terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Reichert - Confecções e Alfaiataria



Dez mentiras que cercam o Pinheirinho
















Desabrigados do Pinheirinho
Por Hugo Albuquerque, em Fazendo Media

   Com a tragédia ainda em curso, e a quantidade colossal de sofismas e boatos propositalmente espalhados acerca do Pinheirinho, me dei ao trabalho de selecionar as dez piores mentiras – no sentido de superstição consciente e oportunamente utilizadas pelo Poder – que estão a pairar por aí sobre o tema. Vamos lá:

1. “Não houve violações, a reintegração de posse foi pacífica”

   Eis a pior e mais primária de todas. Vídeos aos montes, fotos aos milhares,  além de relatos emocionados de testemunhas oculares - como o nosso Tsavkko - e de moradores -dados, inclusive, para a imprensa internacional - contradizem isso. A polícia não veio para brincar, com sua tropa de choque, suas balas de borracha e sua sede por violência. Atacaram uma comunidade formada por famílias – seus velhos, suas crianças, pessoas com necessidades especiais – e quem ficou no meio do caminho apanhou. Sobre eventuais distorções da nossa imprensa, convido à leitura do que pensa sobre isso o Guardian, um dos principais jornais do mundo.

2. “A culpa é dos moradores, por serem invasores e/ou por não terem negociado”

   É a tese do varão da república (do café com leite) Elio Gaspari, devidamente rebatida pelo nosso João Telésforo. Acrescentamos ainda que o Brasil possui 22 milhões de vítimas do chamado “deficit habitacional” – o eufemismo contábil que expressa a quantidade daqueles que foram largados para morrer ao relento -, o Brasil possui uma Constituição que fala em função social da propriedade privada e em dignidade da pessoa humana, o Brasil possui uma jurisprudência que não aceita a inércia da administração pública como desculpa. para não realização de políticas públicas. Outra, não estar nem aí para um contingente de milhares de pessoas – só no caso do Pinheirinho – é uma decisão política sua, portanto, assuma o risco dela, mas esperar que essa gente simplesmente tenha de sentar e esperar a morte chegar, é pedir de mais – ou mesmo aceitar um cheque qualquer e enfie o rabo entre as pernas do lugar onde ela estão estabelecidos, só para, no fim das contas, realizar o fetiche dos credores da massa falida de um mega-especulador.

3. “Foi um processo duro, mas cumpriu-se a letra da lei”

   Nem isso. Na manhã de domingo, quando ocorreu a invasão, havia um conflito de competência entre a Justiça Estadual e a Justiça Federal, portanto não havia ordem judicial que autorizasse realmente qualquer reintegração de posse. Mesmo se houvesse, uma ordem judicial não equivale a uma carta branca da polícia para fazer nada, tampouco ignorar os direitos ou as garantias daqueles cidadãos asseguradas pelas Constituição.

4. “Os moradores estão sendo atendidos devidamente”

   Os moradores do Pinheirinho, depois de perderem suas casas, estão amontoados em igrejas, ginásios ou quetais. Eles estão ao relento e identificados com uma pulseira azul – por que numa estrela azul logo de uma vez?

5. “Os policiais só cumpriram ordens”

   Opa, tudo bem que militares obedecem ordens, mas isso não significa que, numa democracia, um oficial deva acatar irresponsavelmente uma ordem qualquer e executá-la da maneira que bem entende - com suscitou a secretária de justiça de São Paulo Eloisa Arruda -, do contrário, lhes seria autorizado atentar contra a ordem (“democrática”), o que seria uma hipótese absurda. É evidente que os maiores responsáveis por essa hecatombe são os senhores Geraldo Alckmin e Eduardo Cury - respectivamente governador do estado e prefeito municipal de São José dos Campos -, mas os oficiais que lideraram a missão tem sua parcela de responsabilidade nessa história sim.

6. “O Pinheirinho é uma espécie de Cracolândia”

   “Só se for no quesito da especulação imobiliária sobrepondo-se ao direito e à dignidade das classes pobres” como diria meu amigo joseense Rodrigo dos Reis. De resto, essa analogia - como foi utilizada pela Rede Globo - só duplica a perversão verificada no apoio à política de “dor e sofrimento”, aplicada na região do centro de São Paulo chamada “Cracolândia” – um grave problema de saúde pública e de moradia, tratado à base de cacetete.

7. “O governo federal é culpado por ter politizado a situação”

   Como testemunhamos na nota soltada pelo PSDB para “responder” o governo federal. Bom, nem vou perguntar como alguém poderia ter politizado uma situação que é política por natureza, mas como seria possível despolitiza-la. Ainda, é curioso como se responda ao quase silêncio do governo federal culpando-o por uma ação violenta que foi executada por dois governos seus, o estadual de São Paulo e o municipal de São José dos Campos. De novo, chuto o balde aqui: faça um, dois, um milhão de pinheirinhos, mas pelo menos assuma o que fez e não se ponha como vítima, as vítimas são os desabrigados.

8. “Os moradores do Pinheirinho são envolvidos com movimentos sociais radicais”

   Membros do PSDB, como o pré-candidato paulistano Andrea Matarazzo, pensam o mesmo do correligionário Geraldo Alckmin, nem por isso alguém razoável defende que o governador seja arrancado à força do que quer que seja. No mais, o governador Alckmin ou os próceres da massa falida do Nahas na imprensa, deviam saber que vivemos numa democracia e as pessoas têm liberdade para se filiar ao grupo pacífico que bem entendem – nem na hipótese absurda de todos os moradores do Pinheirinho terem relação com o PSTU (que é como dizer que todos os moradores do bairro de Alckmin têm ligação com, p.ex. a opus dei), é fato que aquele partido jamais usou de força ou conluios no judiciário para desalojar um bairro inteiro, logo, quem é radical mesmo?

9. “O governo federal não podia ter feito, nem pode fazer, nada”

   Podia sim, tanto que estava negociando uma saída pacífica, até que veio a invasão no domingo, uma boa dose de paralisia, uma comemoração de 25 de março com tucanos de alta plumagem e uma condenação vazia no recente fórum social mundial. Dizer que o Pinheirinho é Barbárie, até eu digo, Presidenta,  agora mandar hospitais de campanha do exército fornecer ajuda humanitária aos milhares de desabrigados, nem todo mundo pode – e mesmo vale para a construção de moradias dignas para eles no curto prazo. Importante: não estou nivelando tucanos a petistas, esse caso deixa claro que os primeiros não têm coragem de assumir o que fazem, enquanto os segundos não têm coragem de fazer aquilo que assumem – são papéis inteiramente diferentes.

