficiente para aprová-la. A
presidente Dilma, no entanto, se comprometeu durante a campanha
presidencial a vetar qualquer proposta que signifique uma anistia
geral às ocupações ilegais em APPs. É bom ir preparando a caneta, ou
se movimentar para que, no Senado, a história seja diferente.




ISA, Raul Silva Telles do Valle.


-- 
Luciana Bedeschi
11 8168 0527


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http://www.ibdu.org.br
 
 
Fonte p/o PasquimdoOeste: http://razaoaconta-gotas.blogspot.com/2011/05/natureza-e-corrupcao-natureza-como.html 

FERNANDO PESSOA/POESIA

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Fernando Pessoa POETA PORTUGUÊS - 1888-1935

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O código do atraso

Por João Paulo R. Capobianco*
Publicado no Le Monde Diplomatique , Sao Paulo,
18 de maio de 2011

A discussão sobre florestas está nas primeiras páginas dos jornais e no horário nobre das emissoras de rádio e televisão. A boa notícia é que, dessa vez, o acalorado debate não é consequência da divulgação de números alarmantes de derrubadas na Amazônia.
Graças a uma atuação firme de combate ao desmatamento iniciada no primeiro governo Lula, que teve continuidade no segundo e, espera-se, prossiga no de Dilma Rousseff, os índices vêm diminuindo ano a ano.
O monstro, que parecia incontrolável e nos assombrou e envergonhou durante os séculos em que reinou na Mata Atlântica e na Caatinga e as décadas em que ditou as regras na Amazônia e no Cerrado, mostrou sua fragilidade ao ter que enfrentar compromisso político e ação firme do governo, impulsionado a agir pela pressão da sociedade.
A má notícia, entretanto, é que essa intensa discussão não é motivada pela evidente necessidade de aperfeiçoamento da legislação florestal, a fim de torná-la mais moderna e compatível com o atual momento em que vivemos. Momento este, marcado por um forte crescimento da consciência ambiental e da valorização dos princípios da sustentabilidade.
O que estamos assistindo, é uma disputa desigual entre os que querem impor uma flexibilização total das normas de conservação e os que, impossibilitados de fazer a agenda avançar, estão na defensiva, tentando garantir que o estrago seja o menor possível.
Essa não é a primeira vez que parlamentares da intitulada “bancada ruralista”, constituída pelo que há de mais atrasado no campo, tentam flexibilizar a legislação. Em 2000 quase conseguiram. Não fosse a vigorosa reação da opinião pública e a resistência de alguns poucos parlamentares, que levaram o então presidente Fernando Henrique Cardoso a intervir no processo, teria sido aprovado o famigerado relatório do Deputado Micheletto (PMDB-PR), que literalmente destruiria os instrumentos legais de proteção da vegetação nativa do país.
Um período de avanços
Desde essa última investida até agora, algumas coisas mudaram nos processos de degradação florestal. E a mudança foi, finalmente, após décadas de descontrole, para melhor.
Na Amazônia, entre 2004 e 2010, o desmatamento anual despencou de 27.423 km² para 6.451 km², atingindo a menor taxa registrada desde que teve início o monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1988. Nos demais biomas o desmatamento também entrou em declínio, embora no Cerrado os índices ainda sejam alarmantes.
Para se chegar a esse resultado, ainda não completamente satisfatório, visto que o desmatamento, embora menor, continua em proporções muito altas, foi implementado um conjunto inédito de fortes medidas de controle.
Somente na Amazônia, onde o governo concentrou seus esforços no período de 2004 a 2010, foram criadas cerca de 261 mil km² de unidades de conservação e homologadas aproximadamente 180 mil km² de terras indígenas. Essas novas áreas protegidas tiraram do alcance de especuladores e grileiros uma área equivalente à soma dos territórios dos estados de São Paulo e do Paraná.
Para tornar ainda mais eficiente a ação contra a grilagem, um dos principais fatores de desmatamento na Amazônia, foram cancelados nos cadastros do Incra mais de 66 mil títulos de posses ilegítimas e modificados radicalmente os mecanismos e procedimentos para registro de posse.
Somaram-se a isso as operações do Ibama integradas com a Polícia Federal e polícias ambientais dos estados que levaram ao fechamento de aproximadamente 1.500 empresas clandestinas, apreensão de milhões de metros cúbicos de toras, desmonte de máfias da madeira e da especulação de terras públicas, que operavam há décadas na região, e a prisão centenas de pessoas, incluindo funcionários públicos dos governos federal e estaduais.
Complementando essas medidas, vieram outras no campo legal, como a aprovação da Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei 11.482/06) e da Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/06) e a edição de vários decretos, em especial os de números 6.321/07 e 6.514/08, que definiram mecanismos muito consistentes para fazer valer o cumprimento do Código Florestal.

