segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bolsistas orientam agricultores na produção de ração orgânica

Alimentar peixes, aves, assim como o bovino e o suíno com rações sem agrotóxicos, para transformá-los consequentemente em produtos orgânicos. É isto o que a o projeto “Processamento de rações orgânicas e convencionais”, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), do Campus de Toledo, ensina a 20 produtores da região de Toledo e das cidades de Boa Vista, Coronel Vivida, Capitão Leônidas Marques, Guaíra, Foz do Iguaçu e Capanema.



“Além destes produtores que acompanhamos periodicamente, já oferecemos cursos a cerca de 150 agricultores dessas cidades”, explica o professor e coordenador do projeto Arcângelo Signor, lembrando que a ideia é agregar valor aos produtos. “Os alimentos orgânicos se baseiam na origem vegetal. Por isso, utilizamos milhos e farelo de soja, entre outros, para processar as rações e consequentemente obtermos o alimento orgânico na forma animal”, esclarece.
Para o produtor de frango, Adir da Silva, de Coronel Vivida, município próximo a Pato Branco, o projeto tem colaborado muito. “Nós estamos fazendo as experiências. A minha lavoura toda é orgânica. Assim, quero que os animais também sejam orgânicos”, explica.
Adir tem plantações de milho, feijão, soja, cana, amendoim, entre outros produtos e com isso, pode utilizar a sua própria lavoura para alimentar os animais, o que ajuda na economia da propriedade. “Os bolsistas estão me ajudando bastante. Graças a Deus está dando certo. Mas é um trabalho a longo prazo. Por isso é importante o acompanhamento deles. Eles desenvolveram uma nova fórmula de ração, acrescentando outros produtos naturais ao milho, para ver se dá mais resultados. A ração convencional desenvolve mais, mas não é natural. Então tentamos aumentar a proteína para aumentar o peso dos animais”, conta Adir.
Já para Derli Vidal, de Toledo, produtor de suínos, o projeto colaborou com o conhecimento. Ele já faz a ração orgânica em sua propriedade há 20 anos, mesmo assim, conta que o curso ajudou. “A gente aprende mais. É sempre bom”, analisa.
Os produtores são orientados por dois bolsistas recém-formados e dois professores de Zootecnia e Engenharia de Pesca e dois graduandos de Engenharia de Pesca. O projeto, que faz parte do programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), está em vigor há 13 meses e termina em abril. Para o professor Arcângelo as atividades renderam bons resultados, mas ainda tem-se muito a fazer. “Poderíamos melhorar ainda. Muitos processos são descobertos com o tempo. Com mais pesquisas conseguimos melhorar”, analisa.

Fábrica de Ração Escola

Além de ensinar os produtores a elaborarem uma ração mais nutritiva com os próprios alimentos de suas propriedades, os bolsistas ainda desenvolvem vários tipos de ração para alimentação animal na Fábrica de Ração Escola da Unioeste, em Capitão Leônidas Marques. A indústria foi construída com recursos da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

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