10. “O Pinheirinho é uma catástrofe, estamos todos derrotados, não há nada o que fazer contra essa marcha invencível”

   Toda marcha desse tipo, em seu interior, admite uma Leningrado – e eu não estou chamando tucanos de fascistas em um sentido histórico não, afinal, aqueles tinham coragem  moral de assumir o que faziam, isso foi só uma metáfora que guinadas reacionárias, por sua própria natureza, trazem consigo a possibilidade de sua derrota. No demais, não existe espaço para choradeira como colocou com precisão o Bruno Cava pelo papel que o Pinheirinho está cumprindo. Digo mais, repetindo o que já digo aqui o tempo todo: a favela é o locus definitivo de resistência daqueles que foram largados para morrer ao relento, é processo de luta, portanto, sua própria existência – e sua re-existência – é positividade pura. O antropofágico Pinheirinho, mais ainda. Derrota é a resignação, é sentar-se e aceitar morrer, nada disso aconteceu.
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Fonte: http://agencianota.blogspot.com/ 

ÓTICA E RELOJOARIA TIC TAC




POESIA/FERNANDO PESSOA

Não sei quem sou que alma tenho.
Quando falo com sinceridade
não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim
perpetuamente me ponta traições de alma a um caráter
que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade
que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?), por uma suma de não-eus
sintetizados num eu postiço."


Fernando Pessoa*
* Poeta português

Mudanças no Plano Diretor

Audiência pública será nesta terça-feira em Rondon

Está programado para esta terça-feira (31), a audiência pública para revisão e alteração nas leis que compõe o Plano Diretor participativo 2008/2018. Ela será realizada pelo Conselho Municipal do Plano Diretor de Marechal Cândido Rondon no auditório da prefeitura, às 15h00.
De acordo com o presidente do Conselho, Jair Sorge, vai ser apresentado uma proposta de alteração nas leis que dispõe sobre o parcelamento do solo em zonas especiais de interesse social, ou seja, será analisado uma proposta enviada pela administração municipal que trata sobre alterações de leis do Plano Diretor que dispõem sobre o planejamento urbano e sobre as zonas especiais de interesse social. A alteração consiste no tamanho do lote mínimo, específicos para loteamentos de conjuntos habitacionais.
Atualmente, a lei especifica o lote mínimo em 250 metros quadrados e a proposta é de que este número seja reduzido para 160 metros quadrados, com frente mínima de sete metros e taxa de ocupação de 80%. Dessa forma, a proposta se justifica quanto ao lote mínimo ser especificamente para conjuntos habitacionais.


Fonte: Assessoria de Imprensa - Prefeitura de Marechal Cândido Rondon


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Audiência Pública


Secretaria de Saúde realiza amanhã audiência pública em MCRondon

A Secretaria Municipal de Saúde de Marechal Cândido Rondon realizará amanhã, dia 31, Audiência Pública da Saúde para apresentação de contas sobre recursos destinados às ações da saúde pública e serviços realizados no 4º trimestre de 2011. A audiência, que será às 18h30, acontecerá no auditório da Câmara de Vereadores e é aberta a toda comunidade rondonense.



FONTE: Assessoria de Imprensa - Prefeitura de Marechal Cândido Rondon
30.01.12

Vazamento de óleo atinge o mar de Tramandaí, no RS



   A Transpetro divulgou nota, na tarde desta quinta-feira (26), confirmando o vazamento de óleo que atingiu a praia de Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Segundo a empresa, o vazamento ocorreu na monoboia do Terminal de Osório.

   Ainda de acordo com a Transpetro, uma equipe de contingência foi acionada para iniciar os trabalhos de contenção e remoção do produto. Os órgãos ambientais, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Capitania dos Portos foram comunicados. As causas do incidente estão sendo investigadas. Ainda não se a extensão do vazamento. 

   Na tarde desta quinta-feira (25), bombeiros de Tramandaí e técnicos do Ibama irão fazer um voo na região para avaliar a extensão do vazamento. Uma grande mancha de óleo em alto-mar se aproxima da beira da praia. A Transpetro deve receber uma multa pelo acidente.
 
 
Fonte: http://agencianota.blogspot.com/ 

Mari Méri Cosméticos




Islândia: a revolução silenciosa


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A Islândia acabou o ano 2011 com um crescimento económico de 2,1% e em 2012 vai ter o triplo da taxa de crescimento esperada para a União Europeia. Após o colapso financeiro encontrou medidas inéditas para sair da crise e vai julgar os seus responsáveis.





O colapso.


Em 2008, a dívida da Islândia era nove vez o seu PIB, a sua moeda colapsa e a bolsa é suspensa depois de ter caído 76%. O país vai à falência e tem de recorrer a dois empréstimos, um do FMI de 2,1 mil milhões de dólares e outro dos países nórdicos e da Rússia de 2,5 mil milhões de dólares.


O FMI, como sempre, exigiu em troca medidas de "ajustamento" traduzidas em cortes nas despesas sociais. A população revolta-se, o que provoca a queda do governo e eleições antecipadas. O Partido da Independência, conservador, é substituído por uma coligação de partidos de esquerda, ecologistas e sociais democráticos. Um referendo rejeita o salvamento dos bancos privados e os principais bancos, Glitnir, Landsbankinn e Kaupthing, são nacionalizados.



Responsável ou bode expiatório?


Actualmente, vários responsáveis do sector bancários deverão ir a julgamentos por fraude e abuso de poder. O parlamento islandês nomeou uma comissão de inquérito, composta por dois filósofos e um historiador, para analisar o aspecto ético da crise, um atitude única e inovadora. 


O antigo primeiro ministro islandês, Geir Haarde, está actualmente a ser julgado por ter mal gerido a crise que provocou o colapso do sistema bancário do seu país. Arrisca-se a 2 anos de prisão se for declarado culpado. Uma comissão tinha proposto inicialmente culpar quatro pessoas.


Esta acusação de "negligência" e "violação das leis sobre a responsabilidade ministerial", do antigo primeiro ministro, é vista para a maioria dos observadores como a tentativa de encontrar um bode expiatório, outros vêm nela um acerto de contas político por parte dos seus velhos inimigos no poder, agora que o poder virou à esquerda.


O que parece estar em causa na responsabilidade da crise islandesa não é uma pessoas, mas sim de um conjunto de actuações de vários actores políticos, assim como de vários responsáveis do sector financeiro do país. 



Islândia: um "mau" exemplo.