  Contraofensiva ruralista
Conhecendo esse contexto, fica evidente não ser mera coincidência o momento escolhido para esse grande esforço empreendido pelos ruralistas, no sentido de buscar promover a completa desestruturação da legislação de proteção à vegetação nativa do país. Ele é consequência direta da percepção de que os produtores rurais em situação irregular enfrentariam cada dia mais dificuldades para continuarem a deixar de aplicar as exigências legais, frente os novos mecanismos de controle e punição engendrados nos últimos anos.
O movimento antiambiental em andamento agora na Câmara, entretanto, tem uma diferença fundamental em relação ao de 2000: ele foi, dessa vez, minuciosamente preparado em todos os seus aspectos.
Do ponto de vista processual, ressuscitaram um projeto de 1999, que já tinha sido arquivado duas vezes e o submeteram à análise de uma comissão especial criada em setembro de 2009 pelo então presidente da Câmara, Michel Temer, composta quase que exclusivamente por parlamentares ligados ao setor ruralista.
Do ponto de vista político designaram o comunista Aldo Rebelo como relator. Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rebelo é detentor de profundo conhecimento dos processos legislativos, obtido em seus cinco mandatos consecutivos.
Do ponto de vista técnico foram ainda mais longe. Fizeram surgir dois relatórios produzidos por uma unidade da Embrapa, a “Embrapa Monitoramento por Satélite”, de resultados discutíveis, mas muito úteis às teses ruralistas.
Um deles intitulado “Alcance territorial da legislação ambiental e indigenista”, baseado em leitura tendenciosa dos dispositivos legais em vigor e em erros primários de aritmética, serviu de argumento para sustentar um suposto engessamento territorial da agropecuária brasileira pela legislação ambiental. Amplamente divulgado em audiências públicas e alardeado pelos líderes ruralistas por todo o país, o relatório chegou a afirmar que a área disponível para a agropecuária era “negativa” no Brasil.
Outro relatório, ainda mais questionável, intitulado “A dinâmica das florestas no mundo”, afirmava que nos últimos 8 mil anos o volume de florestas no Brasil teria saltado de 9,8% para 28,3% em relação ao total existente no planeta. Tal proeza, segundo os autores, deveria render louros e reconhecimento internacional e não mais pressões pela conservação.
O estudo só não esclareceu aos leitores que o desmatamento em nosso país atingiu taxas anuais de proporções tão grandes que, mantido o ritmo do início dos anos 2000, estaríamos repetindo em poucas décadas o mesmo erro cometido em séculos pelos demais países criticados no relatório.
Dessa forma, com uma comissão blindada pelos representantes do setor ruralista, um relator de reconhecida competência parlamentar e trânsito no Congresso Nacional e estudos técnicos de encomenda, o resultado não poderia ser outro. No dia 6 de julho de 2010, a Comissão Especial destinada a proferir relatório sobre o Projeto de Lei 1.876 de 1999, aprovou o substitutivo de Aldo Rebelo por treze votos a favor e cinco contra.
Com a justificativa de que há um enorme contingente de produtores rurais em situação irregular, o que é verdade, e que seria necessário aprimorar os mecanismos que estimulem, apoiem e facilitem a regularização, com o que todos concordam, o substitutivo modifica profundamente as exigências legais atualmente em vigor. As alterações propostas fazem que, como num passe de mágica, as irregularidades deixem de existir e o que era um passivo ambiental de uma propriedade rural praticamente desapareça. Com isso, muito pouco do que foi ilegalmente desmatado permanece com a obrigação de ser recuperado ou compensado, como exige a legislação brasileira desde 1934.
Uma comparação com as iniciativas governamentais de regularização do pagamento de impostos, os chamados Programas de Recuperação Fiscal (Refis), pode ajudar a entender a questão.
O Refis visa criar oportunidades para o recolhimento de impostos atrasados, que dificilmente seriam pagos em condições normais de prazos e incidência de juros. Além disso, tem o objetivo de regularizar a situação dos contribuintes inadimplentes que ficam sem acesso ao credito público. Para tanto é dado um desconto e os valores são parcelados de forma a tornar viável o pagamento.
O substitutivo de Aldo Rebelo tenta criar uma espécie de “Refis para devedores de Reserva Legal e áreas de preservação permanente”. O problema é que ele propõe mudanças tão radicais na legislação que seriam comparáveis ao governo mudar a alíquota do imposto que está atrasado durante a negociação do pagamento da dívida. Ora, se a alíquota é alterada para menor, como exigir que os devedores paguem os valores atrasados calculados com uma alíquota que já não existe.
Contrariando a justificativa original de facilitar a regularização, o substitutivo retira propriedades da situação irregular, sem que o proprietário rural tenha que corrigir pelo menos parte do ato ilegal praticado.
Esse é um dos efeitos mais perversos do texto, pois acaba por beneficiar quem desmatou em detrimento de quem cumpriu a lei e possui parte de sua propriedade com Reserva Legal e APP conservada.
O outro efeito negativo, tão grave quanto o primeiro, é que ao diminuir a dimensão das áreas que devem ser mantidas com vegetação nativa, conforme veremos a seguir, o substitutivo torna possível a autorização de desmatamento de extensas áreas hoje protegidas pelo atual Código Florestal.

