sábado, 27 de fevereiro de 2010

Biogás

Municípios da BP3 podem gerar significativo volume de biogás para geração de energia


A equipe da Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná (ADEOP), coordenada pelo Engenheiro Agrônomo, Luís Aguiar Oliveira, sob a supervisão técnica da Itaipu Binacional, sob o comando do Engenheiro Cícero Bley Jr., realizou, no ano passado, um levantamento de toda a biomassa residual proveniente de dejetos de animais, efluentes industriais, domésticos e aterros sanitários existente na região do Extremo Oeste do Paraná, pertencente à Bacia do Paraná 3, que pode ser utilizada para produção de energia. O levantamento apontou que a região possui um potencial significativo de produção de biogás, através das 34 mil toneladas/ano de metano geradas aqui.
Numa primeira fase, esse trabalho compreendeu o contato com todas as empresas que têm sua atividade na área de aves, suínos, gado de corte e leite, efluentes agroindustriais e domésticos, além das Prefeituras com seus aterros sanitários. "Levantamos o número de animais e separamos conforme a idade, fase e peso", conta Luis Aguiar Oliveira. Feito isso, explica o engenheiro, foi possível ter o volume de animais e a quantidade de dejetos por eles produzidos.
Em contato com a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) foi realizado ainda o levantamento da quantidade de resíduos domésticos gerados na região de Foz do Iguaçu e, com as empresas agroindustriais, os resíduos ou efluentes industriais. "Nas prefeituras coletamos dados dos aterros sanitários", lembra Aguiar. "O que temos hoje é um mapa do volume potencial de biogás gerado por município".
Analisando-se o que foi coletado, chegou-se a conclusão de que o volume da produção de metano está assim distribuído: 83% é originado de dejetos animais; 7% de dejetos industriais e domésticos e o restante de aterros sanitários. "Entre os aterros estudados, os de maior potencial de produção de biogás ou geração de energia foram o de Foz do Iguaçu e Cascavel, este inclusive já produzindo energia elétrica não distribuída ou para consumo próprio", conta o engenheiro Aguiar.
A segunda fase do projeto, já iniciada, prevê um novo contato com as empresas pesquisadas para aperfeiçoar o levantamento dos dados. "Isso para que o trabalho seja realizado de acordo com a metodologia do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas)", lembra Aguiar. Além disso, teremos à disposição a distribuição dessa biomassa por micro-bacias, o que facilitará para que cada município e a Itaipu Binacional identifiquem onde está esse potencial de biomassa e possam assim desenvolver seus projetos de geração de energia térmica ou elétrica.

Fonte: Assessoria

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