A "revolução" islandesa é muito pouco badalada nos media oficiais, pois esta poderia servir de "mau" exemplo para outros países nas mesmas circunstâncias: recusa em pagar as dívidas de bancos privados, nacionalização e colocação sob controlo democráticos de três bancos, e nacionalização, para breve, dos recursos naturais. Esta revolução anti-capitalista poderia dar más ideias a outros povos europeus.
 

E tudo isto sem violência, sem um único disparo da polícia. Uma espécie de revolução silenciosa. É verdade que, a maioria das vezes a democracia directa só vive enquanto está na rua e desaparece quando se institucionaliza. Mas seja como for, a Primeira-Ministra islandesa, Johanna Sigurdsdottir, e o seu governo elaboraram um plano de rápido relançamento económico que parece estar a dar frutos. 


A Islândia continua assim, a ser um país inovador em vários aspectos: foi o segundo país do mundo a reconhecer o direito de voto às mulheres (depois da Nova Zelândia), o primeiro país a ter um chefe de governo homosexual, a ser um dos países mais seguros do mundo em termos de violência e a ter 100% de alfabetização.







http://www.pressegauche.org/spip.php?article9031

http://www.acp-eucourier.info/fr/content/ethique-et-finances

http://www.arretsurimages.net/vite.php?id=11942

http://www.lemonde.fr/europe/article/2011/09/05/islande-l-ex-premier-ministre-unique-coupable-de-la-crise_1568015_3214.html
Publicada por em 07:07
 
Fonte: http://octopedia.blogspot.com/2012/01/islandia-revolucao-silenciosa.html 
 

Requinte Pães e Doces

Sítio é capaz de sustentar cinco pessoas

RED LINE CYBER CAFÉ


domingo, 29 de janeiro de 2012

Show Rural em Cascavel


Laboratórios de pesquisa são atração do Iapar

Da ideia inicial até chegar ao campo, como é feito o trabalho de geração de novas tecnologias agrícolas? A resposta está em três laboratórios – biotecnologia, nematóides e mofo branco do feijoeiro – montados pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) no Show Rural em Cascavel. “Quem vai ao evento busca inovações para tornar a propriedade mais produtiva. Mostraremos também como essas novidades são criadas em um centro de pesquisa”, diz o diretor de inovação e transferência de tecnologias, Marcos Valentin Martins.

O Iapar também participa com unidades de conservação do solo, agroecologia, mostra de variedades e, na área destinada à bovinocultura, com tecnologias para integração lavoura-pecuária.

No laboratório de biotecnologia estão as etapas da transformação genética, estratégias para resistência a doenças e produção de porta-enxertos de citros resistentes à seca. “Explicamos ao produtor a pesquisa com plantas geneticamente modificadas”, conta o pesquisador Eduardo Carlos Fermino.

A demanda do público do Show Rural levou o Iapar a montar o laboratório de nematóides. “No ano passado, os agricultores pediram informações e agora montamos uma unidade exclusiva sobre o assunto”, disse a pesquisadora Andressa Machado. Neste espaço, os especialistas mostram em detalhes os diferentes sintomas em plantas afetadas, para que o produtor aprenda a identificar a infestação na lavoura.

O Iapar também preparou um laboratório para mostrar aos produtores como identificar o mofo branco do feijoeiro, doença que provoca mais de 50% de perda nas lavouras de feijão do Paraná, de acordo com o pesquisador Valdir Lourenço Júnior.

A conservação do solo é um tema constante do Iapar no Show Rural. Nesta edição são usadas trincheiras (buracos de um metro de profundidade) para mostrar que o manejo correto do solo gera efeitos positivos no desenvolvimento das raízes das plantas.

Nesta unidade, o Iapar pretende reforçar a importância e a necessidade do uso de técnicas conhecidas e eficazes de manejo do solo. “Usando técnicas como plantio direto, terraço, plantas de cobertura e rotação de cultura o produtor certamente terá bons resultados”, salienta a pesquisadora Graziela Barbosa.

Agroecologia – O Iapar também mostra uma propriedade conduzida de acordo com os princípios da agricultura orgânica, em parceria entre a Secretaria da Agricultura do Paraná, Emater, Coopavel, Embrapa, Unioeste e Itaipu Binacional. Técnicos e pesquisadores esclarecem produtores em relação a diversidade e integração de atividades agropecuárias, adubação verde, bioconstruções, minhocário, plantas companheiras entre outros temas.

Informações sobre o evento em www.showrural.com.br

Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=67463&tit=Laboratorios-de-pesquisa-sao-atracao-do-Iapar-no-Show-Rural-em-Cascavel

POESIA/H. GESSINGER

A Promessa

Não vejo nada.
O que eu vejo, não me agrada.
Não ouço nada.
O que eu ouço, não diz nada
Perdi a conta
Das pérolas e porcos
Que eu cruzei, pela estrada...

Estou ligado à cabo
A tudo que acaba
De acontecer...

Propaganda
É a arma do negócio.
No nosso peito bate
Um alvo muito fácil.
Mira à laser,
Miragem de consumo,
Latas e litros
De paz teleguiada.
Estou ligado à cabo
A tudo que eles tem
Pra oferecer...

O céu é só uma promessa.
Eu tenho pressa,
Vamos nessa direção.
Atrás de um sol
Que nos aqueça
Minha cabeça
Não aguenta mais..

Tu me encontrastes
De mãos vazias;
Eu te encontrei
Na contramão.
Na hora exata,
Na encruzilhada,
Na Highway da
Super-informação.
Estamos tão ligados
Já não temos o que temer...

O céu é só uma promessa.
E eu tenho pressa,
Vamos nessa direção
Atrás de um sol
Que nos aqueça.
Minha cabeça
Não aguenta mais...