Estímulo aos desmatamentos
É forçoso reconhecer que o substitutivo de Rebelo foi engenhosamente construído. Salvo dispositivos escandalosamente antiambientais, a maioria dos problemas está nos detalhes de um texto que possui 55 artigos e 37 páginas. Os principais são expostos a seguir:
1. Introdução do conceito de “Área rural consolidada”. Ao definir essa nova figura legal, o substitutivo simplesmente converte para essa categoria as ocupações irregulares feitas até 22 de julho de 2008 em fragrante desrespeito à legislação ambiental. Mais do que um jogo de palavras, introduz uma ideia que será posteriormente defendida à exaustão, de que o que está feito não deve ser revertido. Uma espécie de direito adquirido para quem desrespeitou a legislação ambiental.
2. Ampliação do conceito de pequena propriedade rural, sem critérios socialmente adequados, possibilitando o aumento significativo de proprietários rurais beneficiados pelo tratamento diferenciado e preferencial dado aos pequenos produtores rurais, mesmo sem o serem.
3. Modificação do parâmetro para o cálculo das áreas de preservação permanente (APP) nas margens dos rios, levando à redução das áreas que se encontram em situação irregular e que, portanto, teriam que ser recuperadas, além de permitir futuras autorizações de desmatamento onde hoje é proibido.
4. Redução de 30 para 15 metros a faixa de proteção (APP) das margens de rios de até cinco metros. Essa modificação, combinada com a anterior, vai reduzir drasticamente a proteção legal das matas ciliares, desobrigando a recuperação ou viabilizando novos desmatamentos.
5. Liberação da ocupação e desmatamentos da vegetação nativa situada em altitude superior a 1.800 metros, hoje protegida como APP.
6. Eliminação da proteção das áreas de várzeas, que deixam de ser consideradas como APP, sujeitando os corpos d’água a terem suas áreas de inundação natural totalmente degradadas e contaminadas por uso intenso de pesticidas e adubos.
7. Eliminação da obrigatoriedade de recuperar a Reserva Legal para propriedades de até quatro módulos fiscais, equivalentes a seiscentos hectares na Amazônia.
8. Desconto de área equivalente a quatro módulos fiscais no cálculo da Reserva Legal degradada a ser recuperada nas médias e grandes propriedades.
9. Computo da área de preservação permanente no cálculo da Reserva Legal para todo o país, independentemente das dimensões da propriedade, reduzindo o montante de área ilegalmente desmatada a ser recuperada.
10. Anistia “branca” de cinco anos para desmatadores irregulares. Esse é um dos pontos mais graves e sofisticados do substitutivo. Estabelece a obrigatoriedade da União e dos estados elaborarem, no prazo de até cinco anos, Programas de Regularização Ambiental fixando os parâmetros e as condições para a recuperação da vegetação nativa nas propriedades rurais irregulares.
Durante o período de elaboração do tal Programa, o proprietário nada precisa fazer e está autorizado a continuar utilizando economicamente a área que desmatou ilegalmente. Além disso, suas multas e seus processos por desmatamento de antes de 22 de julho de 2008 ficam suspensos.