O céu é só uma promessa
Eu tenho pressa
Vamos nessa direção...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Variações climáticas e pastagens entre os temas de giros tecnológicos da Embrapa


Tecnologias que garantem a sustentabilidade da agropecuária em consonância com o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Assim são as tecnologias apresentadas pela Embrapa no Showtec 2012, que se realiza de 25 a 27 de janeiro, em Maracaju/MS.
No dia 26, quinta-feira, o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste Júlio César Salton vai apresentar aos produtores e profissionais do agronegócio as “Estratégias de convivência com variações climáticas”.
Segundo Salton, há como o agricultor não se tornar tão vulnerável às incertezas do clima através de estratégias tecnológicas. Uma delas é aumentando o reservatório de água no solo, através de raízes mais profundas das plantas que podem ser obtidas com correção de acidez; além da utilização variedades mais resistentes, de cobertura do solo com palha e sistema de terraceamento, que resultam em maior infiltração da água.
Outra forma de diluir os riscos em relação às variações do clima, é diversificando as atividades,  culturas, cultivares e épocas de semeadura. E um dos sistemas que pode ser utiizado é a Integração Lavoura-Pecuária (ILP). “Mas é importante que ao implantar a pecuária, o produtor procure informações sobre ILP, para compreender e aprender como se incorpora a pastagem e o gado em seu dia a dia. Tudo isso é um alerta para o produtor, porque existem outras tecnologias que podem ser utilizadas”, disse Salton.
O pesquisador também lembra que o sistema ILP é uma das ações do Programa Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), criado pelo governo federal, que prevê incentivos e recursos para produtores rurais que adotarem práticas agrícolas sustentáveis.
Outra tecnologia que faz parte do Plano e Programa ABC – recuperação de áreas degradadas – foi apresentada aos participantes do Showtec 2012 no dia 25 de janeiro. As “Alternativas técnicas e econômicas para recuperação de pastagens degradadas” foi o primeiro giro tecnológico da Embrapa no evento. Em Mato Grosso do Sul são cerca de 9 milhões de hectares de pastagens com algum grau de degradação. Com o intuito de mostrar aos produtores as causas da degradação e como recuperá-las, o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Ademir Hugo Zimmer, fez o giro tecnológico com os produtores.
Entre as causas  estão falta de manejo, excesso de lotação, não reposição de nutrientes, erosão, plantas invasoras e doenças, resultando em um mal desempenho do gado e, com o passar do tempo, causa a degradação do solo. A introdução da agricultura é uma das alternativas, porque a pastagem produz mais logo após a colheita de uma cultura, já que há um melhor nível de nutrientes no solo. Com a produção de matéria orgânica, diminui-se a emissão de gás carbônico. “Praticamente todas as braquiárias e panicuns se  encaixam em sistemas de integração”, comentou Zimmer. No giro, havia exemplares de BRS Piatã, BRS Xaraés, BRS Marandu e BRS Mandarim.
Outra vantagem ambiental é que com as pastagens recuperadas, o gado ganha peso mais rapidamente e pode ser abatido em menos tempo, resultado em diminuição na emissão de metano para a atmosfera, um dos objetivos do Plano ABC.
Plano ABC
No dia 25, no estande da Embrapa, foi realizada uma reunião técnica do Grupo Gestor Estadual do Plano ABC. Foram discutidos diversos temas, entre eles, como está a implantação do Plano em Mato Grosso do Sul e a maneira como as informações técnicas estão chegando aos produtores para o avanço do programa no estado.
Entre os presentes na reunião, estavam o coordenador do Plano ABC Celson de Souza Martins, o diretor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Carlos Magno Chaves Brandão, o pesquisador da Embrapa/DTT Ivênio Rubens de Oliveira e o chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste Fernando Mendes Lamas.

Publicada quarta-feira, 25 de janeiro de 2012, às 17:30
http://www.agorams.com.br/jornal/2012/01/variacoes-climaticas-e-pastagens-entre-os-temas-de-giros-tecnologicos-da-embrapa/

CFC Nacional




quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Elio Rusch

DEPUTADO VISITA DIA DE CAMPO E CONDOMÍNIO DE AGROENERGIA 

 O deputado estadual Elio Rusch (DEM), vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, participou da abertura do Dia de Campo da Cooperativa Agroindustrial Copagril/2012, na manhã desta quarta-feira (25) em Marechal Cândido Rondon. Além de Rusch, um grande número de autoridades prestigiou o evento, entre elas o secretário interino da Agricultura do Paraná, Otamir César Martins, o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário, José Aparecido Leitão, o presidente da Emater do Paraná, Rubens Ernesto Niederheitmann, o representante da Ocepar, José Rieger, além de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos municípios da área de atuação da Copagril.


   Centenas de produtores de toda a região participaram da abertura e depois fizeram a visitação ao campo experimental. A cerimônia de abertura foi comandada pelo presidente da cooperativa, Ricardo Sílvio Chapla. Na oportunidade, foi inaugurada a nova estação experimental da Copagril, que possui uma área de 72 mil m2.
   Durante o Dia de Campo, ainda, mais de 1100 produtores da área de atuação da cooperativa recebem os recursos liberados pelo Prodafc.
   Para Elio Rusch, o evento se consagra como um show de tecnologia, com a demonstração de 40 cultivares de soja, 70 cultivares de milho, além das evoluções em defensivos e fertilizantes, técnicas de manejo, máquinas e equipamentos, entre outros itens. O deputado parabenizou a cooperativa e as empresas parceiras, o corpo técnico e os associados, pelo alto nível de preparação e organização do Dia de Campo/2012.

                Agroenergia

   Na tarde desta quarta-feira, Rusch participou da comitiva de autoridades em visita ao Condomínio de Agroenergia da Linha Ajuricaba, interior de Marechal Cândido Rondon. Estiveram presentes o secretário interino da Agricultura do Estado do Paraná, Otamir César Martins, o presidente da Emater, Rubens Ernesto Niederheitmann, o coordenador de energias renováveis da Itaipu Binacional, Cícero Blay Júnior, além de representantes da ONU (Organização das Nações Unidas), o prefeito Moacir Froehlich e outras autoridades.
 

Para Rusch, o projeto implantado na Linha Ajuricaba, com a coordenação da Itaipu e a parceria do município e dos agricultores, para a transformação de dejetos de suínos e bovinos em biogás e em energia elétrica, é de um alcance imensurável, principalmente do ponto de vista ambiental. “É uma iniciativa que vem despertando o interesse do país inteiro e até de lideranças, entidades e governos de outros países, o que serve de estímulo para a consolidação do projeto e a sua utilização como modelo”, destacou o deputado. 



Fonte e fotos: Assessoria

MOTOCENTER




quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Inscrições para Mestrado em Geografia na Unioeste iniciam dia 02 de fevereiro



No período de 02 de fevereiro a 02 de março de 2012 estarão abertas as inscrições para o processo seletivo do Mestrado em Geografia da Unioeste (Campus de Marechal Cândido Rondon).
As inscrições poderão ser feitas pelo correio, via Sedex, e pessoalmente, até o dia 27 de fevereiro, ou por meio de procuração até 02 de março na secretaria do programa. O período de seleção acontecerá entre os dias 26 a 28 de março, enquanto que o início das aulas está previsto para abril de 2012.
A graduação em Geografia ou áreas afins é requisitos para inscrição. Já os documentos necessários para a inscrição são o requerimento inscrição (formulário), uma foto 3x4, cópia autenticada do diploma ou histórico escolar, certificado de conclusão, currículo lattes (documentado), projeto de pesquisa (cópia CD-Rom e impressa) e cópia do RG, CPF, título eleitor, reservista, certidão nascimento ou casamento, folha de identificação do passaporte (estrangeiros).
Maiores informações podem ser solicitadas pelo email: mestradogeografia.mcrondon@gmail.com e rondon.pos.geografia@unioeste.br ou pelo telefone (45) 3284 7914. O endereço postal é Unioeste-Campus de Mal. C. Rondon-Mestrado em Geografia-Rua Pernambuco, 1777, CEP: 85960-000.

“Trucidamento da família Kubitzky”, grilagem e especulação imobiliária


Nota da ANoTA: esta matéria explica brevemente a origem do terreno do #Pinheirinho, em São José dos Campos, que foi covardemente desocupado pela Polícia Militar de São Paulo para que fosse cumprida a reintegração de posse para o Sr Naji Nahas, conhecido especulador procurado em 40 países e assíduo frequentador de páginas policiais e tribunais criminais. Boa leitura.

Do blog Um Historiador

   Que o twitter e o Facebook são ferramentas incríveis de divulgação, ninguém mais duvida. Eu muito menos.

   Acabei de receber via @celioturino um link com notícia da Folha de S. Paulo de 01 de julho de 1969, onde fui informado do misterioso “trucidamento da família Kubitzky”, ex-proprietária do terreno onde anos mais tarde acabou sendo instalada a ocupação do Pinheirinho. O caso nunca foi solucionado e, como a família não tinha parentes ou herdeiros, o Estado acabou incorporando a fortuna dos Kubitzky, inclusive imóveis, é claro.

   Abaixo trecho da reportagem retirada da edição digitalizada do Acervo Folha:



   Seria interessante buscar uma compreensão de como foi que, depois de o Estado ter herdado o terreno, ele foi cair nas mãos do Naji Nahas e do Grupo Selecta. Nas redes sociais já circula uma explicação, que deveria ser investigada pelas autoridades competentes, da possibilidade de estarmos diante de um caso de GRILAGEM DE TERRA. ALÔ MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, vocês poderiam dar uma posição sobre o caso????

   Já através do Facebook, a amiga Ana Paula me passou link de um vídeo gravado no Rio de Janeiro em uma das muitas manifestações de apoio ao Pinheirinho ocorridas ao redor do Brasil no dia de hoje, 23/01/2012. Em um certo momento, uma professora de São José dos Campos, em férias no RJ, pediu a palavra. Em sua fala ela não só levantou as mesmas suspeitas sobre a possível grilagem do terreno ao questionar como uma propriedade de família alemã poderia ter sido herdada pelo libanês Naji Nahas, como também mencionou o fato de um condomínio empresarial de luxo ter se instalado na frente do Pinheirinho, há aproximadamente cinco anos e, em decorrência disso, exercer forte pressão para que a ocupação fosse removida dali e no local pudesse ser construída uma extensão do dito centro empresarial. Vejam o depoimento:


   Por enquanto o que se pode afirmar é que, desde o princípio, em 1969, até o caso mais recente da violentíssima reintegração de posse do Pinheirinho, este terreno está manchado de sangue e muito mistério. As autoridades deveriam vir a público e se pronunciarem quanto as dúvidas que foram levantadas e, se for o caso, investigar para dar uma satisfação aos contribuintes.

VEJA A REPORTAGEM COMPLETA – ACERVO FOLHA

CONVERSA AFIADA – PM e Justiça de São Paulo devolvem a Nahas posse ilegal

   Neste outro vídeo, alguns flagrantes da extrema violência com que foi feita a ação de reintegração de posse de Pinheirinho. Assustam as imagens de pessoas sendo marcadas com pulseiras azuis de identificação, a informação de que a prefeitura está concedendo passagens para os moradores irem para outros estados da federação e o flagrande de um policial sacando uma arma de fogo e ameaçando os moradores.

 
 
 
Posted: 24 Jan 2012 09:58 PM PST
Fonte: http://agencianota.blogspot.com/

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Arlen Arquitetura & Engenharia