Há muitos outros aspectos nocivos no substitutivo, como a transferência de competências do Conselho Nacional do Meio Ambiente para os governos federal, estaduais e municipais, que podem editar decretos e atos normativos sem nenhum controle social ou a possibilidade ambientalmente equivocada de permitir a compensação da Reserva Legal em qualquer bioma.
O único dispositivo que tem um aparente caráter ambiental no substitutivo de Aldo Rebelo é a proposta de moratória para novos desmatamentos por um período de cinco anos, a partir da promulgação da lei. Entretanto, cotejando essa previsão com o conjunto de modificações, que tornarão praticamente impossível controlar e punir os desmatamentos ilegais, fica evidente a sua iniquidade.
O grau de acirramento do debate, resultado da radicalização do substitutivo e do próprio posicionamento de Aldo Rebelo, vem conduzindo a um impasse raras vezes visto. No esforço para impedir a desconstituição da legislação ambiental, praticamente nada está sendo feito para a definição de instrumentos legais de compensação aos que preservaram, seja por meio de mecanismos de pagamento por serviços ambientais, seja pela criação de um mercado que remunere a floresta como ativo econômico.
O que está mobilizando a academia, os empresários esclarecidos e os ambientalistas é a defesa de uma agenda preservacionista do século passado e não a do futuro onde será imperativo desenvolver instrumentos para viabilizar a coexistência entre o aumento da conservação e o aumento da produção. Esse é o desafio que deveria estar consumindo as energias dos envolvidos na discussão do Código Florestal.
Sem sinais de avanço, as reuniões se multiplicam no Congresso e no Palácio do Planalto. Uma comissão de negociação foi montada pelo atual presidente da Câmara, para se buscar um acordo que permita colocar o substitutivo em votação sem que vire uma polêmica capaz de gerar fissuras na base do governo, com graves repercussões junto à opinião pública. Até agora nenhum resultado concreto nessa direção foi obtido e multiplicam-se informações desencontradas e contraditórias sobre supostos acordos entre as partes envolvidas.
Nada parece ser suficiente para convencer a bancada ruralista e seu novo líder de que a proposta tal como está é um retrocesso inaceitável, incapaz de levar tranquilidade ao campo e, muito menos, estabelecer a tão desejada segurança jurídica para o pleno desenvolvimento da atividade agropecuária no país.
As lideranças ruralistas com forte influência e trânsito nos arcos, cúpulas e abóbadas de Brasília parecem ter certeza da aprovação de um substitutivo que finalmente as desobrigará do cumprimento de exigências que estão previstas em lei desde o governo do presidente Getúlio Vargas, quando foi editada a primeira versão do Código Florestal, em 1934.
Foi naquela época, há mais de oitenta anos, que foi estabelecido que as florestas eram “interesse comum de todos os habitantes do país” e definida a obrigatoriedade de preservação de 25% da vegetação nativa das propriedades rurais e das florestas protetoras, destinadas a conservar os recursos hídricos e evitar a erosão, entre outras funções.
Como em 2000 parece que restará a presidente atuar junto às lideranças do Congresso para evitar o pior.