Mídia x Ditadura em tempos de democracia


Ao começar a pesquisa para relacionar mídia e ditadura militar — ou mídia e luta pela abertura dos arquivos da ditadura, revisão da lei de anistia e punição aos torturadores que agiram em nome do Estado brasileiro — me dou conta que a grande imprensa não encampar a luta pela revisão dos anos de chumbo e por justiça não é um fato novo, conjuntural. Esse sempre foi seu comportamento padrão, modus operandi na questão.
Primeiro pelo conluio “natural” com o poder, com quem está no poder e tem a força – não deveria ser o contrário?, não deveria ser a imprensa a grande pedra no sapato do poder instituído e dos governantes? Não no Brasil. Segundo pela defesa pura e simples do status quo e a venda de princípios por audiência, se a classe média apoia o governo militar e é ela que compra jornais é a ela que devemos satisfação. Terceiro, e último, por opção ideológica mesmo, defesa do capital em detrimento dos trabalhadores e da ampla maioria do povo brasileiro.
Mas e o papel da imprensa? No Brasil ele não é cumprido nem mesmo por disfarce. Ao pesquisar na Folha de São Paulo sobre arquivos da ditadura encontraremos matérias críticas desde o governo FHC, quando começaram os processos de indenizações dos familiares dos mortos e desaparecidos, passando pelo governo Lula e atual. Não há destaque para o tema, é fato, e nem está na capa da Folha nas bancas. Mas esse expediente de retirar matéria dos destaques para evitar constrangimentos, polêmicos, vergonha ou ainda para contentar anunciante (não importa exatamente o motivo, né?) vimos recentemente num veículo da dita imprensa alternativa, de resistência ao poder midiático no país. Critérios? Isso não isenta a FSP em nada na sua postura de apoio à ditadura e nem ameniza o famoso editorial da “ditabranda” de 2009. Ou seja, o jornal cobre os fatos relativos ao tema sem destaque e quando se posiciona editorialmente defende a ditadura.
No dia 17 de outubro passado o programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo estreia nova direção com o jornalista Mario Sergio Conti no comando e escolhe o Cabo Anselmo como o primeiro entrevistado de sua nova fase. No final de novembro a Revista Época publica uma matéria intitulada “OsInfiltrados da ditadura” onde conta casos documentados de agentes da ditadura infiltrados nos grupos de esquerda da luta armada. Depois de aprovada a Comissão da Verdade, o Estado brasileiro ignorar solenemente a condenação da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA (prazo encerrou em 14 de dezembro passado e foi igualmente ignorado pela grande imprensa) e o Congresso Brasileiro mais uma vez jogar pela janela a chance de rever a lei da anistia — com apoio da base do governo de uma ex-guerrilheira e ex-torturada – e praticamente assegurar a impunidade ad eternum dos torturadores, é como se eles tivessem perdido a vergonha de colocar a cara na janela. Mais do que isso: A imprensa brasileira perdeu de vez a vergonha na cara e passou a desfilar agentes duplos (os chamados cachorros) como estrelas em entrevistas e ex-torturadores como colunistas. Afinal são todos cidadãos de bem, até se prove o contrário.
Mas nenhum caso se assemelha a uma entrevista da Veja de 1998 (ressurgida recentemente nas redes sociais) onde um ex-torturador contacom detalhes como torturava e o que mais o divertia na tortura. Grotesco? Fica pior. Ele ainda relata com naturalidade que ao encontrar na rua ex-torturados em quem “trabalhou” faz questão de tocar no ombro, lembrar quem é para quem não o reconhece e cumprimentar. Os ex-torturados aparecem na matéria como coadjuvantes, apenas para corroborar os fatos narrados pelo torturador.
Tudo bem entrevistar torturadores (eu optaria por não), mas cadê as entrevistas com os torturados e familiares dos mortos e desaparecidos? Afinal que raios de “princípios jornalísticos” são esses da imprensa brasileira? E cadê o contraponto da chamada imprensa alternativa? A verdade não é mais um objetivo a ser buscado? Infelizmente tenho dúvidas de que algum dia tenha sido.
Não tem muito tempo li um militante governista dizer nas redes sociais que talvez fosse melhor não abrir os arquivos da ditadura, porque a imprensa (“facínora”) iria fuçar e dar destaques apenas aos casos de suposta traição entre os torturados e aqueles que não resistiram às bárbaras torturas e entregaram companheiros e conseguiram sobreviver aos porões da ditadura. Será que isso justifica deixarmos para sempre as famílias dos desaparecidos sem poderem encerrar seu luto, numa tortura infinita e sem passarmos a limpo a nossa história? Não se negocia com a história, com os fatos. É preciso revelar, contar nos livros de história o que houve de fato nos porões na ditadura. As gerações que se seguiram ao fim da ditadura permanecem na ignorância e correndo o risco de verem os fatos se repetirem por desconhecimento do passado. Não é slogan de campanha, é fato: Conhecer o passado para que ele nunca mais se repita. Ou, na pior das hipóteses, se se repetirem que seja conscientemente, por escolha e não pela falta de.
Sem entrar no mérito do embate dos “PIGs” (grande imprensa e governista) onde os militantes apoiadores do governo Lula/Dilma dizem que a grande imprensa age como um partido de oposição ao PT e está sempre planejando um “golpe”, neste ponto parece que concordam e agem como se a ditadura tivesse sido apenas um pesadelo do qual já acordamos e não precisamos mais lembrar. Ao agirem assim, condenam as reais vítimas da ditadura a viverem no eterno pesadelo da tortura e ainda expostas aos seus algozes. Nem todos estão blindados por um alto cargo e morando confortavelmente em um palácio no planalto central.
Bom lembrar que ao deixarmos os porões da ditadura fechados ajudamos a consolidar a tortura como prática do Estado brasileiro. Hoje os torturados não são mais os temíveis terroristas de esquerda, mas os pobres e negros. Tudo bem para você ser conivente com isso? A não ser por algumas poucas vozes, parece que todos estão felizes com a atual democracia. Todos iguais, mas uns sempre mais iguais que outros.

Este artigo é uma colaboração especial de Niara de Oliveira* publicado originalmente em Jornalismo B


*Niara de Oliveira é jornalista.


Chambó - Corretora de Seguros



Elites se unem contra moradores do Pinheirinho. Pra que(m) serve essa terra?

Muito se pode escrever sobre o que aconteceu no último fim de semana em Pinheirinho, em São Paulo. Muito já se escreveu, também, e mesmo assim, em nosso conjunto de palavras, é difícil dimensionar o tamanho do problema do despreparo da Polícia Militar por todo o país somado ao neoconservadorismo de uma fatia da sociedade e o autoritarismo elitista dos partidos da direita brasileira. Também é difícil dimensionar as consequências disso tudo, mas elas salpicam sangue em nossos olhos quando menos esperamos.
No último domingo, centenas de famílias foram desalojadas no bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), em uma ação violenta da Polícia Militar, sob ordens do governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB). Foram 2 mil PMs na operação. Há relatos, entre os moradores, de mortos na ação. Diz a polícia que foram vinte feridos, apenas. A ação foi em cumprimento a reintegração de posse, em benefício do empresário Naji Nahas. Segundo o Blog do Miro,
Naji Nahas, que reivindica a “propriedade” do latifúndio, é um especulador condenado (…). Mais: havia uma trégua em curso, acertada por todas as partes, e uma decisão da Justiça Federal mandando suspender a mal-chamada “reintegração de posse”. (…) Cansados de tantas arbitrariedades, alguns membros da ocupação vestiram-se de uniformes de resistência improvisados, numa encenação artística do que pode vir ser o contra-poder popular. O governo de Geraldo Alckmin, ligado ao fundamentalismo cristão de direita, e o Tribunal de Justiça de São Paulo, conhecido por seus laços com o que há de mais feudal e escravocrata na oligarquia paulista, não toleraram a hipótese de diálogo, muito menos a irreverência das imagens.
A PM invadiu durante a madrugada, quando os moradores dormiam. Tática de guerra. Uma polícia militarizada, treinada com foco em combate, e a sociedade como inimiga, os moradores como inimigos a serem expulsos ou eliminados. Agora, seis mil pessoas engrossam a fila de cidadãos ultrajados, desalojados, em condições precárias.
Tudo isso assinado embaixo por alguns setores da mídia, a começar pela Rede Globo. Em matéria de dois minutos no Fantástico, a pauta foi a criminalização dos moradores. A reportagem trabalhou com release da Polícia Militar e da Justiça de São Paulo, que contrariou orientação da Justiça Federal. Como bem escreveu Altamiro Borges, essa mídia “tratou os ocupantes como ‘invasores’ e culpados pelas cenas de violência”. E mais: “Nos momentos de confrontos mais agudos, os barões da mídia se juntam na defesa da “propriedade” e contra os que lutam por direitos humanos mínimos – como o direito à moradia. Nesta “cruzada sagrada”, eles inclusive protegem notórios bandidos, como é o caso do especulador Naji Nahas. De vilão, ele foi tratado como prejudicado no triste episódio do Pinheirinho”.
Entre a bala e a pedra, a velha mídia sempre esteve ao lado da bala. Bons exemplos são os tratamentos dados ao MST e à questão palestina, onde o “confronto” é sempre entre pedras e armas de fogo. Os casos recentes de agressões a estudantes da USP pela mesma PM paulista demonstram também uma preferência pelo porrete em detrimento da palavra, da ação violenta em oposição ao pensamento reflexivo (crítico).
Mas agora essa mídia não é a única voz, ainda que continue sendo dominante, opressora e dona dos principais espaços de circulação de informação (televisão, rádio e jornais). Os blogs vem fazendo uma grande cobertura jornalística do caso, denunciando os abusos da PM, da Justiça de SP, do governo de Alckmin e da mídia aliada às elites. Destaco o excelente trabalho de reportagem de Raphael Tsavkko e Maria Frô, e os artigos precisos e esclarecedores de Altamiro Borges que já citei neste post, mas muito mais pode ser encontrado em uma busca rápida pela rica e diversa blogosfera brasileira.