João Paulo R. Capobianco é biólogo e ambientalista, é membro do Conselho Diretor do Instituto Democracia e Sustentabilidade, foi secretário nacional de Biodiversidade e Florestas e secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente de 2003 a 2008.

Fonte: http://razaoaconta-gotas.blogspot.com/

Elio Rusch recebe agenda parlamentar do CREA

          O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura(CREA) do Paraná fez nesta quarta-feira a entrega da Agenda Parlamentar à Assembléia Legislativa do Estado. Membros do Conselho estiveram com o deputado Elio Rusch nesta manhã discutindo assuntos de interesse do Estado.
            Para o deputado Elio Rusch “este gesto dos dirigentes do CREA é extremamente significativo e abre um canal importante de diálogo entre o Parlamento paranaense e a sociedade civil organizada”.
            Elio Rusch observa que o CREA “representa diversas categorias profissionais diretamente ligadas ao desenvolvimento. Desse modo é vital que haja um bom entrosamento entre o Conselho e a Assembléia Legislativa”.
O presidente do CREA Alvaro Cabrini Júnior usou a tribuna, durante a sessão para fazer uma série de ponderações sobre o relacionamento entre o Estado e as categorias que o Conselho representa.
TÉCNICOS
            Segundo Cabrini “é preciso que seja feita a recomposição dos quadros técnicos do Estado. Temos que colocar gente no aparelho público, pois muitas obras deixam de ser feitas pela ausência de profissionais especializados nos governos e até mesmo nas prefeituras”.
            Álvaro Cabrini Júnior defende uma equiparação salarial entre os profissionais da área pública e os da iniciativa privada. Esta é uma forma de recuperar a capacidade de desenvolvimento do Paraná.
            O CREA irá promover discussões sobre a agenda parlamentar em 96 municípios paranaenses. Além disso, o presidente do Conselho observa que “a nossa instituição quer uma aproximação com a sociedade civil, com o Parlamento e com os partidos. Defendemos uma ampla participação política e o processo democrático”.

Texto: JOSILIANO DE MELLO MURBACH

Unioeste: Campus de MCRondon investe na qualidade no ensino e acessibilidade




“Proporcionar qualidade no ensino para a comunidade acadêmica e garantir a acessibilidade de todos aos ambientes do campus da universidade sempre foi uma das metas da direção do campus”, disse o professor Davi Félix Schreiner, diretor geral do campus da Unioeste de Marechal Cândido Rondon, nesta semana em que se iniciaram as obras de adequação para a instalação de elevadores nos prédios do campus  (foto à esquerda).
Segundo ele, a instalação de elevadores nos prédios do campus rondonense é uma necessidade e uma questão de adequação da Universidade, que deve garantir a acessibilidade a todas as dependências da mesma. Os elevadores serão instalados nos blocos de salas de aula e na biblioteca. No momento, os trabalhos estão concentrados na adequação das caixas de corrida dos elevadores.
Outra etapa deste processo de melhorias e adequações propostas pela direção do campus já está concluída. Nesta, foram instalados cerca de 40 equipamentos de multimídia em todas as salas de aula e outros espaços do campus, como laboratórios, por exemplo. Da mesma forma, todas as salas de aula e outras dependências de uso de acadêmicos, professores ou funcionários, estão sendo climatizadas, trabalho este que ainda está em andamento.
“A ambientação das salas de aula era também uma necessidade e uma reivindicação da comunidade acadêmica que estamos conseguindo atender com a aquisição de 90 condicionadores de ar”, explica Davi Schreiner.



















Todas as salas de aula do campus, além de outras dependências, estão sendo climatizadas.
 


















 

Aparelhos de multimídia foram instalados em todas as salas de aula e laboratórios.