Fonte: http://jornalismob.wordpress.com/

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mensagem

"Você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia, mora onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento.
Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades... nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
Não reclame, nem se faça de vítima. Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

(Chico Xavier)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Igreja Católica se prepara para receber padres casados

Vaticano afirma que padres com esposas e filhos serão uma exceção especial

 Por Sara Ritchey*

Como será a vida para as esposas dos padres da Igreja Católica Romana?
No domingo, 8, o Vaticano anunciou a criação do Ordinariato Pessoal da Cátedra de São Pedro, uma divisão especial da Igreja Católica, da qual antigos membros da Igreja Anglicana – especialmente alguns padres casados – podem fazer parte. O Vaticano frisou que a permissão para os padres casados será uma exceção e não será uma condição permanente do sacerdócio. Se um padre for solteiro quando se juntar à congregação, ele não poderá se casar. Um padre casado que se torne viúvo não poderá se casar novamente.
Ainda assim, a Igreja Católica está preparada para abrigar um grande número de padres casados, em quantidades não vistas desde os anos que antecederam o Primeiro Conselho de Latrão, que proibiu o casamento dos padres.
Agora, como na época, os críticos e defensores da Igreja estão ressuscitando argumentos sobre as consequências de permitir a presença de padres casados em uma instituição que costuma ser um tanto cautelosa com relação a eles. Mas em meio aos debates, é importante parar e considerar o ambiente que espera as esposas dos padres. Afinal seus papeis são ainda mais inusitados e estranhos que os de seus maridos.
Embora a igreja cristã, em seus primórdios, celebrasse a castidade, ela não tomou nenhuma decisão específica sobre o celibato dos sacerdotes até o movimento de reforma no século XI. Na ocasião, o grande propósito do celibato foi estabelecer uma separação clara entre os padres e os fiéis, elevando o clero.
Naquele cenário, a mera presença da esposa do padre atrapalhava esse objetivo, criando suspeita, e despertando o ódio da congregação. É difícil imaginar que espécie de sentimentos as esposas despertarão nos dias atuais.
As esposas dos sacerdotes então devem estar alertas ao tomarem parte na Igreja Católica. Sua posição é uma anomalia e, segundo o Vaticano, elas não receberão boas vindas permanentes na estrutura da Igreja. Seria prudente então, que o Vaticano honrasse a dignidade das mulheres e dos filhos dos padres casados. E que desse início a uma verdadeira conversa sobre a continuação do celibato entre os padres. Até lá, elas devem se manter cientes da tradição religiosa que as vê, nas palavras de Damião, como “encantadoras de padres, vírus da mente e material do pecado”.

* Professora assistente de história da Europa medieval na University da Louisiana, em Lafayette

Fontes: http://opiniaoenoticia.com.br/pelo-mundo/igreja-catolica-se-prepara-para-receber-padres-casados/?ga=dptf2 The New York Times - For Priests’ Wives, a Word of Caution

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cartilha revela impactos da expansão do monocultivo de eucalipto e pinus



Publicação mostra dados sobre extensão das plantações, volume de produção e investimentos do setor no país.


Por Fórum Carajás


O “Escravo, nem pensar!” começa o ano lançando a cartilha “Deserto Verde” – os impactos do cultivo de eucalipto e pinus no Brasil. A publicação, elaborada pelo programa com base em pesquisa do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis, outro projeto da ONG Repórter Brasil, traz uma análise dos impactos socioambientais gerados pela monocultura do eucalipto e do pinus (culturas conhecidas como silvicultura) nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A publicação foi impressa com o apoio do Instituto Rosa Luxemburgo Stiftung.

O material é destinado para professores e professoras, comunidades e entidades socioambientais. A cartilha apresenta dados sobre a extensão das plantações, o volume de produção e investimentos do setor no país. Informações sobre desdobramentos legais de alguns casos e os impactos dos empreendimentos de eucaliptos e pinus sobre comunidades tradicionais completam a publicação. Com o intuito de fomentar a discussão sobre essa questão, a seção “Para debater o tema” apresenta propostas didáticas para refletir sobre o avanço das plantações.

As plantações de eucalipto e pinus ocupam, atualmente, 6,5 milhões de hectares em todo o país. Nas últimas décadas, o cultivo dessas espécies se expandiu significativamente pelo campo, em parte justificado e propagandeado como benfeitoria ambiental. E qual a finalidade de toda essa plantação? Os eucaliptos servem de matéria-prima para a produção de celulose, carvão vegetal e ferro-gusa, componente do aço. No Brasil, onde há dois grandes pólos siderúrgicos - Carajás (PA) e Betim (MG) - a demanda por esses insumos é constante.

Ocupando, em geral, exclusividade no uso do solo das grandes propriedades em que são plantadas, eucaliptos e pinus acabam formando uma extensa paisagem uniforme. Por conta desse cenário com pouca diversidade de fauna e flora, além dos possíveis efeitos nos recursos hídricos, o termo “deserto verde” vem justamente contrapor a ideia positiva do “reflorestamento” que, cada vez mais, acompanha essas culturas.

Trabalho escravo e conflito agrário

Os casos de trabalho escravo no Brasil têm sido flagrados em distintas atividades agrícolas e o cultivo de eucalipto e pinus também faz parte desse lamentável contexto. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, casos de trabalho escravo nas atividades de pinus e eucaliptos representam 7% do total da “lista suja”, cadastro que registra dados dos empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.

Segundo a cartilha, os impactos da silvicultura não se restringem ao meio ambiente e às violações trabalhistas. Essa atividade econômica atende demandas empresariais de expansão e apropriação de territórios, gerando muitas vezes choque com comunidades tradicionais, como camponeses, quilombolas e indígenas, que possuem uma relação diferente com a terra. Por isso, o conflito agrário, decorrente da disputa por terra, água e outros recursos naturais, acaba sendo uma das piores consequências. Na cartilha, você encontrará informações sobre casos de conflitos e resistência que aconteceram em Minas Gerais, Espírito Santo e no Mapito, região que engloba os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins.

Para baixar o arquivo da cartilha “Deserto Verde” – os impactos do cultivo de eucalipto e pinus no Brasil.

http://escravonempensar.org.br/upfilesfolder/materiais/arquivos/cartilha_deserto%20verde.pdf

Ótica Dá Visão




Secretaria de Segurança e Trânsito anuncia troca de semáforos em Marechal Rondon.

Tendo em vista os constantes problemas apresentados pelos semáforos instalados em Marechal Cândido Rondon e o incessante trabalho junto a empresa que efetuou a implantação no sentido de sanar os transtornos, finalmente a empresa fornecedora das peças reconheceu que um dos lotes dos controladores de tráfego apresentaram defeito de fábrica.
Em vista disso, a Secretaria Especial de Coordenação de Programas em Segurança e Trânsito irá desmontar os semáforos neste domingo, para enviá-los à fábrica.
O responsável pela pasta, Ito Dari Rannov, comenta que está sendo pedido o máximo de atenção por parte dos condutores nos cruzamentos dos semáforos, pois todos estarão desligados, voltando a predominar neste período o trânsito de preferenciais nas avenidas.
Os procedimentos a serem efetuados é a troca dos equipamentos sem custo algum para o município assim como a instalação também foi realizada pelo Detran. Segundo ele, a empresa que realizou a instalação nada fez durante praticamente um ano para resolver os problemas. A substituição dos equipamentos foi conseguida diretamente com a empresa fabricante.

Fonte: Rádio Educadora/Assessoria

domingo, 15 de janeiro de 2012

Adega Vinha Nova


Artigo - Ano de eleição, responsabilidade dobrada




A cada dois anos vive-se um momento em que a desconstrução do discurso da mídia dominante se torna uma tarefa ainda mais importante. Em países com sistemas políticos representativos que praticamente descartam a participação popular nos processos decisórios – caso do Brasil – o embate eleitoral é o ponto culminante da disputa pelo centro do poder político. Ainda que as alternativas nas eleições sejam profundamente limitadas e que a dinâmica política aja para barrar a emergência de novas possibilidades, e considerando-se todas as limitações e distorções do modelo da chamada democracia representativa e, em especial, do sistema político brasileiro, a cada dois anos presenciamos – e influímos sobre ele – o ponto culminante da disputa política.
É em um ano eleitoral que acabamos de entrar, e sabemos bem o papel da mídia nesse tipo de disputa. Na última oportunidade, os maiores jornais, revistas e redes de televisão do país atuaram de forma orquestrada em defesa da candidatura do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. Até uma bolinha de papel foi usada para tirar as atenções do que realmente importava naquele momento: a distinção entre os projetos de país defendidos pelos quatro candidatos: José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). A tentativa de transformar a eleição em um embate moral – e não político-ideológico – partiu em primeiro lugar de alguns conglomerados de comunicação.
Por outro lado, vimos uma divisão raivosa entre setores da esquerda, racha esse que, infelizmente, varou o ano de 2011 e dificultou o bom debate sobre temas em que estes setores sempre defenderam interesses comuns – ou ao menos aproximados –, como a punição aos criminosos da Ditadura Militar e a democratização da mídia brasileira. O calor da disputa eleitoral de 2010 criou desavenças pessoais e levou a esquerda mais para a esquerda e a centro-esquerda mais para o centro, abalando as pontes de diálogo. O resultado é que, mesmo com a vitória do PT de Dilma, todos os campos da esquerda midiática perderam com o desgaste causado pelo processo eleitoral. Além disso, o último ano foi nulo em avanços na democratização da mídia a nível nacional. Uma das primeiras aparições públicas da já eleita presidenta Dilma Rousseff foi na celebração do aniversário da Folha de S. Paulo.
Em outros momentos da história brasileira a intervenção da velha mídia sobre as decisões eleitorais foi ainda mais incisiva. Exemplos clássicos são a disputa pelo governo do Estado do Rio de Janeiro em 1982, com o “Escândalo da Proconsult”, no qual a Rede Globo participou de uma tentativa de fraudar as eleições ganhas por Leonel Brizola (PDT), e a campanha presidencial de 1989, com a manipulação do debate final entre Lula (PT) e Collor (PRN). Se nesta última situação a velha mídia e seu candidato acabaram levando a melhor, não foi isso o que aconteceu nas últimas três eleições presidenciais.
O fortalecimento dos blogs e das redes sociais, se não é suficiente para democratizar verdadeiramente a comunicação, ao menos serve para desconstruir o discurso da mídia dominante e desmascarar suas manipulações. Outro fator que não pode ser deixado de lado é a queda de audiência da TV Globo e a ascensão da Record, que se mostrou simpática à candidatura de Dilma em 2010.
De qualquer forma, teremos em 2012 mais um momento assim. Desde o fim de 2011 os interesses eleitorais já começaram a fazer valer sua força nas pautas da mídia hegemônica. A prática mais comum é a agressividade nos meses que antecedem a disputa e a sutileza nos momentos de campanha, com a simples incorporação dos discursos dos candidatos preferidos pelos barões da mídia. Por isso, é preciso estarmos atentos desde já.
É verdade que eleição não é sinal de democracia, e que não pode se esgotar ali a possibilidade de participação popular na política nacional. É verdade também que o poderio econômico faz grande diferença em um processo eleitoral, o que o torna terrivelmente menos democrático e justo do que poderia ser. E é verdade que os interesses conservadores tendem, em menor ou maior medida, a se fortalecerem apoiando-se em conchavos e mentiras disseminadas pela velha mídia. Mas também é verdade a mídia independente, capitaneada hoje por blogueiros e pelos ativistas das redes sociais, tem condições de tornar as eleições mais justas e democráticas, informando com qualidade a sociedade e abrindo espaço para um debate rico e realmente politizado e politizante. É uma das nossas missões fundamentais para este 2012 que começa.

Fonte: http://jornalismob.wordpress.com/