Fotos: Ana Mª/Giuliano Basso
Texto: Ana Maria de Carvalho
Comunicação Social - Unioeste – Campus de Marechal Cândido Rondon
18/05/2011

Acadêmicos da Unioeste/MCR querem restaurante universitário



Uma manifestação reivindicando a implantação do Restaurante Universitário foi realizada ontem(17) no campus da Unioeste de Marechal Cândido Rondon. Organizada pelo Diretório Central do Estudantes do campus e pelos Centros Acadêmicos a manifestação realizada no período da manhã e à noite, busca mobilizar a comunidade estudantil a reivindicar a implantação do R.U..
Várias faixas e cartazes foram confeccionados e diversos líderes estudantis e presidentes de centros Acadêmicos falaram da situação de alunos que trabalham em troca de alimentação nos restaurantes da cidade em virtude da inexistência do R.U. Eles mostraram ainda a discrepância entre os valores pagos pelos estudantes das outras universidades públicas estaduais do Paraná pela alimentação e o gasto pelos estudantes do campus de Marechal Cândido Rondon. Ao final da manifestação da noite, os organizadores serviram pão com mortadela para os acadêmicos. Confira algumas imagens da manifestação...











Letras promove evento nacional de Línguas

Estão abertas as inscrições para interessados em participar da 14ª Jornada de Estudos Linguísticos e Literários (JELL), a ser desenvolvida de 15 a 18 de junho no Campus de Marechal Cândido Rondon da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

O evento, de abrangência nacional desde 2008, é organizado pelo Colegiado do curso de Letras-Português/Alemão/Espanhol/Inglês e traz como tema “As línguas em diálogo: perspectivas e desafios na atualidade”. De acordo com a coordenadora, professora-mestre Nelza Mara Pallú, “embora haja uma temática norteadora em cada Jornada, o evento é plural, envolvendo profissionais e acadêmicos de linguística, literatura, língua materna, línguas estrangeiras e ensino”.

A coordenadora informa que em torno da temática do evento a programação será desenvolvida com três conferências: com o professor-doutor José Carlos Paes de Almeida, da Universidade de Brasília (UnB), que ministrará a palestra de abertura com o tema “Professores Profissionais e Aprendizes Conscientes de Línguas”.

Depois, a professora-doutora Clarissa Menezes Jordão, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ministrará a segunda palestra “Multiletramentos: o crítico e o relativo no ensino/aprendizagem de línguas” e, por fim, o professor-doutor Allan de Paula Oliveira, do Campus de Toledo da Unioeste, conduzirá a terceira palestra com a temática “Linguagem e poder”.

A professora Nelza Mara lembra ainda que, durante a 14ª JELL serão promovidas mesas de debate, sessão de comunicações, oficinas, mostras literária dos acadêmicos do 4º ano de Letras, e momentos culturais organizados pelo Centro Acadêmico do curso de Letras do Campus de Marechal Cândido Rondon.

Os interessados em inscrever-se para apresentar trabalhos, o que dá direito a publicação de artigo nos anais do evento, deverão fazer suas inscrições até o próximo dia 31. Já os ouvintes poderão inscrever-se até o dia 15 de junho.

Informações sobre programação e inscrição podem ser acessadas no site www.unioeste.br/eventos/14jell, diretamente no Colegiado de Letras, Campus de Marechal Cândido Rondon ou pelo telefone (45) 3284-7845.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

terça-feira, 17 de maio de 2011

Feira de Brasília mostra inovações tecnológicas para o campo


Cogumelos comestíveis estarão expostos no estande do ministério

Durante a 4ª edição da AgroBrasília, exposição agropecuária realizada capital federal, os visitantes terão acesso a algumas das novas tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também terá demonstrações da elaboração de boletins agroclimáticos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Serão oferecidas orientações sobre o trabalho de fiscalização e os serviços prestados pela Superintendência Federal de Agricultura no Distrito Federal.

Entre as inovações apresentadas pela Embrapa estão as variedades de pimenta BRS Seriema e BRS Mari, que produzem frutos picantes e podem ser comercializadas in natura ou em conserva. O público da exposição também poderá conhecer a BRS Planalto, variedade de cenoura resistente a doenças, e a BRS Esplanada, desenvolvida especialmente para a produção de minicenouras.

Cogumelos comestíveis com custos mais baixos e variedades de mandioca com maior produtividade também estarão expostas no estande do ministério. Outra novidade é um equipamento capaz de multiplicar mudas de plantas com mais segurança e economia. Trata–se de um biorreator que produz mudas de forma semiautomática a partir de células, tecidos ou órgãos, com monitoramento das condições de cultivo.

Pesquisadores da Embrapa vão mostrar, ainda, os estudos para produção de etanol de segunda geração. As pesquisas estão na fase de testes do uso de matéria-prima alternativa, como bagaço da cana-de-açúcar, capim, resíduos florestais e sorgo, encontrados com abundância na natureza e que podem ser aproveitados na fabricação do etanol de segunda geração.

A Embrapa vai apresentar uma inovação tecnológica que permite a economia de 90% do consumo de água no pós-colheita de café. O Sistema de Limpeza das Águas Residuárias (SLAR) consiste em uma técnica de limpeza da água residual proveniente do processamento do fruto do café. O sistema remove os resíduos sólidos e a alta carga orgânica, que podem poluir o meio ambiente, permitindo que a água seja reutilizada no processamento do grão, ou direcionada à irrigação da cultura.

Dia de campo

Além das tecnologias da Embrapa e do trabalho de previsão de clima e tempo do Inmet, o Ministério da Agricultura participa da programação da AgroBrasília com o Dia de Campo sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, na próxima sexta-feira, 20 de maio, das 9h às 12h. O chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do ministério, Maurício Carvalho de Oliveira, acompanha a visita.

O sistema Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta combina atividades agrícolas, florestais e pecuárias, promovendo a recuperação de pastagens em degradação. Adotada no Brasil há mais de 40 anos, a técnica consiste no cultivo de uma espécie florestal, com espaço ampliado, o que possibilita, por dois ou três anos, a adoção de uma cultura de interesse comercial, como soja, milho e feijão. Em seguida, a área é coberta por forrageira (planta para alimentação do gado) associada a milho ou sorgo. Após a colheita dos grãos, o pasto é formado nas “entrelinhas” da floresta cultivada, permitindo a criação de bovinos e sua exploração, até o corte da madeira.

A ILPF faz parte do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado no ano passado pelo governo federal, com o propósito de ampliar a eficiência na lavoura, ao mesmo tempo em que preserva o meio ambiente.

Saiba mais

A 4º AgroBrasília será realizada de 17 a 21 de maio, na rodovia 251, km 5, Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD/DF). A expectativa dos organizadores é receber um público de 60 mil pessoas e fechar negócios de R$ 150 milhões, superando a marca de 2010 (R$ 130 milhões). Cerca de 300 expositores vão mostrar as inovações em máquinas e equipamentos agrícolas para pequenos, médios e grandes produtores.

16 de maio de 2011 - 14:58h
Autor: Assessoria /http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=43235

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Zootecnia: Presidente da ABZ diz que cursos do Brasil estão entre os melhores do mundo




O professor doutor Walter Motta Ferreira, docente do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Minas Gerais e presidente da Associação Brasileira dos Zootecnistas(foto), enalteceu a qualidade dos cursos de Zootecnia existentes no Brasil. Segundo ele, tal qualidade se deve ao fato da maioria dos cursos ter sido implantada em instituições públicas e que já atuavam na produção de pesquisa e ensino de pós graduação na área de Zootecnia. “Tal fato garantiu a qualidade técnica e acadêmica dos pouco mais de uma centena de cursos que temos no país e que formam cerca de dois mil profissionais por ano”, destacou.
Mas para Walter Motta, que esteve em Marechal Cândido Rondon para o encerramento da X Semana Acadêmica do curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Marechal Cândido Rondon, onde proferiu palestra sobre a técnica expositiva no ensino da Zootecnia, a total consciência dos profissionais de ensino da área e dos que atuam no campo da responsabilidade e da importância da atuação do zootecnista na produção de alimentos de origem animal saudáveis, não tem sido suficientes para que estes profissionais tivessem até agora o reconhecimento desta importância traduzida na criação de um conselho próprio, que represente e tenha a competência de julgar as ações da área de Zootecnia. Tais questões hoje ainda são da alçada dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária.
Entretanto, Walter Motta diz que está é uma situação que deve mudar em breve, visto que a Associação Brasileira dos Zootecnistas vem acompanhando de perto a tramitação do projeto de lei que autoriza a criação do Conselho Federal de Zootecnia. “Eu acredito que isto aconteça ainda neste ano”, diz.
Outro aspecto considerado de grande relevância pelo professor Walter Motta é com relação a atualização constante dos profissionais da área de Zootecnia. “Neste sentido a ABZ tem investido em cursos e eventos que possibilitem aos profissionais o acesso às novidades e tecnologias, assim como as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas na atualidade”, ressaltou ele.


Foto: Stanley Bootz


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Rádio Educadora


Elio Rusch aposta em melhorias na segurança pública

A partir desta sexta-feira (13) Marechal Cândido Rondon e região passam a contar com um Corpo de Bombeiros Militar. A implantação oficial do 3º Subgrupamento do 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros, aconteceu em solenidade realizada na manhã desta sexta, com a presença do secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, do deputado estadual Elio Rusch, do deputado federal Dilceu Sperafico, do prefeito rondonense, Moacir Froehlich, do comandante geral da Polícia Militar do Paraná, Coronel Marcos Teodoro Scheremeta, do comandante dos Bombeiros do Paraná, Coronel Hércules Donadello, do delegado da Polícia Civil Dr. Nagib Nassif Palma, além dos prefeitos Élcio Zimmermann, de Entre Rios do Oeste, e Normilda Koehler, de Pato Bragado, bem como secretários e vereadores de vários municípios da região.
   Com a mudança, o Corpo de Bombeiro de Marechal Cândido Rondon passa a contar com o serviço de seis bombeiros militares, além de manter os 14 agentes de Defesa Civil, que continuarão atuando em parceria com os militares. O Subgrupamento terá a responsabilidade de atender a dez municípios da região no combate a incêndios, salvamentos diversos e ações de defesa civil.
   Na solenidade, ocorreu a posse do comandante do 3º Subgrupamento, Capitão Rafael Cosme Pioresan Tavares, que irá comandar o trabalho dos Bombeiros na região a partir de agora.
   O deputado estadual Elio Rusch ressaltou que este era um pleito antigo da comunidade local e regional. Ele lembrou que há poucos anos o combate a incêndios no município era feito com um caminhão-pipa, operado por funcionários da Secretaria Municipal de Viação e Obras. Os primeiros investimentos efetivos no setor foram feitos, segundo Rusch, no governo Edson/Portinho, com a aquisição de caminhão, a implantação dos Bombeiros Comunitários e a construção da sede física para abrigar a unidade. “Agora, com a sensibilidade do governador Beto Richa em atender a esta antiga aspiração, temos um avanço significativo através da implantação do Subgrupamento dos Bombeiros”, comemorou.
   De acordo com Elio Rusch, a presença do secretário estadual da Segurança Pública, Reinaldo Almeida César, em companhia do comandante geral da PM do Paraná, Coronel Marcos Teodoro Scheremeta, se deve à disposição do governador Beto Richa de buscar soluções concretas aos problemas de segurança na região. “Questões carcerárias, contratação de policiais, melhoria da infraestrutura, investimento em equipamentos e outros itens estão sendo avaliados com muita seriedade pelo governo paranaense, depois de muitos anos de mau gerenciamento do setor”, garantiu o deputado.
  
VISITA AO FÓRUM
   Aproveitando a estada em Marechal Cândido Rondon, o secretário de estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, e o comandante geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Marcos Teodoro Scheremeta, se fizeram acompanhar pelo deputado estadual Elio Rusch, pelo prefeito Moacir Froehlich e pelo delegado Nagib Nassif Palma para uma visita ao Fórum da comarca local. Eles foram recepcionados pelos juízes Clairton Mário Spinassi e Berenice Ferreira Silveira Nassar e pela promotora Josilaine Aletéia de Andrade.
   A precária estrutura da delegacia de Polícia Civil rondonense, a superlotação do cadeião e a falta de policiais civis e militares, além de aspectos da segurança na região de fronteira foram os temas da reunião. Para Rusch, foi um dia altamente produtivo. “Tenho a certeza de que em breve conquistaremos muitas melhorias na área da segurança pública para o município e para a região, porque este tema está recebendo uma atenção especial do nosso secretário, por determinação do governador Beto Richa”, concluiu.



Airton Kraemer
Assessoria de comunicação.